História Always? Always! ( Severo Snape ) - Capítulo Nove

Mudanças 

Autora Narrando

Mais um ano havia terminado e os alunos de Hogwarts voltavam para suas casas. Dália havia ficado tão animada para voltar para casa e contar ao seus pais que havia se tornado uma animaga, e eles ficaram surpresos por uma garota de segundo ano conseguir fazer uma poção avançada e passar por todo o processo e não desistir, mas no final seus pais ficaram bem felizes pela mesma. 

Seus estudos estavam indo bem, ela era muito boa em poções, feitiços e herboologia mas a que ela se destacava era de Trato das Criaturas Mágicas. 

Sua mãe havia ficado grávida e Dália estava muito ansiosa para ter um irmão ou irmã. Nove meses havia se passado e o irmão de Dália havia nascido, infelizmente ela não pôde estar presente pois estava em Hogwarts. Quando recebeu a carta de seu pai falando sobre o nascimento de seu irmão ela não pôde segurar a emoção e chorou na frente de todo mundo da mesa da Lufa-Lufa, a mesa da Lufa-Lufa se encheu de palmas e vivas, todos parabenizaram Dália e a abraçaram. 

Sua amizade com Severo e Lilian havia se tornado mais forte eles quase nunca se separaram, apenas quando iam para aulas diferentes ou iam para suas comunais. Sua amizade com Elizabeth também havia ficado forte, as duas haviam se tornado irmãs. Por incrível que pareça Sirius Black não havia deixado Dália depois do ocorrido na biblioteca, sempre que há via em qualquer lugar do castelo ele ia até ela, seus amigos apostavam que ele estava caidinho por Dália mas ele negava rapidamente. 

Quando eles voltavam para Hogwarts, já no seu quarto ano, como sempre os três sentavam juntos mas naquele ano Lilian não sentou com eles resultando em um Severo e Dália confusos pensando em tudo de errado que eles haviam feito. Parecia que Lilian estava se afastando deles, mas quando chegaram à Hogwarts Dália percebeu que muita coisa havia mudado. 

Como Severo andando com pessoas que não devia, quer dizer, desdo o primeiro ano mas naquele ano estava com mais frequência. Lilian andava com suas amigas da Grifinória e às vezes conversava com Dália. Dália andava com Elizabeth na maioria das vezes e na outra ficava na floresta com as suas criaturas. Também pensava em uma forma de juntar seus amigos novamente mas sempre que tentava juntar os dois faziam uma desculpa para não estarem juntos o que deixava Dália decepcionada. 

Uma noite quando estava indo para a cozinha, comer, pois não estava conseguindo dormir pensando em uma forma de juntar seus amigos novamente e também pensando no que ela havia feito de errado para eles se afastarem assim de repente, quando se bateu com algo à sua frente que não tinha visto fazendo ela cair ao chão e a coisa cair junto, um pano saiu de cima da pessoa revelando ser Sirius Black. 

–O que você está fazendo aqui? — Perguntou com raiva.

– Eu que deveria fazer essa pergunta. — Sirius se levantou pegando o pano do chão. 

– Não deveria estar na cama, Black? — Ela se levantou e cruzou os braços sorrindo debochada. – Que eu saiba as crianças dormem cedo. 

– Até parece que não temos a mesma idade. — Sorriu galanteador, ele iria falar mais alguma coisa quando os dois ouviram a voz de uma pessoa ao longe e um miado. 

– Merda! É o Filch. — Dália iria correr para o lado oposto quando Sirius segurou seu braço a deixando grudada nele. – O que você tá fazendo seu louco? 

Dália tentou se afastar dele quando Sirius os cobriu com o pano que ele estava, Dália iria falar mais alguma coisa quando Sirius tapou a boca dela com a sua mão. Olhando para o lado viu que Filch estava bem perto de onde os dois estavam e olhava para os dois lado do corredor. 

– Infelizmente parece que não tem nenhum aluno fora da cama. 

Filch olhou para sua gata e continuo seu caminho até sumir da vista dos dois. Dália percebeu que aquilo que cobria ela e Sirius era uma capa da invisibilidade, começou a achar incrível mas percebeu que a mão de Sirius ainda estava em sua boca, revirou os olhos e mordeu a mão dele. 

– Aii! Por que fez isso? — Pergunto indignado balançando a mão. Dália limpou a boca. 

– Para que tirasse sua mão imunda da minha boca, não é óbvio? — Respondeu dando de ombros. 

– Não precisava morder. — Falou magoado. 

– Não me importo. — Mentira, ela se importava mas fingia que não. Ela olhou para Sirius agora observando a capa. – Desde quando você tem uma... 

– Não diga à ninguém que você me viu com ela. — Se apressou em dizer. – Se James sabe que eu peguei ela sem pedi ele me mata. 

– Ah, então é do James. — Ela cruzou os braços com um sorriso sacana. 

– Eu e minha boca grande. – Bateu em sua própria testa. – Por favor, Dália. Não conta à ninguém. 

– Não conto à ninguém se você deixar que eu use a capa. — Fez um acordo. 

– E pra quê você iria querer ela? — Perguntou desconfiado. – Não sei se você mas eu disse que a capa não é minha. 

– Mas apenas nas noites, ele não saberá. 

– E o que você faz nas noites? Está aprontando algo, Dália Brown? — Sirius riu. – Você não é dessas, ou é? 

Dália deu um peteleco na cabeça dele. 

– Para com isso! — Reclamou. – Você gosta de machucar os outros né? 

– Talvez. — Deu de ombros. – Durante a noite costumo vim à cozinha comer. — Respondeu. 

– Você não consegue dormir? — Ela à encarou, vendo que Dália mantinha sua cabeça baixa.

– Eu tenho problemas com sono. — Coçou a nuca envergonhada. – Começou à dois anos atrás. 

– Eu posso te ajudar com isso. — Se ofereceu fazendo Dália rir. – Que foi? 

– No que me ajudaria, Black? Cantando uma canção de ninar para mim? —Riu mais ainda. 

– Que bom que eu sou uma piada você. – Ele revirou os olhos. – Estou falando sério, ssi de uma poção que ajuda no sono e que aliás você também é ótima em poções deveria saber disso. 

– Eu sei disso. – Cruzou os bracos. – Mas nunca fiz porque não queria ficar dependendo de uma poção pra dormir. 

– Isso ocorre todas as noites? – Perguntou, parecia preocupado. 

– Não, às vezes consigo dormir uma noite ou outra, quando não tenho sono apenas estudo ou venho para a cozinha. 

– E a Lilian? O ranho... – Deixou de continuar quando percebeu o olhar mortal de Dália. – Snape. Eles não sabem disso? 

– Bem... você é a primeira pessoa à quem conto. Nem a Elizabeth eu contei. Por favor não conte à ninguém. 

Dália estava envergonhada por dizer aquilo a Sirius, principalmente por ser a pessoa que ela mais odeia e por sempre estar enchendo o saco do Severo. Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos até que Sirius acabou com o silêncio. 

– Já sei! — Sorriu de orelha a orelha para Dália. – Se você prometer não contar ao James sobre a capa, eu te faço companhia nos dias em que não consegue dormir. 

Dália arqueio as sobrancelhas. 

– Tá louco?! Não vou deixar que pare de dormir pra me fazer companhia. — Iria voltar ao seu dormitório quando Sirius agarrou seu braço. 

– Quero lhe fazer companhia, não me importo de perder algumas noites, aliás, vai ser divertido ficar com você. — Sirius falou aquilo com tanta tranquilidade, carinho e sinceridade que fez o coração de Dália dar um salto. – E também podemos ser amigos. 

– Desde que pare de mecher com o Sev. – Arqueio as sobrancelhas. 

– O quê?

– Shiii! Quer fazer o Filch vim atrás da gente? — Deu outro peteleco nele. 

– Para sua chata. 

– É isso ou nada. — Ela o encarou por alguns segundos fazendo ele suspirar.

– Está bem. Eu aceito isso, mas... — Levantou um dedo. – Não posso prometer nada dos outros. 

– Está bem. — Dália sorriu para ele e o abraçou rapidamente deixando Sirius surpreso. – Nos vemos amanhã, Black. 

– Me chame de Sirius. — Dália o encarou sem muita reação mas depois sorriu. 

– Está bem. Até amanhã. 

– Até.