História Alone - Where are you?

Ele estava diferente. Suas asas mudaram. Seus olhos não eram totalmente negros. Metade dele havia mudado.Transformei meu melhor amigo...em metade anjo, metade demônio. Um de seus olhos estavam verdes, e a metade de suas asas estavam brancas como a neve. 
            -Emma? - Ele murmurou, abrindo os olhos vagarosamente. 

            -Ash...- Eu disse, um sorriso brotando em meus lábios e o sangue escorrendo pelos meu rosto. 

            -O que houve comigo? E por quê tem sangue no seu rosto? 

           -Bom...você morreu Ash. Atiraram em você, e...bom, eu te trouxe de volta. Agora as minhas lágrimas foi foram transformadas em sangue, mas vale a pena sangrar pelas pessoas que a gente ama. -Eu disse, acariciando seu rosto. Um sorriso fraco se formou em seus lábios. 

            -E eu estou normal? Estou bem? -Engoli em seco. 

             -Você é metade anjo, Ash. Eu...sinto muito. 

             -Tá brincando? -Ele disse, se ajoelhando, ficando em minha frente. -Você me salvou, Emma. Não importa a minha aparência agora ou quem eu me tornei, o que importa é que eu estou aqui, vivo. E você fez isso. Você é a melhor pessoa do mundo. -Ashton envolveu seus braços em mim e me abraçou forte. Retribuí seu abraço, apertando-o de leve. As lágrimas, agora de felicidade, caíam sobre meu rosto. 
Ajudei ele a se levantar, já que ele ainda estava meio tonto por conta de seu ferimento, que infelizmente não havia sumido com o feitiço. Fiz um feitiço para sumir com o corpo do homem que havia atirado em Ashton e resolvemos voltar para casa. 
(...) 
           Eu e Luke levamos Ashton até sua casa. Estávamos com seu carro, então resolvemos ir a pé para casa. Luke estava estranho. Não disse nada durante o caminho. Até que, quando chegamos em sua casa, finalmente ele quebra o silêncio. 
         -Então, você vai pra sua casa como? -Ele disse, friamente. 

          -Bom...eu pensei que eu poderia ficar com você hoje. 

          -Você não prefere ir pra casa do Ashton? Acho que ele vai gostar da sua companhia, e você obviamente vai gostar da dele. 

          -O quê? -Eu disse, perplexa. -Você está com ciúmes? -Luke dá de ombros. 

          -Imagina. -Ele ironiza. 

          -Você está brincando comigo, certo? Você não está falando sério, certo? -Perguntei, elevando um pouco o tom de voz. 

           -Eu pareço estar brincando, Emma? 

           -Não, não parece. E quer saber? Vou pra minha casa. Eu estava mesmo precisando ficar sozinha. -Eu disse, me virando e caminhando para longe. Estava muito cansada para caminhar ou voar, então fiz uma espécie de feitiço para me teletransportar pra casa. Chegando lá, abro a porta e a fecho com força, descontando minha raiva nela. Viro-me para me dirigir à sala e vejo Luke na minha frente. Levo um susto, mas não demonstro. Ele me leva contra a parede e sussurra em meu ouvido: 

-Você está me deixando louco, Emma. -Mordo o meu lábio, enquanto ele começa a beijar meu pescoço e morder de leve. 

                -Luke...- Eu disse, tentando não soar como um gemido. 

                 -Sim? -Ele disse, olhando nos meus olhos. 

                 -Eu...quero muito fazer isso. Mas estou completamente exausta. E estou com raiva de você. -Eu disse, cruzando os braços. Ele ri e me olha com cara de desentendido. 

                 -Raiva por quê? 

                 -Me poupe, Luke. Ciúmes? Do Ashton? -Ele suspira. 

                 -É um crime sentir ciúme das pessoas que a gente ama pra caralho? 

                 -Não é, mas seu ciúmes por ele foi completamente irracional e ridículo. Olha o que aconteceu com ele! Você acha que eu iria ficar parada, olhando? -Luke bufa, provavelmente dando-se por vencido. 

                 -Você está certa, eu...não vou fazer de novo. -Ele disse, corando. Rio e o beijo, acariciando seu cabelo. 

                  -Eu te amo, Luke. 

                  -Eu também te amo, Emma.
                                                                                   (...)

1 mês depois.

As provas finais da minha escola estavam se aproximando, mas estudar parecia impossível. Luke havia havia sumido há exatamente duas semanas. Ele não me disse porque, nem me disse adeus. Apenas...foi. E a cada vez que escuto seu nome, é como se enrolassem meu coração com arame farpado. Em casa, a única coisa que eu fazia era encher meu travesseiro de sangue. Me sentia fraca, incapaz, inútil, ridícula. Nunca senti uma dor tão grande quando a dor da perda da pessoa que eu mais amo nessa vida. 

Em casa, escutando músicas que com certeza não fariam meu dia ficar mais colorido, ouço batidas na porta. 

-Entra. -grito, com a voz falha. Ouço a porta se abrindo e passos subindo as escadas. A porta do meu quarto é aberta instantes depois, era Calum.

-Emma... -Ele disse, vindo até minha cama e me abraçando com toda a força possível, fazendo minhas lágrimas caírem cada vez mais. Eu e ele nos tornamos muito próximos nas últimas semanas, e com o sumiço de Luke, ele ficou cada vez mais ao meu lado , tentando me animar a todo o custo.

-Calum, não dá mais, eu não estou conseguindo ficar sem ele. -Eu disse, tirando minha cabeça de seu ombro. -Oh...sujei sua camiseta de sangue. Me desculpa, Cal.

-Não tem problema. -Ele disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e limpando um pouco o sangue do meu rosto. -Eu vim aqui porque...bom, eu sei onde Luke está.

-Sério? -gritei, com um sorriso largo no rosto. -Me leva até ele, agora!

-Levo, mas antes, quero um favor seu. -Calu diz, arqueio uma sobrancelha.

-Certo... o que você quer?

-Um beijo, porque estou apaixonado por você. Me desculpa