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História Always here - Sempre aqui - Chocolate Quente


Escrita por: Lemon_senpai

Notas do Autor


Eu sei, demorei pra caramba pra postar um capitulo novo
Mas eu não queria escrever qualquer coisa e estava com pouca criatividade antes :')
Ainda não tenho um tempo certo pra postar, mas não vai demorar um mês, eu juro kkkkkk

Espero que gostem
<3

Capítulo 4 - Chocolate Quente


Fanfic / Fanfiction Always here - Sempre aqui - Chocolate Quente

Eu mal posso acreditar que vou vê-la novamente e melhor ainda foi ela que veio me procurar.

Depois de descer as escadas que levam em direção a sala paro diante da porta hesitando por um breve momento, minhas mãos estão frias e posso sentir a sensação daquele frio na barriga que todos antes descreviam pra mim de quando se vai fazer algo empolgante ou importante e pra mim é difícil não ficar totalmente extasiado com a situação atual.

Minha mente vira um emaranhado de pensamentos de repente, não consigo parar de pensar sobre o que é que ela veio falar para mim, ou será que eu devo dizer a primeira palavra, simplesmente acho que vou enlouquecer.

 

- Está tudo bem Jey, relaxa - Digo a mim mesmo algumas vezes enquanto crio coragem pra girar a maçaneta.

Respiro fundo e abro a porta saindo em direção ao gramado que está um tanto molhado por conta da umidade que veio junto da neblina.

Vejo que agora a "garota nova" está de pé do outro lado da rua esperando, enquanto começo a caminhar em sua direção fico a observando de longe, não posso ver através do capuz mas sinto como se ela me encarasse desde o momento que sai pela porta de casa, suas bochechas estão coradas e suas mãos estão um pouco sujas de terra e mesmo assim posso ver que um tanto pálidas.

Me aproximo as poucos andando enquanto coloco as mãos nos bolsos do meu casaco, mesmo após eu ter vestido uma blusa, estar com a meu casaco acolchoado de inverno e também o cachecol listrado de lã que ganhei no meu aniversário ano passado, o frio parece ser capaz de passar por todas as roupas e congelar a sua alma.

 

- Olá Jeremy - Ela diz assim que passo por cima da guia entre a rua e a calçada. Diferente da noite que a conheci, sem todas as vozes a musica e todo barulho em volta. Pude finalmente escutar sua voz, era uma voz doce e ao mesmo tempo demonstrava confiança que no caso combinava e muito com ela.

 

- Oi - Respondo sem saber o que dizer e totalmente ansioso por que poderiam vir a seguir.

- Parece que me falaram o lugar certo onde você mora - Ela diz enquanto expressa um leve sorriso e levanta gentilmente sua cabeça.

- Aqui nessa cidade nós batemos na porta sabia? - Digo em um tom de brincadeira

Ambos rimos e isso quebra um pouco o clima um tanto estranho que estava segundos atrás quando a encontrei.

- Me desculpe, bem é que é muito cedo e eu achei que seus pais certamente me expulsariam caso fizesse barulho a essa hora - Ela diz quase que abaixando seu tom de voz totalmente e como se estivesse implorando por perdão. Era ao mesmo que fofo um tanto desnecessário pois eu não estava bravo com o que havia acontecido.

 

Fico totalmente inconformado com o que estou vendo agora, ela não se parecia nada com a garota que encontrei na festa de ontem a noite. Mas o que eu poderia dizer, eu não conhecia nada sobre ela.

- Não tem problema, minha mãe não está em casa - Digo finalmente.

 

Posso vê-la respirar brevemente e então se debruçar na árvore que estava atrás dela soltando o ar como quem estivesse totalmente aliviada. Um silêncio se instala entre nós após nossa breve conversa e percebo que suas mãos estão tremulas e que ela não parecia ter se preparado para sair no frio. Além da blusa amarela, estava apenas com uma calça jeans preta e botas em couro camurçadas na cor marrom.

Ela se senta na grama deslizando pela árvore até chegar ao chão e eu a acompanho sentando ao seu lado logo em seguida, quase que por instinto tiro meu casaco ainda sentado e me debruço sobre ela a cobrindo com o mesmo.

 

- Sabe Jeremy, as coisas poderiam ser simples assim.

Ela diz depois de mais um breve momento de silêncio, eu não digo nada. Talvez essa fosse um daqueles momentos em que você não precisa responder, não precisa fazer ou demonstrar alguma coisa, você apenas o absorve e o sente, quem sabe até aprende com ele. As vezes o silêncio é a reposta pra tudo e por um momento eu me esqueci das vozes que faziam perguntas.

Pouco tempo depois, o frio começou a piorar, estava cada vez mais forte, parecia até que á qualquer momento os céus fechariam e então começaria uma tempestade. Não foi preciso dizer muita coisa, eu apenas desenrolei o cachecol pela metade dos meus ombros e cobri seu pescoço enquanto levantava, estendo minha mão esperando que ela me siga e então logo corremos pra dentro de casa.

Ao entrarmos pela porta da frente, por algum motivo ela parece hipnotizada pela casa, seus olhos deslizam por cada canto da sala, como se quisesse enxergar cada detalhe, não podia culpa-la, minha mãe tem muitos quadros  nas paredes, desde fotos da nossa família até enfeites de natal que ela nunca tira da lareira por algum motivo.

 Enquanto eu tiro meu casaco não consigo desviar o olhar de tanta curiosidade, a vejo colocando suas mãos dentre as bordas do seu capuz, pra mim é como se estivesse em câmera lenta e eu finalmente veria seu rosto por completo, sem as luzes piscando. E com um movimento simples ela o abaixa revelando seu rosto, agora descoberto eu pude me lembrar de sua aparência na qual antes era apenas um rosto em branco.

Tinha a os mesmos cabelos castanhos claros, porém diferentes da noite que os vi pela primeira vez, suas pontas agora estavam tão claras quanto a neve branca, ela tem olhos lindos na cor púrpura, porém era um olhar cansado e podia enxergar pequenas olheiras se formando ao redor de seus olhos, talvez ela não tivesse dormido a noite anterior.

Meu coração começa a ficar inquieto como se fosse sair pela minha boca a qualquer momento, ela me encara de volta com um sorriso e então arruma seu cabelo.

 

- Eu não te vi hoje de manhã, acho que devo ter feito alguma coisa errada pra ter parado no sofá - Sorrio tentando disfarçar e por estar totalmente envergonhado de ela ter percebido que estava a encarando. Mas de alguma forma ela parecia não se importar.

 

-Não não você não fez nada de errado Jeremy, e bom... eu sai. Pra caminhar.

 

 

Sua resposta foi bastante rápida, porém ao mesmo tempo um tanto receoso, ela não queria falar sobre aquilo, talvez fosse melhor eu não fazer essas perguntas, pelo menos não agora.

 

- Tudo bem, eu só estava curioso. Gostou do que viu quando foi caminhar? eu sei que como você é nova na cidade deve parecer tudo estranho.

- Acredite em mim, eu moro aqui e continua sendo estranho.

 

Ela sorri.

- Sim bem estranho, afinal eu conheci você Jeremy - Nós rimos um do outro quase que ao mesmo tempo, já havia me esquecido que estávamos de pé esse tempo todo então peço pra ela se sente no sofá enquanto vou no meu quarto pra buscar alguns cobertores.

Sem que eu percebesse meu sonho de adolescente acaba de se realizar, uma garota, enrolado em cobertores no frio e duas xícaras de chocolate quente.


Notas Finais


Não se esqueçam de comentar se gostaram, aceito criticas e sugestões também, vai me dar muito mais animo pra continuar escrevendo e deixar um pouco mais feliz ^^
ah e se puderem compartilhem com os amigos.

É isso, como diria o He-man conselheiro, até a próxima pessoal.


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