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História Alphabet Boy - Agora entendo por que ela odeia Nova Iorque


Escrita por: idkwolf

Notas do Autor


E aqui vai a parte II do tretas em NYC ddjjskdskk.

Boa leitura babies~

Capítulo 19 - Agora entendo por que ela odeia Nova Iorque


Fanfic / Fanfiction Alphabet Boy - Agora entendo por que ela odeia Nova Iorque

 

Enquanto caminhávamos perguntei ao Peter como ele conheceu os seus amigos, ele me disse que foi na faculdade e eu fiquei surpresa com isso. É que se fosse para julgá-lo a primeira vista, ele se encaixaria perfeitamente no estereótipo de surfista despojado que quer ganhar a vida com campeonato de surf e ser reconhecido mundialmente. Mas desde que o conheci melhor ele vem se mostrado o total oposto disso. Sim a sua paixão de fato é a praia, porém sua personalidade é composta de tantas outras vertentes diferentes que, a cada coisa nova que descubro sobre ele, vou ficando mais impressionada.

— E você faz faculdade de que? — minha curiosidade como sempre falando mais alto. Nesse instante lembrei da minha avó, que sempre faz questão de perguntar isso quando conhece algum amigo meu.

— Psicologia. — abriu um sorriso, que murchou quando prosseguiu. — Mas eu tive que abandonar por problemas pessoais... — sua voz saiu com certa mágoa, pelo visto esse era um assunto que o incomodava então decidi não ir mais a fundo.

— Peter Johnson você só me surpreende! — balancei a cabeça, embasbacada.

— Por quê? — ele riu.

Apareceu uma pequena covinha na sua bochecha e eu achei aquilo bem fofo.

— Nada, é que... Você é diferente. — sussurrei.

— E para você isso é bom ou ruim? — pareceu meio confuso se aquilo foi um elogio ou não, eu gargalhei.

— Bom, sempre achei o diferente mais interessante.

Ele abriu um sorriso largo e eu senti minhas bochechas corarem.

O caminho não foi longo, em pouco tempo de conversa já estávamos próximos ao restaurante. Estava tudo ocorrendo as mil maravilhas quando avisto, não muito longe, o Matthew se aproximando. Quando vi a morena dos olhos azuis ao seu lado, meu estômago se revirou. O dia estava perfeito demais para ser verdade!

— Melanie? Está tudo bem? — perguntou Peter, vendo a minha paralisia instantânea.

Eu não consegui responder, meu corpo todo estava em chamas. Estava em um nível da raiva absurdo ao ponto de achar que a qualquer momento poderia explodir.

Mas que cafajeste, cara de pau!

Eles estavam rindo como se fossem dois melhores amigos juntos, Elizabeth vestia a jaqueta do Matthew e nem estava tão frio assim, toda aquela cena me deu nojo! Ele estava tão entretido com a conversa que até me surpreendi quando ele me viu também e, assim como eu, ele paralisou.

— Melanie... — sussurrou, mas estávamos próximos o bastante para que eu ouvisse.

— Vocês se conhecem? — Peter perguntou confuso.

Olhei para a sonsa da Elizabeth, até ela foi pega de surpresa por me ver ali.

— O que faz aqui? — Matthew pergunta confuso. — Stella sabe que você está aqui?

Sinto meu sangue ferver. Meu Deus Matthew, cala a boca!

Ele olha para o Peter depois para mim, então me pega pelo pulso.

— Eu te fiz uma pergunta! — falou mais alto.

— Me solta! — gritei me soltando. — Não é da sua conta.

— Não é da minha conta? — deu um riso sarcástico. — E a promessa que a gente fez. Você se esqueceu? Ou preferiu ignorá-la só para não perder a oportunidade de sair com qualquer idiota por aí? — disse enquanto olhava para o Peter com desgosto.

Soltei um riso em descrença. Inacreditável!

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR ALGUMA COISA DE MIM? — me exaltei. — O maior galinha do colégio, um mentiroso e egocêntrico! Como você tem a audácia de ficar com raiva de mim, falando dessa estúpida promessa sendo que você vive ferindo os meus sentimentos e os DA MINHA FAMÍLIA, saindo com essa daí. — encarei a Elizabeth com nojo, a vaca ergueu a cabeça e me encarou de volta, mas não falou nada.

— Não envolva a Elizabeth, isso é entre você e eu. — segurou meus ombros com força, me obrigando a encara-lo diretamente nos seus olhos. — Eu não acredito que você quebrou a nossa promessa... — ele parecia bem magoado, poderia até ter ficado com pena dele se não estivesse tão zangada.

E fiquei mais ainda ao ver que ele havia trazido a biscate até Nova Iorque. Era para ele me trazer aqui, apenas eu. Essa era a imagem da cidade que eu tinha na minha mente, que seria a nossa cidade especial. Mas eu sou uma idiota mesmo por imaginar todo esse conto de fadas... E sabe o que é pior? Conhecendo a personalidade do Matthew, Elizabeth não seria a primeira, nem a última garota que ele levaria para sair aqui.

Estou começado a entender porque minha mãe odeia Nova Iorque...

— Você acabou de fazer o mesmo... — sussurrei já sentindo meus olhos marejarem e fiz com que ele soltasse meus ombros. O seu toque em minha pele gerou uma corrente elétrica por todo o meu corpo, como se ele o reconhecesse.

Meu corpo queria o seu acalanto, mas a minha mente sabia que isso era uma péssima ideia. As lágrimas já insistiam em descer e eu me xingava mentalmente por ser tão fraca e abalável.

Péssima hora para chorar Melanie! Aguente esse pepino aí.

— Melanie, vamos embora. — Peter me chamou e eu dei graças a Deus por ter ele ali para me ajudar.

— Quem é você? — Matthew perguntou claramente incomodado.

— Um amigo de verdade. — Peter se aproximou e segurou minha mão, me puxando para ir.

O rosto do Matthew escureceu de repente, deixando explícito que a resposta do Peter havia o atingido em cheio.

— Nem pensar que eu vou deixa-la ir com você. — Matthew segurou meu outro braço me impedindo de ir com o Peter.

Matthew estava vermelho de raiva e é bem provável que se Peter continuasse o provocando, ele iria partir para cima dele. Mas Matthew iria ouvir agora era de mim, estava cansada de ver todo aquele showzinho. E quem ele pensa que é para agir comigo assim?

— Você não tem que deixar nada, sou dona da minha própria vida.  — rebati e ele ficou perplexo. Eu nunca havia dado um fora nele antes, também ele nunca havia sido um filho da puta como está sendo agora comigo.

Soltei-me dos seus braços e esbocei um sorriso falso para Elizabeth.

— Divirtam-se.

Dei as costas para os dois e saí de lá de mãos dadas com o Peter. Toda aquela discussão foi muito cansativa para mim e era a última coisa que eu queria naquele dia que estava mais que perfeito, mas tenho que admitir, a cara do Matthew foi impagável! Estava orgulhosa de mim mesma.

a-b-c

O percurso de volta a Baldwin foi em completo silêncio, havia até perdido a fome. Aqueles dois se merecem afinal de contas, dois cínicos e manipuladores. Elizabeth estava manipulando o Jack e o meu pai. E o Matthew...  Ah, o Matthew manipulava todo mundo! Todos na escola, seus amigos, suas fãs, as garotas com quem ele saia e eu, principalmente eu.  A nossa infância toda ele vem brincando com os meus sentimentos e eu nunca sequer reclamei disso, pois eu me iludia com a ideia de que em algum momento ele iria se tocar que poderia gostar de mim também. Pois é, olha só aonde viemos parar! Felizmente eu havia crescido e experimentado coisas que, com ele, não pude vivenciar. Havia amadurecido e prometido a mim mesma que não iria me iludir nunca mais por causa dele.

Quando o Peter desligou o motor do carro eu percebi que finalmente havíamos chegado na minha casa. Não havíamos trocado nenhuma palavra durante todo o trajeto e de alguma forma estava me sentindo mal por isso.

— Obrigada por hoje Peter, eu me diverti muito. — abri um sorriso. Não estava lá no meu melhor humor, mas precisava ser simpática com ele já que durante a estrada fiquei parada feito uma múmia.

— Fico feliz. — ele retribuiu o sorriso e suas covinhas apareceram mais uma vez. — Mas você está bem? — perguntou cauteloso, parecia estar tentando encontrar as palavras certas para isso, limpou a garganta e prosseguiu. — Quer desabafar?

Olhei para ele e sua expressão era de preocupado, um pequeno sorriso brotou no canto do meu rosto.

— Estou bem. — soltei o ar dos meus pulmões.

Eu menti, não estava nada bem. Passei toda a viagem de volta com o Matthew na cabeça, a cena dele com a Elizabeth sorrindo e andando juntos em Nova Iorque foi um baque para mim.

Por que ele ama me fazer de idiota?

Lembrei-me do dia no refeitório, quando ele se sentou com os meus amigos e eu saí da mesa só para evita-lo. A cidade toda ficou sabendo do divórcio dos meus pais, o pessoal do colégio estava tirando proveito da situação para me zoar e eu estava magoada com o Matthew por ter escondido a verdade de mim. Aquele dia estava sendo péssimo e eu só queria ficar longe dele, mas ele fez questão de me seguir para se explicar.

— Ei, calma aí! — ele disse. — Sério? Precisava mesmo ter feito isso?

Virei-me o encarando.

— Você tá brincando né? — ri em desdém. — O que você esperava? Que depois de tudo, eu fingisse que nada aconteceu e continuássemos amigos? — tinha mágoa na minha voz e as minhas lágrimas desgraçadas já lutavam para descer.

— Argh, você é tão teimosa! — ele bagunçou os cabelos, bravo. — Você não me deixou explicar!

— Eu não quero ouvir mais nada vindo de você, eu não acredito em mais nada do que você diz.

— É PORQUE VOCÊ NÃO ENTENDE! — se exaltou.

— O que eu não entendo Matthew? Que você gosta dela? Ah, isso eu entendi muito bem.

— Tá vendo? — riu mesmo sem ter graça alguma. — Você não entende.

Eu não entendo? Há, entendo muito bem que ele me fez de idiota esse tempo todo. O que mais me irrita é ele sempre vir atrás de mim com essa de ‘’você não me deixou explicar’’, fazer aquela cara de cachorro sem dono só para eu sentir pena dele e inventar mil desculpas esfarrapadas para eu perdoá-lo. E sabe o que é pior? Eu quase acreditei nele, por mais estúpido que isso pareça, eu queria acreditar.

Não é tão fácil jogar uma amizade de uma vida toda no lixo, da noite para o dia, meu corpo todo sente sua falta. A minha mente fica me atormentando com os flashbacks de todos os momentos felizes em que passamos juntos. O dia em que ele me levou ao parque de diversões abandonado, meu Deus, aquele dia foi um dos melhores da minha vida! Ele achou aquele lugar e pensou em mim. Como posso jogar fora isso, como se não significasse nada?

Ou então no dia da festa do Drake, quando ele me defendeu na frente de todo mundo – e isso foi só uma, dentre tantas outras vezes que ele já havia se metido em briga para me defender, desde a infância. Sim, o Matthew me machucou muito nesses últimos dias. Mas ele tem um bom coração e se importa com quem ele ama. Ele só esconde isso muito bem e só quem o conhece suficientemente sabe.

É, ele me machucou. Mas o que doí mais é saber que mesmo assim ainda o amo.

Saí dos meus pensamentos quando o Peter solta o meu cinto e me abraça e, sem ao menos perceber, estou chorando bem alto no seu ombro. Estava tão ocupada pensando no Matthew que nem me dei conta que aquelas memórias me fizeram chorar.

Peter sussurrou palavras de consolo no meu ouvido e fez carinho nos meus cabelos. Mais tarde, quando relembrasse dessa cena no meu quarto, eu morreria de vergonha por ter estado tão vulnerável na sua frente, mas agora não me importava. Eu sentia que tinha que botar tudo aquilo para fora ou então iria me afogar com as minhas próprias lágrimas.

— Shh... Eu estou aqui. — acalentou-me.

Ficamos naquela posição por alguns minutos, até que eu me acalmasse. Ele foi tão paciente e carinhoso comigo... Não tenho palavras para descrever o quanto o Peter faz bem para mim, ele é uma joia rara, completamente diferente de todos os garotos em que já conheci. Sou muito sortuda por tê-lo em minha vida.

Assim que me recuperei, me afastei e limpei rapidamente o que sobrou das minhas lágrimas.

— Me desculpe, molhei sua camisa. — eu disse sem graça, ele olhou para sua camisa e esboçou um sorriso.

— Tudo bem, você tem passe livre para chorar no meu ombro o quanto quiser. — brincou, me fazendo corar. — Você é muito corajosa Melanie. — colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, seus olhos estavam fixos no meu.

— Você tá brincando? — funguei. — Eu acabei de chorar no seu ombro durante horas feito um bebê chorão. Onde corajosa se encaixa nisso? — tinha um resquício de raiva no meu tom de voz, mas raiva minha mesmo por ter passado esse vexame na frente dele.

Por incrível que pareça, ele riu.

— É exatamente por isso que eu te acho corajosa. — ele toca minha bochecha com delicadeza. — Você não tem medo de esconder os seus sentimentos, ao contrário da maioria das pessoas. — revirou os olhos. — Covardes... — murmurou.

Nunca havia pensado por esse aspecto. As pessoas no colégio me zoam desde a infância por eu ser ‘’sentimental’’ demais, mas muitas delas oprimem seus sentimentos e acham que são melhores por conta disso, será que são mesmo?

— Ele era muito importante para você não é?

Meu coração parou por um instante, falar abertamente sobre o Matthew ainda estava sendo muito difícil para mim então só afirmei com a cabeça.

— Eu sinto muito... — sussurrou, acariciando o meu rosto e foi se aproximando lentamente. — Ele é um idiota por te fazer sofrer. — estávamos muito próximos um do outro, seu hálito fresco batia na minha pele e me fez estremecer.

Meu olhar desceu dos seus olhos verdes cristalinos até sua boca. Nossa aproximação fez todo o meu corpo ascender um sinal de alerta, não fazia ideia do quanto eu o queria de novo até este momento. Peter foi o primeiro garoto em que eu beijei e só de poder relembrar aquele momento me subiu um fogo no corpo, eu queria provar os seus lábios de novo. Após o Peter, eu havia beijado o Drake e o Adam, tenho que admitir que não foi ruim, mas nem de longe pude sentir aquela adrenalina no peito que eu senti quando o Peter me beijou. Só ele conseguia me deixar assim.

Peter segurou a minha cintura e foi se aproximando lentamente, abri um pequeno sorriso e fechei os olhos na espera que as nossas bocas se encontrassem e eu pudesse sentir aquela sensação única, que só ele poderia me proporcionar, de novo.

Quando senti aqueles lábios macios tocarem minha bochecha eu murchei, abri meus olhos imediatamente após isso.

Mas que porra?!

Ele se afastou e me lançou um sorriso.

— Espero que fique bem, me ligue se precisar de alguma coisa.

Mas eu sou uma idiota mesmo! Achei que ele iria me beijar. Que estúpido ter pensado que, só porque ele me chamou para sair, isto automaticamente seria um encontro romântico com direito a um beijo cinematográfico no final. A quem estou enganando? Faz milênios em que nos vemos, a vida do Peter pode ter mudado bastante e ele pode está saindo com alguém... Afinal, olha só para ele! É um deus grego nova iorquino!

Já não foi o suficiente passar a minha infância toda tendo um amor platônico pelo Matthew, tenho que passar isso tudo de novo com o Peter também?

Eu estava chateada, mas ele não merecia ver a minha cara de desapontamento. Por isso me esforcei o máximo que pude para esboçar um sorriso.

— Okay, adeus Peter. — nem dei tempo dele me responder de volta, peguei minha bolsa e saí mais rápido que o The flash do seu carro, sem olhar para trás.

Quando estava próximo a porta de casa senti as lágrimas descerem de novo, mas agora por outra razão.

Vai começar...


Notas Finais


Aí gente que dó da Melanie KKKKK.
Se eu fosse ela virava o rosto e tacava um beijo nele, quero nem saber -q
O que vcs fariam numa situação como essa?


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