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História Already Gone - Accident, is my fault


Escrita por: K_night

Notas do Autor


OOOOOOOOOOOOLHA QUEM VOLTOOOO
Eu qro dizer q eu to sentida a respeito desse cap
foi mta emoção e dificuldade escrever ele mas saiu.~
MUITO OBRIGADA PELOS + DE 20 FAVS
EU RELAMENTE N ACHEI Q PASSARIA DE 10 OU NEM ISSO
ENTÃO, OBRIGADA DE TODO O MEU <3<3.

Ouçam ouvindo
Oh Wonder - White Blood intrumental ( karaoke version)
escrevi ouvindo

Desculpem qualquer erro.
Espero que gostem!!

Capítulo 6 - Accident, is my fault


 

 

Taehyung POV

 

(Três meses depois)

 

Depois de três meses indo às consultas de Yoongi, sinto que meu pânico melhorou muito. Porém, ainda nesse período, não cheguei a tirar a prova disso. Sim, eu não vejo Jeongug à três meses e sinceramente,não sei se estou pronto para vê-lo outra vez. Ao longo desse tempo, não entrei em contato, nem mandei mais nada, por medo. Simples e puro medo. O mesmo medo que faz com que, em um momento de coragem, você desista de algo muito importante por você simplesmente, ao imaginar, não conseguir aguentar a dor de sofrer outro ataque de pânico; e pior que isso, não conseguir aguentar ver a pessoa que você mais ama… Nos braços de outro alguém.

Covardia deveria ser meu sobrenome.

Todos os dias quando acordo eu quero ver Jeongug. Mas dizer que quero somente vê-lo, seria mentira. Quero vê-lo sorrir, dar risada, ver seus olhos tão escuros como a noite, tocar seus cabelos tão macios quanto seda, ver seu rosto tão alegre quanto o de uma criança. Quero senti sua pele macia junto a minha, sentir seus lábio sobre os meus, seu calor. Quero ele de volta pra mim. Mas quando aquela imagem volta à minha mente tudo se esvai, e o único momento em que eu sinto ele próximo de mim outra vez, quando sinto-me verdadeiramente feliz, escorre por entre meus dedos.

E mesmo estando na comemoração da abertura de mais um hotel da minha empresa, esses pensamentos não saem da minha cabeça.

- Senhor Kim. Parabéns por mais um hotel, é o centésimo, não? - pergunta o empresário Choi, ao se aproximar.

- Sim, senhor Choi. Agradeço pela parabenização.

A pior coisa de ser dono de uma companhia de hotéis é isso, ter de ir nessas comemorações de inaugurações. A inauguração oficial do hotel foi anteontem na própria Alemanha e eu voltei de viagem ontem. Tudo bem que é um grande marco para a empresa, afinal é o centésimo hotel, mas tudo o que eu queria agora era minha cama. Eu já não aguento mais fazer recepção. Corro os olhos pelo salão à procura de Jimin para perguntá-lo se posso ir embora, mas não o acho. Continuo em meu canto, até ver Yeri ir até o palco.

- Senhoras e senhores, é com grande prazer que comemoramos o centésimo hotel inaugurado da empresa VK Hotéis. E é também com grande prazer que convido o senhor Kim para dizer algumas palavras. - todos aplaudem e Yeri sai do palco.

Ah não. Desencostei da bancada e arrumei meu terno, dando um sorriso frouxo ao que caminhava na direção do palco. Subi pelas escadinhas que havia na lateral e me posicionei na frente do microfone. Todos aplaudiam, e eu estava só tentando pensar no que falar. Aquilo foi repentino.

- Primeiramente, gostaria de agradecer a vocês que compareceram à essa grande comemoração e conquista da VK Hotéis. Gostaria de agradecer aos funcionários da empresa, que dão duro para que ela seja o que se tornou hoje. Sem vocês, tudo isso, não passaria de um sonho do meu eu de dezesseis anos. Quero agradecer também aos patrocinadores, empresários, colegas que fiz ao longo dessa jornada que foi construir cada hotel no nome VK. Também, obrigado Yeri, por dar sempre conta de tudo que envolve a minha pessoa e a empresa. À todos vocês, obrigado.

Me curvei e desci do palco. Enquanto caminhava para voltar ao meu canto, todos os convidados me cumprimentavam outra vez. Aquilo saiu totalmente improvisado. De volta ao meu lugar, pedi mais uma bebida ao bar man.

- Uma margarita, por favor.

O homem acenou e se virou para fazer a bebida. Pouco tempo depois o drink foi colocado na minha frente, virei tudo de uma vez.

- Epa, vai com calma. Está querendo se embebedar?

- Hoseok… - digo entre dentes. Ver aquele homem era a última coisa que eu queria. - O que faz aqui.

- Dar os parabéns, obviamente.- sorriu aquele sorriso que poderia ser lindo, se não fosse tão cínico.

- Só isso? Mais nada?

- E deveria haver outro motivo?

- Sinceramente, espero que não.

- Taehyung eu tenho uma dúvida. Porque Jeongug não está aqui? Ele sempre o acompanha nos eventos, não?

Eu sabia. Estava demorando. Observei bem aquele ser de cabelos vermelhos e juro que poderia quebrar aquele copo na cabeça dele. Nos dois longos anos que conheço Jung Hoseok, desde o início, eu vejo como ele quer separar Jeongug e eu. Eu sempre percebi seus olhares para mim, como se eu fosse um troféu, um prêmio. Suspirei e controlei a vontade de bater nele.

- Ele teve plantão hoje. Não pôde faltar…

- Que pena. Mas engraçado, quando estava vindo para cá, passei na frente de um restaurante e vi Jeongug com alguém…

Me olhou como quem não quer nada. Congelei no lugar. Seria aquele mesmo homem daquele dia? Ele sorri como nunca vi antes e deve ter notado como fiquei, eu podia ver ele comemorando internamente; só à espera para dar o bote. Víbora. Hoseok puxou o celular do bolso e procurou algo, virando a tela para mim logo em seguida.

- Acho que ele está te traindo, hein, Taehyung…

Era ele. Era Jeongug. Com o mesmo homem. Aquilo não podia estar acontecendo. Intercalei meu olhar de Hoseok para o celular, e do celular para Hoseok. Eu podia sentir tudo de novo, todas as sensações. O medo. Aquilo não podia ser verdade. Tudo bem que Jeongug tem todo direito de seguir em frente mas, eu não quero acreditar.

Senti meus olhos queimarem, assim como minha garganta; mas não era por causa da bebida, longe disso. Um bolo se formou, meu peito pesou e meu coração quebrou. Eu não podia chorar, não na frente de Hoseok. Procurei por Jimin outra vez, o avistando a pouco mais de um metro de mim. Tentei chamá-lo mas assim que abri a boca, nada saiu. Minhas mãos começaram a suar, minha respiração começou a falhar e senti uma pontada no peito.

Por favor, um ataque não. Por favor, por favor.

Tentei controlar a respiração mas minha mente não me deixava em paz, e a imagem que Hoseok me mostrou entrou em um looping na minha mente se juntando com a outra e as que eu já imaginei. Esses três meses de ajuda para, com uma simples foto, eu ter outro ataque de pânico. Eu só queria que parasse. Olhei para Jimin outra vez e nesta ele me viu. Eu senti as lágrimas vacilarem nos meus olhos.

- Ele não te ama mais, Taehyung. - ouvi um sussurro.

Olhei para Hoseok que sorria de orelha à orelha. Não aguentei. Sai correndo em direção ao estacionamento. Ouvi a voz de Jimin me chamar, mas estava distante. Corri em direção ao meu carro e entrei rapidamente. Tateei meus bolsos em busca da chave, a achando e colocando na ignição. Sai rápido daquele lugar, caindo logo na avenida. A velocidade estava alta, mas eu não estava ligando. Não conseguia ver muito bem para onde estava indo por conta das lágrimas, que desciam grossas pelo meu rosto.

Aquele sentimento de perda estava fazendo com que eu me afogasse nos soluços. Com certeza não há sensação pior do que está. De dor; de perda. Um grito estava entalado na minha garganta desde que aquela coisa de cabelos vermelhos me mostrou a foto, e então permiti que esse grito saísse. Se minhas cordas vocais não arrebentaram, foi por pouco. Eu tentava limpar as lágrimas para conseguir ver a estrada, mas não estava funcionando.

Vi um borrão vermelho indicando que o sinal tinha fechado para mim, mas era tarde.

Foi tudo muito rápido.

Uma buzina alta. Um impacto do meu lado direito. Uma batida no vidro. Sangue escorrendo. Meu corpo doendo muito. E então, tudo ficou escuro, silencioso e indolor.



 

Jeongug POV

 

Jin, Namjoon hyung, Yug e eu estávamos no PS. Tudo tranquilo, estávamos conversando e rindo, mas então ouço o barulho do rádio.

“ Acidente de trânsito. Um caminhão bateu num carro. Um gravemente ferido. Algum hospital na escuta?

Vi a enfermeira olhar para Nam-hyung antes de atender, ele acenou positivamente.

- Hospital Myeong Seul disponível. Tragam-no para cá.

Começamos a preparar tudo para quando o paciente chegasse. Dois minutos depois ouvimos o barulho das sirenes e fomos em direção a porta de entrada. Tiraram a maca da ambulância e quando ela entrou eu não pude acreditar no que via.

Era Taehyung.

Totalmente ensanguentado, machucado e inconsciente. Tudo passou em câmera lenta e eu não ouvia, sentia nem conseguia pensar em nada. Olhei para Jin-hyung que estava na minha frente. Em seu olhar também havia surpresa. Me virei para a maca onde Taehyung estava, Namjoon-hyung e Yug estavam vendo ele. Eu não conseguia processar a informação que foi jogada na minha cara. Estava atônito. Isso não pode ser verdade. É um sonho, não, só pode ser um pesadelo. Cambaleei e levei minha mão à cabeça. Não pode ser verdade. Não pode ser verdade. Repeti como um mantra, na tentativa de que isso tudo se desfizesse e eu acordasse no quarto do apartamento dos hyungs.

Mas não estava mudando. Tudo continuou. E eu fiquei parado, observando o Nam e o Yug entrarem com ele na ala de cirurgia. Não! A ala cirúrgica não. Fui em direção do banheiro e corri até a pia. Liguei a torneira e passei uma água no rosto, me olhando no espelho em seguida. A imagem de Taehyung passava na minha cabeça como um filme. Senti meus olhos arderem e pude ver lágrimas se formarem nos mesmos. Levei a mão à boca e deixei que o primeiro soluço escapasse. Meu peito doía, eu não respirava direito por conta dos soluços. Me encostei na parede do banheiro e deixei-me escorregar até o chão. Eu sentia como se estivessem batendo no meu peito, bem em cima do meu coração.

Eu não sabia o que sentir porque estava sentindo tudo. Me toquei que eu não sabia como ele estava e levantei rápido, correndo até a ala cirúrgica. Passei pelas portas e fui olhando de sala em sala, até achar a que eles estavam. Assim que achei, vi Jin-hyung saindo. Tentei entrar mas ele não deixou.

- Jeongug se acalma. Ei, olha pra mim. Respira.

Não parei de avançar e ele continuava a me impedir.

- E-eu tenho q-que salvar e-ele… eu tenho.

- Jeongug, para

Não parei, não podia parar. Eu tenho que ver como ele está. Senti um tapa no meu rosto.

- CHEGA! - foi uma das poucas vezes que vi o hyung gritar. - Jeon Jeongug, já chega.

- Hyung e-eu…

- Você não pode. Você sabe. Parentes ou cônjuges não podem interferir ou medicar pessoas próximas. - cruzou os braços.

- Eu tenho que ver como ele está.

- Mal. Batida na cabeça, múltiplas fraturas, teve uma parada no caminho, lesões, perdeu um litro de sangue e…

- E…

- Ele… lesionou a lombar, mas foi incompleta. Ele tem chance.

Olhei para o hyung, em busca de algum sinal de que aquilo não era verdade. Mas era. Não consegui segurar as lágrimas, que desceram  grossas e quentes pelo meu rosto. Porque ele sofreu aquele acidente? Porque ele estava tão rápido? Aquilo era culpa minha? De alguma forma, aquilo tinha a ver comigo? E se ele estivesse tentando se matar? Não, não era possível. Ele deve ter ido em alguma festa e bebeu muito, ou sei lá. Mas ainda assim, eu não conseguia parar de me preocupar.

Pensei no que Jin disse. Ele machucou a lombar, e isso não é bom. Segundo eles, foi incompleta, mas ainda há a chance de ele não se recuperar.O choro se intensificou.

E se ele não aguentar a cirurgia… Eu não quero perdê-lo. Eu não posso perdê-lo. Eu ao menos disse que o perdoei. Eu ao menos disse que ainda o amo. Senti meu coração falhar uma batida. Realmente, não havia nada que eu pudesse fazer. Segundo a ética, nenhum médico pode tratar parentes ou cônjuges. O motivo? Se o fizéssemos, iríamos tentar de tudo para salvar a pessoa, o que interferiria no razão do médico e tratamento do paciente. Mas, ainda assim… eu não conseguia suportar a ideia. Percebi que depois daquele dia, ele não me mandou mais nada nem me procurou. Achei estranho, mas não dei devida atenção por estar me acabando em plantão. Esse acidente… isso deve ter alguma coisa haver comigo. Ele não dirigia depois de beber.

- Jeongug… você sabe que ele está em boas mãos. É o Namjoon e o Yugyeom que estão operando ele. Vem, você precisa de uma água.

- Fomos em direção à cantina, mas no caminho, um policial me parou.

- Kim Jeongug?  - acenei. - Poderia responder algumas perguntas?

- Sim… - Jin olhou para mim preocupado. - Tudo bem hyung. Você pode trazer a água pra mim, por favor? - o mais velho acenou e se retirou. - O que o senhor deseja.

- Gostaria de saber onde o senhor Kim, seu marido, estava antes do acidente.

- E-eu não sei. Eu estou no hospital desde a hora do almoço.

- Ele não disse para onde iria? Se teria alguma coisa hoje?

- Não… - até porque não nos vemos direito faz quase quatro meses.

- Certo.

- Senhor, o que causou o acidente? - perguntei.

- Aparentemente o senhor Kim estava em alta velocidade e passou no sinal vermelho num cruzamento, o caminhão que veio na direção lateral não teve tempo de parar.

Acenei e abaixei a cabeça. O policial se retirou e eu fiquei ali, inundado em pensamentos e preocupação. Por qual motivo o destino gosta de brincar assim com as pessoas? Há sete anos atrás eu não poderia estar mais feliz. Encontrei o homem da minha vida, terminei a faculdade, me casei com aquele que amava, vivemos felizes por tanto tempo e, ainda assim, olha como acabamos. Distantes um do outro, quase divorciados, e agora, um de nós estava quase morrendo. Isso deve ser algum tipo de carma, um muito mal. Eu peço o divórcio para Taehyung, ele tenta me fazer voltar com ele, tem um ataque de pânico ao me ver, e meses depois, simplesmente desaparece e do nada ele está vivo por um fio. É como se alguma entidade ou força do universo estivesse me falando “ Você que quis se separar dele por achar que ele não te amava, então agora você nunca mais o terá”.

Fiz da parede um amparo e me deixei afogar em soluços de novo.

- Eu não quero perder você, Tae…

Se ao menos tivéssemos conversado, se eu tivesse tentado falar com ele o porquê dos atrasos, dos esquecimentos, com certeza não estaríamos nessa situação. Isso é culpa sua Jeon Jeongug. Você é uma pessoa horrível Jeon Jeongug. Você deveria estar naquela festa com ele, você deveria estar naquele carro com ele, você deveria estar naquela sala ao invés dele.

Fui em direção às escadas para ir ao terraço do hospital. Assim que abri a porta, um vento frio passou pelo meu corpo como se até ele estivesse melancólico. Parei bem no centro do heliponto, e olhei para cima. O céu está tão estrelado, a lua brilhando forte. Uma lembrança me veio à mente; o dia que ele me pediu em casamento. Estávamos acampando perto da praia, vendo o céu sem a poluição da cidade. As estrelas estavam mais fortes e a lua parecia mais próxima. Ficamos deitados no cobertor com as cabeças para fora da barraca. Só se era audível o som das cigarras, grilos e das ondas quebrando na areia. Taehyung então virou para mim e me olhou profundamente. Foi mágico. Seu olhar estava tão brilhante quanto as próprias estrelas, e tão calmo quanto o mar daquela noite. Vi um sorriso estampar em seu rosto, tão infantil e bobo. E então ele disse as palavras que me fizeram sentir o homem mais sortudo do mundo:

“ - Você já ouviu falar do triângulo amoroso entre o sol, a lua e o mar? - acenei que não. - Existe uma história, uns dizem ser entre a lua e o sol, outros entre a lua e o mar. Mas eu penso que é entre os três. Minha teoria é a seguinte: o sol não odiava a lua por ela não ter uma luz própria e depender dele para brilhar; ele ia embora todos os fins de tarde para que ninguém a esquecesse, e a iluminava para que todos vissem sua beleza. A lua, por sua vez, achava que o sol não gostava dela e por isso chorou tanto que criou o oceano que lhe mostrou sua beleza, a deixando tão feliz que pedaços delas se soltaram e viraram estrelas. O sol, vendo isso, ficou com ciúme, e deu um jeito de dizer o quanto a amava.  E a cada mil anos ocorre o eclipse para que o sol prove seu amor, uma declaração que dura exatos sete minutos e quarenta segundos. Mas que é o suficiente para a lua lembrar o quanto o sol a ama. E não é só isso, todos os dias o sol e a lua tentam se ver novamente. Se você perceber, quando o sol está nascendo a lua ainda está no céu; ela sempre vai estar, só não tem luz o suficiente para brilhar como o sol.

Você deve estar pensando que o mar foi esquecido, mas seu papel é o mais importante. Assim como o céu, o mar é um espelho. O espelho do amor de dois seres totalmente opostos, mas que se completam mais que tudo. E é isso que você é para mim Jeongug. Você meu sol nos dias escuros, minha lua nas manhãs de um novo dia, meu eclipse para uma nova esperança, meu mar para me lembrar da minha beleza que só você consegue espelhar. Você é meu tudo. Então, com quase todos os astros que eu citei presentes, eu te pergunto. Você quer ser aquele que faz tudo isso por mim? Você quer ser aquele que vai acordar do meu lado nas manhãs, que vai dormir comigo nas noites frias, que vai ser minha esperança e meu espelho?  Você quer se casar comigo, Jeon Jeongug?”




 

[...]

 

Três longas e cansativas horas passaram até que Taehyung saísse daquela sala de cirurgia. Ele levou alguns pontos no ferimento da cabeça, engessaram a perna esquerda, enfaixaram as costelas, braços e parte do pescoço. Seu rosto estava cheio de arranhões. Vê-lo desse jeito é doloroso, jamais imaginei-o assim. Ele é tão esportivo e alegre que ver ele tão incapacitado faz meu coração apertar. Desde que o trouxeram pro quarto não saio de seu lado, e isso tem duas horas. O deixaram sedado por causa das dores das costelas e do ferimento na cabeça. Eu queria falar com ele, queria abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem. Suspirei e passei as mãos no rosto tentando limpar as lágrimas que não pararam de sair em momento algum desde que Taehyung entrou nesse hospital. Ouvi batidas na porta e respondi um sonoro “entre”.

- Oi, Gug. - disse Jimin. - Eu trouxe as coisas dele.

O mais velho olhou para mim com preocupação, ele chegou no hospital meia hora depois do acidente.

- Ele já deveria ter acordado não? Faz um bom tempo que ele saiu da cirurgia…

- O sedativo é forte. Se ele acordar antes vai desmaiar por causa da dor nas costelas e cabeça. Ele vai dormir por mais um dia provavelmente.

- O Hoseok vai ver só. Isso é culpa dele. Se ele não tivesse mostrado aquela foto sua…

- Espera. Que foto minha?

- Depois que o Tae fez um discurso essa coisa, o Hoseok, foi falar com ele e aparentemente o mostrou uma foto sua com alguém em um restaurante, e disse que você tava traindo ele e que não o amava mais. Por causa disso, ele teve um ataque e saiu correndo da festa. O acidente foi logo depois que ele foi embora.

- Você viu quem estava na foto?

- Vi, mas não conheço. Mas a pessoa parecia com um dos médicos que atendeu o Tae.

O olhei espantado. Era o Yugyeom na foto, só poderia ser. Mas eu nunca jantei com o Yug.

- E-eu nunca jantei com o Yug. Não pode ser verdade. É mentira! - Comecei a entrar em desespero. Eu realmente nunca tomei mais que um café com o Yugyeom. Aquela foto só podia ser uma montagem.

Jimin veio me acalmar mas era possível ver ódio em seus olhos.

- Isso é a cara do Hoseok. Ele vai se ver comigo…

Me sentei na poltrona e bebi um pouco de água, Jimin saiu. Fiquei observando Taehyung e fui em sua direção, parando ao lado da cama. Seu rosto está tão pacífico, pareceria que ele só estava dormindo no lugar errado, se não fosse pelos machucados por seu rosto. Passei a mão delicadamente por seus cabelos, testa, olhos, nariz, bochechas até finalmente chegar nos lábios. Me demorei naquela parte onde já tanto me perdi quando nos beijávamos, onde saia tantas palavras de amor, besteiras. Onde os meus próprios lábios já tocaram e dançaram sobre os seus. Os mesmos lábios que me faziam delirar. E agora, o que eu mais quero provar outra vez, e não me impedi de fazê-lo.

Inclinei sobre seu rosto e selei sua boca à minha, sentindo seu gosto doce que tanto senti falta. Mais lágrimas escorreram de meus olhos, caindo no rosto delicado de Taehyung. Encostei minha testa na dele e me permitir dizer:

- Por favor, volta pra mim. Eu não quero te perder.

Levou dois segundos. Apenas dois segundos para que eu me afastasse bruscamente dele. Os computadores que mediam seus sinais vitais e os que o ajudavam na respiração apitaram alto. O que está acontecendo? Olhei desesperado para Taehyung para ver se o tinha machucado, mas ele estava sem sinal algum de sangue. Olhei para os monitores. Os batimentos estavam rápidos demais e a respiração também. Ele começou a suar e suas mãos começaram a tremer levemente; aquilo só poderia significar uma coisa.

Ele estava tendo um ataque de pânico.



 


Notas Finais


NÃO ME BATEM POR FAVOR KAKAKAKAKAKAKA
ESSA LEMBRANÇA FOI MTO LINDA NEM SEI COMO Q ELA SAIU
Foi isso gente, espero q tenham gostado
E obrigado de novo pelos +20 favs
Realmente n achei q fosse chegar nisso akakakakakaka
Obrigada <3
Até~~


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