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História Allegretto - Permesso


Escrita por: PseudoIsabela

Notas do Autor


Gente, obrigda pelos comentários passados.
Eu tava real insegura em relação às quantidades e de estar ruim. Eu li todos e irei responder!!
Eu acho que vou atualizar nas quartas, no meio da semana. Dar uma incentivada pra gente terminar.
E
Nas sexta todo mundo deve ser dedo no cu e gritaria pra sair ou só descansar
no sábado dia de putaria
e no domingo dia de ir na igreja
não vou competir com isso, então vou fazer nas quartas.

Acho que vou sumir levemente porque to me mudando. Indo para a cidade em que vou fazer faculdade, e lá eles suspenderam EAD (graças a Deus) e então to me mudando pra lá.
A semana vai ser cheia, mas não sumirei pra sempre, ok??
Obrigada por todos os comentários, mesmo
não canso de dizer que escrevo pra vocÊs!

Boa leitura!!

Capítulo 23 - Permesso


Hinata não contou a Temari pelo telefone, esperou pacientemente até sexta. Estava na porta do bar e respirando fundo ela abre a porta dos funcionários devagar trancando ao passar e sobe as escadas. A porta do quarto estava aberta, ela encontra Shikamaru sentado so sofá de maneira confortável e Temari na pequena escrivaninha concentrada. 

— Licença — murmura e logo os dois a encaram e sorriem. Temari levanta e a abraça forte. 

— Estava com saudade de você, Hina — fala a abraçando forte e ela retribui. 

— É verdade, ela já estava pensando de adotar um gato— 

— Shiakamaru! — fala e ele ri se levantando e abraçando a garota dentro do abraço de Temari. 

— Sentimos sua falta pequena — fala e ela sorri se sentindo acolhida e quente — Como você está? Nos conte direito como foi.  

E ela começou a contar sobre as semanas, os dias lá, sobre as orquestras e os colegas que tinha feito. A comida que comeu, as conversas com a prima e eles se entretiam e se concentravam no que ela falava. 

— E, tem algo que preciso falar com vocês — fala e eles se ajeitam do mesmo jeito — Bom o Uzumaki — começa e Shiakamaru já se afundar no sofá cruzando os braços, fazendo ela encarar Temari que apenas fala pra ela continuar — Tinha me pedido em namoro há umas três semanas, quatro? — pergunta refazendo as contas e vê Shiakamaru a encarar de maneira mais séria — eu tinha dito pra esperar até o fim dessa apresentação e ele foi lá — as sobrancelhas de Temari se erguem em surpresa — e eu aceitei a declaração dele — fala e Temari sorri de leve, mas Shiakamaru ri fraco com uma expressão estranha — Preferi falar pessoalmente que por telefone — diz e ela concorda. 

— Hina, fico feliz, de verdade — fala e ela concorda feliz e se sentindo segura, mas ao olhar para o Nara que a encarava de uma maneira diferente que ela já havia visto. 

— Shiakamaru? — ela murmura e ele sobe os olhos, realmente a encarando agora. 

— Se você está feliz eu fico feliz — "ou tento" completa mentalmente. 

— Mas? — sussurra e ele nega. 

— Sem "mas" é a sua vida — a corrige e ela nega, sentindo como se fosse empurrada por ele, se sentiu mal na hora. 

— Mas você cuida de mim, e você se preocupa comigo. Você está na minha vida — fala e ele nega — é importante pra mim — fala mais baixo e ele respira fundo. Temari o encarava pouco estressada, mas sabendo que ele era bastante protetor e ciumento com o que gostava, sabia por experiência própria quanto a amor, quanto a proteção que ele tinha sobre a Hyuga imaginava que seria assim. 

— Posso me acostumar — fala depois de um tempo e ela sorri. Era como um "vou me esforçar pra entender" e isso bastava por agora. 

— Obrigada, de verdade — fala e ele se esforça pra sorri quando a abraça, mas Temari o encarava de maneira séria e ele desviou o olhar se afastando — Eu estou com um pouco de fome — fala e ela concorda. 

— Estou terminando o fechamento do mês e a gente come algo — fala — se quiser tomar seu banho enquanto isso — ela concorda e vai até o banheiro com uma muda de roupas. Assim que ela tranca a porta Temari o encara e ele suspira. 

— Não adianta falar nada, não confio nele — a corta antes que abrisse a boca e ela suspira. 

— Tente conversar com ele pelo menos — 

— Ah, com certeza eu vou — fala de maneira estressada — Você aceitou muito fácil essa merda. 

— Eu conversei com ele e com ela, e já te expliquei — fala e ele nega com a cabeça respirando fundo tentando se lembrar dos limites dela — Se esforce, pelo menos. Sabe que interfere na vida dela, que seja direito — ele respira fundo voltando pro que lia e ela caminha até a cadeira voltando a contar as coisas do bar. 

A noite começou e estavam animados, o público estava muito cheio por conta de Hinata ter vindo tocar. Estavam na lotação máxima quase.  

O show começou e Temari teve de ajudar no bar com as bebidas e no atendimento de tão cheio que estavam. O coração dela ficava agitado em noites assim, pensava que logo conseguiria comprar o prédio ao lado e ampliar o bar, como queria fazer há tantos anos. A noite corria e as pessoas se acalmaram quanto aos pedidos quando a apresentação corria mais, mas cantavam juntos e estavam mais animados que nunca e ela ficava feliz com isso, se sentia forte. Ela vê o loiro chegando no mesmo horário de sempre por conta do trabalho, vê ele chocado com o tanto de gente, e até mesmo o banco que tinha uma péssima visão estava ocupado. Ele chega na beirada do balcão e ela vai até lá. 

— Isso está mais do que lotado, se a polícia vier aqui? — 

— Vou ter dinheiro o suficiente pra pagar a multa — fala e ele ri — Ela me falou que estão juntos — fala e ele concorda com um frio na barriga ao se lembrar disso. 

— Sei que não vai ser como outras vezes — fala e ela concorda. 

— Conheço esse sentimento — fala e ele a encara, as vezes queria saber mais sobre a história dela, sobre o que aconteceu e como veio parar ali. Os cabelos loiros a marcavam como não era daquela região e muito menos daquela cidade — Shiakamaru não — fala e ele pisca olhando o baixista. 

— O que posso fazer? — fala e ela o encara com otimismo de saber que ele procurava melhorar o relacionamento dos dois. 

— Conversar e esperar. Ele não liga pra muita coisa, e liga muito pra o que importa pra ele, muito — fala e ele respira fundo. 

O show acabou e eles seguem até a entrada dos funcionários onde Hinata passaria. Dessa vez o baterista, Choji como se lembrava, e Shiakamaru vieram de escolta para ela um na frente e o outro atrás por conta de estar muito cheio e temerem que alguém a alcançasse. Assim que ela o vê sorri, logo se lembrando que Shikamaru estava atrás dela e ao subir os olhos, o loiro encontrou os dele sérios, sérios como nunca tinha visto outro. Sentiu um arrepio na espinha antes de se aproximar pouco mais. 

— Entregue, Hinatinha — fala Choji com tom brincalhão — Até logo. 

— Obrigada, Choji — fala animada passando pelo balcão com o instrumento no peito — Oi — fala para ele que sorri e passa o balcão também. 

— Oi — fala e Temari aponta pra ela subir e logo é chamada para atender, visto que voltaram todos ao balcão. Ela apenas encara Shikamaru antes de se virar para atender. Os dois sobem as escadas como o normal e Shiakamaru ouve Hinata tagarelar, quase como fazia com eles quando estava agitada. 

— Você viu? Estava tão cheio, fiquei tão nervosa — fala mostrando as mãos tremendo de leve e ele sorri a respondendo de maneira animada também. Shikamaru o encarava e estudava, o jeito que ele agia, onde a tocava e como a olhava.  

— Hinata, se arrume logo, a casa está muito cheia e vou precisar ajudar a Temari — fala e ela o encara, vendo o quão sério estava e sente aos poucos toda a agitação que sentia diminuir. Ele sente isso e se sente culpado, mas não conseguia controlar muito bem aquele sentimento. Ela concorda de maneira obediente entrando para o quarto e encostando a porta, o loiro se vira encarando-o e logo leva as mãos aos bolsos encolhendo os ombros antes de relaxar. Shiakamaru era possessivo com as coisas, era uma característica que sempre precisar acalmar em si mesmo e se lembrar de controlar. Ter o relacionamento dele com Temari da forma que foi o ensinou muito sobre isso, mas Hinata era quase como uma filha, se sentia tão responsável quanto como se fosse dele. 

— Presumo que ela tenha falado com vocês — ele concorda devagar buscando o maço de cigarro no bolso da jaqueta e um fósforo para o acender. Naruto encarava sem saber bem como agir, já tinha enfretado ciúme, com certeza, mas não como aquele. Não como se ele estivesse lidando com um pai — Sei que não confia em mim, nunca tentou esconder — 

— Não escondo nada, meu jogo está na mesa. Eu não gosto de você — o fala com uma calma cirúrgica sentindo o cigarro tentar acalmar o coração que batia tão forte e com tanto ódio. 

— Certo — fala sem saber como continuar — Mas entende que ela não é uma criança, certo? — fala e isso o faz sentir um aperto na garganta — e que ela decidiu isso —  

— É facil tomar uma decisão estúpida quando se é novo — o corta. 

— Ela não é tão inocente quanto pensa — fala e assim que as palavras saem da boca dele ele vê as interpretações dela, vendo ele travar por um segundo antes de puxar absurdamente o cigarro e soltar tudo de uma vez — Ela pode tomar as próprias decisões — 

— Confio nela, não confio em você —  

— Acha que vou fazer o que? — 

— O que faz de melhor, eu julgo — fala e logo ri com amargura — Temari é seletiva, mesmo antes do nosso relacionamento — fala e ele se sente mal, absurdamente mal por duas circunstâncias. Primeiro a principal de ter tido alguma intenção com a mulher, que sabia que iria o incomodar por muito tempo. E a segunda era que ao menos se lembrava como tinha acontecido com Temari. Não se lembrava, achava que tinha sido em um encontro em uma distribuidora de bebida e não fazia ideia de como, mas lembrava de ter sido cortado algumas vezes antes de a fazer rir de algo e terem conversado sobre coisas que não se recordava também muito bem. 

— Shiakamaru, nada que eu te disser vai te fazer acreditar em mim — 

— Esperto — retruca e ele suspira. Seria desse jeito? 

— Só posso te pedir tempo para as coisas acontecerem — fala e ele o encara dos pés a cabeça. 

— Tudo bem — fala depois de alguns segundos. A cabeça doia, estava estressado demias — Eu vou respeitar vocês, mas particularmente no seu primeiro vacilo não vou estar surpreso. Se isso acontecer espero não te ver nunca mais, pode ser assim? — fala e ele se sente mal com tanta descredibilizada, mas concorda, olhando para o chão e ficando quieto.  

De repente se sentiu como um monstro pior que se imaginava, a dúvida se deveria estar ali ou não atravessa o peito. Certamente não era bem vindo, não por ele, mas- 

— Desculpa a demora — fala saindo com o violoncelo na mão e a mochila nas costas. O coque e um sorriso pra ele — Temos alguns minutos? — pergunta olhando para Shiakamaru. 

— Preciso te levar, desculpa, Hinata — fala e ela encara o Uzumaki com uma porção de culpa. 

— Desculpa, eu- 

— Tá tudo bem, relaxa — fala sorrindo e ela o encara sentindo algo errado e estreitando os olhos — minha mãe me ligou me mandando voltar, estava estressada e acho melhor eu voltar agora mesmo. 

— Está bem, obrigada por vir — fala e Shikamaru pede passagem para o quarto para provavelmente pegar as chaves e a blusa. Hinata ainda com vergonha e sem jeito se coloca na ponta dos pés e o beija de leve nos lábios, logo se abaixando e o encarando. Ele abre um sorriso tão espontânea que ela sente um brotar no próprio rosto — podia trazer Kiba e Shino um dia, ia ser divertido. 

— Posso pensar nisso — fala e ela concorda — Fica bem, Hyuga — fala sorrindo para ela e dando um passo pra trás assim que ouve barulho no quarto. 

— Eu te ligo mais tarde — ela fala e ele concorda vendo Shiakamaru chegar perto. Nunca tinha observado, mas ele tinha bastante presença no ambiente. 

— Vamos, Hina — fala pegando o violoncelo dela e indo na frente. Ela acompanha o loiro até as escadas da saída antes dele sorrir mais uma vez e descer. Ela fica parada o encarando descer e empurrar a porta dos funcionários, antes de se virar e acenar mais uma vez, mas dessa vez com olhar pouco mais triste. 

 

 

 

 

 

 

— Hyuga? — ele chama e ela murmura que estava prestando atenção nele. Estavam na sala de aula e ela lia um texto para a aula de hoje— Quero que conheça meus pais — fala com certa tranquilidade, mas ansioso pela reação. Havia algumas semanas que estavam juntos e já haviam contado a Temari, às amigas e até mesmo ao professor Hue.  

Ela arregala os olhos de leve e o encara. 

— É muito cedo, não? — ele nega — Tudo bem — ela fala devagar — Quando? — 

— Esse fim de semana? —  

— O quê? É muito cedo — diz e ele suspira — Eu ainda não falei para a minha família — ele concorda — Não sei como falar, ou se quero falar. A sua família vai aceitar. 

— Eu gostaria de frequentar sua casa, conhecer sua família — explica e ela concorda respirando — tem algo a ver com meu jeito? 

— Não, céus, nunca — o interrompe e ele concorda— Não sei como eles vão reagir, se me proibirem ou me limitarem de ficar com você. 

— Eu posso ir pedir a permissão deles — fala e ela a encara sem mexer o rosto. Achava que esse era o protocolo, mas não fazia ideia de como funcionava. 

— Você já fez isso antes? — pergunta em um misto de ciúme/insegurança e preocupação. 

— Lógico que não, Hyuga, como te falei minha mãe não faz ideia de ninguém que já me envolvi— fala e ela o encara. 

— Ela sabe que você vai ao bar? — 

— Ah, sim. Não no da Temari, mas com Kiba sim, ele a conhece — 

— Ela sabe que você... — ela não continua e gesticula com as mãos sem coragem de dizer e sentindo o rosto esquentar. 

— Oh, acho que sim, ela desconfia, mas não sabe das pessoas que me relacionei ou como, com quem e- 

— E com quem? — fala antes de raciocinar, logo tampando a boca com as mãos e o encarando paralisada — Eu não quis dizer isso — sussurra e ele a encara sem saber como agir. 

— Você quer saber isso? — fala pouco sem graça e ela não concorda nem nega — Eu não tenho mais contato com essa pessoa — começa a fazendo se sentir envergonhada — Eu tinha dezesseis anos, quase dezessete — 

— Isso é muito novo — 

— Eu acho que sim — fala sem jeito e sem muita coragem de a encarar — Ela era mais velha, um bocado bom — fala e ela se sente desconfortável igual ele. Eles ficam em silêncio antes do garoto, que ainda encarava o chão comentasse — Ela não precisa conhecer essa parte de mim, não quero deixá-la triste e decepcionada — fala de maneira franca, com um emocional dele que ela ainda não tinha tido muita oportunidade de conhecer. Ele não era feliz e agitado o tempo todo — Desculpa, não quis deixar o clima assim — diz tentando se animar, mas por dentro se sentia quase como um pecador perto dela. 

— Sua mãe gosta de flores? — fala tentando quebrar o clima e ele a encara com um sorriso fraco como se agradecesse a mudança de assunto. 

— Qualquer uma, ela gosta de ser mimada — fala e ela concorda pensando em algo — Sua mãe gosta?  

— De tulipas — 

— São caras — ele comenta e ela concorda. 

— Talvez seja por isso — fala e ele ri fraco. 

— Que tipo de pessoa seu pai é? — 

— Ah, ele-— começa, mas para pôr um segundo — Em que quesito? 

— Como pai — 

— Ele é fechado, mas tenta me apoiar e apesar de ele não falar muito acho que ele gosta mais de mim que a minha mãe — fala e Naruto sente o coração doer com aquela afirmação — mas não sei qual pode ser a reação dele — complementa e abaixa a cabeça. 

— Ei, o que foi? — 

— Ainda quer fazer isso? Minha família é difícil, eu estou com medo de me proibirem de te ver — fala e ele ri, mesmo que estivesse tenso e deita a cabeça em cima dos cabelos dela. 

— Quero fazer o mais certo que eu conseguir com você, Hyuga — explica — porque você merece coisas assim — fala e ela suspira de maneira pesada, sentindo uma súbita vontade de chorar, mas a empurrando para o fundo do coração — Quer matar o primeiro horário no terraço? — pergunta e ela prontamente nega — imaginei, mas vale tentar — fala rindo e ela vira a cabeça de lado o fazendo sair de cima dela e a encarar. Ela levanta a cabeça perto dele. 

— Obrigada por querer fazer esse tipo de coisa — fala e ele sorri. 

— Obrigado por me deixar querendo fazer todo tipo de coisa por você — fala e logo abre um sorriso sacana — e com você — fala a fazendo o empurrar e abaixar a cabeça de novo, o arrancando uma risada alta antes que se apoiasse no coque da garota de novo. 

 

 

 

 

 

 

— Hana — a chama no portal da porta do quarto da irmã, a vendo lendo uma revista e ouvindo música baixa no pequeno rádio. Ela levanta a cabeça prontamente — Eu queria falar uma coisa pra você — começa e o olhar da irmã de repente muda recebendo o brilho de responsabilidade e confissão e responsabilidade. 

— O que? — fala animada e ela se senta na mesa de chão, de frente pra irmã. 

— É segredo ainda, não pode fazer muito alarde — começa e aí então que ela vê os olhos da irmã arregalando em expectativas — Lembra do Uzumaki-? 

— Vocês estão namorando? — fala sussurrando de maneira chocada e Hinata pisca uma vez, depois duas como quem não esperava aquela velocidade de compreensão. 

— Sim — fala e a irmã fica completamente agitada indo pro lado da irmã e se sentando lá a encarando com mil expectativas — O que? — 

— Detalhes, por favor, detalhes — sussurra como um segredo fazendo a irmã sorrir e começar a contar vendo a irmã ficar tão animada quanto podia imaginar. Tinha gostado de Naruto, se divertido com a companhia dele. 

— Ele podia vir aqui, a gente veria um filme ou jogaria — começa a pontuar mil coisas para fazerem e ela sorri ao ver, mas logo se lembrando da problemática. 

— A mamãe e o papai não sabem ainda — fala e a irmã de repente pareceu murchar um pouco — Como eu faço pra contar? Você faz ideia? — a garota senta direito colocando a mão no queixo e pensando em silêncio. 

— Acho que pra mamãe ele teria de vir pedir permissão pro papai e provavelmente conversarem. A mamãe deve me perguntar coisas sobre ele e eu vou saber responder- 

— Com cuidado, pra ela não descobrir que você saiu aquela vez — ela levanta qs sobrancelhas e concorda de lembrando desse detalhe. 

— Papai vai ficar feliz, eu acho, e a mamãe eu acho que também, ele só tem de responder certo o que o papai perguntar e achar dele — fala e ela concorda. A mãe era muito submissa ao pai e a palavra dele era a final, Hinata sabia disso e era uma das coisas que Temari conversou com ela, essa submissão e como se expressar melhor. 

— Eu estou com medo deles me proibirem de ver ele — fala e a irmã nega. 

— Não acho, uma vez ouvi eles discutindo pensando se tinha acontecido algo com você ou se você sofria bullying e por isso era tão calada — fala e Hinata levanta as sobrancelhas e a irmã concorda — Um namorado ia fazer eles ficarem seguros de você não se expor a violência, principalmente o Uzumaki já que ele é muito bonito e alto — fala e a garota concorda sentindo um pouco de vergonha dos detalhes — Pode ser menos pior do que você pensa — fala e a irmã suspira. 

— Eu não queria pensar no pior — fala e a irmã sempre ficava triste de ver como ela agia com os pais, para ela parecia ter sido mais fácil e não sabia o porquê. 

— Vou fazer dá certo — a irmã fala com o joinha nas mãos — fique tranquila — fala e Hinata sorri. 

— Quer ver um filme? — fala e a irmã concorda se levantando. 

— Vou fazer pipoca — 

 

 

 

 

Tinham conversado sobre depois da apresentação na sexta da noite anterior e na hora do almoço Hinata falou com os pais que receberia uma visita de tarde. No mesmo segundo os pais se encararam, ela nunca tinha recebido visita fora os Sakurajima. Diferente de Hanabi que traziam amigas até para dormir, ela nunca trouxera nem para fazer trabalhos.  

Ela e Hanabi estavam sentadas no sofá vendo televisão, a perna dela não parava um segundo de balançar e Hanabi encostada no peito dela reparava. Ela também mexia e penteava os cabelos da irmã encarando o relógio da cozinha e esperando qualquer movimentação.  

Quando ela ouve a campainha tocar sente o coração sair pela boca e ela começou a sentir um leve tremor. Estava apavorada, completamente apavorada. Hanabi quase abre a boca em surpresa ao olhar para a irmã e ela não levantar para abrir a porta. 

— Hina — Sussurra e ela a encara. 

— Não vai dar certo, ele precisa ir embora — fala desesperada e indo se levantar. Hanabi se levanta antes se colocando na frente e indo até a porta. 

O Uzumaki estava bonito como ela se lembrava, com uma roupa parecida com a do dia do encontro, um sorriso pouco nervoso e uma sacola no braço. 

— Ei, Hanabi — fala e ela sorri de nervoso de volta. 

— Vem — fala dando espaço e ele entra, nesse momento o pai e a mãe estavam descendo as escadas e o encaram chegar. 

— Licença, senhor e senhora Hyuga — fala com uma reverência e se apresenta com normalidade, não como quem vinha pedir permissão.  

Se questionou mil vezes porque raios tinha de pedir, mas a mãe conversou e explicou como geralmente pessoas mais conservadoras pensavam e ele tentou se adequar ao que eles pensariam. Hinata aparece indo pra perto deles e ele podia notar a quão pálida ela estava, os olhos pareciam querer sumir dali ele não pode evitar franzir as sobrancelhas diante daquilo. Ele encara Hanabi e ela simplesmente suspira e nega. Hinata respira fundo fechando os olhos e abre. 

— Pai, mãe, eu preciso conversar algo com vocês — fala de maneira pausada e robótica, ele tinha se esquecido de que já havia ouvido essa voz quando tinha vindo a acompanhar mais tarde, e desejou nunca ter ouvido. Assim que ela ousa levantar os olhos para o pai ele a encara como se já soubesse. 

Os pais dela sem saber como agir o convidam a sentar no sofá. Hanabi tomou conta da caixa de doces que ele tinha trazido e sumiu para a cozinha. 

Assim que eles sentam no sofá e o pai se senta na poltrona com a mãe apoiada atrás. 

Naruto observou que eles tinham olhos iguais, mas o cabelo de Hinata era como o da mãe. O nariz e o formato do rosto também, era uma mulher bonita e o pai tinha um rosto mais severo e fechado, mas parecia pouco tenso e curioso. 

Ele sentia as mãos da Hinata tremerem ao lado dele, tremerem absurdamente o deixando com coração apertado. 

— Eu gostaria de permissão para namorar com a sua filha, senhor Hyuga— fala olhando para o pai dela, como a mãe dissera que seria melhor, mas o mimo era para a mãe:os doces. Ele encara em silêncio e notava como a filha estava nervosa e assim que ele falou ela desviou o olhar para o chão, o que o fez sentir o coração quebrar. 

— Como isso aconteceu? — pergunta e Naruto sorri, chamando atenção da mãe da garota antes de começar a falar. 

— Alguns meses atrás durante as provas   eles fizeram um grupo de estudos e o Sakurajima me chamou para participar — se lembrou de usar a desculpa do primeiro encontro com a mãe e o nome que ela conhecia — Somos da mesma escola — explica — e eu até acompanhei ela até aqui por pedido dele, não sei se a senhora recorda — fala e ela concorda de leve apertando a mão no ombro do esposo — e então começamos a passar mais tempo juntos no grupo de amigos e decidi vir fazer o pedido depois de conversar com ela — fala e ele concorda. Nesse momento Hinata encara a naturalidade e tranquilo que o loiro falava. Encara o rosto expressivo e tranquilo e isso a fez relaxar um pouco e parar de tremer. Quando ele termina a história ela encara o pai que a encarava. 

— Podemos conversar no meu escritório? — pergunta e Hinata encara a mãe, que apenas a encara de volta com curiosidade e surpresa. 

— Claro — ele responde com tranquilidade e então o homem se levanta da poltrona, encarando a esposa antes de irem até ao quarto do primeiro andar. O único no primeiro andar. 

O olhar dele era significativo para que não arranjasse confusão com a garota.  

Hinata encara o loiro a olhar e sorrir antes de ir para o escritório como quem dizia para ficar calma. Ela abraça o próprio corpo sentindo falta de repente do calor do corpo ao seu lado. Hanabi aparece e senta do lado da irmã encarando a porta. 

— O conhece há quanto tempo, Hinata? — a voz da mãe soa e ela de imediato retrai o corpo e olha a mãe e sabia o interrogatório. 

Do lado de dentro do escritório o homem se senta na cadeira atrás da mesa e o aponta uma poltrona do outro lado, onde a esposa geralmente ficava quando eles viam contas e afins. 

— Então, Naruto — começa depois de alguns minutos em silêncio o encarando. Era um rapaz bonito, não tinha pircing ou tatuagem. Tinha uma boa aparência e falava com muita tranquilidade — Quantos anos tem? 

— Dezoito, mas antes que o senhor questione eu não repeti de ano, é por conta do meu aniversário ser no fim do ano e do jardim de infância — fala toda a informação completa e ele concorda. 

— Você pediu a minha filha antes de vir aqui? — pergunta e a mãe tinha falado sobre aquilo também. 

— Sim, mas ela disse que precisava da permissão do senhor então disse que viria aqui — falou e ele concorda. Sabia que a filha era obediente a ele, tinha completa noção disso. 

— Você trabalha? — pergunta e ele quase sorri. 

— Durante o ano em meio período e nas férias trabalho aonde quer que eu vá, se for a praia trabalho em quiosques ou como salva vidas — fala e ele levanta a sobrancelha. 

— Seus pais deixam que trabalhe junto aos estudos? — 

— Desde que não atrapalhe minhas notas, sim. Meu chefe é bastante ligado aos estudos, é um amigo da família — explica — meus pais me incentivam a ter renda própria apesar de não me negarem se eu pedir — ele diz e Hiashi fica feliz de ouvir isso. Fica tranquilo em saber que ele agia assim e Naruto sabia que ele tinha gostado. 

— Certo — fala se ajeitando na cadeira dando alguns segundos de silêncio ao ambiente — Naruto — diz e ao não dizer nada o garoto se manifesta. 

— Sim? — 

— Como é a minha filha? — fala e ele precisa de meio milésimo para fechar a boca e raciocinar o que ele tinha perguntado. Tinha se preparado para tudo, até histórico de doença na família, mas não para isso. 

— Como assim, senhor Hyuga? — 

— Na escola, no grupo de estudos — lista e ele concorda. 

— Ela é boa, gentil e tranquila. Geralmente parece leve, tão leve que quando você ouve ela falar entende que é parte de quem ela é — diz e ele vê o homem suspirar e se afundar um pouco na cadeira. Não era como ela era ali, era densa e travada e ele viu que ele ficou espantado quando viu a garota tão tensa na entrada — Ela é muito inteligente, senhor, e é bem humorada. 

— Ela é comunicativa? — 

— Ah, comigo é bastante, com nossos amigos também, com pessoas estranhas é mais calada, mas se conversarem com ela, ela conversa de volta tranquilamente — explica e ele concorda. 

— Vocês já tiveram encontros? — pergunta e ele abre a boca e repensa o que falar. 

— Não exatamente, saímos junto com nossos amigos e acabamos por conversar mais — 

— Onde foram? — 

— No parque de diversões — diz e ele concorda. Se lembrava do dia, dela ter pedido na hora do almoço e dos amigos dela terem vindos — Eu tenho foto, se o senhor quiser ver — fala e ele de repente pareceu muiro interessado. 

— Quero sim — diz e o garoto pega o celular entrando na galeria. Tinha tirado uma foto da foto para ter mais fácil e não correr o risco de perder. Ele assustado e ela rindo, ele amava aquela foto já que foi a primeira vez que a fez sorrir. Ele entrega o telefone na mão do homem, que pega um óculo e coloca para enxergar melhor. 

— Nossos amigos desafiaram ela e eu fui para ela não ficar com medo de ir sozinha, mas no final quem se assustou foi eu — fala rindo fraco dando um contexto melhor. O homem concorda, mas de repente parecia mais fragilizado. Ele não conhecia direito a própria filha. Ele entrega o telefone de volta e guarda os óculos suspirando e encarando o garoto. 

— Eu te dou minha benção para namorar com ela — fala e o garoto abre um sorriso aliviado, o fazendo quase sorrir — Gostaria de conhecer seus pais — completa e ele concorda com tranquilidade — Podemos fazer um jantar aqui na minha casa— 

— Claro, certo — fala feliz e aliviado — Eles não sabem ainda, precisaria ir apresentá-la antes — fala e ele concorda. 

— Por favor, cuide da minha filha — fala fazendo uma reverência e ele se assusta, respondendo da mesma forma. 

— Obrigado por isso, senhor Hyuga — fala e ele se afasta, se levantando da cadeira e ele acompanha. 

Assim que Hiashi abre a porta encontra Hinata de cabeça baixa, com as mãos nos olhos e a mãe de pé na frente dela. Ele no mesmo momento suspira imaginando o que tinha acontecido. A esposa o encara e nega com a cabeça assim que o vê, mas ele começou a falar antes. 

— Vocês têm minha benção para o relacionamento — ele fala e Hinata levanta o rosto de imediato, ela encara o loiro atrás que fica preocupado ao ver que os olhos dela estavam como se estivessem marejados. Ela se levanta e faz uma reverência. 

— Obrigada, pai — fala tão aliviada que parecia que ela tinha recuperado a voz até. 

— Fique a vontade, logo mais tarde faremos um café — 

— Pai, ele trouxe doce daquela padaria que a gente gosta fala e ele sorri pra mais nova. A Hyuga levanta e ele sorri pra ela — Vamos no quarto — ela fala vendo que a mãe e o pai se encaravam e Hinata prontamente concorda, com um pouco de vergonha de o levar para o próprio quarto. Nunca tinha levado um garoto ali, talvez apenas o primo, mas nunca um garoto que gostava. Hanabi sobe na frente agitada e o loiro espera a garota encontrar com ele para subir.  

Ela estava calada e segue para o próprio quarto, que já estava com a porta aberta e com a irmã lá. 

— A gente podia jogar um jogo de tabuleiro — Hanabi disse. 

— Ia ser muito legal — ele responde e ela sai animada atrás do jogo. Assim que eles ficam sozinhos ele a encara nos olhos, e assim que ele faz isso assiste uma lágrima escorrer no rosto dela — Ei, Hyuga, o que foi? — fala aproximando dela e ela nega com a cabeça cobrindo a o rosto. Ele a abraça escondendo o rosto dela no próprio peito e vê o choro se intensificar.  

Ela tinha ficado apavorada. A mãe começou a fazer mil perguntas e ela começou a ficar com medo de responder algo errado, de falar algo errado. Um deslize e tudo estava perdido, um deslize e eles não se veriam mais.  

Ao abraçá-la, ele vê como ela ainda estava tremendo e isso o faz se sentir despedaçar e a abraça mais forte ainda e suspirar. 

— Deu tudo certo, está bem? — diz beijando a cabeça dela. Ela estava de coque, mas um frouxo como se tivesse sido feito com o próprio cabelo. Ele mexe e mexe até que ele se solta e os cabelos batem abaixo da cintura e ele mexesse e alisasse várias e várias vezes — Minha mãe pediu pra perguntar se você vai deixar ela fazer penteados no seu cabelo — fala e ela levanta a cabeça, com os olhos molhados e o nariz vermelho, ele a encara e sorri — Falei que ia embaraçar bastante antes e ela me bateu. 

— Meu Deus, Uzumaki — fala rindo e deitando a cabeça no peito dele, ouvindo o coração batendo forte e respirando fundo — Obrigada — sussurra e ele concorda. 

— Tudo por uma moça bonita — fala e depois pensa melhor — Uma namorada bonita — corrige e ela sorri e ele pensa de novo — minha namorada bonita. 

— Você já-? 

— Assunto pra outro capítulo — a corta a fazendo rir e a amassando mais ainda no abraço. 

— Preciso lavar meu rosto, não quero assustar a Hanabi — fala e ele concorda a soltando. 

— Onde ela foi? —  

— Na garagem provavelmente, buscar um dos jogos — explica indo ao banheiro do próprio quarto e ele a segue. No espelho ela joga a franja para trás molhando um pouco antes de encher as mãos e jogar ao rosto. 

Ela estava arrumada, mas não tão arrumada. Um short largo e grande de tecido e uma blusa com uma estampa aleatória. Ele encara o banheiro que não tinha muita coisa, mas ainda assim era uma suíte. Ela com certeza tinha mais condição que ele. Os shampoos em uma estante, a banheira e a ducha. Em cima da pia apenas sabonete e alguns produtos que não conhecia bem perto de um enfeite de flores artificiais.  

Ele encara o quarto que era em um tom violeta muito claro, quase que desbotado. Tinha apenas travesseiros na cama, na parede quadros de música e algumas partituras. Um tapete fofo e uma escrivaninha no canto da mesa com os cadernos organziados. A cama era no canto extremo e dava visão para a janela que era grande. As cortinas eram brancas lisas e a roupa de cama com algumas estampas neutras. Havia uma estante com bastante livros em cima da escrivaninha e debaixo da cama havia alguns armário com livros e tocador de música. 

— Onde fica seus CD's? — pergunta e ela o encara terminando de secar o rosto na toalha. Ela vai para o quarto e abre o guarda roupas com varias cestas em escaninhos puxando uma. 

— Esses são de música clássica — aponta a metade do cesto — Esses são músicas nacionais — aponta ao outro e coloca no chão. Ele se senta e começa a ver as bandas. Ela apanha outra e coloca no chão — Esses são de vinil, tão misturados — Ela volta a outra caixa e puxa — essa eram dos meus pais, tem muita coisa legal — fala e ele encara — Tem mais alguns ali — aponta outro caxote e ele fica chocado e a encara — O que? 

— Você tem MUITO CD, sabe quanto dinheiro deve ter aqui? — fala e ela o encara franzindo a testa. 

— Você olha pras coisas assim? Junto desde nova e só gasto dinheiro com isso. Não saio, não compro roupas nem decoração. Música é tudo que eu tenho — fala e ele encara aquela frase sem saber se achava lindo ou se ficava preocupado. 

— Qual desses devo ouvir para você se apaixonar por mim? — diz e os olhos dela brilham quando ela puxa outra caixa e coloca no chão.  

Como um catálogo e como se falasse sobre coisas que gostava ela nomeia cada um que queria que ele ouvisse e os motivos. Hanabi chegou no meio tempo e ao encarar a irmã tão falante, apesar de falando baixo, apenas se sentou na cama e assistiu.  

Hinata pegou papel no caderno e escreveu as músicas e as observações e colocou atrás dos CD's e nas fitas de áudio que o emprestava enquanto o Uzumaki prestava total atenção a tudo. Do corredor o pai ficou chocado ao ouvir a voz da garota que mesmo sussurrada estava constante e se aproximou um pouco do quarto dela, que nunca se aproximava.  

Ao chegar lá encontra ela explicando o texto do livro que vinha no cd enquanto o garoto prestava atenção sem saberem que o pai os observava. Em vinte segundos Hinata falou com ele mais o que falava o mês inteiro dentro da casa. Ao encarar Hanabi ela riu fraco e se deitou na cama abrindo o jogo e começando a separar o dinheiro. Talvez ele tivesse vindo para mudar as coisas. 

 

 

 

 

— Quatro — fala Hanabi e logo olha para Naruto com malícia — Tenho um hotel, você me deve- 

— Você está roubando — a corta cruzando os braços. 

— Como eu roubaria? — 

— Dados viciados, exijo interferência da polícia — 

— Não seja um mal perdedor, Naruto — fala e ele nega com a cabeça. 

— Ganhar roubando é muito fácil — fala e Hanabi se estressa de brincadeira. 

— Apenas hipoteque logo essa estação de tratamento —  

— Pra você pegar todas? Jamais — fala encarando a namorada — Hyuga, sua irmã é cruel — fala, mas ela não estava muito diferente — empréstimo?  

— Ei, não pode pegar empréstimo com outros jogadores — briga a mais nova. 

— Se importa com seu dinheiro na mão, não com os meios que consegui, naninca — fala para a estressar e funciona. 

— Eu não sou nanica, estou em fase de crescimento — 

— Explicou, mas não mudou o fato de ser dessa altura aqui — fala esticando as mãos poucos centímetros do chão. 

— Ah, e você é uma árvore gigante e feia — 

— Eu sou um belo baobá, bonito e forte — 

— É, oco por dentro e cheio de broca — responde com a língua afiada que tinha o fazendo ficar em choque — Cheio de erva de passarinho, vai ficar doente — fala fazendo linguia e ele suspira. 

— Vou hipotecar isso aqui, banco — diz entregando a Hinata que riu da desistência dele. Entregando o lote a ela e ela entrega o dinheiro. Na vez da Hanabi ela tirou um belo seis e parou na estação de tratamento e ele cruza os braços de imediato. 

— Estou ligando pra polícia agora — fala e ela começa a rir. Tinha fechado cinco cores mais as estações. Tinha ganhado — você tem uma ladra dentro de casa, como dorme de noite? — 

— Você me deve sorvete, Naruto Uzumaki — fala e ele concorda levantando as mãos. 

— Fui assaltado por uma pré adolescente, não sei onde esse mundo vai parar — fala e Hinata ri dele encosta do o pé dela de leve na perna dele debaixo da mesa do quarto da irmã. Ela pega e começa a o massagear e apertar os dedos enquanto via Hanabi contando o dinheiro que tinha ficado no fim. 

— Parabéns, Hanabi — fala e ela sorri triunfante. 

— Você ficou em segundo, irmã, esse enjoado que perdeu — fala mandando lingua pra ele que responde na mesma altura.  

Hinata encarava a cena se perguntando se algum dia sonhara com aquilo. Com um namorado em primeiro lugar, com ele e ela na casa dela em segundo lugar, com eles brincando com a irmã em terceiro lugar e com ele massageando o pé dela em quarto lugar e com ela namorando em quinto lugar.  

Eles separaram o dinheiro e entregaram a irmã que colocou na caixa e guardou.  

— Vou levar na garagem — fala e eles concordam. Ele a encara quando a irmã sai e engatinha chegando mais perto dela. Ela encara com curiosidade o que quer que ele fosse fazer. 

— Hyuga, seu pé é muito fofo — fala e ela o encara com a expressão mais estranha que conseguiu fazer. 

— Como assim? — pergunta e ele o agarra tentando explicar. 

— A almofadinha dele, tá vendo? — fala apertando a parte macia — Ela é muito fofa olha só seus dedinhos — fala encarando-os coloridos da última vez que Hanabi tinha os pintado. Ele a encara de volta com tanta seriedade e sinceridade que ela começou a rir. 

— O meu pé é bonito? — 

— Ganharia um concurso — fala e ela nega — Achei que teria um pé feio já que é tão bonita, sabe? Pra tentar equilibrar as coisas — fala a fazendo o encarar de maneira estranha e curiosa. 

— Amanhã, como vai ser? —  

— Não vai ter de pedir permissão, fique tranquila, apenas se apresentar mesmo — fala sorrindo e puxando os dedos dela, os fazendo estalar — Qualquer coisa você mostra seu pé pra minha mãe, ela vai ficar muito feliz em pintar suas unhas — fala e ela ri, relaxando e puxando o pé, se sentando sobre eles — Tchau, pé — fala com drama a fazendo rir e se levantar.  

Ao pisar no chão viu que ele realmente sabia fazer massagem nos pés e que eles estavam mais leves. 

O encara curioso, mas ele já mandava língua para Hanabi que entrava de novo no quarto. 

No dia seguinte ela iria a casa dele, e estava mais nervosa como nunca, mas acreditava que a pior parte já tinha acontecido. 


Notas Finais


Até logo.
Obrigada por comentarem mais uma vez!
Não fazem ideia de como me faz bem!!


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