História Always (second session of Just Like Fire) - Eu serei pai?

P.O.V: Annelise Caniff.

Semana seguinte...

Estava junto a Franklin na clínica de Cameron, preparei toda uma surpresa para lhe dizer que será papai. Na mesma semana em que descobri a gravidez, comecei um acompanhamento médico e descobri que meu bebêzinho já tem exatas duas semanas e meia, também contei a Franklin, que ficou emocionado por demais e já torce para que a criança seja uma menina.

— Eu entro antes de você e entrego a caixinha a ele? - meu sogro pergunta assim que saímos do elevador e seguimos para o quarto de Cam.

— Sim! - digo — Depois dele ler o cartão, eu entro, okay? - estava tão nervosa para saber a reação do moreno.

Cameron acha que apenas seu pai veio lhe visitar, e desde a semana passada está chateado comigo pelo fato de eu ainda não ter vindo, mal sabe ele! Já estávamos frente a porta, encosto-me na parede ao lado da mesma na tentativa de me esconder e de Cam não me ver. Franklin dá duas batidas na porta que logo é aberta por meu moreno

— Oi pai! - é nítido sua falta de animação — Trouxe presente, é? - ri.

— Trouxe sim! - Franklin entra no quarto e ouço a porta ser encostada. 

Rapidamente tento abrir uma brecha para que eu possa ver Cam, fico quietinha espiando pelo pequeno espaço aberto.

P.O.V: Cameron Dallas.

Senhor Franklin chegou para me visitar e confesso que tinha uma pontinha de esperança de Lise vir junto, mas parece que ela está “ocupada” demais para visitar o namorado. Meu pai trouxe uma caixa em mãos, metade rosa e metade azul, confesso que não entendi nada.

— É para mim este presente? - digo após encostar a porta de meu quarto.

— Não, não, é para outro paciente que resolvi vir visitar. - diz e por um segundo acreditei que fosse — Lógico que é pra você né Cameron! - revira os olhos e dou risada.

Entrega-me a caixa e a encaro na tentativa de decifrar o que é. Desfaço o laço amarrado sobre ela e a abro, dentro há um cartão vermelho sobre o embrulho.

— Vai ler logo ou vai enrolar mais um pouco? - senhor Franklin parece estar mais ansioso do que eu para saber o que é.

— Quem mandou isso? - pergunto à ele.

— Cameron, leia logo! - passa as mãos no rosto e rio de seu nervoso.

Abro o cartão e deparo-me com a letra de Lise, impossível não reconhecer a letra da minha mulher.

“Procurei várias formas de lhe dar essa notícia, passei a semana toda pensando em uma surpresa para você, porque não é todo dia que recebemos uma benção dessas. Cameron, quero que prepare seu coração para receber um presente de Deus, um alguém que mudará totalmente nossas vidas, que trará mais cores e fará dela uma festa, porque todos os dias serão coloridos e festeiros quando ela/e chegar!”

Pelo amor de Deus, o que está acontecendo? Após ler o cartão e continuar sem entender, tiro o embrulho e encontro um par de sapatos de bebê, um pé é azul e o outro rosa. NÃO É POSSÍVEL! Abaixo havia outro cartão vermelho, só que em forma de coração. Pego o mesmo rapidamente e o leio em voz alta.

“Oi papai, você está preparado para me receber? Para me amar, assim como tanto ama a mamãe? Para me ensinar a andar de bicicleta ou skate, caso eu seja um menininho? Ou então, morrer de ciúmes quando eu arranjar um namoradinho, caso eu seja uma menininha? Papai, saiba que já te amo infinito!”

Eu sorrio, sorrio feito um bocó. Serei pai? É isso mesmo? Eu serei pai? 

— Pai? Eu serei pai? - digo aos prantos, a emoção foi mais forte do que eu. 

— Meu filho, será papai! - ele sorri e assim como eu, estava emocionado ao ponto de não se segurar. Abraça-me, ficamos assim durante cinco minutos, até a porta atrás de mim ser aberta.

— E aí papai do ano, está pronto? - ah, essa voz! Como eu amo essa voz, como eu amo essa mulher! 

Viro-me para encara-lá, ela mantém o sorriso que sempre fora apaixonado no rosto e passa as mãos sobre sua pequena barriga. Sorrio e a puxo para um abraço.

— Como você pôde fazer isso comigo? - pergunto, ainda abraçado a ela.

— Do que exatamente está falando? - afasto-me e mantenho meu olhar no seu.

— Você está me dando o melhor presente que uma mulher pode dar à um homem! - sorrimos e lhe beijo, sem me importar com meu pai ali. Encerramos o beijo com vários selinhos. 

Abaixo meu olhar para a barriga de minha namorada e devagar coloco uma de minhas mãos sobre ela, assim que a toco, as lágrimas escorrem feito cachoeiras e o sorriso do meu rosto nunca sumia, é uma felicidade enorme. Serei pai, meu Deus, eu serei pai! 

— Espera que seja uma menina ou menino? - Lise pergunta, enquanto eu mantinha minha atenção em sua barriga.

— Não importa o que será, só sei que amarei tanto essa criança, tanto quanto te amo! - digo e ergo meu olhar a Lise, que deixa escapar uma de suas lágrimas que estavam sendo seguradas com todas as forças.

— Te amamos infinito! - diz e limpa minhas lágrimas que insistem em escorrer.

Ainda acariciando sua barriga, lhe beijo mais uma vez. Somos interrompidos pelo meu pai.

— Vou deixá-los a sós! - rimos e assentimos para ele. Após sair do quarto, nos sentamos na cama, continuo surpreso e ainda sem acreditar.

— Isso é real? - olho para Lise.

— Sim, meu amor! - sorri — Quando descobri, fiquei tão emocionada quanto você. - encara sua barriga por um instante e em seguida volta a me olhar.

— Quando descobriu isso? - pergunto.

— Semana passada, no dia em que você voltou para a clínica! - diz — Lembra que eu estava com enjôo? - assento — Então, se tornaram constantes e Clark resolveu buscar um teste, fiz e para minha surpresa deu positivo! De começo entrei em desespero, não sei como será nossa vida daqui para frente e não estava preparada para me tornar mãe tão cedo. Mas Clark me acalmou e ela sempre fez questão de me lembrar que tenho você! 

— Claro que você tem a mim! - digo e a vejo sorrir — Vou estar do seu lado todos os dias possíveis, mesmo aqui na clínica, vou sempre querer saber como está nosso filho, ou filha! - rio — Porquê não me contou antes?

— Queria preparar algo bonitinho para contar! - sorri — E na mesma semana fui atrás de médicos, também fiquei enrolada no meu trabalho e em um outro problema! - diz séria.

— Qual? - pergunto preocupado.

— Cameron, por que não disse que procurou meus pais e disse à eles que os ajudariam? - puta que pariu, não acredito que eles foram atrás de Lise! 

— Porra, eles foram atrás de você? - levanto-me e passo as mãos no cabelo.

— Foram, logo no dia em que eu estava péssima! - suspira — Ainda me fizeram brigar com Clark e sentir vontade de te matar, quando me contaram que vocês sabiam que eles estavam aqui.

— Lise, me desculpa! - sento-me novamente a sua frente e seguro em suas mãos — Eu achei que poderia te ajudar e ajudar eles também, mas logo em seguida viajamos e perdi total contato com eles, também não fiz questão. Achei que não iriam te perturbar tão cedo! 

— Pensou errado Cam. - consigo enxergar a mágoa que está sentindo de eu ter escondido isto — Eles foram atrás de mim no meu trabalho, foi horrível! 

— Eu errei, eu sei! - suspiro — Você e Clark se resolveram, né? - não queria de jeito algum prejudicar a amizade delas.

— Sim, está tudo bem! - sorri sem mostrar os dentes — Mas... Já passou e vamos esquecer isso, okay? - assento que sim — Temos que pensar nesse grãozinho aqui que cresce dentro de mim. - sorri ao olhar sua barriga.

Fico estático por um tempo, começo a imaginar minha vida com Lise daqui para frente. Deus, obrigada por me enviar esta mulher maravilhosa e fazer com que eu construa uma família com ela, serei eternamente grato! Quero que estes dois últimos meses meu aqui na clínica passe o mais rápido possível, para que eu possa estar junto de Lise e de meu filho/a, quero acompanhar tudo de perto, quero ser um pai incrível assim como o meu pai!