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História Alma enferma - Retorno


Escrita por: MyLittlePsycho

Notas do Autor


Oi pessoal.

Em primeiro lugar desculpe a demora com as atualizações.
Mas vocês sabem que mesmo demorando eu vou me esforçar pra não deixar nenhuma história sem final.
Essa fic provavelmente só terá mais um ou no máximos dois capítulos.

Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 5 - Retorno


 

Taekwoon havia sumido da cidade desde o dia em que Hyuk descobrira sobre sua identidade. Isso aliviou um pouco o rapaz que pensou que o Jung o mataria o mais rápido possível. Só torcia pra que o mais velho não estivesse espreitando para pegá-lo desprevenido. Sempre tomava cuidado ao andar pelas ruas e tinha conjurado uma entidade de proteção para acompanhar Jeongyeon por precaução.

Hyuk foi aprovado no teste sem problemas. Pensou que seria mais difícil.

Após assumir o trabalho como herdeiro dos Han teve que se mudar para Seul e logicamente Jeongyeon o acompanhou conseguindo levar também Sungjae.

Foi difícil convencer o rapaz já que Jeongyeon pediu que Hyuk não devolve-se a ele a memória sobre a verdadeira identidade do Jung pra que ele não sofresse com a lembrança da morte dos pais. Sungjae no início chegou a pensar que os dois estavam inventando uma história absurda e que talvez Hyuk fosse um maluco. Só passou a creditar no Han após o mesmo demonstrar seus poderes invocando shikigamis na sua frente e os fazendo desaparecer pouco depois.

Os três passaram a viver juntos em um pequeno apartamento em Seul.

Sungjae tinha arrumado um trabalho em uma empresa de transportes. Não queira ser apenas um peso morto vivendo ás custas dos irmãos e já que não podia ajudar em nada relacionado aos casos queria pelo menos poder ajudar a pagar as contas.

 

Já havia se passado um ano desde que se mudaram. Taekwoon não tinha mais dado sinal de vida e o Han acabou até se esquecendo do mais velho se concentrando em seu trabalho que era a cada dia mais desafiador já que começou a cuidar de casos mais difíceis que antes eram resolvidos por sua mãe.

Os irmãos ás vezes precisavam viajar pra atender pedidos em outras cidades. Jeongyeon ficava sempre ansiosa nessas ocasiões já que Sungjae ficava sozinho em Seul. Ela sempre achava que o Jung talvez aparecesse tentando fazer algum mal ao rapaz.

 

Quando Hyuk recebeu uma ligação da avó lhe passando um caso em Jeju a moça teve um mau pressentimento.

-Hyuk, por favor. Invente uma desculpa e diga que não podemos ir. Eu não quero deixar o Sungjae sozinho.

-Você não precisa vir junto se não quiser Yeon. Eu posso dar conta sozinho.

-Até parece que você consegue se virar sem mim.

-Desta vez não é um caso muito complicado. Em dois dias estarei de volta.

-Eu não vou deixar você sozinho de jeito nenhum irmãozinho. Eu... Tive mais um daqueles sonhos.

Hyuk viu a expressão da irmã se tornar séria, o que era raro de acontecer.

-E o que você viu neste sonho?

-Eu vi o Taekwoon. Ele está próximo a nós Hyuk, mas eu não sei o que ele quer. No sonho ele estava com as roupas cobertas de sangue e me encarava. O olhar que ele tinha me causou arrepios.

Hyuk sem perceber passou os dedos sobre as costas da mão esquerda onde havia a marca de estrela de cinco pontas deixada pelo Jung.

-Uma hora eu vou ter que encará-lo. Eu estou marcado e isso não pode ser mudado. Fique em casa e proteja Sungjae. Se ele vier atrás de mim é melhor que você não esteja por perto.

-Não fale assim Hyuk. Se ele vier atrás de você eu vou lutar ao seu lado. Juntos somos mais fortes. Você não pode enfrenta-lo sozinho.

-Eu estou mais forte agora do que há um ano. Se ele quisesse me matar seria mais fácil ter feito isso naquela época. Talvez ele esteja esperando que eu me torne alguém com quem vale a pena lutar.

-Por favor, Hyuk. Não vá.

-Eu já decidi. Não se preocupe, eu vou voltar bem. Não se esqueça de conjurar uma magia de proteção ao redor da casa.

 

Até o último minuto Jeongyeon ainda tentou convencer Hyuk a ficar, mas sem sucesso. Depois de se despedir do irmão no aeroporto voltou apressada pra casa. Tinha conjurado uma proteção sobre Sungjae, mas sabia que sua magia não era tão eficaz quanto a do irmão e apesar de achar que a intensão do Jung era ir atrás de Hyuk sempre se preocupava com o namorado também.

 

Dois dias se passaram e recebeu uma ligação de Hyuk avisando que seu voo fora cancelado devido ao mau tempo. Isso preocupou ainda mais a jovem que andava uma pilha de nervos.

Naquela noite sonhou mais uma vez com o Jung e acordou de madrugada. Ouviu o som das trovoadas ao longe e andou pela casa até a varanda.

As gotas geladas começaram a cair, mas mesmo assim ainda ficou um tempo observando o céu cinzento.

Assim que entrou deu de cara com Sungjae.

-Que susto jae. O que faz acordada a essa hora?

-Eu acordei com os trovões. Parece que vai ser uma tempestade forte.

-É verdade.

Os dois se sentaram no sofá abraçados.

-O que você tem que anda tão preocupada?

-Eu estou tendo sonhos com o Jung.

-Não precisa ficar assim por conta de um pesadelo. Se ele não veio atrás de nós esse tempo todo por que resolveria fazer algo justo agora?

-Eu não sei, mas os meus sonhos não são só pesadelos. Eles são premonições. Eu sei reconhecer esse tipo de sonho, faz parte dos poderes que eu herdei. Eu sei que ele vai aparecer em breve e o Hyuk está sozinho em Jeju.

-O Hyuk é um cara forte e logo estará conosco. Vou fazer um chocolate quente pra gente pra você se acalmar.

Os dois ficaram o resto da noite conversando enquanto a chuva caía forte do lado de fora. Se tivessem saído novamente na sacada veriam que no prédio ao lado alguém os observava enquanto fumava um cigarro.

 

No dia seguinte o céu estava claro e limpo. Sungjae saiu cedo para o trabalho e combinou de se encontrar com Jeongyeon após o expediente para jantarem fora.

De tarde recebeu a ligação de Hyuk avisando que voltaria naquela mesma noite.

Mesmo com tudo correndo bem a jovem ainda estava nervosa. Sabia que algo podia acontecer a qualquer momento. Ficou o dia inteiro andando de um lado pro outro sem conseguir se concentrar em nada. Quando notou que faltava apenas meia hora para sungjae sair do trabalho foi de carro até a empresa onde o namorado trabalhava para espera-lo.

Estranhou a ausência de resposta de suas últimas mensagens e entrou na empresa perguntando pelo rapaz a uma das recepcionistas do local.

-Com licença. Pode me informar onde fica a sala de Yook Sungjae?

-Fica no terceiro andar. É a terceira sala da direita.

-Obrigada.

Ao chegar no local encontrou a sala vazia e seu coração começou a apertar. Bateu na porta da sala ao lado onde um rapaz trabalhava.

-desculpe incomodar. Pode me dizer se essa sala ao lado pertence a Yook Sungjae?

-Sim. Essa é a sala dele.

-E sabe me informar onde ele está?

-Eu não sei dizer. Depois que voltei do almoço não o vi mais.

-Certo. Obrigada.

Jeongyeon desceu novamente tentando ligar ao namorado, mas só caia na caixa postal. Suas mãos estavam suando.

-Droga Jae. Atende.

 

Ao chegar no estacionamento viu que tinha um papel no para brisa do carro.

 

O bilhete tinha uma caligrafia bonita. Suas mãos tremiam ao segurar o papel.

 

“Espero que tenham curtido as férias crianças, mas chegou o momento de terminar o que começamos. Eu espero vocês nesse endereço. Hoje ás 20:00. Vai ser bom nos vermos de novo depois de tanto tempo.”

 

Não estava assinado, mas aquilo só podia ter sido deixado por uma pessoa.

-Jung.

 

Jeongyeon ligou pra Hyuk, mas seu celular estava sem sinal. Talvez já tivesse embarcado no avião. Faltavam apenas duas horas para o horário do encontro. Teria que ir sozinha.

Mandou uma mensagem ao irmão explicando a situação e mandando a ele a foto do bilhete. Avisou que iria ao local mesmo sem ele.

Enquanto dirigia repassava mentalmente todas as magias que sabia fazer mesmo sabendo que sozinha não seria páreo para enfrentar taekwoon. Não podia deixar que o outro machucasse Sungjae.

 

Chegou cedo ao local que era uma fábrica abandonada. Sentiu uma forte energia sendo emitida por um dos galpões e caminhou lentamente até ele. Ao tocar na porta percebeu que havia uma magia de selamento que impedia que fosse aberta por qualquqre um. Tentou várias magias que sabia para tentar abrir a porta, mas nada funcionou.

Às 20;00 em ponto um carro preto apareceu e estacionou ao lado do seu.

O Jung saiu e os dois se encaram. O mais velho sustentava um leve sorriso e tinha um cigarro aceso preso nos lábios.

-Onde está Sungjae?

-Onde está Hyuk?

-Ele ainda está fora da cidade atendendo um chamado.

-Que pena. Eu pensei que poderia me divertir com ele mais uma vez, mas pelo jeito perdi meu tempo.

-Eu não quero saber. Diga onde está Sungjae. –Enquanto falava a jovem conjurou dois Shikigamis ao seu lado se preparando para a luta.

-Acha mesmo que esses brinquedinhos de papel vão servir pra alguma coisa?

O Jung estalou os dedos e os dois seres voaram longe. Eles se levantaram atacando o mais velho, que desviava dos golpes com facilidade. Depois de derrubar o primeiro e jogá-lo longe fez um desenho no ar usando a ponta do cigarro e uma bola de fogo surgiu queimando o outro que sumiu em instantes.

-Tem mais algum truque na manga? Ou isso é tudo o que sabe fazer?

Jeongyeon conjurou mais Shikigamis enquanto se afastava e fez um escudo ao seu redor quando notou que o Jung dispararia o fogo em sua direção. A bola de fogo ultrapassou o escudo e se não fosse rápida ao pular para o lado teria pegado em cheio, mas apenas chamuscou sua roupa.

-Pelo menos você é ágil. Isso torna tudo mais interessante. Pena que eu não tenho tempo a perder com você.

Em poucos segundos todos os Shikigamis foram destruídos e o mais velho ficou parado enquanto terminava seu cigarro.

-Isso é tudo? Acho que já cansei de brincar. –Falou jogando a bituca no chão e pisando em cima.

Um forte vento soprou de repente e a porta do galpão foi aberta. Jeongyeon viu que Sungjae estava lá dentro desmaiado e correu em sua direção. Ficou aliviada ao notar que ele estava respirando e colocou a cabeça do rapaz em seu colo o chamando para tentar acordá-lo.

-Você sabe por que eu o trouxe aqui? –Falou entrando no galpão.

-Por que você é um filho da puta que quer se vingar.

O Jung riu.

-Um Jung nunca pode deixar testemunhas. Se alguém descobre sobre a minha identidade automaticamente essa pessoa será morta. Ele não precisaria morrer se vocês não tivessem contado a ele quem eu sou.

-Até parece que você ia simplesmente sumir e deixa-lo viver normalmente.

-Na verdade eu ia. Sungjae foi útil por alguns anos e nunca me causou problemas. Se você não fosse tão egoísta e o tivesse deixado sem falar nada, ele ainda estaria levando aquela vida pacata e segura na sua cidade natal.

Jeongyeon pareceu refletir apesar de saber que provavelmente aquilo era apenas mais uma de suas mentiras resolveu arriscar.

-Então por que você não o deixa ir? Você pode muito bem alterar novamente as memórias dele e deixa-lo viver. Faça com que ele se esqueça que um dia conheceu qualquer um de nós.

-Mesmo que eu o deixe ir você vai morrer hoje.

-Se você deixa-lo ir eu deixo você me matar.

-Você está sendo egoísta de novo. Se você morrer como acha que ele vai se sentir?

-Se você fizê-lo se esquecer de mim também ele não vai sofrer.

-Tem razão, mas e o Hyuk?

 

Jeongyeon se levantou e encarou o mais velho.

-O Hyuk vai me entender.

-É uma atitude tola e nobre, mas é uma pena que eu não estou disposto a aceitar. Vocês já me deram muito trabalho e eu quero me livrar de uma vez do problema.

Ao terminar de falar o Jung ergueu Sungjae no ar e perfurou seu tórax com o braço direito atingindo em cheio no coração. O sangue espirrou sobre sua roupa.

-NÃO.

O corpo do rapaz foi jogado aos pés do mais velho e Jeongyeon apenas encarava o namorado já sem vida.

Ao olhar o Jung se lembrou do sonho. Era exatamente aquela cena. O assassino estava com as roupas cheias de sangue e sorriu suavemente enquanto a encarava.

-Eu vou acabar com você. –Gritou indo pra cima do Jung.

Jeongyeon era boa em lutas corpo a corpo e com a raiva que estava sentindo seus golpes estavam ainda mais fortes. O mais velho decidiu lutar um pouco sem usar os poderes pra ver até onde poderiam chegar. Ele também era forte e rápido e a luta estava equilibrada até que a menor começou a sentir o cansaço a atrapalhar já que estava usando toda a sua energia.

Acabou errando ao se esquivar e foi atingida tendo seu corpo arremessado contra a parede. Ainda estava tentando se manter de pé quando o Jung se aproximou pronto para dar o golpe final. Fechou os olhos esperando sentir a dor, mas ela não veio.

Abriu os olhos e viu que tinha um elemental á sua frente a protegendo e ele tinha levado o golpe em seu lugar.

-O que?... Um elemental de proteção?

-Quer dizer que o Hyuk está te protegendo? Se eu soubesse antes teria economizado meu tempo.

O ser místico estava sangrando e tinha uma das mãos sobre o abdômen. Por sorte o golpe não tinha pego no coração já que o Jung estava calculando a altura de Jungyeon e o elemental era mais alto senão o golpe teria sido fatal.

O mais velho deu um chute na entidade que caiu a poucos metros.

-Eu vou ter que mata-lo primeiro pra então finalmente me livrar de você.

-Droga. –Jeogyeon se levantou e conjurou um escudo envolvendo ela e o ser místico.

A jovem agora estava realmente preocupada. Se soubesse que Hyuk tinha conjurado um espírito de proteção para si jamais teria tido coragem de enfrentar o Jung. O elemental era forte e podia proteger uma pessoa de qualquer ferimento até mesmo da morte porém a pessoa que conjurou o ser místico sofreria todo o dano em seu lugar. Se a entidade morresse Hyuk podia morrer também.

-Não adianta tentar protege-lo. Você não tem força o suficiente. Vai ser uma pena matar o seu irmão á distância sem nem ter a chance de lutar diretamente com ele.

Jeongyeon tentou apoiar o elemental e fugir com ele, mas deu apenas dois passos antes de sentir o calor atingi-los. O Jung estava disparando as bolas de fogo em sua direção e uma delas atingiu em cheio as costas do ser que caiu no chão sem forças.

Jeongyeon observou o ser cair ao seu lado. Sua visão estava embaçada por conta das lágrimas. Ele respirava fracamente e parecia em seus últimos momentos. Ela abaixou ao seu lado e começou a soluçar sabendo que Hyuk estaria ferido da mesmo forma que o ser místico.

-Não precisa se preocupar. Agora você será a próxima. Não tem mais ninguém pra te proteger.


Notas Finais


Eu sei que vcs devem estar se perguntando cadê o Hyuk, mas calma que no próximo ele vai ser o foco.

Muito obrigada por ler e espero ver vcs em breve.
Bjs. <3


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