História Always? Always! ( Severo Snape ) - Capítulo Sete

Animaga

Um mês havia se passado e hoje era o dia em que me transformaria em uma animal pela primeira vez, eu estava mais que ansiosa para saber que animal eu me transformaria. Lilian e Severo também estavam ansiosos para saber que animal eu seria é tanto que os dois apostaram: Lilian apostou que eu seria um furão ( talvez pela minha grande obsessão por furões ) e Severo apostou que eu seria um pássaro. 

– Estou ansiosa por hoje à noite. — Lilian apareceu ao meu lado dando pulinhos alegre. 

– Eu tenho certeza que ganharei a aposta. — Severo apareceu ao meu lado dando um sorriso debochado para Lily. 

Eu quero saber como foi que os dois apareceram derrepente ao meu lado.

– Quem ganhará sou eu. — Fez uma cara engraçada me fazendo rir. 

– Já pensou se nenhum de vocês ganharem? — Parei de frente para os dois com as sobrancelhas levantadas, os dois se entreolharam e ficaram em silêncio. — Foi o que eu pensei. 

Continuei meu caminho para o pátio os dois logo que me alcançaram. 

– Você deveria apostar também. — Lilian parou de frente para mim. 

– Ei! A graça é vocês apostarem, não eu. — Apontei para os dois simultaneamente, logo em seguida abri meu pergaminho de anotações e sentando no chão. 

– Mas também seria legal se você apostasse. — Severo sentou ao meu lado. 

– Vamos fazer assim, se nenhum de vocês ganharem, vocês me farão companhia quando eu for à cozinha durante a madrugada. 

– Sério isso? — Severo me olhou incrédulo e eu o olhei com cara de: dúvida?

– Outros lufanos vão comigo comer, mas ainda prefiro que sejam vocês à vim comigo. — Olhei para os dois que demonstravam a menor disposição para ir comigo. – Sério que vocês não iriam para a cozinha comigo? A cozinha é o melhor lugar deste castelo, sempre tem um monte de comida lá. 

– Só que aquele lugar é literalmente o território dos lufanos. — Lilian falou seu ponto de vista. 

– Outros sempre levam alunos de outras casas pra lá. — Repondi dando de ombros.

– É longe da Comunal da Sonserina. — Severo falou com tédio. 

– Deixa de ser sedentário, é bom caminhar de vez em quando. 

– Não todos os dias. 

– Certo, se você ganhar, uma noite sou eu e a outra Severo. — Lilian respondeu dando fim aquilo. 

– E por quê não pode ser vocês juntos? — Perguntei. 

– Acha mesmo que vou acordar todas as noites para comer com você? — Severo me olhou com deboche. – Prefiro dormir. 

– Vocês são chatos. — Cruzei os braços entediada com os dois. – Prefiro meus amigos Lufanos mesmo, pra passar noites comendo com a minha ilustre presença. 

Eles suspiraram e olharam para mim com tédio e maior preguiça do mundo.

– Está bem! — Falaram ao mesmo tempo.

 – Mas não todas as noites. — Completou Severo.

– Combinado. 

(...)

Quando finalmente anoiteceu e o tempo estava nublado e prestes a dar vários relâmpagos e raios, o trio foi até o campo que acontecia as aulas de vôo já que era o único lugar bom para fazer aquilo. 

– Tá bem frio aqui fora né? Que tal entramos... — Falei dando passos para voltar. 

– Não, nem pensar! — Severo e Lilian me seguraram pelo braço. – Passou por tudo aquilo para depois desistir disso tudo? Nem pensar, toma. 

Lilian colocou o frasco com a poção na minha mão, fiquei nervosa. 

– E se não der certo? — Olhei para os dois com medo.

– Vai dar certo. — Lily acarenciou meu ombro. 

– Nós estamos aqui com você. — Severo se aproximou fazendo carinho em meu ombro. 

– Estou com medo. — Olhei para eles que do nada me abraçaram me deixando confortável e segura. 

– Vai dá certo, estamos aqui. — Os dois apertaram a minha mão quando se separaram e eu balancei a cabeça confirmando. 

Eles se afastaram de mim quando vimos o primeiro raio bater em algum lugar ali perto. Tinha que fazer o feitiço pela última vez e beber a poção. 

– Amato animo animato animagus. — Recitei o feitiço que tão bem conhecia novamente. 

Finalmente bebi a poção, o gosto era bastante ruim e tinha gosto de sangue com mais alguma coisa misturada. Olhei para frente poe alguns segundos para ver Severo e Lilian, os dois ainda estavam ali, me olhando preocupados. Sorri para eles que sorriram para mim, só que não durou muito até eu sentir dores horríveis pelo meu corpo me fazendo cair no chão. Gemi de dor no momento em uma dor angustiante passou por todo meu corpo, a imagem de um lobo apareceu em minha mente, constatei logo que essa seria a minha forma animaga, depois de algum tempo que para mim foram horas a dor começou a ir embora e eu estava regulando a minha respiração que estava descompassada. Senti uma mão passar pela minha cabeça várias vezes depois comecei a ouvir uma pequena melodia, isso me ajudou a me acalmar mais ainda, abri meu olhos vendo um lindo céu estrelado, olhei para meu lado vendo Lily a cantar baixinho e Severo fazendo carinho em mim. Tentei me levantar mas minhas pernas fraquejaram me fazendo quase cair, mas não cair pois Severo me segurou. 

– Calma, você ainda está um pouco fraca por causa das dores. — Ele continou com o carinho. 

– Você é uma linda loba, Dália. — Lilian sorriu para mim se aproximando fazendo também carinho em mim. – Você conseguiu! 

Ela bateu palminhas feliz. Olhei para minhas pernas que agora não eram mais pernas e sim patas. Firmei minhas patas no chão desta vez dei alguns passos e já estava me sentindo melhor. Minha forma animal é realmente muito bonita, sou uma linda loba preta, pulei em cima de Lily lambendo sua cara. 

– Eca! Dália sai de cima de mim! Esta me enchendo de baba. — Ao mesmo tempo que reclamava ela ria, olhei para Severo que logo se levantou do chão. 

– Nem pense em me lamber, se fizer isso roubarei sua comida. — Acho que eu deveria ter feito uma cara brava e a mjnha vontade era de xingar ele. 

Rosnei em sua direção fazendo Severo e Lilian rir, ficamos ali por mais alguns minutos, os dois juntos comigo, Lilian e Severo começaram a conversar e eu aproveitei para notar o quanto meu olfato e audição haviam ficado bem apurados. Conseguia ouvir os grilos ao longe até mesmo passos de alguns animais que deviam estar passando por ali, conseguia sentir o cheiro de terra bem mais forte que o normal. Estava tão absorta nisso que só sai do transe quando senti braços circularem meu coepo animal e me tirar dali indo em direção ao castelo, resmunguei. 

– Será que Filch nos viu? — Vi Lilian olhar para o outro lado. 

– Acho que já está na hora de se transformar de volta, Dália. — Severo me colocou no chão para que eu pudesse me transformar de volta.

Me concentrei em voltar à minha forma humana, sentia meu corpo mudando aos poucos, senti algumas dores passar pelo meu corpo e quando sentir que já estava na minha forma humana abri meu olhos olhando pra minha mão vendo ela na forma humana. 

– Essa foi uma experiência e tanto. — Sorri para mim mesma. 

– Seu cabelo tá todo bagunçado. — Lilian apontou para meu cabelo.

– Sério que depois de eu me transformar, a única coisa que me diz é que meu cabelo tá bagunçado? — Olhei incrédula para ela.

– Desculpa. — Ela levantou a mão à frente do corpo. 

– Temos que ir, Filch deve estar por perto. — Severo alertou.

– Preciso mesmo ir ao meu dormitório, meu corpo todo está doendo. — Coloquei minha mão em minhas costas sentindo uma dor passar. 

– Nos vemos amanhã. — Lilian me abraçou e abraçou Severo. – Quero que saiba que além de ser linda na sua forma humana, você é fofa e linda na sua forma animal. 

– Obrigado. — Sorri para a mesma que já corria em direção a sua Comunal. 

– Estou feliz por você. – Olhei na direção de Snape que sorria para mim. – Fiquei bastante preocupado quando vi você se contorcendo de dor, queria ir em sua direção para pelo menos te ajudar mas Lily me impediu para que deixasse sua transformação acontecer. 

Ele olhava para o chão enguanto falava e parecia um pouco pertubado e preocupado.

– Tem certeza que está bem? — Desta vez me olhou, só via preocupação em seu olhar, sorri para ele e coloquei minha mão em seu rosto. 

– Estou bem Sev. — Fiz carinho em seu rosto e ele descansou um pouco. – Só com algumas dores, mas tirando isso, estou super bem. 

Ele me abraçou, seu cheiro invadiu minhas narinas me fazendo amar aquele cheiro inebriante. Ele estava me abraçando com tanta força que parei por um momento para analisar que ele nunca foi assim comigo e que pela primeira vez estava demonstrando que se importava comigo. 

– Estou bem, Sev. — Me afastei para olhar em seus olhos. – Vá domir em.paz, Ok?

Ele me observou de cima à baixo para ter certeza que eu estava bem. 

– Ok.

Sorri para ele antes de me afastar. 

– Boa noite Sev. 

– Boa noite Lia.