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História Always - SNARRY - Capítulo 42


Escrita por: LeChatNoir_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 42 - Capítulo 42


 

Ele se remexeu na cama, e assim que tomou consciência, pulou bruscamente da cama, procurando seus óculos. Sabia que seu relógio já havia despertado há um tempo e ele havia caído no sono novamente. Portanto, mesmo sem olhar para a hora, estava completamente atrasado.

Por sorte morava perto e não perderia muito tempo no caminho, mas por algum motivo inexplicável, ele não conseguia encontrar sua camisa. E nem sua varinha, que o ajudaria a encontrar a camisa.

“Droga.” Resmungou enquanto revirava o armário bagunçado. “Onde eu enfiei todas minhas roupas...limpas?”

Saiu correndo de seu pequeno quarto e pegou a bolsa que carregava consigo para o Ministério em seu treinamento todos os dias. Antes que abrisse a porta, consultou cada envelope que estava no chão, buscando por uma que fosse escrita por Snape.

Mais uma vez havia ficado decepcionado.

Severus realmente havia sido sincero quando disse que não lhe enviaria cartas?

Jogou o pacote das cartas nada interessantes em cima da mesa de madeira da cozinha e fez uma anotação mental para abri-las quando voltasse para casa.

 

...

 

Havia chego o horário do almoço e Harry se sentia destruído, todas as manhãs faziam treinamentos físicos e o menino não era nada acostumado com esse ritmo, sentia que morreria em qualquer dia.

“Cansado?” Perguntou a figura que acabava de chegar ao seu lado “Já completou um mês que estamos aqui e você ainda não se acostumou.”

“Eu realmente não sei se conseguiria me acostumar com isso, Sebastian.” Suspirou, sentindo cada músculo de seu abdômen.

“Vamos almoçar?”

“Por favor” pediu “Estou faminto.”

Foram em uma lanchonete que havia perto e Harry pediu o que sempre pedia, um sanduíche simples, com bastante queijo. Achava estranho ter se acostumado a comer isso, já que nunca havia sido fã desse tipo de comida.

Sebastian sentado em sua frente falava sobre seus novos amigos e como havia sido a sua manhã, já que estavam separados em turmas diferentes e tinham rotinas diferentes.

Harry, sinceramente, não estava prestando atenção. Seu pensamento estava longe, em uma pessoa particularmente.

Levou seus dedos até sua testa, sentindo onde havia sido depositado o último beijo em sua despedida. Seu coração se apertou ao lembrar de que já haviam se passado semanas e estava sendo completamente esquecido por Severus.

Sentia-se um idiota por continuar esperando por algo.

“...E então eu os ouvi conversando sobre meu irmão.”

“Domenic?” Sua atenção foi atraída de volta para a conversa.

“Eles disseram que algumas pessoas, alguns trouxas...” ele abaixou o volume da voz “Que foram mortos em alguns ataques... voltaram a vida.”

“O que?” Percebeu que sua voz saiu mais alta do que pretendia e voltou a falar meio que em sussurro “Você não pode estar falando sério. Isso é impossível, não há feitiço existente que consiga trazer os mortos de volta, Sebastian.”

“Eu sinceramente não sei.” Ele deu ombros “Não consigo acreditar em uma coisa dessas e também não vejo qual o beneficio de fazer isso... Mas quando se diz dele, ele é capaz de fazer qualquer loucura.”

“Vocês dois, tem algum tipo de... facilidade...” não sabia se essa era a palavra certa para usar “...para Magia das Trevas?”

“Para ser honesto, acredito que sim” ele suspirou, mordendo seu sanduíche “Nunca tentei nada poderoso, apenas os feitiços que eu realizo, mas sinto que eles são obscuros, por assim dizer. Talvez Domenic tenha buscado por mais poder e tenha dominado essa Magia.”

Harry terminou de comer enquanto refletia sobre o assunto. Seria realmente possível fazer mortos voltarem a vida? Só o pensamento já lhe assustava, tudo já havia passado do limite. Algo deveria ser feito, logo. Sabia que não cabia apenas a ele resolver o problema do mundo bruxo, mas ficava nervoso tendo que apenas esperar pela resolução que viriam de outros bruxos.

Esse sentimento se intensificava ainda mais quando se lembrava do relatório que leu em seu treinamento.

Mesmo ainda sendo novos, iniciando o treinamento agora, eles possuíam contatos com os Aurores mais experientes e ativos. E como a profissão exige total responsabilidade e a informação é o necessário para a realização do trabalho, esses Aurores apareciam sempre que podiam, atualizando-os do que acontecia fora dali.

O que mais havia lhe afetado foi quando Stanley, um dos mais experientes em coleta de informações, apareceu entregando-os uma pasta confidencial, que fazia parte da confissão de um Comensal da Morte que havia sido capturado para que extraíssem informações.

E a informação que saltou instantaneamente aos olhos de Harry, foi o relato do dia em que Severus havia sido quase capturado. O Comensal dizia que o professor de Hogwarts era necessário para uma troca, para atrair o prato principal, sua presa.

Seu nome não estava escrito ali, mas não era necessário para entender que Snape havia quase sido morto por sua causa.

Assim que Sebastian terminou, voltaram para o setor específico que treinavam os futuros aurores.

Seriam três anos de sua vida dedicados aquilo, e ele sabia que não se arrependeria, era o que desejava para sua vida. Sairia dali pronto para fazer alguma diferença, para contribuir de alguma forma na busca pela paz.

Caminhou para sua aula de antídotos, onde quem ministrava a aula era um professor nada agradável, que ninguém gostava dele. O pensamento fez Harry sorrir, notando que de alguma forma, havia uma familiaridade naquilo.

 

...

 

A porta rangeu mais alto que o normal ao ser aberta, mas Harry não se importou. Apenas fechou ela atrás de si, trancando-a com sua chave.

Assim que parou para olhar naquele lugar que chamava de sua casa, ficou desanimado. Não era um lugar grande, mas era confortável, era exatamente o necessário.

Parado ali, estava praticamente parado na entrada de sua simples cozinha, e  dali mesmo conseguia enxergar completamente o quarto logo a sua direita, e um pouco mais a frente tinha a porta de seu banheiro.

O problema estava na bagunça. Nunca imaginou que conseguiria ser tão desorganizado assim. Faltavam lhe forças para arrumar as coisas.

Respirando pesadamente pendurou seu casaco e sua bolsa no cabideiro bem ao lado da porta e não deixou jogado em algum lugar como costumava fazer. Pegou algumas embalagens vazias de comidas prontas em cima de pia e jogou no lixo, o que já havia colaborado no aspecto mais limpo do local.

No quarto, recolheu todas as roupas espalhadas e as separou, tentaria lavá-las mais tarde. E em sua cama, tentou esticar o lençol da melhor maneira possível. Ele havia dado seu melhor.

Estava cansado, a rotina de estudos agora havia se tornado bem mais intensa. Não poderia negar que sentiria falta de Hermione ao seu lado obrigando-o a estudar, fazendo cumprir todas as suas obrigações. Agora ele estava ali, sozinho, tomando conta de si mesmo.

Foi novamente até a mesa de madeira e pegou os envelopes, lembrou-se que havia planejado abrir e ler cada um, mas sabia que eles não se passavam de ofertas e coisas que enviadas aleatoriamente para a região em que morava. Passou envelope por envelope, consultando atentamente de onde vinha cada um, tinha que ter certeza que nenhum daqueles envelopes era de quem esperava.

Realmente, nenhum era.

Uma ideia de ele mesmo escrever apareceu em sua mente, seria mais eficaz para saber se estava sendo ignorado ou não. Mas logo ele tentou afastar essa vontade, tinha medo de alguma forma a carta ser interceptada por alguém da escola, ou de perceber que realmente havia sido deixado de lado.

Tomou um banho para organizar seus pensamentos e relaxar os músculos doloridos, deitou em sua cama sentindo o espaço que havia nela. Nunca havia dormido em uma cama de casal sozinho, a única que já havia passado a noite era a cama de Snape.

Desejou por um momento que o professor aparecesse por aquela porta, apenas dizendo que havia sentido sua falta. Que o abraçasse e que ficasse ali, ao seu lado, mesmo que em silêncio.

Suspirou com o pensamento, não fazia bem que continuasse pensando nisso, apenas servia para machucá-lo mais.

Fechou os olhos, prestando atenção no silêncio de sua casa vazia e antes que percebesse, caiu no sono.


Notas Finais


Perdoem o capítulo pequeno novamente, a intenção foi deixar um do Snape e um do Harry durante esse intervalo de tempo na história.

Obrigada por todos os comentários anteriores, vocês são demais!

Até mais, beijão.


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