Pov.Hermione
Eu andava de um lado para o outro frustrada. Droga. Desde o incidente no hospital, Harry me fizera ter que andar com dois aurores em meu pé, e Malfoy ainda por cima apoiara a idéia.
Agora eu não podia ir por o lixo na rua sem dois enxeridos grudados a mim. Revirei meu olhos.
-Srta.Granger ainda pretende ir ver sua mãe? – Marcus o Auror que mais parecia um armário me encarava.
-Vou, mais não quero você no meu pé. – bufei.
-Lamento, tenho ordens para não deixá-la sozinha. – ele disse serio.
-Que seja. – grunhi. – então acho bom me acompanhar. – eu sorri vitoriosa e me virei para ele. –Petrificus totalus. – seu corpo caiu seu rosto chocado. Sorri satisfeita.
Rodeio o corpo e logo senti o deslocamento que aparatar causava. Logo me deparei com a casa de minha mãe, sorri. O bruto monte não saberia onde ela fica.
Me aprecei até a porta e bati.
-Já vou. – ouvi a voz doce de minha mãe, que logo surgiu por uma fresta na porta ao me ver seu sorriso caloroso se abriu. – Hermione querida.
-Mamãe. – me larguei em seu abraço. – eu estava com saudades.
-Eu também já faz quase dois meses que não te vejo posso saber porque? – ela olhou brava. – e onde esta seu noivo?
-Longa e confusa historia. – suspirei. – podemos entrar, te conto tudo la dentro.
-Claro querida. – mamãe sorriu novamente.
Entramos tudo estava como eu me lembrava, quero dizer como meu subi consciente sem Draco se lembrava, agora sobre a estante de minha mãe, havia uma foto minha de Draco e de Ted, uma minha com Draco ajoelhado me estendendo um anel, e uma minha em frente ao hospital, todas normais ao modo trouxa, sem se mexer.
Senti o cheiro de biscoitos de chocolate com menta, meu estômago revirou e minha mente involuntariamente pensou em Malfoy.
-Fiz biscoito de chocolate com menta, seus preferidos meu bem. – minha mãe sorria. – vou pegar para você, e vou te trazer chá como você sempre gosta, forte e com três colherinhas de açúcar.
Minha mãe rumou para a cozinha.
-Mãe, assim vou acabar mimada. – eu ri.
-Mimar filhos nunca é de mais. – ela gritou para mim alegre.
Eu sabia que não, eu mimava Ted a todo instante, não era meu filho biológico, mais era meu filho de coração.
Logo minha mãe voltou com uma bandeja com biscoitos e chá.
-E então porque Draco não esta com você? – ela se sentou ao meu lado.
-Mãe não pire e nem me mate ok? – eu disse cautelosa
-Hermione Jean Granger o que você fez? – ela disse com uma calma assustadora.
Lhe expliquei tudo desde a festa de Harry até agora sobrevivi a alguns pequenos ataques de preocupação e broncas e logo entrei em foco no tema “ não se lembra de Malfoy”
-Mais meu bem você não disse que esta tendo pequenas lembranças dele? – minha mãe disse doce.
-Sim,mais isso só piora tudo, não consigo entender o que sinto, e essas lembranças faze acender em meu peito algo que me confunde a cabeça. – suspirei frustrada.
-Pequena você se lembra de seus tempos e Hogwarts? Quando chegava em casa irritada nas férias, porque Malfoy sempre implicava com você? E que você dizia gostar dele até, mais o fato dele irritá-la fazia querer estrangular ele? – ela sorria. – é como vocês estão hoje, isso é amor o mesmo amor que você sentia por ele antes dessa confusão toda, só te resta ter um pouco mais de calma e ver.
-Não é tão fácil assim. – grunhi.
-Sim, é sim, o que sente quando vê ele?
-Não sei quero abraçá-lo e... arg. – eu gemi por dizer isso.
-Viu, isso é amor meu bem, quando reprimimos o amor, nossa mente arranja uma maneira de nos manter perto de quem amamos, por isso vocês sempre brigam, você caça brigas para passar mais tempo com ele, e quando brigam ou fazem as pazes, ou acabam um em cada canto chateados. – ela riu.
-Como sabe? – eu disse com o cenho franzido.
-Porque passei pelo mesmo com seu pai. – ela sorriu. – ele era meu vizinho, e sempre que podia surgia em minha janela para me irritar, até que um dia me disse que gostava de mim, ainda brigávamos mais decidi ver onde isso daria, e aqui esta no que deu... – ela apontou para mim. – nossa maior prova do amor que sentíamos um pelo outro.
-Aah mamãe eu nunca soube disse. – eu sorri os olhos marejados.
-Nunca precisei convencer essa cabeça oca com minha historia. – ela riu. – você puxou a seu pai na persistência, mas o gênio é o meu – ela sorriu com doçura.
-Não vou falar nada. – fiz beicinho e minha mãe riu.
-Tenha paciência meu bebe, tudo logo vai ficar claro para você – ela afagou minhas bochechas.
-Mãe, tenho quase 23 anos já, não sou bebe. – revirei meus olhos.
– Mais para mim sempre vai ser. – ela beijou meu rosto. – agora venha eu lavo a louça e você seca.
-Se quiser eu posso fazer um fe... – Ela me olhou feio.
-A vida não é só mágica querida. Vamos ao bom e velho trabalho braçal. – ela disse com firmeza.
-Se a Sra. quer assim. –dei um pequeno muxoxo, que a fez rir.
Meus encontros com minha mãe sempre acabavam em conselhos, risadas e algumas broncas.
Ouvi o barulho de aparatação na sala de minha mãe, num pulo peguei minha varinha que estava no armário, o pano que eu usava para secar agora no chão.
-Mamãe fique aqui. – sussurrei.
-Nem pense nisso. –ela disse aos sussurros, a cara seria. – minha casa, minha filha, minha tarefa de proteger, vou com você.
-Arg. – revirei os olhos. – tudo bem mas fique atrás de mim. – murmurei.
Segui lentamente para a sala agora quieta, eu podia ouvir a respiração de alguém.
Quando virei com tudo para entrar na sala bati contra o corpo de alguém que também virava, mas de sentido a cozinha.
-Ma o que...? – aquela voz, a voz que me fazia perder o fio da meada e o controle do corpo.
-Draco? – eu disse confusa.
-O que pensa que esta fazendo? – ele estava furioso. – quando pus o bendito Auror em seu encalço era para protegê-la, agora tenho um homem de Potter no hospital e você por ai sem dar noticias. – ele disse a voz fria como gelo.
-Não preciso de babas Malfoy, muito menos de suas preocupações. – cruzei os braços e fechei a cara.
Minha mãe riu atrás de mim.
-Minha vontade é de te dar umas boas palmadas. – ele estava vermelho de raiva agora. – mas por respeito a sua mãe não vou fazer isso.
-Isso, Sr.Malfoy eu mesma faço se for preciso. – minha mãe disse ainda rindo.
-Aah ótimo, criem um clubinho, “atormentadores da Hermione” – bufei e marchei para a cozinha.
-Pare de ser tão marrenta Granger. – Malfoy tinha uma sobrancelha erguida.
-Calado. – lhe joguei um copo que ele pegou habilmente.
-Não sei se lembra Amor mais eu fui apanhador. – ele sorriu torto
-Vá se danar. – bufei.
-Hermione Jean Granger. – minha mãe me repreendeu zangada.
-Desculpe mamãe. – murmurei.
-Bem eu só vim te buscar Gina esta a sua espera em casa. – Malfoy disse zombeteiro.
-Tudo bem. – disse fria e virei para minha mãe. – eu já vou mamãe. – a abracei.
-Tudo bem querida, tome cuidado e lembre-se do que eu te disse. – ela sorriu e piscou.
Revirei os olhos e sorri.
-Vamos? – Malfoy estendeu a mão.
-Só porque quer – bufei e o puxei pelo colarinho. – Até mamãe. – sorri e aparatei.
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