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História All That I've Got - Capítulo 10 - Gerard


Escrita por: radfuhkiero

Notas do Autor


Oi rsrsrsrs
Então, eu respondi alguns comentários agora a pouco e falei tipo "nossa, quarta feira tem capítulo novo", mas quem disse que eu consegui entrar nesse site e não postar? Isso mesmo, eu sou ansiosa demais, me julguem huahuahuahua
Então vamos lá, né, mais um capítulo, uns dias adiantado...
Como sempre, eu tenho que agradecer aos novos favoritos e aos comentários do último capítulo, tudo isso me deixa muito feliz e me incentiva demais a escrever essa fic aqui!
Eu espero que gostem desse capítulo, eu fiz ele com muito carinho e amor pra vocês ❤ hahahahah
Vejo vocês lá embaixo, boa leitura!

Capítulo 11 - Capítulo 10 - Gerard


   – Gee, falta muito para chegarmos? – Frank, ao meu lado, estava impaciente enquanto eu dirigia. Há mais de meia hora estávamos na estrada, por isso não tiraria sua razão. Mais alguns poucos minutos seriam precisos para alcançarmos nosso destino, estávamos perto e eu poderia dizer-lhe isso, mas era bem mais divertido ouvir seu grunhido frustrado e ver suas feiçõe bonitas com aquele ar irritado  – É sério! Eu já tô cansado, não consigo ver nada… Você é um péssimo, péssimo cara para ir a um encontro… – um pano preto vendava seus olhos desde o instante em que ele entrou em meu carro, eu ainda não havia falado uma palavra sequer, ele falava sem parar sozinho desde então,  depois de ter certeza de que ele não conseguiria enxergar o caminho que faríamos eu apenas comecei a dirigir, minha mão presa a sua era o único sinal meu que ele tinha – Sabe, você falou comigo a semana toda, mas mesmo assim eu iria gostar de ouvir sua voz…


  – Chegamos! – anunciei já saindo do carro, pelo visto escuro pude ver Iero já colocando suas mãos atrás da cabeça para desfazer o nó e, assim, finalmente conseguir ver algo novamente, mas ainda não estava no momento certo de o deixar se livrar da faixa – Nem pense nisso, Frankie… – me contestou, porém obedeceu, e é claro, resmungou bastante, principalmente quando eu o alcancei e o puxei para meus braços, o acolhendo lá de forma que eu pudesse carregar seu corpo com facilidade. Não queria que ele tivesse a mínima noção de onde estávamos. Ele chegou a se debater um pouco antes de permitir que eu realmente o levasse, mas quando finalmente o fez, percebendo que eu não o colocaria no chão, abraçou o meu pescoço e descansou sua cabeça em meu peito. Seu tamanho me ajudava, já que ele era pequeno não havia como ser muito pesado, o que era bom já que o terreno pelo o que passávamos não era dos mais regulares, tinham grandes possibilidades de eu acabar torcendo meu tornozelo por pisar errado em alguma pedra, mas era melhor do que deixar Frank andar com seus próprios pés ainda vendado – Eu vou te colocar no chão e então, só então, você vai poder tirar a venda… Okay?


  Soltei-o apenas quando escutei sua confirmação, cuidadosamente o coloquei de pé e esperei que retomasse seu equilíbrio para finalmente o deixar por conta própria. Ele era ansioso o suficiente para não esperar um segundo sequer a mais para voltar a ver, arrancou o pano preto de seu rosto e aqueles olhos de cor tão indecifráveis passaram a focar-se no ambiente ao nosso redor. Supus que ele gostou uma vez que um sorriso enorme brotou em seus lábios. Ele deu uma volta lenta sobre seu próprio eixo podendo capturar todos os detalhes, o verde vibrante das copas das árvores, o azul vivo do céu, a água cristalina do riacho a nossa frente e a parte mais inusitada do lugar: uma grande rocha próxima ao meio do lago,  só depois notando que em mais braços eu também tinha uma grande cesta que, por enquanto, ele não conseguia saber qual era seu conteúdo.


  – Gee… Aqui é muito, muito lindo – eu sabia, também sempre amara passar um tempo recluso aqui, na maior parte das vezes eu vinha com Sophie e com Mikey, e por isso me gabei por conhecer o lugar – Onde estamos?


  – Bom… Eu tinha pensado em te levar ao Central Park – enquanto falava, da cesta tirei a grande, muito grande, eu deveria dizer, toalha de piquenique. Depois de esticá-la dispus, com cuidado, os pratos que eu havia passado a manhã toda parando, dentre eles havia uma imensa torta de limão, alguns lanches naturais salgados, sucos e algumas frutas, todos escolhidos de acordo com o que eu sabia que Frank gostava – Mas aí eu pensei direito e achei melhor te trazer aqui, é mais bonito e nenhum fotógrafo enxerido vai aparecer para estragar tudo – ao falar isso eu esperava que ele entendesse que não era por ele que eu não queria que a imprensa nos visse, mas sim porque, querendo ou não, eu ainda era casado e uma figura pública. Ser atacado por todos os lados, ter a fama de adultero, mesmo sendo um,não era legal – Não vai se sentar? – perguntei na esperança de que ele se acomodasse em minha frente, ali eu tinha deixado espaço livre para ele se sentir confortável, poderia até deitar se quisesse. Confirmou e se ajoelhou ao meu lado, não no lugar que eu tinha planejado, mas isso não importava, eu até preferia o ter por perto, apenas afastei um pouco tudo para o dar mais conforto – Mas, certo, há umas duas horas de caminhada daqui fica minha casa de campo… Era de minha avó, mas quando ela morreu deixou para mim e para Mikey. Passamos nossa infância toda lá, principalmente nas férias, e aqui sempre foi minha parte preferida. Geralmente eu vinha para cá desenhar, a paz que esse lugar me trás é muito bom pra minha imaginação.


  – Acho que o Mikey já me falou daqui… Mais das coisas que vocês aprontavam na casa da avó de vocês, mas ele já chegou a comentar sobre esse lago


  – Com certeza deve ter falado, ele também ama vir aqui… – eu falei e ele confirmou sorrindo doce. Era a mais bonita cena que eu tive o prazer de ver em muito tempo, o pequeno estava com as pernas esticadas sobre a toalha, o torso inclinado para trás tendo apoio apenas de seus braços também esticados, o rosto angelical e infantil sorrindo em minha direção, alguns poucos raios solares que conseguiam ultrapassar as cópas das árvores iluminavam sua pele amorenada. Facilmente eu poderia dizer que era um anjo – Eu te levaria até a casa para conhecê-la, mas não quero desperdiçar nosso tempo lá…


  – Não precisa se preocupar, Gerard – doce como sempre ele me respondeu, e eu não consegui me conter, tive que selar nossos lábios rapidamente antes de deixar ele voltar a falar. Foi apenas um encostar de bocas rápido, sem malícia, havia apenas carinho e diversão no ato – E sua avó? Como ela era? Seu irmão não costuma falar muito sobre família.


  – Ah… Minha avó? Ela era simplesmente incrível, a melhor pessoa que já existiu nesse mundo! – eu não estava exagerando, lembro-me de passar um mês abrigado em sua casa quando me assumi bissexual, meu pai estava bravo, minha mãe envergonhada, então ela me deixou ficar com ela até que o clima na casa Way se acalmasse e eu pudesse voltar para lá sem ser ridicularizado por Donald, meu pai. E não era apenas esse motivo, ela era o ser humano mais carinhoso que já tinha colocado os olhos sobre mim, era engraçada, inteligente e uma grande artista – Foi ela quem me ensinou a desenhar e a pintar. Até artesanato e bordado ela me fez experimentar! – com essa segunda parte nós dois rimos – E, também, foi ela quem me apresentou aos quadrinhos, desde essa época eu tive certeza que era o que eu queria fazer. Eu realmente devo tudo a ela.


  – Eu imagino como ela era foda – sim, ela era e não deixei de falar isso em voz alta para ele que, mais uma vez, soltou um de seus doces sorrisos para mim.


  – Quer comer algo? –afinal era um piquenique no meu lugar favorito em todo o mundo, com o garoto mais bonito e sensual que já tive o prazer de olhar e tocar, então a pergunta que fiz não era estranha. Recebi uma resposta positiva, os olhos grandes e infantis estavam curiosos percorrendo a comida, claramente tentando adivinhar o que eram – Vejamos aqui o que eu fiz pra você… Lanche natural com queijo francês que eu achei que você iria gostar, os outros são de queijo Gouda… Todos livres de carne … Salada de frutas, e, além dos sucos… A torta de limão que você tanto gosta – alegrou-se como uma criança ao que pôs seus olhos em doce favorito, “você fez pra mim?”, parecia desacreditado quando fez a pergunta, isso só aumentava meu sorriso. Ele era incrível – Claro que sim! Para quem mais seria? Se é o que mais te agrada nunca poderia faltar… Eu só espero que esteja boa – falei calmamente enquanto cortava uma fatia já sabendo que ele a escolheria, junto a um pequeno garfo eu o entreguei o prato descartável que continha o pedaço e esperei com ansiedade que provasse. Seus traços se moldaram em feições que eu realmente não sabia distinguir, ou ela estava péssima ou maravilhosa – Gostou?


  – Sim! Meu Deus, tá ótimo! – ele então continuou a comer até que não restasse sequer um vestígio de torta em seu prato, depois disso pegou um dos lanches me acompanhando no salgado, me elogiou novamente enquanto comia mesmo que aquilo fosse algo que qualquer um pudesse fazer. Voltou o olhar para mim logo após terminar, como se quisesse falar alguma coisa mas algo o impedia, por alguns instantes eu esperei que ele se expressasse sozinho, porém não aconteceu, por isso o incentivei com um gesto amigável – Uhn… Posso pegar mais um pedaço? – tímido ele perguntou se referindo ao doce de limão.


  – Claro pequeno, eu fiz para você – fiz questão de o servir novamente, separei uma parte maior, dessa vez tendo em mente que ele não se cansaria da torta tão rapidamente. “Não vai pegar um pouco pra você?” ele perguntou e eu neguei até que ele voltasse a falar: “vamos lá, só isso, para experimentar”, levou uma pequena garfada do doce até minha boca, me fazendo entreabrir os lábios para sorrir em sua direção e provar o que ele me oferecia – Okay, está boa mesmo, mas eu não curto muito doces… – era verdade, eu preferia mil vezes algo salgado do que qualquer bala. O fato pareceu surpreender Iero, ele era uma formiga se comparado a mim, em todo o tempo que eu o conhecia nunca tinha o visto recusar uma sobremesa.


  Conversamos por muito tempo, sobre várias coisas. Músicas, livros, política, astronomia. De todo e qualquer assunto que viesse em nossa mente, encontravamos pontos de conflito ou pontos em que éramos extremamente parecidos, riamos de certas peculiaridades de cada um que nos sentíamos confortáveis para compartilhar. Era muito bom falar com ele.


  Enquanto eu esperava que ele terminasse de se saciar eu apenas olhava para o lago, até que uma vontade me atingiu com tudo, a melhor ideia que eu poderia ter no dia. Levantei-me já arrancando minha blusa clara, os olhos de Frank se prenderam em mim e sua respiração passou a ficar falha, mas, por mais incrível que parecesse, não tinha malicia alguma em meus moveres. A calça foi tirada também, a dobrei com cautela e coloquei com a minha blusa em um lugar onde a água não poderia atingi-las, e com a última peça de roupa que me restava eu fui até a margem do pequeno lago onde a temperatura gélida já entrava em contato com minha pele.


  – O que você está fazendo, Gee?


  – Vou dar um mergulho – fui direto em o responder, apenas parte de meu corpo, de minha cintura para cima, estavam secos agora, todo o resto estava sofrendo com a drástica mudança de temperatura por estar dentro do lago  – Vem comigo?


  – Oh… Não, não vou não, mas pode ir. Eu fico aqui – achei estranho ele me respondeu sem nem ao menos pensar, abraçou os próprios joelhos e desviou seu olhar para os tênis sujos, claramente estava um pouco sem graça pelo sorriso amarelado que expôs a mim, e isso foi o que me incomodou, fez-me ter a impressão de que ele queria se juntar a mim, mas alguma coisa o impedia. Mais uma vez pedi para que ele viesse comigo e recebi apenas uma negação rápida, não querendo aceitar que ele não entraria comigo na água eu questionei o porquê daquilo – Eu não quero molhar minha roupa e também não quero tirar ela… Então eu fico aqui, te espero – realmente eu ainda tinha que me acostumar com a sinceridade de Frank, sempre era assim, eu o perguntava e ele não escondia a verdade, não fazia a mínima questão de manter algo em segredo. Essa última semana que tínhamos nos falado eu já me encontre milhares de vezes de boca aberta, surpreendido por suas palavras tão verdadeiras.


  – Vamos lá, baby, pode não parecer, mas eu sei me controlar, não vou fazer nada que você não queira… – fui interrompido,“não, não é isso!”, mas se não era esse o medo dele eu realmente não conseguia imaginar qual era. Ao menos que ele me explicasse eu nunca saberia porque ele negava tão veementemente mergulhar – Então… O que é?


  – Vergonha, okay? – sua voz saiu quase gritada, bem mais fina que o normal, cheio de frustração. Tudo bem, eu havia entendido essa parte, até tinha conseguido supor que ele tinha vergonha de seu corpo, mas para mim não tinha sentido tal constrangimento. Por isso eu continuei a soltar perguntas em sua direção até que ele me respondesse com palavras o suficiente para que eu pudesse ao menos tentar entender seu lado – É que meu corpo é meio estranho… Sei lá, eu não gosto muito. Minhas coxas, meu quadril… E tenho “gordurinhas" na barriga…


  – Frank! Para! – seus olhos cresceram quando minha voz soou alta demais, impedindo que ele continuasse a se colocar para baixo – Onde você vê algo de estranho?! … Eu já te vi sem blusa e eu juro que não vi nenhuma gordura. E o que tem suas coxas e seus quadris? Para mim eles são, meu Deus, perfeitos… – não sei de onde tinha surgido aquela imagem errada que ele tinha de si mesmo já que o que eu falava era pura verdade – Não coloque defeito onde não há, pequeno… E vai logo! Entra aqui comigo! – a última parte, mandando-o vir a água, falei mais descontraidamente para tentar dissipar o clima um tanto pesado que se instalara entre nós.


  – Tudo bem… Mas vira de costas, por favor – finalmente ele concordou, e começou a tirar a blusa larga de seu corpo, mas antes mesmo que ela passasse por seu pescoço ele parou e passou a esperar que eu cumprisse o que ele havia pedido. Então eu o fiz, só tinha vista para um monte de árvores e pedras além da água, nada de Frank e isso me incomodava bastante, eu apenas queria me virar para o ver. E o som de cada peça indo de encontro ao chão só me causava mais vontade de olhar, o ver apenas com sua boxer era meu maior desejo no momento e… Eu me virei, se antes eu julgava meu autocontrole bom agora eu sabia que ele não chega nem ao menos perto disso, não era correto o olhar sem sua permissão, porém esqueci isso no instante que meus olhos se fixaram nele. As coxas grossa, ainda não entrava em minha cabeça que ele não gostava delas, estavam expostas e subindo um pouco eu tinha a visão de sua bunda recoberta apenas pela cueca azul escuro e, porra, era milhares de vezes melhor do que quando ele usava suas calças mesmo que elas fossem justas o suficiente para marcar cada curva do pequeno rapaz... E meu breve momento de apreciar Frank de longe acabou com o mesmo me repreendo – Gerard!


  Mas como eu já havia o visto não tinha o porquê de não continuar a observar ele que agora estava andando em minha direção timidamente, e recuou um pouco quando percebeu o quanto o lago estava gelado. Um pouco mais preparado para enfrentar a água ele a adentrou rapidamente, tremendo um pouco ao que chegava perto de mim já que eu estava na parte mais funda e, sendo assim, apenas sua cabeça não tinha contato com a temperatura baixa. A primeira coisa que fiz quando ele estava perto o suficiente foi o puxar para mais perto ainda, colando nossos corpos e contornar o sua cintura com meus braços. Não o beijei e nem tive alguma alguma intenção escondida por trás do ato, foi apenas como um carinho. Causando-me arrepios ele passou as mãos gentilmente por todo o meu braço, as unhas curtas sendo arrastada levemente e, por eu ser extremamente pálido, me marcando com risquinhos em um rosa claro que sumiam logo depois, estacionou suas palmas em meu ombro e riu. Simplesmente riu.


  E ele era lindo rindo, mas não que isso fosse uma novidade, noventa por cento, ou mais, de meu pensamentos giravam em torno disso hoje, e eu não conseguia parar de voltar a isso. Era como ciclo vicioso. Não era apenas sobre a beleza de seu rosto ou de seu corpo que eu me referia, mas sim a todo ele, desde a personalidade tão inusitada até ao som fofo de sua risada.


  – Então, senhor Iero, me fala mais sobre suas tatuagens – pronuncie seu sobrenome corretamente, com aquele sotaque ele insistia em usar todas as vezes que tentava explicar para alguém a sonoridade tão complexa que a pequena palavra de quatro letras tinha, ele fazia tantas vezes aquilo que até mesmo eu já tinha decorado sua reação irritada quando alguém não o entendia.


  – Jura que você quer saber sobre elas? – ele pareceu surpreso ao que eu confirmei e, depois, fiz um sinal com minha cabeça para que ele continuasse a falar – Você não parece um cara que gosto muito de tatuagens, mas okay… – aí ele estava incorreto, na verdade eu admirava muito, para mim era arte, tinha tanto valor quanta qualquer outra, e, se eu não tivesse tanto medo de agulhas, eu não pensaria duas vezes em fazer uma ou duas em um lugar ou outro do corpo – Bom… A minha primeira eu fiz no meu aniversário de dezesseis anos, meu pai e minha mãe me levaram. Foi engraçado porque eles estavam mais animados do que eu. Eles tentavam palpitar sem parar no que eu deveria escolher, mas no fim das contas deixaram que eu fizesse o que eu queria – a alegria transparência por seus olhos, eles brilhavam mais do que o normal, sem a menor dúvida essa era uma boa lembrança para o rapaz. Ver ele tão feliz era realmente bom – E sempre era assim! Eles iam comigo e depois saiamos para comemorar, comíamos lanche ou pizza, era um dia em família… Daí, no final da noite, eles me davam um pirulito por ser um bom garoto, como se eu fosse uma criança – pela quantidade de desenhos na pele do rapaz eu conseguia contar que eles haviam repetido tal programação por cerca de cinco ou seis vezes, mas rapidamente eu deixei de pensar nisso quando vi o seu sorriso radiante vacilou um pouco, se tornando algo cheio de saudades, porém ele continuou sorrindo, feliz, nostálgico – Depois do acidente eu só fiz mais uma. Quero fazer mais, várias, mas pra isso eu tenho que juntar dinheiro.


  – Calma, pequeno, você ainda tem dezessete anos, há muito tempo para fazer quantos desenhos quiser – recebi uma resposta positiva dele, um resmungou doce, tão fofo que não me controlando selei meus lábios aos seus brevemente, depois repeti esse mesmo movimento em sua bochecha, seguindo para o maxilar bem definido e parando na tatuagem de escorpião que ele tinha no lado do pescoço – Acho que você não sabe, mas essa é a minha favorita!


  E antes que Frank pudesse dizer qualquer coisa eu simplesmente o beijei. Seus lábios eram macios e quentes, a argola metalizado no canto do inferior ia totalmente contra essas características, tornando o contato ainda mais interessante e bom. Por alguns instantes nos mantivemos apenas nisso, um contato superficial e até um pouco infantil até que eu inclinasse um pouco para o lado minha cabeça na intenção de aprofundar o beijo. Então ele cedeu rapidamente, abriu minimamente um espaço para me dar total liberdade de invadir sua boca com minha língua, e eu o fiz, não me privando da chance de provar ele novamente.


  Eu já o espremia contra a grande rocha quando dei por mim. Estávamos grudados um ao outro, suas pernas se cruzaram eu minha cintura enquanto eu me mantinha no meio das mesmas, apertando suas coxas e quadris como se minha vida dependesse daquele toque, e dependia, ainda mais quando ele soltava baixos gemidinhos desesperados e sua respiração saia alta e pesada. Eu beijava desde seus lábios  até seus ombros, mordiscando sua pele alva sempre que tinha a oportunidades, tentando não deixar marcas no pescoço do garoto. Em compensação, enquanto eu era delicado e cuidadoso ele realmente não se importava em arranhar minhas costas, era isso que ele fazia, retribuía aos meus beijo e torturava minhas costas cravando suas unhas curtas naquela área, a ardência que a água proporcionava em conjunto as marcas era algo que, definitivamente, me deixava mais duro do que eu já estava. E, bom… Eu não era o único, quando eu chocava nossos quadris na intenção de o escutar gemendo meu nome desesperadamente era fácil sentir sua ereção junto a minha.


  Subi vagarosamente minhas mãos chegando em sua bunda, por cima da boxer eu apertei-a com toda a vontade que estava acumulada dentro de mim. Senti meu membro pulsar. E um tanto fora de mim eu passei a retirar o pano do corpo do menor, eu não tinha pressa em fazer isso, então eu deslizava o elástico por suas curvas pouco a pouco e ele me dava total permissão para continuar a despi-lo.


  Mas eu parei meus atos assim que três palavras saíram de sua boca acompanhadas de meu apelido, “eu sou virgem, Gee”. Porra, eu não esperava escutar aquilo de tal forma, tão naturalmente, talvez eu tenha ficado surpreso demais, o que me fez recuar e o soltar.

  – Oh… Frank… – a tensão pairou sobre nós dois, ele estava ainda parado em minha frente, com as bochechas tão vermelhas que eu podia sentir o seu calor mesmo não estando mais tão próximo, e eu não sabia direito o que falar. “Você não me quer mais porque eu nunca transei com ninguém?”. A pergunta veio depois de um bom tempo, ele estava totalmente constrangido, sua voz saiu tão baixa que eu quase não consegui o escutar, e, merda, ele tinha entendido tudo errado – Não! Hey, Baby, me desculpa se pareceu isso, mas é que… Eu não quero que sua primeira vez seja assim… Um garoto como você merece algo melhor, especial…


  – Você acha? – a questão veio junto ao seu sorriso, ele ainda era discreto, mas eu conseguia sentir o alívio por trás dela, como única resposta eu confirmei, totalmente verdadeiro – Bom… Acho que já está ficando tarde…


  – É verdade, pequeno, acho que tenho que te levar para sua casa. Não?


  Então saímos do lago, com toalhas que eu tinha levado por precaução dentro da cesta nós nos no secamos em meio a risadas e brincadeiras. As roupas logo se ajustam em nossos corpos, estávamos prontos para irmos embora já que o sol já tinha se posto e a única coisa que iluminava o ambiente eram as lanternas dos nossos celulares. Com cuidado recolhemos o que tinha sobrado de comida, colocando-as da melhor maneira possível dentro da cesta para, depois, irmos em direção ao carro. O percurso até ele foi cheio de tropeços e risadas, mas conseguimos o alcançar ainda vivos e inteiros, afinal, não éramos tão ruins assim em andar no mato durante a noite, para dois homens da cidade não estava nada mal.


  Frank acabou dormindo no caminho até sua casa, no rádio tocava uma música calma, e ao que olhava a paisagem passar rápida pelo vidro ele acabou caindo no sono lá mesmo. Eu poderia me chatear por ele ter me deixado falando sozinho, mas era tolice quando ele estava tão pacífico com os olhos fechados e a respiração leve, tão puro e lindo que calsava até certo receio de que, caso eu tocasse, algo nele estragasse.


  E com minha atenção sendo dividida entre o trânsito e Iero desmaiado no banco eu estacionei em frente a sua casa mais rápido do que eu imaginava.


  Acariciando seus cabelos ainda úmidos eu sussurrei seu nome, seus olhos se abriram aos poucos, alguns segundos foram precisos para que ele reconhecer onde estava, mas quando o fez um bico descontente se formou em seus lábios. “Não quero ir”, ele disse mais parecendo uma criança do que o adolescente que era. Eu quase o respondi dizendo que também não queria que ele saísse de perto de mim, o que era verdade, mas achei melhor apena o dar mais um selinho antes de me despedir e o ver entrando em casa enquanto um sorriso bobo era estampado em meu rosto.


Notas Finais


!!! Finalmente encontro frerard !!!
O que acharam? Foi bom, um lixo? Comentem aqui e compartilhem com os amiguinhos pra me deixar feliz hahahahaha
Eu espero mesmo que vocês gostem desse capítulo, de como tudo rolou entre os dois e tals, não teve lemon, ainda, mas acho que esses beijos no laguinho já foram o suficiente por esse começo na relação deles. Vocês não acham?
Eu vejo vocês lá embaixo ou no capítulo que vem! Bjsss!!!! ❤❤❤


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