História Amada pelos Deuses - Happy??? NATSU!!!

Já na porta de Jude, o grupo inteiro apenas esperava o homem abrir a mesma.

Gajeel – Ele está demorando... Talvez esteja com uma mulher? – indagou um pouco curioso, chamando a atenção de todos.

Lucy – I-Isso é impossível, eu nunca vi ele com outra mulher – respondeu o garoto.

Natsu – Você não tê-lo visto com outra mulher, não quer dizer que ele não tenha uma – comentou em um tom calmo.

Lucy – Então... Eu não ter visto você com outra mulher, não quer dizer que você não tenha outra? – estreitou os olhos, fazendo o local ficar em silêncio.

Natsu –... Não foi isso o que eu quis dizer...

Lucy – Além disso, havia sete quartos, certo? – viu o rosado confirmar com a cabeça – Um é do meu pai, então como faremos pra dividir seis quartos para oito pessoas?

Natsu – Wendy e Hikari dividirão um quarto, assim como eu e você... Os outros, cada um terá seu quarto – explicou.

Lucy – E-Então vamos mesmo... D-Dormir juntos? – perguntou um pouco envergonhada.

Natsu – Somos noivos... Vamos nos casar – ouviu Gajeel voltar a bater na porta – Então nada mais normal que isso.

Lucy nada respondeu, apenas viu a porta ser aberta.

Jude – Perdão pela demora... – permitiu que todos entrassem – É que estou com uma pessoa...

Gajeel – Sabia que ele estava com uma mulher – comentou com um sorriso no rosto, mas assim que chegaram à sala, se surpreenderam com o que viram.

Jellal – Não é... Uma mulher – parecia confuso.

Levy – Quem é esse? – estreitou os olhos ao ver o menino de cabelos azuis, um pouco menor que Wendy, sentado no sofá de Jude.

Jude – É o que eu gostaria de saber – foi o ultimo a chegar ao local.

– Eu sou de uma cidade menor do Reino das Águas – explicou – Devido à minha grande inteligência, fui mandado por um dos nobres para cá, para estudar mais sobre os humanos – sorriu.

Natsu – Você foi mandado pra cá pelo meu irmão, pra me espionar – respondeu seriamente, surpreendendo a todos – Meu pai, o rei Igneel já me informou.

– Me pegaram – soltou uma pequena risada – Prazer, eu não possuo nenhum nome, apenas me chamam de Happy... Talvez por eu estar sempre alegre... Eu fui criado ao lado de Worer-sama desde que nasci, e ele me pediu para ficar de olho em você, caso resolva fazer algo idiota – explicou.

Gajeel encarou o rosado e apontou para o menino – Eu posso apaga-lo e dizer que não o vimos – informou calmamente.

Natsu – Se fizéssemos isso, então eles teriam a certeza de que planejo fazer algo idiota... – parecia pensar.

Lucy – E não planeja? – estreitou os olhos.

Natsu – Não agora – respondeu normalmente.

Levy – MAS PLANEJA! – se indignou com a resposta do rosado.

Jellal – Infelizmente teremos que deixa-lo ficar por enquanto... – foi interrompido.

Natsu – Não... Eu disse que não podemos mata-lo, mas não disse nada sobre ele ficar aqui... – voltou a surpreender a todos.

Happy – Lamento Natsu-sama, mas eu vou ficar aqui – continuou sorridente.

Jude – B-Bem, ele me deu um adiantamento, então... – abriu um sorriso sem graça enquanto coçava a nuca.

Lucy – Você se vendeu pai? – perguntou com uma gota na cabeça.

Jude – E-Eu nem sabia que ele era algum tipo de inimigo!

Wendy – E como faremos? Não vai ter quarto pra ele... – indagou.

Natsu – Ele dorme no sofá – suspirou, caminhando em direção a um dos quartos.

Logo todos seguiram para seus respectivos quartos.

Levy – Happy... Não sei se ele é realmente uma ameaça, mas não podemos cometer erros perto dele, senão acabaremos afastando ainda mais os nobres do Natsu... – pensou seriamente enquanto andava pelo quarto, mas instantes depois ouviu algo como um grito.

Jude – MAS O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? – perguntou indignado ao ver Lucy e Natsu guardando suas coisas no mesmo quarto.

Natsu – Ahn? Estamos fazendo algo de errado? – respondeu com uma pergunta.

Jude – Claro que sim! Vocês planejam dormir no mesmo quarto? – continuou a perguntar indignadamente.

Lucy – Não podemos? – deu uma leve inclinada na cabeça.

Jude – LÓGICO QUE NÃO! – voltou a gritar.

Natsu – Pai, eu e a Lucy somos noivos... Já fizemos coisas piores do que apenas dormir no mesmo quarto – suspirou.

Lucy estreitou os olhos ao encarar o rosado – O que ele está falando? Não fizemos nada ainda...

Jude – N-Não me chame de pai! E... E... E não é por que v-vocês já fizeram algo, que voltarão a fazer de baixo do meu teto! – exclamou.

Lucy – E eu vou dormir aonde então pai? – não conseguia pensar em outro lugar.

Jude – Comigo – fez Lucy e Natsu ficarem em silêncio por alguns instantes.

Natsu –... Lucy, eu vou ficar com as gavetas da direita – informou.

Lucy – Tudo bem, as da esquerda são o suficiente para mim – respondeu em um tom calmo, praticamente ignorando o que o pai havia dito.

Jude – Não me ignorem! – voltou a chamar a atenção dos dois.

Lucy – Pai, esse quarto e o quarto do senhor são os únicos que possuem uma cama de casal – explicou – E acredito que já estou bem crescidinha para dormir com o meu pai – abriu um sorriso sem graça.

Jude – Então... Então por que ele não troca com uma das garotas? – perguntou ao apontar para Natsu – Assim você não precisaria dormir com um homem aqui, e ele poderia dormir em uma cama de solteiro – respondeu.

Lucy apenas encarou o rosado por alguns segundos.

Natsu – Eu não vou mudar de quarto – informou como se não fosse nada – Um rei não pode se rebaixar a dormir em uma cama de solteiro...

Lucy – Você não é um rei ainda – encarou Natsu com uma gota na cabeça.

Jude – Então a Lucy pode trocar com um dos garotos... – foi interrompido.

Natsu – Não dormirei com outro homem!

Puderam sentir um pouco de frieza em tais palavras vindas do rosado.

Jude – Então a Lucy poderia trocar com uma das garotas... – mais uma vez o interromperam.

Lucy – Não vou deixar o Natsu dormir com outra mulher! – exclamou em um tom mais elevado.

Jude – O Natsu dorme comigo então! – continuou a insistir, não queria nem mesmo imaginar sua filha, sua princesinha, dormindo com um rapaz dentro de sua própria casa.

Natsu – Já disse que não dormirei com outro homem...

O restante do grupo apenas assistia a tudo do corredor.

Levy – O que está fazendo? – perguntou em um tom mais baixo ao ver o menino Happy fazer anotações.

Happy – Só anotando que... Mesmo sem sentimentos... Natsu-sama parece... De forma bem discreta... Não querer dormir com outra pessoa, além da Lucy-sama – respondeu com um sorriso no rosto enquanto anotava.

Levy se surpreendeu – Ele percebeu algo desse tipo? – voltou a encarar a discussão entre Lucy, Natsu e Jude.

Horas depois, o sol já se escondia, enquanto Natsu, Lucy e Happy estavam apenas sentados no sofá, assistindo TV.

Lucy – Todos saíram... Por que não fomos também? – perguntou em um tom entediado.

Natsu – Gajeel e Levy foram namorar, Jellal provavelmente foi atrás da tal de Erza, Juvia deve ter ido atrás do seu Gray... – foi interrompido.

Lucy – Meu Gray? – indagou com uma gota na cabeça.

Natsu – Wendy disse que queria ver uma amiga... Hikari está dormindo... – novamente foi interrompido.

Lucy – Por que não saímos também? – bufou.

Natsu – Não quero andar no meio de uma multidão de humanos – respondeu seriamente.

Lucy – Você não acha que tem que superar esse medo? – indagou sem muito interesse – Apesar de que também estou exausta depois de toda aquela discussão com meu pai... – viu Happy fazer outra anotação – O que está anotando ai? – perguntou ao dar uma pequena inclinada pra frente, vendo o menino do outro lado do rosado.

Happy – Natsu-sama tem medo de humanos!!! – destacou a frase.

Natsu – Não tenho medo de humanos... Na verdade, nesse momento, não tenho medo de nada – explicou – Só prefiro não ficar em lugares cheios de mais... E anota ai também, “Natsu-sama será rei com certeza, e provavelmente o melhor de todos os tempos” – fez a loira o encarar com uma gota na cabeça – Worer-nii vai gostar de ler isso...

Happy apenas o fez.

Lucy – E você Happy, por que não saiu? – perguntou em um tom mais calmo.

Happy – Meu dever é ficar de olho no Natsu-sama, e anotar tudo sobre ele – sorriu – Então se ele não for sair, não há por que eu sair.

Natsu – Outro motivo de não sairmos em um encontro – explicou ao encarar a loira.

Lucy – Q-Quem disse que quero sair em um encontro? – corou.

Natsu – Se não fosse isso, não teria por que irmos juntos – respondeu sem muito interesse.

Lucy – M-Mudando de assunto... Natsu, como você vai... Não, como VOCÊS vão fazer na faculdade? – chamou a atenção dos dois – Happy não poderá entrar, e Natsu não gosta de ficar no meio das pessoas...

Happy – Eu não tinha pensado nisso – respondeu surpreso.

Natsu – Vou levar uma garrafinha de água comigo – bocejou.

Lucy – Tá, só não ataque as pessoas – pediu.

Natsu – Farei o possível.

O silêncio voltou a reinar entre eles, onde apenas o som da TV podia ser ouvido.

Lucy – Meu pai disse que iria comprar algumas coisas para o jantar... Mas... – não aguentou – Eu quero sair!

Natsu – Então saia, ninguém está lhe impedindo – a respondeu.

Lucy – Mas eu não quero ir sozinha...

Natsu – O Happy... – foi interrompido.

Lucy – Nem quero ir com uma criança – meio que se indignou.

Natsu – Então por que não liga pro Gray? Talvez ele queira ir a um encontro com você – voltou a bocejar – Eu me lembro de que você morria de vontade de encontra-lo.

A loira se levantou completamente indignada.

Lucy – Eu já pedi perdão sobre isso! – surpreendeu Happy ao falar em um tom mais alto – E eu já lhe disse que quero ficar com você! Mas mesmo assim continua jogando isso na minha cara... Se eu quisesse ficar com ele, não teria voltado com você para o Reino das Águas! Mas se o que você quer é que eu saia com ele, então eu farei isso! Agora me dê licença vossa alteza, pois irei me arrumar, tenho certeza que ele, GRAY, vai sim querer sair comigo sem ficar jogando as coisas na minha cara!

Natsu apenas viu a loira sair em direção aos quartos com um leve brilho azulado em seus olhos.

Happy –... Você irritou sua noiva – comentou calmamente.

Natsu tombou para o lado, se deitando no espaço que Lucy havia deixado vago, jogando as pernas sobre o colo de Happy – Não se preocupe, ela deve estar naqueles dias...

Happy – Naqueles dias? Que dias? Hoje é domingo né? – não havia entendido nada.

Após pouco mais de meia-hora, Natsu e Happy viram a loira parar na sala já completamente arrumada.

Lucy – O que acham? O GRAY vai gostar de me ver assim? – perguntou calmamente.

Natsu – Está a mesma coisa de quando saiu daqui a minutos atrás – respondeu sem muito interesse, voltando a irritar Lucy.

Happy – Lucy-sama é realmente muito linda – comentou um pouco corado.

Lucy – Bom... Eu estou indo – informou – T-Tem certeza que não quer ir, Natsu?

O rosado nem mesmo a encarou – Estou ocupado vendo TV – bocejou.

Lucy –... Idiota – murmurou, deixando o local instantes depois.

Happy –... Natsu-sama, está tudo bem deixar ela ir sozinha? – perguntou em um tom mais sério.

Natsu – Ela não vai me trair, então não tem problema – respondeu no mesmo tom.

Happy – Pode até ser que ela não vá lhe trair, mas os humanos são ruins de natureza... A Lucy-sama é uma mulher muito bonita... Quem garante que alguém não vá “forçar” ela a lhe trair?

Natsu nada respondeu.

Após alguns minutos, Lucy parecia andar cabisbaixa enquanto ouvia as provocações e o assédio dos homens que passavam por perto.

Lucy – Eu já havia me esquecido disso... Desse assédio... – suspirou – Eu sou meio burra mesmo, me preparei toda pensando que despertaria algo no Natsu... E agora estou aqui, sozinha, no meio da noite... – de alguma forma, acabou se indignando – DROGA! – chamou a atenção das pessoas – Isso de ficar sem sentimentos é muito ruim! Não tem nada que eu possa fazer pra que ele volte ao normal? – após falar sozinha por quase um minuto, a loira percebeu – Ah... Acabei chegando em um local mais deserto... – viu como não havia ninguém naquela rua, em meio à escuridão devido aos postes com lâmpadas quebradas – Isso é meio sinistro... Parece aquelas cenas de filme de terror... É melhor eu voltar para um lugar com mais pessoas – deu um passo para trás, mas no mesmo instante começou a suar fria ao perceber que suas costas haviam batido no peito de alguém.

Antes que pudesse se virar pra ver quem era, teve a boca tampada e a cabeça segurada, a impedindo de se mover.

Lucy – O-O que? Quem? – começou a se desesperar por não conseguir gritar – O Natsu não me ensinou a controlar a água ainda, e eu não trouxe nenhuma garrafinha comigo para pedir por ajuda – fechou os olhos fortemente, ouvindo uma voz estranha sussurrar em seu ouvido.

– Você tem muita coragem em sair assim na rua – arrastou a loira para uma parte ainda mais escura da rua – Andando sozinha, toda gostosinha... É difícil achar mulheres como você hoje em dia – levou a mão esquerda até os seios de Lucy, os apertando – Não faça nenhuma gracinha, senão não hesitarei em usar minha faca... E não me culpe, a culpa disso tudo é sua – começou a chupar e lamber o pescoço de Lucy – Confessa, você estava tentando atrair um macho não é? – deslizou a mão até a coxa esquerda de Lucy, passando a subir a mesma lentamente enquanto levantava o vestido da loira junto – Usando um vestido desse, fácil de levantar... Você deve estar com muita vontade fazer isso né? Talvez seu fetiche seja fazer na rua mesmo? – mordiscou a orelha de Lucy – Não se preocupe, estou aqui para lhe ajudar com isso.

A loira já estava perdida em lágrimas, mas continuava com os olhos fechados, não revelando como os mesmos brilhavam – Por quê? Por que estou passando por isso? Nunca pensei que um dia aconteceria comigo... Eu... Eu nem me entreguei ao Natsu ainda, eu... – estava pegando nojo dos toques e dos beijos que estava recebendo do homem em suas costas – EU NÃO QUERO ISSO! – tentou acertar um chute, mais parecido como um coice no homem, mas falhou.

– Acho que você não entendeu quando eu disse que tenho uma faca aqui comigo... Pense bem, se você morrer agora, acaba tudo para você, então não tente resistir, será rápido – apalpou o bumbum de Lucy.

Prensada contra a parede, o choro da loira se intensificou ainda mais – Se eu morrer... O Rogue pode me ressuscitar... Eu sentirei aquela dor novamente, mas... Não, se eu morrer, não há garantias que não serei abusada depois... Eu... Natsu... Natsu... Natsu... – sentiu o homem pegar sua calcinha, prestes a abaixa-la – NATSU!!!

Em seguida os bueiros daquela rua explodiram com a força da água que jorrava para fora. Canos furaram, e as poucas lâmpadas dos postes, que ainda funcionava, estouraram.

O bairro inteiro ficou no completo escuro. Até mesmo as casas estavam sem luz enquanto algumas pessoas gritavam sobre suas pias estarem jorrando água dos canos.