1. Spirit Fanfics >
  2. ALUCYnação >
  3. Lu...?

História ALUCYnação - Lu...?


Escrita por: Yaminano

Notas do Autor


Eu revisei esse capítulo três vezes, então acho que está tudo em ordem, mas se não estiver me avisem, por favor kkkkkk
É um capítulo um pouco longo, mas achei que era necessário para ter um começo decente, é isso, aproveitem ^^

Capítulo 2 - Lu...?


Fanfic / Fanfiction ALUCYnação - Lu...?


- M-mas o qu-? Natsu indagou para si mesmo, ainda incrédulo da situação, passou a mão nos olhos para ver se enxergava melhor, porém a visão a sua frente era a mesma, a loira misteriosa ainda estava desmaiada a sua frente. 
Sem opções ele se agachou e checou a garota, ela estava aparentemente bem, tirando um machucado na cabeça que não parecia grave, ele a pega no colo e a leva para o sofá. 
Com ela deitada ele resolve cuidar de seu machucado, claro que ainda descrente e curioso. Quem era ela, como ela chegou ali e qual era daquelas roupas sujas e rasgadas?
O rosado começa a passar o Mercurocromo na ferida da cabeça da garota, mas de alguma forma ele sentia uma insegurança de tocá-la, era como se ela fosse quebrar se ele a tocasse, olhando agora de perto sua pele era realmente branca, parecia porcelana e ela era muito atraente. 
Após enrolar o curativo na cabeça da loira ele a cobre com um cobertor e vai para o quarto, inquieto ele não conseguia ficar na sala, é quando ele começa a ouvir que um som familiar voltou a soar naquele ambiente. O som dos grilos, sapos e corujas podia ser ouvido novamente, mas isso o fez ficar perturbado, por que tão de repente? 
Entretanto o cansaço começou a tomar conta do corpo de Natsu, já era tarde em consideração ao horário que ele costumava dormir e mesmo estando desconfortável não pode evitar deitar em sua cama. Quando sentiu o calor de seu gato em seus pés adormeceu. 
Na manhã seguinte acordou no mesmo horário de sempre, apesar de ter dormido tarde ele realmente não sentia mais sono, talvez porque estava agitado pela situação. Levantou de sua cama e se dirigiu a sala, aonde a moça misteriosa ainda estava desacordada. 
Ao virar de costas para a moça escutou um barulho, como se ela estivesse se mexendo, e num movimento abrupto se virou para o sofá novamente. 
E lá estava a loira sentado, olhando para todos os lados, realmente perdida, mas dessa vez os olhos, que antes pareciam sem vida, estavam perdidos, e tudo que ele podia ver era que aqueles olhos espelhavam a inocência de uma criança. 
Mas apesar da surpresa ele tomou coragem para falar. 
- Finalmente acordou, ein? Vamos pode ir dizendo quem é você e por que apareceu na minha fazenda no meio da noite? - a boca do rosado acabou falando as coisas de um modo menos gentil do que ele realmente planejava. 
A resposta foi a cabeça da moça inclinando para o lado num gesto de confusão e algo que não era nem uma palavra sair da boca dela. 
- Lu...? - Soltou enquanto sua mão delicadamente se aproximava da boca de Natsu, que deu um pulo para trás. 
- Qual o seu problema? Vamos fale, qual o seu nome?- Dessa vez disse num tom sem paciência. 
Não obteve resposta, mas algo parecido, talvez. 
GRONC! O som de ronco ecoou pela sala. Apesar de não falar uma palavra era claro que a vergonha se instalou no rosto na loira, que imediatamente foi tomada por um tom avermelhado e seus braços se debatiam enquanto ela olhava para todos os lados de uma forma desgovernada. 
- Hahahahaha!- Natsu soltou uma gargalhada que nem ele pensou que seria capaz de soltar algum dia - Entendi, pode deixar que desse problema eu posso cuidar, venha.- Falou enquanto puxava a moça pela mão, porém ela não foi capaz de dar mais de um paço e caiu ajoelhada no chão. 
O rasado a levantou e colocou o braço da loira em volta do seu ombro e sua mão contornou a cintura da garota. Ela tinha uma expressão confusa, seus olhos alternavam entre o rosto do rapaz e a mão dele em sua cintura, quase que a arrastando, ele a leva para a cozinha e a coloca na cadeira.  
Ele vai até a geladeira de onde tira os ovos, arroz, carne e outros ingredientes. Aos poucos o cheiro de comida invade a cozinha. O nariz da loira começa a se mover sozinho e ela quase baba. Finalmente um prato é colocado a sua frente, era uma omelete de arroz, apesar de não saber nomear aquilo ela sabia que era comida e sem nem hesitar enfiou as mãos na comida que ainda estava quente. 
- Ai! - Ela grita ao levantar da cadeira derrubando um pouco de comida no chão, enquanto ela debate a mão queimada no ar, na tentativa de parar aquela dor ardida.   
Natsu, com o riso preso entre os dentes, rapidamente agarra o pulsa da loira e a leva em direção a pia, onde abre a torneira, e observa a expressão desesperada da moça se tornar calma conforme a água corrente leva a dor que ela estava sentindo embora, ele fecha a torneira e seca a mão dela com um pano. 
- Não tenho escolha, não é mesmo? - Fala quase como se para si mesmo e senta a garota na cadeira novamente. - Vou fazer isso só dessa vez, aprenda a não ser tão apressada, ouviu? - Enquanto isso pegava a colher na mão. 
Depois de colocar uma porção generosa de omelete na colher e assoprar, os olhos da loira acompanhavam cada movimento dele com extrema atenção, ele tenta explicar. 
- Vamos faça "Aaah".- Disse enquanto abria a boca, que ela novamente tenta tocar, e ele rapidamente a repreende - Esquece a minha boca, é pra você abrir a sua, vamos, "Aaah"! - E assim a loira o imita. 
- Aaah!? - A loira solta, num tom de incerteza, enquanto ele leva a colher a sua boca. 
Uma expressão magica toma conta da moça quando ela começa a saborear a comida. Natsu que nunca tinha visto uma reação tão sincera como aquela de alguém que não fosse seu gato, não conseguiu conter a risada novamente. 
- Hahaha, acho que você gostou. - Falou num tom divertido. 
- Aaah, aaah! - Soltava a loira, apontando para a colher e para a própria boca. 
- Hahahaha, não te conheço, mas você é realmente impagável, certo, certo, toma. - Assoprava novamente outra porção generosa de comida e deu para a garota. 
Depois que terminou de alimenta-la ele respirou fundo, como que encarando que tinha que fazer alguma coisa a respeito dela. 
- Vamos, agora você tem que me falar, qual o seu nome, por que você está aqui? - a loira pareceu não ouvir, seus olhos se desviaram da conversa assim que ela avistou o gato de Natsu. 
Ela levanta da cadeira e começa a correr atrás do gato, que ao perceber que estava sendo perseguido começou a correr desesperado, o rosado passa a mão na testa, perdido. 
- O que eu vou fazer com ela? - seu coração estava inquieto, ele sabia que ela não era normal, não podia abandona-la desse jeito em qualquer lugar, mas como ele iria cuidar de uma pessoa que parecia uma criança ao mesmo tempo que tinha sua fazenda para administrar. 
Respirou fundo e puxou a loira para longe do gato, olhando para o rosto dela ele se sentiu ainda mais perdido. Não tinha escolha ia ter que pedir ajuda para alguém, mas como alguém tão orgulhoso iria fazer isso?  
"Não, não tenho escolha, vou ter que ligar para alguém, claro, alguém que não seja meu irmão."- Pensou desnorteado. 
Mas ele morava em um lugar longe de todos que conhecia, ia levar um tempo para quem quer que seja chegar lá, e o pior, ele não tinha telefone, nunca achou necessário, já que seu propósito era viver isolado. Para fazer uma simples ligação ele teria que ir até a cidade, e depois da loira quase quebrar a casa correndo atrás do gato, deixa-la sozinha não era uma opção. Mas ao analisar a situação, de maneira alguma ela poderia sair com aquela roupa. 
Ele deixou a loira na sala e ligou a TV, que de alguma maneira a deixou vidrada, ela tocava na tela, olhava por todos os lados, não sabia como as pessoas tinham entrado naquela caixa pequena e gorda. 
Enquanto isso Natsu foi até seu quarto e pegou uma calça e uma camisa sua. Voltou para sala onde encontrou a loira tentando enfiar a cabeça dentro da TV. Olhou incrédulo, mas mesmo assim a puxou para o sofá, e colocou a sua camisa nela, é claro que ficou estupidamente grande, olhou para a calça, é claro que não adiantava nem tentar, não é como se ele estivesse sem nada por baixo, apesar de rasgada a roupa que ela usava cobria o mais importante, só a camisa era suficiente, pensou. 
Ok, chegou a hora de ir, o rosado respirou fundo. E foi até a porta. 
- Fique aí, não saia! - Gesticulava de uma forma grosseira, enquanto falava. 
Claro o olhar confuso da moça não mudou, aparentemente ela não entendeu, mas ele não tinha escolha, tinha que ir buscar o carro, suspirou e fechou a porta. 
Caminhando até o galpão onde seu carro estava a cabeça de Natsu parecia girar, como aquilo estava acontecendo com ele, a única coisa que ele queria era sossego. Abriu o galpão e foi até o carro, uma caminhonete vermelha, um tanto quanto abatida e desbotada, que ele usava para transportar a mercadoria da fazenda para a cidade. Levou o carro até a entrada da casa. 
Ao abrir a porta se deparou com a cena da moça a ponto de morder Happy, o coitado estava desesperado, era como se o rosado pudesse ver os olhos do gato comilão se enxerem de lagrimas. 
- Pare com isso, ele não é comida. - Puxou a loira - Venha, vou ter que mudar meus planos por você! - falou indignado, mesmo sabendo que ela não iria entender as suas reclamações. 
A levou para o carro, o gato ainda assustado pulou na carroceria da caminhonete, Natsu ligou o motor e colocou o cinto na loira, que olhava para todos os lados maravilhada e sem entender nada. Os dedos da moça foram deslizando pelo painel, mas logo foram parados pelo dono ciumento. 
- Não encoste em nada! - Disse num tom de autoridade, sua voz rouca ecoando pelo carro. 
Quando o carro começou a se mexer a loira deu um grito de surpresa, mas o rasado ignorou, se fosse prestar atenção a cada reação exagerada da garota nunca sairiam do lugar, logo ela coloca a cabeça na janela e começa a observar o chão, que parecia estar correndo e curtia o vento que batia violentamente em seu rosto, fazendo o cabelo da loira dançar. 
- Eu se fosse você não faria isso, você vai acabar ficando...- antes mesmo de terminar de dizer escutou a loira começar a regurgitar.- Ah, é claro que isso ia acontecer.- Ele não queria nem olhar para porta da sua preciosa caminhonete, que agora estaria cheia dos restos do café da manhã da garota. 
Parou o carro e tirou um lenço do bolso que usou para limpar a boca da loira, que parecia atordoada, e fechou a janela. 
Continuou a viagem consideravelmente demorada e impressionantemente calma, já que ela acabou adormecendo sentada no banco do passageiro. 
Ao chegar na cidade estacionou o carro próximo a cabine telefônica e saiu do carro em silêncio para não acordar a loira. 
Finalmente ele estava frente a frente com o telefone, ele realmente estava hesitante em ligar para alguém, mas tinha que ser uma pessoa responsável, que realmente pudesse ajuda-lo, engoliu o medo e resolveu ligar para sua amiga da época da faculdade, não era como se eles não se vissem a muito tempo, fazia apenas alguns meses, mas como ele não havia ligado dês de então sabia que a amiga, que tinha uma personalidade explosiva, iria querer matá-lo. 
Começou a discar o número, que sabia de cor, de forma hesitante.  
- Alô? - A voz decidida e confiante do outro lado da linha comprovava que era realmente a amiga quem havia atendido o telefone. 
- O-oi Erza, sou eu... - A voz rouca que raramente hesitava estava tremula. e rapidamente foi cortada. 
- O que você pensa que está fazendo, seu grande idiota! - Disse a voz, num tom violento - Quanto tempo você acha que eu esperei você me ligar, tá me achando com cara de palhaça?!- Ressaltou ofegante. 
- C-calma Erza, você sabe que eu tenho meus motivos e... 
- Eu tô calma, caramba. Me passa seu endereço agora, não quero saber de desculpas! 
- Espera eu tenho que te explicar uma coisa... 
- Me explica quando eu chegar aí, anda! - Soava impaciente. 
- O-ok. - Seu coração hesitava, mas ele sabia que não tinha escolha, passou o endereço para ruiva. 
Colocou o telefone novamente no gancho enquanto soltava um grande suspiro. Ao abrir a cabine viu Happy o esperando. 
- Valeu por me apoiar amigão, mas a bomba vai chegar pra valer daqui a uma semana. - Sentia que sua vida não iria continuar depois que Erza chegasse. 
Quando voltou para o carro viu a garota arranhando o vidro, mas assim que ela o avistou os músculos da loira relaxaram. 
- Bom acho que você precisa de roupas. - Disse de maneira que soou inevitável. 
Abriu a porta para a garota que imediatamente pulou no colo do rosado. Era como um filhotinho que acabou de achar a mãe. 
- Ei, o que você está fazendo? Desgruda! - O rosto dela tinha um sorriso extremamente bobo, ele a empurrou de leve e agarrou o pulso da moça. - Vamos, eu acho! - Disse indo em direção a uma loja de roupas. 


Notas Finais


E agora o que acham que vai acontecer, isso vocês vão descobrir amanhã aqui mesmo kkkkkkk
Vou mudar algumas coisas no segundo capítulo e planejo terminar o terceiro hoje mesmo,já que tive umas idéias bem interessantes para a estória, beijocas e até amanhã.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...