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História Always - SNARRY - Capítulo 35


Escrita por: LeChatNoir_

Notas do Autor


Boa leituraa!

Capítulo 35 - Capítulo 35


3 meses depois...

 

“Eu só estou dizendo, uma coisa muito ruim está por vir” Hermione estava sentada na mesa de jantar e falava com firmeza “Tudo ficou quieto por muito tempo, o que for que aconteça, não vai ser nada bom”

“É, também acredito nisso” Harry remexia o pudim de chocolate na sua frente “Mas não tem nada que podemos fazer, acho que só temos que esperar. E falando em esperar, acho melhor eu ir indo, não quero deixar Snape me esperando.”

Rony apenas concordou com a cabeça, sabia que o humor do professor não andava muito bom, mas Hermione se remexeu descontentada.

“O Snape realmente passou do limite dessa vez, ele só nos encontrou na biblioteca após a hora de dormir! Na biblioteca! E estávamos nós três lá, e mesmo que você tenha assumido a culpa, Harry, ele não tem o direito de te dar detenção por um mês!”

Harry deu ombros, não havia nada que ele pudesse – ou quisesse – fazer sobre isso.

“Talvez você tenha razão, Mione, mas acho melhor não contrariar ele. As vezes quando ele está de bom humor, realmente me ensina coisas úteis” ele deu mais uma colherada no pudim “até mais tarde”

“Ah, Harry, se sair mais cedo” Rony estava com comida na boca, mas isso não o impediu de falar “passe na biblioteca, estarei lá feito um escravo” Harry riu e Hermione repreendeu Rony com o olhar.

“Até mais tarde, Harry”

 

...

 

Harry fez como de costume, bateu na porta três vezes e entrou, porém não encontrou ninguém na sala, e quando era assim, sabia que o encontraria no quarto. Snape não o esperava ali quando tinha muitas coisas a fazer ou quando estava cansado. Ele adentrou pela passagem que o levava até o pequeno corredor em que se encontrava o quarto do professor. Ao entreabrir abrir a porta e colocar a cabeça no espaço, o cheiro que havia se tornado tão familiar o atingiu intensamente.

“Está aí?” Harry não precisou de resposta, seus olhos encontraram Snape sentado na sua única poltrona, tomando o último gole da bebida que estava em seu copo.

O professor se levantou e foi de encontro ao garoto, passando a mão ao redor da cintura e selando seus lábios.

“Estou” ele respondeu e Harry sorriu.

“Hermione está bem brava com as detenções sem sentido” Harry afundou uma de suas mãos na parte de trás dos cabelos de Severus “Daqui a pouco ela vai vir até você e reclamar”

“Deixe que venha” falou em tom desafiador “Minhas detenções não são sem sentido, são mais que merecidas. Se o senhor estivesse em seu dormitório no horário que se é para estar, não haveria motivo para detenções, haveria?”

“Não, senhor” respondeu enquanto tirava seu casaco “concordo completamente”

“Como foi o treino?”

“Ótimo. Venceremos o jogo de amanhã com toda a certeza.” Falou confiante.

“Eu não teria tanta certeza assim” voltou a se sentar “Não foi o que aconteceu nos dois últimos jogos.”

“Nos dois últimos jogos, Rony estava com o braço machucado, agora ele está totalmente recuperado. A taça das casas será nossa.”

“Um menino que consegue queimar o próprio braço errando ingredientes de poções não é ser capaz de fazer tanta diferença no jogo.” Ele sentiu Harry se aproximar por trás e se abaixar, fazendo com que seu rosto chegasse na altura de seus ouvidos.

“Espero que esteja na arquibancada amanhã para ver nossa vitória.”

“Eu estarei, junto com os sonserinos”, respondeu “Mas estarei torcendo por você, como sempre.”

Harry aproveitou a proximidade e depositou um beijo no canto da boca de Severus, que virou a cabeça para continuar o beijo.

Já haviam se passado três meses desde seu aniversário, três meses desde o dia que havia passado a noite com Severus. Desde então, ele sabia que tinha receio de tudo desandar, das coisas se tornarem piores e darem errado, mas incrivelmente nada disso havia acontecido.

Sabia que nas aulas, os outros alunos podiam dizer que Snape estava mais rigoroso que nunca, e implicando com Harry ainda mais que o normal, já que ele passava a maioria das suas noites em detenção. Mas quando anoitecia, era quando a melhor parte do dia de Harry começava.

Normalmente quando Harry chegava nos aposentos do professor, ele ainda estava terminando de corrigir trabalhos e provas, mas logo quando terminava, tinha toda a atenção dele. Suas noites preferidas eram quando passavam horas e horas conversando, quando Snape contava mais sobre sua vida, das coisas que já enfrentou, das coisas que superou e sobre sua família. Também havia noites que ele precisava estudar e só a presença de Severus o confortava, enquanto ele lia inúmeras páginas e escrevia metros e metros de pergaminho, o quarto permanecia em silêncio absoluto, mas era o suficiente para o fazer se sentir bem. Havia também as noites em que Harry não conseguia dormir, por falta de tempo, por passar a noite em meio a lençóis negros sentindo prazeres como nunca achou que fosse possível.

Porém não se passava disso, quando se pegava pensando nisso, Harry percebia que por mais que tudo estivesse maravilhoso, ele não sabia dizer em que ponto estavam. Eram apenas um aluno e professor que se gostavam passando tempo juntos?

Sabia que ficar pensando nisso não lhe faria bem, e sabia que havia muito mais coisas importantes para se preocupar no momento, mas tinha medo de quando aquilo fosse acabar, tinha medo de acabar saindo machucado por ter criado expectativas demais.

Snape já havia se levantado e estava indo se trocar para deitar, Harry percebeu que era o momento de já ir para seu dormitório.

“Onde pensa que está indo, Potter?” perguntou assim que o viu pegar seu casaco de volta. Antes que Harry pudesse pensar em uma resposta, o professor voltou a falar “Hoje você vai dormir aqui”.

“Eu vou?” perguntou, fingindo indiferença para esconder sua surpresa.

“Fique.” Snape pediu e Harry nunca seria capaz de recusar. Olhar para ele tirava todas as suas dúvidas e todos os seus medos. Aquele momento, aquela sinceridade na voz de Severus derrubava todas suas defesas e o fazia querer pular em seus braços.

Harry se perguntava quando foi que tudo ficou assim, quando foi que toda a intensidade do que sentia pelo outro homem o invadiu? Quando foi que Snape mudou completamente e tornou a lhe pedir pra ficar?

Harry se perguntou se Snape fazia ideia do efeito que tinha sobre ele.

Ele só assentiu com a cabeça em resposta, e logo o professor soltou seu peso na cama, esperando Harry que logo se deitou ao seu lado.

Harry não queria voltar a pensar em suas incertezas, ainda mais quando elas apareciam quando estava com Snape, ele apenas queria aproveitar o momento e se deixar sentir o que era conhecido como felicidade.

 

...

 

Rony estava dando pulinhos e tentando inutilmente se alongar enquanto via um pouco mais ao longe os alunos se posicionando nas arquibancadas. Ele estava nervoso, sabia que tinham que ganhar o jogo se quisessem ter uma chance de ganhar a taça das casas.

“Se você está tentando se aquecer ou se alongar, você está tentando errado.”

“Não enche, Mione” disse sem parar os movimentos que fazia.

“Parece que alguém não acordou bem hoje” resmungou para si mesma.

“Eu só estou nervoso” falou baixo “Com o jogo. E aliás, não era pra você estar no outro lado torcendo alegremente para as cobras?”

“Eu não iria para aquele lado da arquibancada nunca, Rony, e eu já disse, eu e Malfoy somos só amigos.”

“Amigos, claro. Amigos que se beijam. Por que não, né?” seu tom havia mudado, havia um misto de tristeza, raiva e ironia escondido nele “O Malfoy é um ótimo partido, aposto que ele te faz feliz. Que tudo dê certo com vocês.”

Rony saiu andando, indo de encontro com o resto do time que se preparava para entrar em campo, deixando Hermione para trás. Assim que chegou junto aos companheiros, Harry também chegou e fez um pequeno discurso não muito motivador, mas já estavam acostumados com isso e ouviram atentamente, soltando uns risos de nervoso no meio.

O céu variava em tons de cinza, mas o tom predominante era o escuro, enquanto o time entrava no gramado, o vento que batia em seu rosto lhe causava sensações estranhas. Rony não sabia se era coisa da sua cabeça ou só estava ansioso e torcendo para se sair bem.

Por um momento pensou em Dumbledore, se lembrou de suas primeiras partidas, quando estava nervoso achando que poderia morrer ao ser acertado por um balaço com muita força ou ser acertado por um feitiço sonserino, lembrou-se de quando olhava para cima e via a serenidade do diretor e a segurança que ele transmitia.

Percebeu que era daquilo que sentia falta, desde que o diretor se foi, nada foi como antes, nada mais era tranquilo, ele sentia falta da calmaria e segurança. E em momentos assim, quando sentia um calafrio misterioso, queria erguer os olhos e encontrar com os de Dumbledore.

Assim que Madame Hooch apitou, Rony viu Harry subir aos céus em uma velocidade incrível e já se concentrou nos vultos que jogavam os balaços de um lado pro outro. Tentou encontrar Hermione rapidamente correndo os olhos pelos rostos vermelhos e amarelos, mas antes que achasse foi surpreendido pela esfera que vinha voado em sua direção.

Ele suspirou aliviado ao perceber que sua reação rápida o fez defender com sucesso, gerando uma animação na torcida.

Assim os minutos foram se passando, o vento estava atrapalhando sua defesa, mas sabia que isso favorecia seu time, sendo que a defesa da Sonserina também estava enfraquecida e o ataque da Grifinória era o mais forte.

Ele olhou no placar e viu que estavam em vantagem de 50 pontos, mas mesmo assim não era o suficiente para terem certeza de um jogo ganho, olhou para cima e viu que Harry ainda sobrevoava devagar, sem nenhuma pista do pomo de ouro,

Ele se descuidou e ponto para a Sonserina.

A goles passou tão perto de sua cabeça que deixou sua orelha ardendo.

Mais um vinha veloz em sua direção, mas foi interceptado por Gina, que agarrou o balaço rapidamente e avançou para o outro lado do campo. Ele sabia que Gina era mais veloz e habilidosa que ele, mas o que importava é que ele estava ali dando o seu melhor.

Defendeu a goles. E mais uma vez. E mais uma vez.

Não se movimentou a tempo e não conseguiu defender.

A torcida estava tensa, todos sabiam que o jogo ia ser decidido com os apanhadores.

Nesse momento, ele pôde jurar que viu algo brilhante chamar sua atenção no meio da bagunça dos jogadores, quando procurou Harry, viu que o amigo já havia achado e corria em direção à bolinha dourada. Draco estava atrás dele, voando junto a ele, mas a velocidade de Harry ainda era maior.

O pomo subiu, foi em direção à arquibancada e antes que visse o que tinha acontecido, a goles o acertou em cheio.

Seu rosto ardeu e ele sentiu os olhos lacrimejarem, já estava acostumado com esses ataques no seu rosto, mas nunca conseguia evitar e sempre passava vergonha, parecendo que estava chorando.

Procurou os dois jogadores que voavam e atravessavam o campo sem parar e achou-os em cima de todos, Harry estava próximo de pegar o pomo, já tinha suas mãos esticadas e Malfoy estava longe demais para conseguir alcança-lo.

A goles chamou sua atenção e com a emoção da vitória tomando conta, fez uma defesa incrível, ficando surpreso consigo mesmo.

Porém, outra coisa que o surpreendeu, foi o silêncio que tomou conta do jogo, assim que ele havia lançado a goles para longe, instantaneamente tudo se calou. Percorreu os olhos pela arquibancada tentando ter uma explicação, mas foi quando olhou pra baixo que viu.

Ele gelou.

No meio do campo tinha um corpo no chão, e mesmo sem conseguir enxergar, ele sabia que era o corpo de Harry.

Todos os jogadores desceram e se fecharam em um círculo em volta e quando Rony chegou junto a eles, parado ao lado de Harry, estava Draco.

“O que você fez com ele, Malfoy? O que você fez?!” gritou com o menino e o empurrou pelo peito.

“Tire suas mãos de mim, Weasley!” rosnou enquanto empurrava o ruivo de volta.

“Ele está perdendo sangue, muito sangue. Tire-o daqui” aquelas palavras fizeram Rony esquecer do loiro na sua frente e olhar para Harry. A visão o assustou, o que tinha acontecido em tão pouco tempo?

O pescoço de Harry estava com sangue e sua camisa vermelha não o deixava ver onde estava machucado.

“O que aconteceu com ele?” Rony se ajoelhou mexendo no rosto de Harry tentando o acordar “O que aconteceu? Acorda, Harry!”

Rony olhou no punho fechado do menino e viu que ele segurava o pomo de ouro, quando levantou o cabeça, viu que todos que estavam na arquibancada já haviam saído de lá.

Minerva havia aparecido juntamente com Madame Pomfrey, que logo se ajoelhou também ao lado de Harry rasgando sua camisa para achar o ferimento. Rony olhava para o rosto dela, em busca de uma explicação, mas tudo o que recebeu foi uma cara de espanto. Quando ele voltou seu olhar para Harry, sabia que sua expressão era a mesma da mulher.

Na altura da clavícula de Harry, descendo pelo ombro indo até a parte interna de seu braço, na altura do cotovelo, estava um corte tão profundo que ele jurou que daria ver o osso do menino, só não estava vendo por causa da quantia de sangue. O sangue estava transbordando e escorrendo sem parar.

“Ajude o Harry! Faça alguma coisa!” gritou nervoso para a curandeira de Hogwarts.

“Se acalme, Ronald.” Ela falou devagar “O machucado é muito grave. Temos que prestar atenção e agir com cuidado. Ajude-me a levá-lo para a ala hospitalar, sim?” ele assentiu, quieto “Diretora, sabe o que pode ter sido?”

“O ataque saiu da direção arquibancada, o professor Snape foi atrás de quem quer que tenha sido. O feitiço não é de meu conhecimento, não conheço nada que possa perfurar e rasgar a carne dessa maneira.” McGonagall estava séria, mas a preocupação com Harry estava evidente em seu olhar “Vamos cuidar de Harry primeiro, é nossa prioridade.”

 

...

 

Depois de chegarem a enfermaria, Rony e Hermione foram expulsos por Pomfrey, e mesmo que ela insistisse que eles saíssem dali os dois ficaram na porta, tentando ter pelo menos uma notícia de como Harry estava.

Hermione contou para ele que quando viu Harry apanhar o pomo de ouro, ele caiu na mesma hora. Mas por ter atingido o braço direito dele que estava esticado, os professores que estavam vendo o jogo tiveram uma ideia de onde o ataque veio, eles tiraram todos os alunos de lá e foram procurar quem fez isso, pela segurança de todos, principalmente.

Rony perguntou a ela se achava que fosse Domenic, mas ela disse que não achava muito provável ele ter entrado e passado pelas seguranças do castelo tão silenciosamente.

Ele já não sabia se concordava com aquilo.

Depois de algumas horas, a Madame Pomfrey, a diretora e o professor Flitwick saíram de lá, assegurando que Harry estava bem e que só havia perdido muito sangue, mas eles conseguiram resolver o problema.

“Podemos entrar?” Hermione perguntou.

“Agora não, deem um descanso a ele” Pomfrey disse firmemente “Amanhã talvez eu os deixe fazer uma visita. Vão descansar também”

“Só cinco minutos” o menino insistiu “Cinco minutinhos. Aí te garanto que Harry terá uma noite calma e tranquila, sem nossa perturbação.”

“Não, Sr. Weasley. Até amanhã.”

“Três minutos. Só isso.”

“Não.”

“Um minuto então. Que mal pode acontecer em apenas um minuto?” Rony sentiu o olhar julgador de Hermione, isso significava que estava passando do limite e falando bobeiras, afinal, em menos de um minuto Harry ficou naquele estado “Certo, até amanhã”

Assim que os três viraram as costas e saíram, Hermione olhou para o amigo e já sabia o que estava por vir. Conhecia aquela expressão.

“Não, Rony, não vamos entrar, é pelo bem de Harry. Ele realmente precisa descansar.”

“Será que ele está acordado?”

“Eu acho que não.”

“Eu só queria saber se ele realmente está bem, se não precisa de nad..” Rony parou de falar quando ouviu passos curtos e pesados se aproximando rapidamente “Quem está vind...?”

Se surpreendeu quando viu que a figura negra a sua frente tomou forma e mostrou-se ser Snape. Sem falar nada o professor apenas passou por eles, como se fossem invisíveis e insignificantes.

“Professor” Hermione o chamou e ele parou de frente com a porta da enfermaria, virando-se para ela “A madame Pomfrey disse que o Harry não deve receber visitas agora, ele precisa descansar.”

“Eu não sou a mínima para o que aquela mulher disse ou não” o tom de Snape era frio “vão para seus dormitórios agora, já deveriam estar lá.”

“O que você quer com Harry?” Rony perguntou intrigado, achava suspeito o professor entrar no quarto, principalmente no momento em que Harry estava vulnerável e sem ninguém por perto “Não é como se o senhor se preocupasse muito com ele”

“Não lhe devo satisfações do que eu faço, Sr. Weasley.” Seu rosto estava inexpressível como sempre, e era principalmente por nunca saber o que se passava na cabeça do homem que Rony nutria essa eterna desconfiança “Não me faça descontar os pontos que acabaram de ganhar nesse jogo estúpido.”

Snape se virou e entrou na enfermaria, batendo a porta atrás de si. Rony foi atrás dele, mas quando colocou a mão na fechadura, estava trancada.

“Ele trancou a porta, Mione.  Abra ela, agora!”

A menina usou os feitiços que conhecia, mas nenhum deles adiantou.

“Vamos, Rony. Snape não vai machucar Harry, ele já teve oportunidades demais para isso. E também ele não faria nada agora, quando sabe que o vimos entrar aí.”

“Como você pode ter tanta certeza?”

“Eu não tenho certeza” ela deu ombros “Apenas sinto que Snape não odeia Harry tanto assim”

Rony revirou os olhos, sabia que a menina estava certa e que o professor não seria tão descuidado se quisesse fazer algum mal a Harry, então desistiu e resolveu irem se deitar. O melhor que podiam fazer era esperar o outro dia para ver se o amigo tinha melhorado.

...

Já do outro lado da porta, Snape estava de pé ao lado da cama onde Harry estava deitado. A enfermaria estava vazia, então sabia que ninguém iria lhe perturbar.

Levou a mão até os cabelos de Harry, e tentou ajeitar os fios para cima, mas como sempre, eles apenas ficavam bagunçados. Passou seu dedo fino no rosto dele, percorrendo a testa e descendo até o queixo. A respiração de Harry era profunda e calma, Snape soube que estava tudo bem agora.

Tentou igualar sua respiração no mesmo ritmo, acalmando também as batidas frenéticas que seu coração dava desde o minuto que o corpo do menino caiu no campo e tudo o que ele pôde fazer foi correr atrás da figura encapuzada que fizera aquilo.

Soube, no momento em que seu instinto o mandou atrás da pessoa que atacou Harry, que ele não era mais a mesma pessoa de antes. Percebeu que seus pensamentos só conseguiam pensa em uma única coisa, em uma única pessoa, ele não conseguia controlar, e ele não conseguia focar no que deveria fazer.

Ele soube naquele momento que ele havia mudado.

E não se sentia bem em saber que alguém o tinha dessa maneira.

Suas mãos pararam em cima da de Harry, a mão quente o fez perceber o quão a sua estava fria, mas não tirou sua mão dali. Aquele simples toque o confortava.

Puxou uma cadeira que estava ao lado e sentou, voltando sua mão para onde pertencia, na de Harry, e teve certeza que ficaria o tempo todo ali, ao lado de Harry, e não o deixaria sozinho. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e que ainda estejam acompanhando, vocês são os melhores leitores <3 beijobeijo


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