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História Am I Loving You? - 2 Temp. - É coisa do passado.


Escrita por: GiowObsessed

Notas do Autor


Oh, povo, então. Deixa eu pedir desculpas aqui pela milésima vez por atraso de atualização. PORÉM eu posso explicar.
Primeiro de tudo: MAS PUTA QUE PARIU, VOCÊS SÃO FODAS MESMO, NÉ, CARA?! MANO, NÓS BATEMOS 400 FAVORITOS, 4 0 0 , QUA TRO CEN TOS.
FOI POR MUITO QUASE QUE EU NÃO DEI UMA FESTA EM CASA PRA MIM E PRAS MINHAS CACHORRAS COMEMORARMOS ESTA COISA ESPLÊNDIDA, COMO EU AMO VOCÊS, MANO!! NA MORALZÃO, MUITO OBRIGADA POR TUDO!!!
(E por falar nisso, tava até pensando né em fazer um especial dos 400, né, mas falta tão pouquinho pra vir um puta de um especial que já fica como presentinho pra vocês, tá bom? :))
Segundo de tudo: Fiquei uns dias (talvez muitos) bem indisponível, por isso a demora toda. E para completar esse "segundo de tudo" temos também o "terceiro de tudo".
Terceiro de tudo: Semana de prova tá me comendo, tá? Só pra avisar mesmo, então já sabem. Já nos conhecemos bastante pra saberem, né? É.
ENTÃO É ISSO MEUS AMORES, FIQUEM COM ESTE CAPÍTULO SHOW DE BOLA, PORÉM COM O PIOR FLASHBACK QUE EU JÁ ESCREVI NA HISTÓRIA, TÁ LEGAL?? :)))))
Beijinhos.

Capítulo 62 - 2 Temp. - É coisa do passado.


    E foi assim que terminamos a tarde com uma discussão de família, entre eu, minha mãe e meu pai.

    Finn não deu uma palavra sequer durante a conversa toda. Até porque nem havia necessidade. Sendo assim, se afastou de nós e ficou com nossa filha e com Ava, enquanto a porrada comia na sala entre nós três. Calma, é brincadeira, mas discutimos bastante.

    Eu perguntava o porquê dos meus avós virem pro meu aniversário a cada frase que eu dizia, mas eles não sabiam o que responder. Tudo que saía da boca de minha mãe era “vai ser só dessa vez!”. Mas eu sei muito bem que basta ser “só dessa vez” pra foder com tudo. Desculpem o termo.

    No final das contas, eu acabei cedendo. Até porquê não é culpa de meus pais a vinda de meus avós. Não podem fazer nada contra isso, e eu muito menos. Tudo que posso fazer é aceitar a situação como se estivesse muito feliz por estar em família, e nem sempre é assim que acontece. Porém, não podemos fazer nada, não é mesmo? O jeito será esperar até acontecer.

    E talvez minha mãe esteja certa. Será apenas uma noite. Mas aí vem o outro lado da coisa: Tudo pode acontecer em apenas uma noite.

    Então, vamos deixar para nos preocupar quando o dia chegar, e não agora quando tenho coisas bem mais importantes para me preocupar.

    -E então... -Ele disse ao trocar a marcha do carro. Já estávamos no caminho para casa, após a noite começar a chegar. -O que vai ser, afinal?

    -Vai ser que eles vêm pra cá ano que vem e vamos fingir família feliz que se dá muito bem, enquanto comemoramos os meus dezoito anos. Simples assim. -Disse e soltei uma risada abafada como deboche. -Cara, tem noção do quão escroto isso é?!

    -Como assim?

    -Ficam anos sem vir pra cá, nem se lembram de que têm netos ou filhos! Daí resolvem vir de uma hora pra outra comemorar o meu aniversário! Justo o meu! E por que agora?! Não tem sentido algum!

    -Pensei que a revolta toda fosse porque eles são escrotos.

    -Também, mas... Não sei... -Pensei um pouco. -Você não acha estranho?

    -Millie, você é famosa e acabou de ter uma filha comigo. Acha mesmo que é coincidência eles virem pra cá agora?!

    -Eu sei, mas nem assistir televisão eles assistem, Finn. São antiquados demais pra isso.

    -O que eles fazem da vida?

    -Eu sei lá. -Disse ele suspirou.

    -Bom, as coisas mudam.

    -Como assim?

    -Eles leem jornal, pelo menos?

    -Ah, com certeza leem.

    -Então pronto.

    -É, mas... Sei lá, é diferente. Entende? Tenho certeza de que não sabem sobre a Alison e não sabem sobre nós. Se soubessem já teriam tirado satisfação. Não só com a minha mãe, mas comigo também.

    -Tem certeza disso?

    -Absoluta. -Apoiei meu braço na janela do carro. -E essa, meu amor, é a prova de que eles não dão a mínima pra absolutamente nada. Sabem ligar o “foda-se” melhor do que ninguém.

    -Sendo assim... -Disse e logo olhou para o retrovisor do carro.

    -Que foi?

    -Quis ver se a Alison estava bem. -Afirmou.

    -Hm. -Disse ao admirá-lo e logo cheguei à conclusão, mais uma vez, de que algo estava errado. -O que houve?

    -Como assim?

    -Você aí... Tá estranho. -Disse e ele se calou. -Me fala logo o que aconteceu.

    -Por que você acha que algo aconteceu?

    -Porque quem cala consente. Anda logo, eu te conheço. -Disse e ele deu um breve suspiro.

    -Em casa a gente conversa. -Ele disse e eu franzi a testa.

    -Foi alguma coisa que eu fiz?

    -Millie, tá tudo bem. Em casa a gente conversa, ok? -Afirmou num tom meio frio, o que me fez dar um suspiro, como o de quem está irritada. Pois sim, eu estou. Não com ele, mas com a situação anterior.

    Não demorou muito e finalmente chegamos em casa. Já estava escuro.

    Alison permanecia dormindo, então logo a deitei em seu berço aconchegante e apliquei um beijo em sua testa.

    Permaneci brincando um pouco com Doug na sala, após Finn subir para o quarto e trocar de roupa. Sendo assim, acabou ficando por lá.

    Eu aproveitei para pensar no que poderia ter acontecido para ele querer conversar comigo, após ter sido um pouco grosso e frio quando nos falamos no carro. Pois até onde eu sabia, estava tudo bem entre nós. Até porque, ele estava muito bem conversando com meus irmãos e meus pais. Realmente, estava estranho.

    Resolvi subir para o nosso quarto e assim fiz. Doug veio atrás.

    -Ei? -Dei três batidas na porta aberta, fazendo-o se despertar e me admirar. Estava deitado na cama mexendo no celular.

    -Oi, entra. -Disse e bloqueou o mesmo, enquanto me aproximava dele.

    Me deitei ao seu lado.

    -Bom, e então...

    -O que? -Ele perguntou, mesmo já sabendo o que era.

    -Posso saber o que eu fiz pra te deixar assim? -Perguntei e ele sorriu de canto.

    -Não fez nada.

    -Então por que falou daquele jeito no carro? O que aconteceu? -Disse e ele permaneceu calado, olhando para baixo. -Olha pra mim. -Pedi e assim ele fez. -Me diz o que está acontecendo.

    Deu um suspiro.

    -Millie, você não esconderia nada de mim. Certo? -Ele perguntou e eu soltei uma risada.

    -Claro, por que eu esconderia alguma coisa de você?

    -Então... Você me contaria tudo? Independente do que for?

    -Sim, mas... Por que? O que quer dizer?

    -Digo... Mesmo sendo algo desagradável de se dizer, ou até mesmo de se lembrar... -Ele dizia e eu apenas o encarava. -Seria aberta comigo, mesmo sobre coisas do passado, certo?

    Dei um breve suspiro.

    -Sobre o que o Charlie conversou com você, Finn? -Se calou. -O que ele disse pra você?

    -Olha, eu não quero que ache que eu quero me meter no seu passado, até porque é um direito seu de não querer me contar alguma coisa que não se sinta à vontade em dizer. Eu só...

    -E por que eu não me sentiria à vontade em te contar alguma coisa sobre a minha vida? -Perguntei. -Somos um casal, não somos?

    -Somos, claro.

    -Então. -Acariciei sua mão. -Não tem motivo nenhum pra eu esconder algo de você sobre a minha vida e sobre o meu passado, Finn. Confiamos um no outro. Até porque, nos conhecemos e convivemos juntos há tanto tempo, que chega a ser difícil não sabermos alguma coisa um do outro.

    -Sim, mas não sobre coisas mais pessoais. Tipo, uma vida amorosa, talvez.

    -Me diz logo o que foi que o Charlie te disse!

    -Me disse que o Jacob já te tocou à força. -Permanecemos calados por alguns segundos. -Por que nunca me disse isso, Millie?

    Que merda, hein.

    -Não foi bem assim.

    -Millie, nós dois o conhecemos o suficiente pra saber que foi bem assim. Você o conhece ainda mais, e eu conheço exatamente o naipe desse garoto pra não ter dúvidas de que ele faria um negócio desse contigo. Um negócio escroto e filho da puta.

    -Olha... -Dei um breve suspiro novamente. -Não foi tão grave e tão sério assim.

    -Millie, ele te desrespeitou! Não importa como e nem onde, mas ele tocou seu corpo sem a sua vontade, sem a sua permissão! Isso é assédio, é algo seríssimo!

    -Ei, dá pra se acalmar?! Eu entendo que está nervoso, mas eu vou te explicar!

    -Tá, ok...

    -Foi a primeira noite que ele dormiu lá em casa. Isso foi depois da segunda temporada, depois da vez em que eu e você dormimos juntos nos bastidores, enfim. Ele foi passar a noite lá em casa e ia dormir na cama comigo.

    -Por que na cama com você?!

    -Finn, nós éramos namorados!

    -E daí?! Você nunca o amou ao ponto de deixar ele dormir na cama contigo! Cama a gente divide com quem ama!

    -Sim, mas eu estava apaixonada na época, acontece! Nunca o amei, apenas me apaixonei como qualquer garota tem seus momentos de paixonite!

    -Como assim “apaixonada”?!

    -Finn, você nunca teve paixão boba de escola?! -Disse e ele franziu a testa.

    -Não!

    -Ah, eu duvido!

    -Sei lá, não que eu me lembre!

    -Tá, mas é algo normal! Era o meu primeiro relacionamento, mesmo sabendo que era forçado. Eu ficava meio ansiosa com essas coisas de namoro e só isso. Era só aquela paixãozinha que dura uns meses e acaba.

    -Ah, acaba?! Engraçado que minha paixão por você não acabou até agora!

    -Eu acabei de dizer que foi uma paixão boba, estúpida! Paixonite aguda, é coisa que dá e passa! Você não começa a complicar as coisas, hein!

    -Tá, eu acredito em você, é só que isso me confunde e me deixa puto.

    -Meu amor, paixão e amor são coisas beeeem diferentes. Confia em mim, eu te amo e sou completamente apaixonada por você, porém a paixão que eu sinto por você é diferente da paixão que muitas pessoas têm por outras, que muitas vezes é algo de momento. É completamente normal, principalmente para algumas meninas quando têm o primeiro namorado. E depois pode ser que passe, pode ser que não. Por mais apaixonada que eu pudesse ter sido pelo Jacob algum dia, eu nunca o amei. Nunca amei ninguém que não fosse você, Finn. Confia em mim e fica tranquilo.

    -Sim eu confio em você. E só que... Eu fico agoniado de saber que você já esteve em mãos tão erradas assim.

    -Já estive e não estou mais. -Disse e ele assentiu que sim com a cabeça.

    -Continua.

    -Bom, e aí nós queríamos tentar esquentar as coisas um pouquinho, e...

    -Você queria transar com ele?! Puta que pariu! -Ele disse bem nervoso.

    -Dá pra escutar o resto da história?!

    -Millie, ele é viado! Tem oito centímetros de pau, se achando O gostoso, querendo te comer! Vê se pode!

    -Shiu. Meu amor, se acalma. -Disse acariciando seu rosto.

    -Não dá, você queria transar com ele! Ele merece ser corno, isso sim!

    -Finn, quem disse que eu queria transar com ele?!

    -Você!

    -Ah, foi?! -Cruzei meus braços.

    -Foi! Você disse que... -E conseguiu ir se acalmando. -Não, não disse não... Desculpa.

    -Finn, presta atenção. Eu nunca quis transar com ele, para de delirar. Eu só disse que nós queríamos esquentar as coisas e mais nada. Não necessariamente fazendo sexo. Por que acha que eu queria transar com ele?

    -Sei lá, vai que seus hormônios estavam loucos e você tivesse numa vontade enorme, pode acontecer! Até porque você estava apaixonada, certo?! E ele com certeza iria querer e ligar o foda-se pro resto!

    -Olha, pra sua informação, os meus hormônios não me deixam descontrolada, eu sei muito bem me conter. E eu não ia sair dando pra ele a qualquer momento desse jeito, nem por causa de hormônios nem de nada. -Disse e ele ficou quieto. Decidi brincar com a cara dele. -E se eu tivesse transado com ele, Finn? Você iria ficar chateado comigo?! -Perguntei e ele levantou as sobrancelhas.

    -Não, é claro que não! Não posso tomar decisões por você e muito menos em relação à alguma coisa do passado, você faz o que bem quiser! Se quisesse ter dado pra ele naquela noite, show, a escolha é sua! Só que esse garoto não te merece! Você iria se arrepender pro resto da sua vida, porque teria sido uma merda trepar com esse cara, por culpa dele, e porque ele é um escroto! Porra!

    -Você é ciumento, hein.

    -Ah, mas também, logo um canalha desse pra te chamar de namorada! E como se você também não fosse nada ciumenta!

    -Finn, eu só saí no tapa com uma garota totalmente desconhecida, e já quase fui sedada numa delegacia por sua causa. Não sou tão ciumenta assim, para de exagero.

    -Ah, com certeza não.

    -Bom, você já acabou com a sua revolta, ou vai me deixar terminar de contar só amanhã?

    -Tá, foi mal. Pode falar.

    -Obrigada. O que acontece é que a gente começou a se beijar, depois de termos conversado sobre algumas possibilidades, só que ele não tem limites. E não respeita os limites dos outros. E então, ele acabou se empolgando um pouco.

    -Hm, e aí?

    -E aí que, uma noite que poderia ser agradável pra nós dois, acabou sendo totalmente o contrário.

 

------------------------------------------ Flashback On ---------------------------------------------- 

 

    -Ei, ei, ei... -Disse após ele começar a beijar meu pescoço, fazendo-o parar.

    -Que foi?

    -Vamos devagar, tá? -Disse e ele assentiu que sim. Sendo assim, voltamos a nos beijar.

    Até que eram bons esses nossos beijos trocados de vez em quando, quase nunca, mas não tinham um significado tão forte. Pelo menos não pra mim.

    O máximo que já aconteceu entre nós foi um amasso como esse, mas que não durou mais do que dois minutos, que por mais que seja bom e talvez um pouquinho prazeroso, não me faz sentir o verdadeiro significado de um beijo quando duas pessoas se amam. Então, os nossos beijos acabam não tendo graça. Parece que estou beijando um estranho por apenas dois minutos de “prazer”, o que pra mim e Jacob já é muito, e nada mais. Fora isso, de vez em quando rolam uns selinhos nossos.

    Confesso que durante esses beijos, o deixei acariciar minha coxa, que antes só a acariciava quando nos beijávamos sentados, pois agora estávamos deitados em minha cama, o que já foi um enorme avanço. E eu nem o deixo se satisfazer de minha coxa ou de meu corpo para o meu próprio prazer, pois eu não faço questão alguma de ter meu corpo tocado e exposto dessa forma, mas para o prazer dele. Sim, eu sei que sou bem estúpida por deixar uma coisa dessas, mas não quero que a nossa relação seja mais chata do que já é.

    Retirou a mão de minha coxa e a encaixou em minha cintura, colando o meu corpo no dele. Vou fingir que não percebi.

    Pensei que fosse permanecer daquele jeito, até que ele abriu o botão de minha calça Jeans.

    Aí já foi demais.

    -Jacob. -Disse e ele me encarou. -Já disse que não.

    -Tem certeza? -Ele perguntou enquanto pegava em meu queixo.

    -Tenho. -Assenti que sim e ele voltou a me beijar.

    Permanecia segurando na lateral de seu rosto, enquanto ele ainda agarrava minha cintura, até que mordeu meu lábio bem devagar.

    Acho que já era pra eu estar me derretendo de prazer por essa situação toda, mas sendo sincera, não consigo sentir um prazer absurdo por estarmos nos pegando desse jeito como acho que poderia sentir beijando outra pessoa. Não vou mentir, nosso beijo é prazeroso, mas não tanto quanto deveria ser.

    Talvez eu não me sinta muito segura para avançar na relação com o Jacob, como ele parece estar, mas eu nunca disse isso a ele. Nunca mencionei não ter segurança nele o suficiente pra isso. Apenas digo que não estou pronta para algumas coisas, mas é mentira. Tenho certeza de que se fosse outra pessoa, eu estaria pronta até demais.

    E estava tudo indo bem, apesar de alguns erros que ele acabou cometendo antes durante o beijo, mas ele não seria Jacob Sartorius se não tivesse começado a colocar a mão por dentro de minha blusa, de um jeito bem devagar.

    Sem interromper o beijo, apenas tirei o braço dele dali, mesmo tendo um pouco de dificuldade para fazer isso. E vocês acham que adiantou alguma coisa? Mas é óbvio que não.

    Insatisfeito, levou sua mão para o mesmo lugar de antes, qual eu não consegui retirar dali antes mesmo que ele apertasse um de meus seios. Pois sim, ele fez exatamente isso, o que foi a gota d´água.

    Agora já chega.

    -EI! -Disse e o empurrei para o outro lado da cama. Estava com sangue nos olhos de tanta raiva.

    -Qual é, Millie!

    -Jacob, eu já disse que não! Qual é o seu problema?!

    -Você nunca está afim de nada!

    -Não interessa! Eu disse duas vezes que não, e você fez a terceira! E ainda fez pior! Aonde você quer chegar assim?! Porra!

    -Eu que te pergunto!

    -Como é que é?!

    -Desse jeito a relação fica chata, eu já te disse isso!

    -Jacob, nós não estamos juntos nem há um ano! Não temos pressa pra nada, pra que forçar a barra agora?!

    -Se não forçar agora, quando que vai acontecer?! -Ele disse e eu ri de deboche.

    -É sério que você está sendo tão ridículo ao ponto de querer forçar alguma coisa na nossa relação? É isso mesmo?!

    -É sério, Millie! Tá, que não estamos juntos há nem um ano, mas já faz um tempo! Temos que confiar um no outro!

    -Ah, e você quer mesmo que eu confie em alguém que não respeita o meu tempo e os meus limites?! -Ri novamente. -Que ótimo, tá de parabéns.

    -Eu só estou tentando te fazer mudar de ideia!

    -E eu não quero mudar de ideia, está difícil de entender?!

    -Ah, não?! Vai querer ficar nos beijinhos fofos até quando?!

    -Jacob, o que é que você quer?! Casar, ter filhos?! Para de só pensar em você e querer apressar as coisas!

    -Não penso só em mim! Vai ser bom pra você também!

    -Com você me pressionando desse jeito, pode apostar que “bom” é a última coisa que vai ser!

    -Eu só queria saber o que mais falta pra você querer!

    -Falta confiança! Falta segurança, é isso que falta! -Disse e ele ficou calado. -Quer mais algum motivo?!

    -Você não se sente segura comigo e não confia em mim?!

    -Eu deveria?!

    -Como é que é?!

    -Você não me dá escolha, não me dá razão pra me sentir segura ou confiar em você! Tudo pra você tem que ser na base da pressão ou do prazer e mais nada! Estou mentindo, Jacob?!

    -Não é bem assim! Até porque, você me chamou pra dormir aqui!

    -Dormir não é sinônimo de transar, caso não saiba! E mesmo se fosse, se eu disse que NÃO quero, é porque eu NÃO quero!

    -E por que fica tudo à sua vontade?!

    -Como assim?!

    -Por que só vai acontecer quando você quiser?!

    -Porque você é o único que quer, Jacob! O único, só você não enxerga isso!

    -Claro, eu estou tentando melhorar a relação!

    -NÃO ESTÁ NÃO! -Disse num tom mais bravo ainda e me levantei da cama. -Não minta pra mim nunca na sua vida e muito menos me faça de idiota. Pois a única coisa que você está tentando melhorar, Jacob, é a sua reputação. E você acha que eu não sei disso, mas eu sei muito bem.

    -Não diga mentira, Millie.

    -“Não diga mentira”? -Perguntei ao lançar um olhar frio. -Olhe nos meus olhos e seja sincero. Eu estou mentindo, Jacob? -Perguntei e ele se calou por completo. Apenas desviou os olhares dos meus, pois foi pego na própria mentira. -Foi o que eu pensei. -Disse e logo me virei de costas para ir fazer alguma coisa, mas desisti, e me voltei a ele novamente. -E quer saber? Dá próxima vez que quiser “melhorar a relação” como você disse, vale lembrar que uma relação ocorre entre duas pessoas, e não só você. Então passe a ser compreensível da próxima vez, porque não é qualquer uma que vai tolerar uma pressão inútil e ridícula desse jeito. Desse jeito a relação vai durar mais, eu te garanto. Assim será ótimo pra vocês dois.

    -Que?! Pera aí, você tá terminando comigo?! -Fiquei um tempo em silêncio.

    -E se eu estivesse, Jacob?

    -Talvez iria se arrepender.

    -Ah, iria?! -Perguntei com um olhar ameaçador, enquanto mantinha meus braços cruzados e logo soltei uma risada abafada como deboche. -Olha pra mim. -Pedi e ele fez. -Se você quiser, eu te dou os minutos mais prazerosos de sexo que você vai ter na sua vida inteira, bem agora e  bem aqui nessa cama. -Disse apontando para a mesma. -Mas depois disso, acabou. Eu nunca existi pra você e você nunca existiu pra mim. Não diga mais o meu nome, que eu não digo mais o seu. Deleta o meu número e eu deleto o seu. Que tal?

    -Isso tudo por causa da sua reputação? -Perguntou como quem não desse a mínima.

    -Não. Isso tudo pra saber o quão covarde e babaca você é capaz de ser. -Disse e ele apenas me encarava. -Vai aceitar? -Ainda me encarava com raiva, mas logo assentiu que não com a cabeça, me fazendo abrir um sorrisinho. -Ótimo.

    Dei um suspiro e me sentei na ponta da cama, estando de costas pra ele.

    Ficou um clima chato. Poucos minutos de puro silêncio, mas eu não fazia questão de dizer mais absolutamente nada.

    Não esperava que discutiríamos desse jeito, muito menos hoje. Mas eu não aguentei ouvir tanta coisa escrota e ficar quieta.

    -E agora? -Ele disse após tanto silêncio naquele quarto.

    Não gosto muito quando esse tipo de coisa acontece, mas permaneci pensando e acho que vai ser bom para nós dois. Pra mim principalmente.

    -Jacob, por favor, vai pra casa. -Mais alguns segundos de silêncio.

    -Agora?

    -Sim, agora. Melhor para os dois.

    -Que seja. -Disse e saiu de meu quarto com o celular na mão.

    Apenas dei um suspiro e ali permaneci.

    Estava cada vez mais complicado essa convivência nossa. Não sei se é a intimidade que está acabando com tudo, ou se estamos ficando de saco cheio um do outro. Mas realmente, a maioria das nossas discussões começam por causa dessa merda de “avanço” na relação que ele insiste em dar.

    Eu sei exatamente do que é essencial ou não, sei que a relação não dá em nada sem algumas safadezas de vez em quando, sei de tudo isso. Mas ele está passando dos limites.

    Não vejo necessidade alguma de darmos início a algo mais sério por agora, e não vai ser essa pressão toda que ele faz que vai me fazer mudar de ideia.  Ainda podemos conversar bastante sobre isso na base do tempo, se o relacionamento ainda acabar durando, porque depois dessa eu já não tenho tanta certeza de que dure.

    Ainda teremos várias situações e ocasiões diferentes, vai acontecer quando tiver que acontecer. Isso é, se a minha primeira vez estiver destinada a ser com ele. Mas parece que ele não entende que ainda não é a hora certa. E talvez seja porque ele não é a pessoa certa. Porque eu tenho certeza de que quando eu estiver com a pessoa certa, essa insegurança toda vai desabitar de mim. E confiança vai ser o que mais vai haver na relação. Sinto isso bem lá no fundo. Coisa que não sinto ao estar com ele.

    O que eu sinto ao estar com ele, e sinto bem lá no fundo, é que nós dois somos apenas de momento. Somos um “momento” e talvez nada mais.

    -Meu pai tá vindo pra cá. -Ele disse após entrar no quarto novamente e eu assenti que sim com a cabeça.

    E em alguns minutos, o pai dele chegou.

    Se despediu de meus pais e o levei até a frente da porta de casa, podendo ver o carro onde o pai dele o esperava.

    -Você tá bem? -Ele perguntou.

    -Só com dor de cabeça. -Disse e ele assentiu que sim.

    -Olha, me desculpa, tá? -E mais uma vez ele pede desculpa. Bom, pelo menos pede. É o mínimo que pode fazer.

    -Jacob, eu só quero que entenda que a cada vez que vai contra alguma vontade minha, ou que tenta forçar alguma barra, é menos segurança e menos confiança que eu tenho em você. -E permanecemos calados. -Você está me perdendo para si mesmo.

    Mirou o chão por alguns segundos e assentiu que sim novamente.

    Me deu um forte abraço e eu retribuí.

    -Tchau. -Ele disse.

    -Tchau. -Respondi e nos desfizemos do abraço.

    -Fica bem. -Pegou em meu queixo e me deu uma piscada com o olho direito.

    -Você também. -Respondi sem muita cerimônia, enquanto ele se afastava de mim.

    Entrou no carro e seu pai buzinou duas vezes, me fazendo dar um “tchauzinho” enquanto dava a partida do carro.

    Até que ele logo sumiu de minha vista.

 

----------------------------------- Flashback Off --------------------------------------------

   

    Ele apenas me encarava sem reação. Literalmente, sem reação nenhuma.

    -Diz alguma coisa. -Pedi.

    -Não consigo, eu não sei nem o que dizer depois dessa!

    -Olha...

    -Cara, ele abriu a sua calça! Ele apertou o seu peito! Quem esse corno babaca pensa que é?!

    -Eu sei, só fica calmo.

    -Como quer que eu fique calmo, Millie?! Ele te assediou, na moral!

    -Tá, mas já foi! Já passou!

    -E vocês ainda ficaram juntos depois dessa, como você tolerou isso?!

    -Pera aí, você está brigando comigo?!

    -Não! Eu só quero saber como que você não matou esse menino depois disso! Mano, eu não to acreditando!

    -Finn, esquece isso, vai... Por favor. -Disse acariciando-o e ele deu um suspiro.

    -Acho que amanhã eu vou fazer uma visita à cadeia, o que acha?

    -Pra que isso?

    -Pra ser preso logo de uma vez depois que eu matar esse filho DE UMA PUTA! CARALHO! -Ele disse e se levantou da cama com uma raiva enorme dentro de si.

     -SHIU! Fala baixo, ela tá dormindo! -Disse para ele tentar se acalmar.

    -Mano, puta que pariu!

    -Amor, se acalma. Já passou.

    -Não, eu não consigo! Eu não...

    -Ei...

    -Eu não... -Disse enquanto sacudia as mãos como se estivesse agoniado. -Filho da puta! -E socou a parede com tanta força, que a quebrou. Deixou um buraco enorme ali, o que me fez ficar chocada. -MERDA, MINHA MÃO!

    -Finn! -Disse transbordando de preocupação enquanto levantava da cama.

    -Ai, caralho! Puta merda! -Ele dizia enquanto segurava com força na mão que quase quebrou.

    -Deixa eu ver! -Pedi ao pegar na mesma delicadamente.

    -Ai! Ai, cuidado...

    -Shhh, calma, só me deixa ver. -Comecei a analisa-la. Estava bem machucada. -Finn... Amor, por que fez isso?!

    -Sei lá, eu não me controlei! -Ele dizia em meio de gemidos de dor.

    -Ah, Finn, não pode fazer essas coisas! Como sai socando a parede desse jeito?!

    -Desculpa...

    -Mexe a mão. Consegue?

    -Consigo, mas vai doer.

    -Tenta. -Disse e assim ele fez, me deixando menos preocupada. -Pelo menos não quebrou nada. Vem, vou te ajudar a cuidar disso. -Disse e fomos para o primeiro andar.

    Fui para a cozinha e amontoei vários cubinhos de gelo dentro de um pano qualquer.

    Me dirigi até ele, que estava sentado no sofá, e logo peguei em sua mão, dando inicio à compressa.

    -Que estrago você fez aqui, hein... -Disse enquanto a acariciava. Tinha hematomas roxos e arranhões bem mercados. Ameaçavam sangrar. -Precisava disso?

    -Nossa, eu fiquei puto demais. Sério, desculpa, eu não consegui me segurar.

    -Entende agora o porquê nunca quis te contar isso? -Disse e ele ficou um tempo em silêncio.

    -Tenho que controlar esse meu temperamento.

    -Finn, você quebrou a parede. Sabe quanta força alguém tem que ter no punho pra fazer uma coisa dessa?

    -É, e quase quebrei minha mão também.

    -Isso é sério, você podia ter se machucado gravemente. E se tivesse quebrado algum osso? Olha que merda isso seria pra você.

    -Eu sei... Foi muito sem querer, eu juro.

    -É, mas precisa parar. Você quebrou uma parede por raiva. Por que ficou com tanta raiva assim?

    -Millie, você nunca vai entender. Eu tenho uma segurança enorme quando se trata de você, não consigo te imaginar sofrendo ou o mínimo que seja, eu sou muito protetor. Acho que até demais, e eu entendo se você não gostar muito disso, ou... Sei lá. É que eu quero cuidar demais de você. Aí eu fico sabendo de um negócio desses, e... Me dá vontade de matar um.

    -Amor, eu não me importo que você seja protetor comigo e que cuide de mim. Muito pelo contrário, assim como eu também estou sempre me importando e cuidando de você. Mas agora já não pode fazer nada e muito menos eu. Já foi, já passou. -Disse enquanto acariciava seu rosto. -Nunca quis te contar, porque nunca achei que fosse preciso ou necessário tocar nesse assunto que já faz anos. Nem tem como eu me lembrar de algo tão ruim e desagradável assim quando estou com você. Sabe disso, não sabe?

    -Sei... -Assentiu que sim.

    -Eu entendo que fica chateado e fica nervoso. Assim como eu também ficaria se já tivessem feito algo com você dessa forma. Mas me escuta, já foi. E não vai mais acontecer.

    -Tudo bem...

    -Eu tenho você, Finn. Tenho você ao meu lado. Não tem como eu me sentir mais segura e protegida como me sinto com você. Com você ao meu lado, assim como eu sempre estou aqui pra você. -Disse e ele me admirou por uns segundos.

    -Eu me preocupo muito com você, Millie. Principalmente agora em relação isso. Entende? -Assenti que sim. -E... Não sei, fiquei preocupado de ter te gerado algum tipo de bloqueio, medo, ou... -Ele ia dizendo e eu soltei uma risada abafada. -É sério.

    -Finn, nós já transamos inúmeras vezes. Já nos tocamos mais vezes ainda, e você acha mesmo que eu possa ter algum bloqueio?! Por causa de uma apertadinha que ele deu no meu peito há anos atrás?! -Disse e ele também riu comigo ao concordar.

    -Tá bem mesmo?

    -Tudo bem. E mesmo se eu tivesse tido algum bloqueio ou medo, teriam sido passageiros com você. Já disse que me faz sentir mais segura do que qualquer outra pessoa. Você sabe cuidar de mim, Finn. E não vai adiantar nada se estressar por algo que nem mesmo me afeta. Confia em mim.

    -Confio. -Me abriu um fraco sorriso e nos abraçamos.

    -Te amo tanto... -Sussurrei após fechar meus olhos. Assim eu sentia melhor o cheiro maravilhoso que ele tem.

    -Também te amo... -Fez o mesmo e me aplicou vários selinhos na bochecha.

    Nos admiramos e nos beijamos. Apenas um selinho, bem gostoso por sinal.

    -Pode tirar um pouco do gelo? -Ele perguntou. -Já não sinto sangue na minha mão. -Rimos.

    -Não pode deixar de pressionar, isso vai ficar feio. -Disse ao desencostar o pano com os gelos. -Mas pra quê que você foi socar essa parede, hein?

    -Ah, eu tava puto!

    -Podia ter socado a cama, daria menos trabalho pra cuidar disso aqui.

    -Tá, da próxima vez eu me lembro de socar a cama, então.

    -Melhor mesmo. Até porque agora temos uma parede arrombada no nosso quarto. -Disse e ele riu. -Tá rindo, né?! Quem fez a merda foi você! -Disse e dei um empurrãozinho em seu ombro. -Palhaço.

    -A gente dá um jeito nisso depois, é o de menos. -Ele disse e eu concordei. -Ei? -Perguntou ao pegar em meu rosto.

    -Hm? -Respondi ao admira-lo.

    -Desculpa, tá?

    -Tá tudo bem.

    -Amor?

    -O que foi? -Perguntei em meio de risadas.

    -É sério, desculpa. Não queria que me visse explodindo daquele jeito.

    -Finn, já disse que está tudo bem. Ok? -Disse e o beijei mais uma vez.

    -Será que a Alison acordou?

    -Não, já teria chorado.

    -Tem razão. -Ele disse. -Ah, Millie, chega... -Gemeu um pouco de dor.

    -Finn, tem que cuidar!

    -Mas agora já deu, por favor, vai. -Me olhou com cara de pidão.

    -Tá, mas escuta aqui. Vai deixar eu cuidar disso aqui. Até ficar bonzinho, sem reclamar de nada.

    -Tá... -Revirou os olhos. -Mas agora chega de gelo.

    -Tudo bem, mas só por enquanto. -Disse e logo levamos um susto após Doug pular em cima de nós. -Ei!

    -ITI, GALOTO DE PAPAI! -Ele disse o acariciando sem pudor, porém com a mão oposta da que estava machucada.

    -Oi, filhote! Iti, meu Deus, tá com saudade da mamãe! -Ia dizendo, até que ele começou a enfiar o focinho dentro do pano com gelos. -Que que você quer aqui, hein? -E colocou dois cubinhos na boca, começando a mastiga-los.

    Eu e Finn começamos a rir desesperadamente. Estava sendo hilário.

    -Tá derretendo tudo em mim! -Disse em meio de gargalhadas. -Meu filho, pra que comer gelo?!

    -Gente, parece esfomeado! Tá com a vasilha cheia de ração! -Gargalhou comigo.

    -Meu amor, pra que isso, filhote?! HAHAHA, PARECE TRITURADOR DE GELO!

    -ITI, MEU AMOR DE PAPAI! -Ele disse o enchendo de beijos e carinho. -Meu galoto, meu galoto.

    -Vai brincar, vai. -Disse após ele terminar de comer os gelos e logo saiu de perto de nós.

    -Amo esse menino. -Ele disse após passar o braço em minha volta.

    -Ah, eu sei que ama. E ele também ama o papai que tem. -Disse e apliquei um selinho em seus lábios. -Você é um papai muito lindo, sabia?

     -Ah sou, é? -Rimos e ele devolveu o selinho.

    -Aham... Cheiroso, gostoso... -O beijei novamente. -É o papai que todo mundo quer ter. -Rimos novamente, enquanto ele acariciava meu braço.

    -Mais quanto tempo?

    -Hmmm, duas semanas e... Alguns diazinhos, por aí.

    -Aff, que inferno. -Suspirou.

    -É, eu sei.

    -Parece que quanto mais tempo passa, mais tempo falta!

    -É porque estamos ansiosos. E sabendo que eu não posso fazer sexo, dá mais vontade ainda de dar, mas muita vontade mesmo. Credo, que delícia.

    -Ai, que tesão você falando assim, hein... -Disse e começou a me encher de beijos no pescoço.

    -Ai, amor, agora não... -Disse num tom meio ofegante.

    -Por que não? -Perguntou no mesmo tom e continuou com os beijos.

    -Porque não pode ainda, não atiça!

    -Eu sei, vamos só se curtir assim um pouquinho, vai...

    -Não, amor... -Disse e já mordi meu lábio.

    -Shhh, relaxa, assim não tem problema...

    -Finn, para... -Pedi ofegante, mas ele não deu a mínima. Então que se foda. -Não para não...

    Quase nos deitamos no sofá.

    Nossos corpos e intimidades já colados, pela ótima posição que estávamos.

    Minha mão estava enterrada nos cabelos dele, enquanto a dele permanecia agarrada à curvatura de minha cintura com uma certa força. A força da pegada dele é completamente maravilhosa.

    Ele se deliciava de meu pescoço em meio de beijos molhados e algumas mordidinhas bem gostosas que dava em minha orelha.

    Eu arfava desesperadamente, com meus olhos fechados e às vezes com meu lábio inferior presos aos meus dentes.

    Já estava quase gemendo.

    -Finn... -Arfei outra vez.

    Pegou firme com as duas mãos em minha cintura e me colocou sentada em seu colo, o que fez minha calcinha ficar molhada de imediato.

    Pegou com força abaixo de minhas nádegas e colou nossos corpos de uma vez só.

    Retirei sua camisa com velocidade e começamos a nos beijar violento. Mesmo. Eram dois desesperados se engolindo.

    Mordi seu lábio inferior e ele logo subiu a barra de minha blusa até acima de meu umbigo, ao encaixar as mãos em minha cintura outra vez.

    Voltou a se apoderar de meu pescoço com seus beijos irresistíveis, que me arrepiar.

    -Ah... -Gemi abafado. -Isso é tão bom... -Arfei.

    E conseguiu ficar melhor ainda.

    Subiu uma mão por dentro de minha blusa e a posicionou em minhas costas, na altura do fecho de meu sutiã, me deixado mais colada ainda a ele. Estava tão desesperado por mim quanto eu estava por ele.

    E do nada, algo quase nos interrompeu. Bem quase.

    Doug começou a chorar com a bolinha na boca, após parar em nossa frente ao se sentar no chão.

    -Ah não... -Disse ainda arfando.

    -Que foi? -Perguntou sem interromper os beijos em meu pescoço.

    -Ele quer atenção.

    -Mas agora você vai dar atenção pra mim...

    -Eu sei... -Agarrei seus cabelos novamente pelo tamanho do prazer que já sentia, mas infelizmente Doug chorou de novo e ameaçou pular no sofá. Obviamente, em cima de nós. -Ai, pera aí. -O afastei um pouco de meu corpo e logo peguei a bolinha de Doug. -Vai deitar. -Afirmei após jogar a mesma bem longe para qualquer lugar, fazendo-o nos deixar a sós. -Pronto, vem... -E o puxei para outro beijo de língua.

    Estávamos os dois arfando, se acariciando e se esfregando, ao nos aconchegarmos mais ainda um no outro, mesmo não sendo mais possível.

    Não sei ele, mas eu já estava suando.

    -Me deixa eu te chupar de novo, deixa, gostosa... -Sussurrou em meu ouvido e mordeu meu pescoço bem devagar. Me arrepiei toda depois dessa.

    -Faz o que você quiser comigo... -Disse e arranhei suas costas e ombros. Mas foi de levinho dessa vez. Só dessa vez.

    Começou então a criar marcas em meu pescoço, após posicionar as duas mãos em minhas nádegas e aperta-las com força.

    Comigo ainda em seu colo, abriu o botão de minha calça e logo abriu o zíper bem devagar, sem descolar os lábios de meu pescoço.

    -Ei... -Disse ao segurar na lateral de seu rosto.

    -Hm.

    -Me fode.

    -Mas Millie...

    -Você ouviu o que eu disse?

    -Sim.

    -Então me fode. -Disse e o puxei desesperadamente para outro beijo.

    -Mills, ainda não pode!

    -Meu amor, presta atenção. Eu não aguento mais me segurar. Eu preciso que você me foda com força até machucar. Agora. Entendeu?

    -Perfeitamente. -Ele disse e nos deitamos no sofá.

    Abri um sorriso malicioso e nos beijamos com vontade outra vez.

    -Mas pera, tem certeza mesmo?

    -Tenho, amor, vamos...

    -Absoluta?

    -Só a cabecinha pelo menos, VAI LOGO!

    -CALMA, TO INDO! -Disse e começou a retirar minha calça jeans. E adivinhem o que também aconteceu? Sim, isso aí.

    Começamos a ouvir o choro de Alison vindo de seu quarto.

    -Putz, não. -Disse sem acreditar no que estava acontecendo.

     -Cacete, e agora? -Ele disse ao parar de tirar minha calça.

     -Por que parou?! Tira isso!

    -Calma, esse negócio é colado demais! -E voltou a tira-la com um pouco de dificuldade.

    Alison ainda chorava.

    -Ah, agora não... -Dei um suspiro de frustração. -NANA NENÉM, DO MEU CORAÇÃO. -Tentei fazer alguma coisa e Finn começou a rir.

    -Ahhh, que merda, cara... -Disse ao apertar os olhos, enquanto ria por frustração.

    -Tá rindo do que, porra.

    -Sei lá, da gente. -E riu mais uma vez, me fazendo rir também. -Não deu certo.

    -Já perdeu o tesão, né?

    -É, e você também.

    -Pois é, que merda... -Disse meio frustrada.

    -Agora já era, ela não vai parar de chorar.

    -Eu sei. -Lamentei. -MAMÃE TÁ INDO, MEU AMOR. Aff, que coisa! -Disse com minhas mãos na testa.

    -Vai ver é um sinal.

    -Como assim? -Franzi a testa.

    -Vai que a gente transa e dá merda no seu útero. Ela te salvou, pelo menos.

    Apenas me levantei do sofá com uma almofada na mão e a dei com tudo no rosto dele.

    -AI, CACETE! -E gargalhou de novo. -Qual foi?!

    -FOI QUE QUANDO EU DISSER “ME FODE” É PRA FODER! SACOU?!

    -Princesa, eu tentei na mesma hora que você me pediu!

    -E POR QUE NÃO TENTOU ANTES?!

    -Ué, não sabia se você queria ou não, daí eu esperei!

    -AH, FOI?!

    -Foi!

    -NÃO LEVANTA O TOM!

    -Mas eu não fiz nada! -Riu de novo. Apenas fiquei o encarando em silêncio. Acho que a falta de sexo está mudando um pouco o meu temperamento às vezes. Talvez muito.

    -Então faz alguma coisa e vai lá ver sua filha. Anda.

    -Pensei que você fosse.

    -Ah, pensou?! -Cruzei meus braços.

    -Não, não! Digo, sim, porque você levantou! Daí eu só pensei que... -E se calou. Tadinho, acho que o deixei com um pouquinho de medo. Mas dane-se, é pra ter medo mesmo.

    -Show, tá ótimo. -Disse de deboche e logo me dirigi às escadas.

    -Pera, quer que eu vá?!

    -NÃO, DEIXA QUE EU VOU! JÁ ENTENDI QUE SOU EU, TUDO SOU EU! FICA TRANQUILO.

    -Mas Millie, você levantou!

    -EU JÁ ENTENDI! -Disse e cheguei no segundo andar.

    Entrei no quarto de Alison e encontrei Doug sentado ao lado do berço com a bolinha na boca.

    Apenas cruzei meus braços pra ele, fazendo-o abaixar a cabeça e chorar baixinho.

    -Tá que nem seu pai, é? Com medo de mim? -Perguntei e ele tirou a bolinha da boca. -Você que acordou ela, né, cachorro? -Bufei e logo a peguei do berço. -Porém te trago más notícias. Ela ainda é um bebê e não vai brincar com você tão cedo.

    A ajeitei em meu colo de um jeito bem confortável e comecei a nina-la.

    -Pronto, mamãe tá aqui com você. Passou, tá tudo bem. -Mas ela ainda chorava um pouquinho. -Shhh, já passou, meu amor.

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    -Será que foi algo que eu disse? -Perguntei a mim mesmo, sentado no sofá, tentando entender o motivo dela ter ficado tão puta.

    Não sei se foi o fato de não termos transado, o que eu acho que não, ou se foi o fato de eu ter achado que ela ia ver a Alison. Até porque ela ia. Não ia?

    -Ih, mané, sei lá... -Disse a mim mesmo novamente e logo dei um suspiro.

    Fui desperto quando Doug pulou em meu colo, como se estivesse desesperado por carinho.

    -A patroa te deu bronca também, foi? -Disse o acariciando. -Ninguém mandou fazer merda também, seja lá o que você tiver feito.

    Comecei a perceber que até agora Alison ainda não parou de chorar, mesmo com a Millie lá em cima. Melhor eu ir, antes que piore pra mim.

    Subi as escadas com Doug e logo fomos para o quarto da Alison.

    -Posso entrar? Já entrei. -Disse.

    -Pode, eu não sei mais o que fazer.

    -O que houve com ela?

    -Não sei, ela não tá com fome, já troquei a fralda, não é frio nem calor. Fodeu.

    -Putz, tenta dar o peito pra ela de novo, não sei.

    -Já tentei.

    -Bom, então...

    -Pera. -Ela disse como se quisesse lembrar de alguma coisa. -Finn, a chupeta dela.

    -Que?

    -A gente ganhou um monte de chupetas de presente das pessoas antes do nascimento dela, mas a gente guardou todas. Onde a gente guardou?

    -Ah, acho que naquela gaveta ali.

    -Vê então, por favor. -Ela disse e assim eu fiz.

    -Porra, aja chupeta aqui. -Disse.

    -Ótimo, pega a que a gente comprou.

    -Qual? -Disse começando a procura-la.

    -Aquela bonitinha que nós compramos aquele dia. Aquela que foi cara.

    -Ah tá. -Disse e logo a peguei. -Ela nunca usou chupeta antes, né?

    -Não, a gente esqueceu total disso. -Ela disse e eu logo dei a chupeta para Alison. E se acalmou totalmente em questão de segundos.

    -Ponto. -Disse e comecei a acaricia-la no colo de Millie.

    -Graças a Deus. Pensei que ela não fosse se acalmar.

    -Ia sim, né, meu amor? -Disse e apliquei um beijo no pezinho dela, que era miúdo. -Ih, Millie, tá puxando seu cabelo.

    -Ai não, assim não pode. Solta. -Ela disse ao soltar a mão da Alison de seu cabelo.

    -Ei, tá puta comigo?

    -To, to puta sim.

    -Mas por que, hein? -Perguntei, enchendo sua bochecha de beijos.

    -Você não começa.

    -Tá de TPM, meu amor? -Perguntei a abraçando por trás.

    -É ruim, hein. Não vou menstruar daqui a uns bons meses, pode ir parando com essa coisa de TPM.

    -Hm, que bom então.

    -Já mandei não começar.

    -Mas o que eu fiz pra você?

    -Sei lá, me deixou irritada. Tudo tá me irritando, então se acostuma.

    -Ih, depressão pós-parto. -Disse e ela me olhou com uma feição de quem iria me matar. Acho que fodi tudo.

    -Como é que é?!

    -Nada, falei besteira.

    -Não ouse dizer que estou depressiva por causa do pós-parto. Porque eu não estou! Entendeu, né?!

    -Acho melhor ela ficar no meu colo. -Disse e logo peguei Alison no colo.

    -Finn, eu não estou depressiva, só estou irritada!

    -Eu sei, falei da boca pra fora.

    -Ah, eu acho bom mesmo você saber! Daqui a pouco passa, só preciso descansar. A dor de cabeça que meus pais me causaram hoje mais cedo não passa.

    -Fica relaxada com isso, até lá tem tempo.

    -É, eu sei, mas... -Suspirou. -Sei lá, Finn...

    -Ei, faz o seguinte. Vai tomar um banho quente e esquece isso.

    -Tá... E desculpa eu ter ficado puta contigo do nada. To meio alterada esses dias, já aviso logo. -Ela disse e eu fiquei quieto. -E eu não estou depressiva, pra sua informação.

    -Como quiser. -Disse e ela ameaçou sair do quarto.

    -Ah, e não pense que escapou de mim, tá? Ainda vou cuidar dessa mão que você inventou de quase quebrar. -Ela disse e eu ri um pouco. É uma fofura essa preocupação toda dela comigo.

    -É toda sua.

    -Hm, acho bom. Vou tomar um banho então pra relaxar, tenta fazer ela dormir. Não vou demorar, qualquer coisa eu fico com ela.

    -Tá tranquilo, vai no seu tempo.

    -Tudo bem.

    -Ei?

    -Que?

    -Tá brava ainda?

    -Não, mas se me irritar eu vou ficar.

     -Então vem aqui me dar um beijo, vem.

    -Ih, to dizendo.

    -Não vai me dar um beijo não, é?! -Perguntei.

    Abriu um sorrisinho e veio até mim. Me aplicou um selinho de até três segundos.

    -Vou, chato.

    -Sou mesmo e sei ser mais ainda. -Rimos e nos beijamos novamente. -Vai relaxar. -Disse e ela assentiu que sim.

    -Te amo. -Ela disse enquanto deixava o quarto.

    -Também te amo. -Respondi.

    -Falei com a Alison.

    -Ah, falou sim! -Disse num tom alto para ela escutar e abri um fraco sorriso.

    Pois é, se bem que me lembro quando o médico dela disse que após o parto podem existir várias e várias reações e comportamentos.

    Ele explicou que é bem normal o tipo de comportamento que ela está tendo agora. E que pode até piorar, mas vai depender dela. E de mim também, porque nada como uma boa companhia.  E sobre a depressão pós-parto, ela está bem longe de sofrer isso. São comportamentos realmente bem diferentes. Mas ela está levando de boa, e vai continuar. Até porque, mandei ela ir tomar um banho quente pra relaxar, mas eu sei muito bem o que vai relaxar ela por completo, e não é só um sexo oral rapidinho no sofá e muito menos um banho quente. Só precisamos esperar mais um pouquinho.  Bem pouquinho.

    -E você vai ter que ficar quietinha pra isso, tá, meu amor? -Disse e toquei na pontinha do narizinho dela. -Alison, você é muito iti. Sério mesmo, olha seu tamaninho. Coisa linda de papai, você. -Ia dizendo e logo fui desperto pelo meu celular, que começara a tocar. -Alô?

    -Fala tu, brother.

    -Fala, Nick. E aí?

    -Tá ocupado?

    -Não, to com a Alison no colo.

    -Quer que eu ligue depois?

    -Tá tranquilo. Fala aí.

    -Já pedi mil vezes pra você me mandar foto dela, tu não manda nenhuma, né, porra.

    -Po, foi mal. Tem que me lembrar.

    -Sempre, né?!

    -Melhor do que nada, né? Quer falar com ela?

    -Quero.

    -Tá, pera aí. -Disse e desencostei o celular da orelha. -Filha, dá “oi” pro tio Nick. -E o encostei na orelha novamente. -Ouviu?

    -Não.

    -É, porque ela ainda não sabe falar, animal.

    -Ih, rebelde.

    -Respeita o rebelde aqui.

    -Não. Enfim, deixa eu falar.

    -Pode falar, irmãozinho. Manda o papo.

    -Tem como você e Millie passarem aqui esses dias?

    -“Esses dias” quais, especificamente?

    -Bom, talvez essa semana ainda. Que não seja algo muito demorado, mas eu sei que vocês têm a Ali e pode complicar um pouco.

    -Não, tá de boa. Diz quando e a gente vai. Mas por quê?

    -São coisas do casamento, precisamos resolver uns negócios com vocês.

    -Mas tá tudo bem com o casamento, né?

    -Sim, sim, são as coisas dos padrinhos. Então, precisamos de vocês.

    -Tranquilo. Já tem data?

    -Quase.

    -Nick, como vocês planejam um casamento sem data?!

    -Calma, irmão, fica tranquilo. Já está quase tudo resolvido, está só um pouquinho complicado de resolver a data, por causa de outros eventos.

    -Como assim, que eventos?

    -Bom, isso eu não posso te contar agora...

    -Nicolas, tá me deixando nervoso.

    -Ou, fica frio aí, lobo. Tá tudo tranquilo. Nós ainda vamos contar pra vocês. Porém, precisamos dos dois aqui. Na verdade, os três, a Alison também é bem-vinda. Iti minha sobrinha linda.

    -Enfim, tudo bem. Eu resolvo aqui com a Millie e a gente tenta passar aí esses dias. Não vai demorar, prometo.

    -Tudo bem. Sem pressão.

    -Mano, você vai casar. Que foda, para.

    -Ih, louco.

    -Sério, vou chorar.

    -Meu amor, e você que teve filha?! Porra, eu quase morri do coração de felicidade.

    -Por falar nisso, já aviso logo, quero sobrinho. Acho bom fazer um pra mim.

    -A irmã da Mille não pensa em ter filhos?

    -Não sei. Acho que dos nossos irmãos, você é o único que vai casar.

    -Ah sim.

    -Então acho bom nos dar sobrinhos. Até porque eu quero que a Alison tenha primos.

    -Tu tá ligado que todo mundo pega um primo, né?

    -Uai, pode ser prima, sem problema algum.

    -Sabe que não muda nada, e que essa parte já não é comigo, né?

    -Precisa ter filho não, tá bom assim. -Disse e ele riu.

    -Só você, cara.

    -Ih, eu hein.

    -Enfim. Vai fazer suas coisas aí, porque eu também preciso ir.

    -Tranquilo. Qualquer coisa liga.

    -Valeu.

    -Valeu, abraço pra tu e pra Jenna.

    -Abraço pra tu, pra Millie e pra Alison, também. -Ele disse e desligamos.

   

  -Já sabe que sua mãe vai te deixar a coisa mais fofa do mundo quando te arrumar pra esse casamento, né? -Disse acariciando seu rosto com delicadeza. -Pois então se prepara, porque você de vestidinho vai ser a coisa mais fofa do mundo.

   


Notas Finais


Olha, mas essa menina vai ficar oh, um charme, um arraso, A COISA MAIZI ITI DA GENTE, EBA.
Gente, uma perguntinha só aqui, rs:
Pra um especial, aquele especial mesmo que vocês amam, adoram, preferem o "entre quatro paredes vale tudo" ou só na santidade mesmo? Ahhh, querem saber, sei nem o porquê eu pergunto. Já sei qual é a resposta.
Beijos e continuem aproveitando o carnaval de vocês do jeito de vocês.
<3 <3 <3


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