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História Always be my destiny - Help me


Escrita por: Arkell_

Notas do Autor


Olá! Eu sei que demorei um pouquinho. Na verdade eu havia esquecido onde tinha deixado as partes da fic. Eu começo a escrever no computador, depois vou pro netbook e quando uso o celular na rua acabo escrevendo no e-mail. Isso fez com que eu demorasse a juntar tudo sem faltar nada.

Espero que gostem, esse ficou um pouquinho maior que o anterior.

Boa leitura.

Capítulo 2 - Help me


“—....H-Hm... Alô...? -A voz soara arrastada e visivelmente sonolenta, o timbre mais rouco que o habitual ainda garantia que era a pessoa no qual Takanori buscava.

—Akira! Cara... eu ‘tô ferrado! Eu ‘tô malditamente ferrado!”

 

 

Hm? Calma Taka, fala mais devagar... –O vocalista podia ouvir a respiração pesada e certa movimentação do outro lado da linha, supunha que o baixista estava se ajeitando na cama.

 

Eu saí pra andar e achei uma criança, um bebê! Na chuva! Por favor, vem aqui porque eu não faço ideia do que fazer!

 

Hm... Caramba Taka, com tanta desculpa pra você usar só pra que eu fosse à sua casa... você vai mesmo usar essa? Você já foi mais criativo. –O baixista ria baixo enquanto se deitava de bruços novamente, lembrava-se bem da última vez em que fora ao apartamento do mais baixo: havia uma barata atrás da cômoda do vocalista e o mesmo o chamara aos berros para matar a criatura.

 

Na verdade, nos últimos três meses Akira estava percebendo que o amigo não queria ficar sozinho em casa, sempre inventava uma desculpa para que o mesmo fosse ali. Instalar uma prateleira nova, trocar os móveis de lugar ou até mesmo jogar vídeo game em uma noite chuvosa.

 

E não havia como achar aquilo normal, Takanori sempre gostara de ficar sozinho, de ter seu momento de paz e antes até reclamava quando o baixista aparecia com jogos novos e uma garrafa de vinho na casa do mesmo.

 

COMO É?! Sério? Sério que você está achando que eu te liguei à toa? Com TANTA gente para eu ligar, eu liguei primeiro para você, inclusive podia ligar pra polícia. Eu estou aqui, desesperado, te pedindo ajuda e você fica zoando com a minha cara?! Quer saber Suzuki, vai à merda! –E o mais baixo sequer deu tempo de que o amigo dissesse alguma coisa, desligando o telefone na cara do mesmo.

 

Takanori teve ganas de atacar o telefone contra a parede, mas não o fez ao lembrar que na última vez havia gastado bastante em trocar o espelho que tinha sido o alvo e comprar um novo telefone.

 

Apenas bufou pesado, o corpo seguindo até os pés da cama onde se sentou e ficou a fitar a pequenina ali. Céus, o que faria agora? Onde estava com a cabeça ao trazer uma recém-nascida perdida para casa. Aquilo só podia ser brincadeira...

 

 

- - - - -

 

 

  A face estava afundada em meio às mãos que sustentavam a cabeça enquanto fitava o chão do quarto, o corpo ainda sentado na mesma posição de outrora. Não sabia ao certo quanto tempo ficara assim, pensativo, apenas se sobressaltou ao ouvir o som da campainha.

 

O olhar foi ao despertador sobre o criado mudo, o mesmo já marcavam 4:30 da manhã. Não era comum receber visitas àquele horário, no entanto ergueu-se até a porta de entrada.

 

As mãos destrancaram a porta após olhar quem era pelo olho mágico, as expressões fechando-se de forma até mesmo raivosa, não contendo a rispidez na voz ao pronunciar-se quando enfim encarava o visitante.

 

O que você faz aqui, Suzuki?

 

Nossa, já de roupão me esperando? Está ficando cada vez mais ousado, chibi.

 

O baque da porta batendo ao ser fechada na cara do baixista fora à única resposta àquela brincadeira fora de hora.

 

Takanori já retornava para o quarto quando a campainha voltou a tocar, dessa vez de forma contínua e insistente.

 

Mas que caralho Suzuki, o que é?!

 

Você me liga às quatro horas da manhã pedindo pra eu vir aqui e ainda pergunta o que é? Caralho digo eu Takanori!

 

O vocalista pensou em responder àquilo, mas foi necessário engolir o rosnado ao recuar um passo e dar passagem para o companheiro de banda adentrar ao cômodo.

 

Achei que você não ia vir.

 

Eu sempre venho... –O baixista deu de ombros enquanto tirava o casaco, colocando-o sobre o braço do sofá. O olhar vagou por toda a sala, buscando o motivo de ter sido chamado.E então, onde está o tal bebê?

 

Takanori nada respondeu, apenas apertou o nó do roupão em torno da cintura e trancou a porta antes de seguir até o próprio quarto, parando em frente ao pé da cama onde apontou para o ser mínimo coberto entre os travesseiros que dormia em uma calma reconfortante.

 

O mais alto quase estancou quando finalmente viu o bebê existente na cama. Até então achava que aquela história toda havia sido apenas uma invenção do amigo. Os olhos estavam arregalados e por mais que quisesse não conseguia formar algo coerente para dizer nos primeiros minutos enquanto processava o que seus olhos lhe transmitiam.

 

Taka...! De onde você roubou essa criança?!

 

Foi então que o menor começou a explicar tudo o que ocorrera naquela noite, como e onde encontrara aquela criança e o estado em que a mesma se encontrara. O amigo apenas assentia enquanto ouvia, desviando o olhar algumas vezes para fitar a recém-nascida.

 

Bem, o conselho tutelar se não me engano só funciona de segunda-feira à sexta-feira. Acho que vai ter que cuidar dela até lá.

 

Akira... Eu mal consigo cuidar de mim, como vou cuidar dela?

 

Bem, você cuidava muito bem do seu cachorro e eu da minha calopsita, não deve ser tão difícil cuidar de uma criança por dois dias.

 

....Akira.... Você acabou de comparar uma criança à um bichinho de estimação...

 

O baixista apenas deu de ombros, subindo na cama e deitando o corpo em um dos lados.

 

Vamos tirar um cochilo, daqui a pouco os mercados abrem e precisamos comprar algumas coisas pra essa criança.

 

Takanori não queria concordar com aquilo, mas não tinha mamadeiras e a pequenina precisaria ser alimentada de alguma forma. Acabou deitando vencido sobre a cama, o corpo ficando de frente para o amigo, tendo a menor entre os mesmos. Pôde ver o baixista mexer no celular, provavelmente colocando o despertador para tocar.

 

Estranhamente se sentia mais relaxado com o amigo ali, não era como se fosse a primeira vez que a presença do mesmo lhe causava essa sensação, mas sentia que com o mesmo ao seu lado seria possível passar por aquele final de semana sem deixar a bebê morrendo de fome.

 

 

- - - - -

 

 

Chibi... Acorda... –O vocalista foi despertado pelo timbre rouco do amigo junto de um carinho demorado aos fios. O corpo do mesmo espreguiçou-se manhosamente sobre a cama, aquele cafuné diminuía ainda mais a vontade do mesmo em levantar.

 

Já é hora? –A voz soou arrastada fazendo que um sorriso involuntário surgisse aos lábios finos do baixista que assistia ao jovem que mantinha-se de olhos fechados ainda.

 

Sim. Aposto que essa pequenina está com fome e se você irá cuidar dela, é melhor levantar e pegar o cartão de crédito.

 

O mais alto assistiu com ternura o modo como o amigo se forçava a levantar, como o cenho franziu-se de olhos fechados antes de um grunhido manhoso soar por entre os lábios cheios e rosados. O peito aquecia-se somente com aquilo, às vezes tinha ímpetos de morder aquelas bochechas e lábios até machucar. Jamais admitiria, mas quando o mesmo não incorporava aquele demônio pequeno e sexy que adorava demonstrar nos palcos, e que internamente apreciava, achava-o absurdamente adorável.

 

Pegou a pequenina com cuidado nos braços e a levou para a sala, deixando assim que o amigo pudesse se trocar. Sentou-se no sofá e a deitou sobre as coxas. Ficou por observa-la por um tempo até que a mesma grunhiu e retribuiu o olhar de forma curiosa. A mão foi de encontro com a da pequenina e ficou por tocar sem pressa. Perdeu-se admirando quando a mesma lhe envolveu o indicador e começou a brincar com a mão alheia.

 

Que gracinha, acho que alguém sabe como interagir com crianças. –Takanori sorria enquanto se aproximava de ambos. Sem dúvida era uma cena inusitada, mas com certeza bela. Era a primeira vez que parava para analisar a possibilidade do amigo como pai.

 

Sempre o imaginara como um roqueiro rebelde que gosta de academia, mas o mesmo era bem mais que isso. Era bobo, tinha bom senso de humor e responsável. Adorava o instinto protetor do mesmo, completamente oposto de seu jeito impulsivo. Talvez o motivo de fazer tanta questão do loiro consigo seja por ter medo. Medo de não saber se virar sozinho sempre que tiver algum problema. Havia se acostumado com a presença alheia alí, consigo, e pelo jeito isso nunca mudaria. Ou era o que sempre desejava.

 

Crianças são fáceis de lidar, não sei como tem gente que se complica com algo tão simples. –Sorriu sem jeito, tomando a pequenina nos braços quando o vocalista pegou as chaves do carro e não demoraram à sair da residência alheia.

 

 

- - - - -

 

Takanori havia ligado para Takamasa pedindo dicas de onde comprar coisas para crianças, afinal, tendo duas filhas julgava o mesmo um bom conhecedor de coisas relacionadas à isso. Havia ido para uma filial que se espalhara por Tokyo como a nova sensação no ramo infantil. Parecia mais um hipermercado, era gigantesco.

 

Somente enquanto buscava uma vaga no extenso estacionamento é que havia se dado conta de como as pessoas nos dias atuais estavam se reproduzindo. Não tinha como não se sentir mal com isso, só servira para lembrar-se de que o mundo seguia em frente e que mesmo com a fama que conseguira, ainda não tinha ninguém à quem deixar seu sobrenome ou até mesmo alguém à sua espera após um dia exaustivo de trabalho.

 

Em um sorriso triste observara o baixista se atrapalhando em tirar o cinto de segurança e descobrir a pequenina, que estava escondida pelo casaco negro sobre o corpo, já que Takanori não tinha a cadeirinha de transporte infantil. O ajudou e agradeceu por não estarem caracterizados, ficariam irreconhecíveis em meio à todos ali, não queria chamar qualquer tipo de atenção.

 

Antes de entrar no estabelecimento lembrou-se de forçar o amigo a colocar uma máscara branca no rosto, já que se negara à andar de rosto limpo, ao menos que usasse algo comum naquela época fria ao invés da faixa.

 

Aproximaram-se do elevador e ficaram por observar a placa que indicava ao que cada andar era destinado. O vocalista já franzia o cenho enquanto observava as palavras que iam desde “vestuário” à “acessórios”, “brinquedos” e “higiene”.

 

E então Taka... O que fazemos agora?

 

Acho que antes de mais nada vamos precisar de um carrinho bem grande... –A voz soou vaga enquanto ainda analisava as possibilidades que iria enfrentar em cada andar. É... Aquilo iria sair caro.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Yoooo. É, o Miyavi teve uma pequena participação não programada nesse capítulo, mas achei que vinha à calhar.

Diga-me, o que acharam? Muito curto? Muitos erros? Vamos, preciso de incentivo para continuar.

Agradeço à quem leu até agora, beijinhos à todos. <3


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