1. Spirit Fanfics >
  2. All of Us >
  3. Capítulo 8

História All of Us - Capítulo 8


Escrita por: UenaMota

Notas do Autor


Quarta é dia de capítulo.

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction All of Us - Capítulo 8

Voltei para casa, em situação adversa da qual saí mais de dois anos atrás. Quem imaginaria essa porra? Eu! Vê o motivo de eu ser tão negativa as vezes? É uma forma de proteção.  Fui ao médico, e levei quatro pontos na mão, e eu não tinha noção da gravidade do ferimento. Me passou alguns medicamentos, para dor, porque estava doendo para caralho. Para ser sincera, tudo doía em meu corpo. Onde estava vermelho, agora está verde, algo não tão bonito de se ver. Minha princesa beija meu dodói toda hora, é tão sensível.

 No início, foi complicado para eles se adaptarem, mas já faz uma semana desde aquela noite louca. O babaca me manda mensagem, e me liga, o tempo todo. Não respondo. Afinal eu preferia terminar de quebrar a cara dele. Meus filhos perguntam pelo pai, e eu não posso proibir o Peter de vê-los, afinal eles não têm nada a ver com essa situação.  Ele não veio aqui em casa, as irmãs dele me mandaram mensagens, o Phil, enfim, sabe como eu me sinto? Humilhada. Essa é a palavra certa.

Como voltaria naquele estúdio para trabalhar? E pensar nisso me deixa ainda mais puta com ele. Meu pai está viajando, ainda não liguei para ele. Conversei com a Rafa, e ela disse que o Gregory chega amanhã em casa.

-Dorme com as crianças, que eu vou na casa do Bruno, pegar as suas coisas e as deles. -Luci me avisou. -Você precisa descansar, volto em algumas horas. -Minha amiga não me deixou falar, simplesmente saiu.

Meus bebes estavam tirando o cochilo da tarde, me juntei a eles. Estava um de ser humano.

*Bruno On*

Abri a porta para a Luci, que não quis me olhar. Sim, eu estou fodido. Errei, beleza? Errei feio. Não tenho merda nenhuma para falar, e me defender. Ela me traiu também, mas nada justifica o que eu fiz. Ela foi embora com meus filhos, e não os vejo já faz uma semana. Uma fodida semana, que a Melanie não responde as minhas mensagens, muito menos minhas ligações. Não fui em sua casa, eu não conseguia olhar para ela. Olhar para os meus filhos.  Pedi para a Jaime ligar para ela, e conversar, mas ela não atendeu a minha irmã.

-Oi Bruno, licença.  -A Luci passou por mim. -Vou pegar algumas coisas para a Mel e para as crianças.

-Como eles estão? -Acompanhei-a até o quanto do Tommy.

-As crianças estão sentindo a sua falta. -Pegou uma mala, colocando algumas roupas do meu menino.

A casa não é a mesma sem meus filhos, e minha mulher. Caralho.

-E a Mel? -Ela me olhou.

-A Mel está bem. -Voltou a arrumar. -Muito bem. -Sussurrou.

A Melanie recebeu fotos, eram fotos de alguns momentos que vivi, e me arrependo.  Ela foi fria, me questionou, brigamos, e ela foi embora. Sem choro, seus olhos brilhavam de raiva, e decepção.  Ao vê-la saindo com meus filhos, eu fiquei louco. A Melanie é louca o suficiente para sumir da minha vida, com os nossos filhos, e me mandar ir a merda. Mesmo que a Luci diga que ela está bem, muito bem, não me convence. Eu conheço a Mel, ela só está sentindo a sua dor, sozinha e introspectiva.

Assisti a Luci arrumar as coisas da Lunna, e depois pegar algumas da Mel. Era foda ver aquilo, mas porra, a Mel não poderia conversar comigo?  Não sei porra, ela continuava em casa, e dávamos um jeito.

-Eu vou com você. -Peguei as malas, e sai com a Luci. Precisava vê-los. Ou então, eu ficaria louco.

Subimos para o apartamento, e estava tudo silencioso. Nem sinal dos meus filhos. Olhei para Luci.

-Devem estar dormindo. -Olhei rapidamente para o relógio. Era a hora deles tirarem um cochilo.

Fui em direção ao quarto da Mel, fazia muito tempo desde que vim aqui, e eram em circunstancias muito mais felizes. Tentei não fazer nenhum barulho, olhei no quarto e a Lunna estava brincando com o cabelo da Mel. Ela fazia bico e nossa filha gargalhava. Todos estavam acordados.

-PAPAI. -Meu filho foi o primeiro a me ver. Saiu da cama e correu ao meu encontro. Abraçando-me forte.

-Bubuzinho. -Minha princesa saiu da cama, com aquele lindo sorriso, veio ao meu encontro.

-Papai estava morrendo de saudade, minhas vidas. -Sussurrei emocionado.

-Papai olha eu. -Minha pequena me olhou. Ela havia cortado o cabelo, e tinha uma nova franja.

-Você está linda, minha princesa. -Ela gargalhou balançando os cabelos. Ela estava muito linda, os olhos clarinhos, as bochechas levemente vermelhas.

-Papai, Estela está linda. -Meu menino concordou.

-Sim, vai acabar com a gente, cara. -Eles me abraçavam e riam.

-Vem, mamai, vem. -Minha princesinha chamou a mãe. A olhei e ela revirou os olhos. Ela saiu da cama, e vestia apenas calcinha e sutiã, a primeira coisa que notei foi a perna, e a cintura quase roxa. Provavelmente, pela queda no dia da briga. Foda caralho. Sua mão tinha um curativo, e aquilo me deixou louco.

-Mel. -Chamei por ela, que me ignorou indo para o closet.

-Mamai dodói, bezo mamai. -Minha filha foi ao seu encontro, e beijou o lugar ferido.

-A gente pode conversar? -Questionei.

-Você veio para ficar com seus filhos, pois, fique com eles e me deixe em paz. -Reclamou indo para o closet.

-Mamai está brava. -Thomas me olhou. -Compra cupcake que mamai fica boa.

-Não sei se isso resolve, meu filho. -Baguncei seu cabelo.

 

*Mel on*

Eu não conseguia olhar na cara dele. Eu juro. Eu me sentia mal, sentia muita raiva, e dor. Deixei ele com nossos filhos, e fui para a cozinha preparar algo. Não sabia que porra fazer, mas estar ao lado dele não era a melhor coisa.

-Mamai vou ali com papai, e Estela também. -Thomas me avisou. Ali? Ali onde?

-Vão para onde?

-Papai disse, surpresa. -Deu de ombro.

Fui até meu quarto, onde ele colocava o sapato da Lunna.

-Você vai levar as crianças onde? -Eu estava calma. Pelo menos aparentava.

-Na loja de cupcakes. -Ele parecia muito adestrado. Esse filho da puta está com pena de mim? Ele devia ter pena do pau dele. Babaca.

-Ok. Não deixe eles comerem muito cupcake, daqui a pouco eles irão jantar. -saí de perto.

-Mami. -Lunna me chamou.

-Mamãe. -Thomas me gritou.

-Oi.

-Seu remédio. -Meu filho me lembrou.

-Dodoi, mami. -A Luz me fez sorrir.

Voltei no quarto, peguei o remédio perto da cabeceira da cama, ele servia para não sentir tanta dor na mão, e os pontos incomodavam um pouco. Tomei o remédio sob os olhares atento dos meus filhos. O Peter me olhava, mas não me dizia nada.

-Obrigada. -Sorri para eles.

-De nada, mami. – disseram juntos.

 

Quando eles saíram, e eu terminei de preparar o jantar das crianças, peguei as malas que a Luci trouxe, e comecei a desfazer. Eu me sentia tão estranha, eu me sentia perdida. Eu havia criado um caminho, eu trilhava um caminho, no qual eu acreditei que seguiria por toda a minha vida. Sim, eu acreditei que era para sempre. Fui idiota, assumo, afinal nada é para sempre. Mas o amor nos muda, e ele me mudou, só não me deixou forte o suficiente para seguir em frente. Amei intensamente, me tornei dependente de uma pessoa, eu era movida por um sentimento que acreditava ser inabalável. Sim, brigávamos, muito, mas estávamos ali.

Sabe o quão foda é isso? O pior de tudo, é que eu achava que seria fácil, acreditei que poderia acabar tudo, e sair normalmente. Errei, sai, mas uma parte importante de mim ficou, ferido, e sangrando.

Uma Melanie que eu não consigo lidar, a que carrega nos ombros o sofrimento, a dor, a decepção e a incerteza, e que tem que se mostrar firme, pois não é digna de pena. Não importa a merda que eu passe, ninguém nunca me verá lamentar, ou fazer drama. Não chorei, não por ser forte, mas o choro não representa tamanho sofrimento. Estou despedaçada, e sofrendo por um homem. Que pior? Puta que pariu!

-Que carinha é essa? Quer conversar? -Minha amiga perguntou da porta.

-Obrigada por pegar nossas coisas. -Sorri.

-Estarei aqui para vocês. -Veio ao meu encontro. -Você não precisa fingir que está tudo bem?

-Preciso. Não posso fraquejar por isso.

-Você o ama, e foi traída, é justo você se permitir chorar, ficar bêbada, comer chocolate. -Ri alto.

-Gostei da parte do bêbada.

-Deleta, você está tomando remédio. -Revirei os olhos, como se isso me proibisse. -Não muda de assunto.

-Lu, não tenho mais nada para falar. Terminamos de uma forma horrível, que me machucou. Não posso fazer nada, tenho que continuar a minha vida. Tenho dois filhos, que dependem de mim, e não posso fraquejar. Meu casamento acabou, pronto.

-Ok. Mel sendo Mel. -Ri.

-Sim, Melanie Lopez de volta na parada. Mais perigosa que nunca. -Minha amiga revirou os olhos. Sim, aquela constatação é real. Foda-se o mundo.

 

Quando terminamos de arrumar, meus filhos chegaram em casa. Pulando, felizes da vida. O Thomas fez questão de dizer que não comeram cupcake na loja, e que comeriam de sobremesa.  Dei o jantar deles, o Peter me ajudou dando o da Lunna. Na hora de comer cupcake foi uma farra, a Luz pegou dois e saiu correndo. Crianças alimentadas, banho tomado, hora de ir para cama. E foi difícil para caralho.

-Fica aqui papai. -Tommy pediu.

-Aqui, Bubuzinho. -Minha pequena acompanhou.

-Papai vai trabalhar, não posso agora. -Suspirou derrotado. -Obedeçam e ajudem a mamãe, lembre ela o remédio. Papai ama vocês, e sente muito a sua falta. -Quando o Thomas fez bico de choro, eu sai do quarto. Era demais para mim.

Colocava a louca na máquina de lavar, a Luci estava na casa do Luke, e provavelmente não voltaria para casa. Preparei as mamadeiras, e coloquei na sacola térmica. Eu me sentia exausta, tanto fisicamente, quando mentalmente. É uma merda do caralho.  Senti a sua presença atrás de mim, pedi para que ele apenas fosse embora.

-Touxe cupcake para você. -Ignorei. -Mel. Podemos conversar? -Conversar? Ok!

-Sobre o que, Peter? – o encarei com raiva.

-Me perdoa, Mel. -Implorou olhando nos meus olhos. -Não quis te machucar, e te ver assim, com essas marcas no corpo, me deixa louco.

-Eu caí, não foi culpa sua.

-Claro, que foi. Me perdoe por isso. -Olhou para a minha mão.

-Tá, tchau. -Peguei a sacola térmica. Eu me sentia fraca perto dele, uma porra de um imã, e isso me deixa com raiva.

-Eu te amo, vacilei, mas me perdoa? Não consigo ficar sem você, sem nossos filhos. Todo mundo erra, e eu sei que nenhuma desculpa vai te convencer, mas eu te amo.

-Você me amava enquanto comia outra? Eu sempre estive ao seu lado, e fui recompensada dessa forma. Não Peter, não te perdoo. A nossa história teve um fim, infelizmente será assim daqui para frente. Pode ver seus filhos, mas não toca nesse assunto comigo. E nunca mais repete que me ama, porque você não me ama. Por favor, vai embora. – ele me encarava com os olhos lacrimejantes.

-Boa noite, Mel. – saiu de cabeça baixa.

Somente quando ele saiu, eu respirei fundo.

Assistia meus filhos dormir, e eu não conseguia fazer o mesmo. Vou deixar uma coisa bem clara, se for para passar a noite acordada, eu prefiro de quatro numa trepada máster. Fora isso, é uma merda. Eu já tinha bebido uns quatro chás de camomila, e um inglês, e devo confessar que pensei no Daniel o tempo todo. Preciso ligar para meu amigo.

Meu celular vibrou com uma mensagem, era dele.

“Mel, eu sei que você está triste e com raiva de mim, eu entendo. E me sinto muito mal, pelo que fiz com você. Mesmo você não querendo, eu preciso dizer que eu te amo. Não preciso falar, fui um filho da puta, eu tinha uma mulher em casa, mas vacilei. Por favor, me dá outra chance? Temos uma família, nossos filhos precisam de nós, dos pais juntos. Volta para casa? Minha vida não é a mesma sem você. Minha mulher. Volta a ser minha? Eu te amo tanto. ” Peter

Nossa ele percebeu isso depois que fez a merda? Interessante. Acho que nossos filhos não precisavam de nós juntos, enquanto ele comia uma vagabunda. Muito cômodo. Vai tomar no cu.  Agora me arrependo de não ter fodido com o JT, eu deveria ter dado, e muito para ele. E ficado assada. Muito assada.

-Idiota! -Resmunguei indo deitar.

 

 

 


Notas Finais


Estou amando os comentários. Volto no domingo.
-U


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...