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História Amada pelos Deuses - Aprendendo a Controlar


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


'-' qualquer erro ou contradição, me avisem o/

Boa leitura a todos xD

Capítulo 47 - Aprendendo a Controlar


Lucy caminhava em direção à piscina nos fundos da casa enquanto prendia o cabelo – Tive que dar todos os peixes que estavam na geladeira para o Happy, tudo pra ele não falar o que me viu fazendo – corou.

Ao chegar à piscina, viu Natsu apenas com uma bermuda, se alongando.

Natsu – Por que demorou tanto? – perguntou seriamente, percebendo que a loira ainda estava corada –... Tem certeza que vai treinar vestida assim? – viu que Lucy usava uma regata branca e um shorts cor-de-rosa.

Lucy – Por quê? – não entendeu – Não posso? – se aproximou do garoto.

Natsu – Poder pode, é só que... – não concluiu – Achei que ela faria como outra garota qualquer, vindo com uma calça leg, ou até mesmo com um biquíni por causa da piscina...

Lucy – Como será esse treinamento? – resolveu perguntar ao começar a se alongar.

Natsu – Eu quero ver se você consegue controlar a água no mesmo nível de quando estourou os bueiros... Então, faremos uma sequencia de testes primeiro, depois explico como será o treinamento – respondeu.

Lucy – E qual o primeiro teste? – estava um pouco ansiosa.

Natsu – Entre na piscina e faça com que a água não toque mais o fundo e nem transborde – explicou.

Lucy então entrou na mesma.

Após alguns segundos, no centro da piscina, a loira resolveu perguntar.

Lucy – C-Como que faço pra controlar a água mesmo? – indagou sem graça.

Natsu – Está certo, passei esse teste para ela sem nem mesmo ensina-la como controlar... Erro meu – suspirou e se aproximou da borda – Esvazie sua mente e sinta a água a sua volta.

Lucy fechou os olhos, esvaziando a mente.

Natsu – Sinta... Acredite que a água faz parte do seu corpo – comentou – Com os Olhos do Rei, seu controle sobre ela aumenta exponencialmente, mas de nada adianta se você não souber nada...

Lucy permanecia de olhos fechados, em sua mente se via em um local completamente branco, sem nada, apenas com a água ao seu redor e um pouco mais ao fundo, a voz abafada do rosado.

Natsu – São poucas as pessoas que conseguem controlar a água Lucy... Tirando a família real, é possível contar nos dedos aqueles que podem controla-la – informou, o que acabou tirando a atenção da loira.

Lucy – Não são só aqueles que possuem os Olhos do Rei que podem controlar a água? – não entendeu.

Natsu – Com perfeição, sim – a respondeu – Mas ainda há aqueles que podem utiliza-la de algum modo... Volte a se concentrar! – exclamou, fazendo a mesma obedecer.

Quase um minuto depois, nenhum dos dois pronunciava uma palavra se quer.

Natsu – E então? – parecia um pouco impaciente.

Lucy – C-Calma, estou tentando! – respondeu ainda de olhos fechados.

Natsu – Tentando? Tentando o que? – perguntou, mas não recebeu nenhuma resposta –... Por acaso está tentando tirar a água da piscina toda de uma vez? – viu as bochechas da garota ganharem um tom avermelhado, a entregando –... Olhe para mim – suspirou, fazendo com que Lucy o encarasse.

Natsu então apontou o dedo para a piscina, e da mesma um pequeno caminho de água se formou, e ao tocar o dedo do rosado, se desconectou do restante da piscina, formando uma pequena bola de água sobre a palma de sua mão.

Natsu – Isso é o que EU posso fazer com a água – surpreendeu à loira.

Lucy – Mas... Só essa pequena quantidade? – não pode acreditar.

Natsu – Sim, é pouco, mas olhe... – apontou a esfera de água para o muro que marcava a divisão do terreno.

Lucy então viu partículas de água saírem com uma velocidade extraordinária da esfera, acertando o muro fortemente.

O “fuzilamento” continuou até a esfera sumir por completo.

Natsu – Como pode ver, essa pequena quantidade de água foi o suficiente para mudar aquela pequena parte do muro por completo, e tudo por causa do controle – informou – Essa seria a quantidade que eu consigo controlar fora da água e sem os Olhos... Dentro do mar as proporções mudam bastante – explicou – Então não adianta você tentar controlar uma grande quantidade de água... Apenas controle, mesmo que seja só uma gota... Se você conseguir, os Olhos do Rei se encarregarão do resto.

Lucy entendeu o que o rosado quis dizer – Sentir a água como se fosse parte de mim... Sentir... Sentir...

Meia hora depois, os olhos opacos do rosado encaravam a loira boiando na piscina.

Lucy – Eu não consigo! – exclamou em tom de desistência – Já se passaram quantas horas desde que começamos?

Natsu – Trinta minutos apenas – respondeu friamente.

Lucy – Não me trate tão friamente! Eu não nasci uma de vocês, me da um desconto! – comentou indignada – Você poderia me dar umas dicas também, né?

Natsu – Dicas?

Lucy – Sim! Tipo, o que eu devo sentir exatamente? – perguntou.

O rosado fechou os olhos, parecendo pensar –... Eu lhe disse que são poucas as pessoas que podem controlar a água, tirando a família real, certo?

Lucy – Sim, que dá até para contar nos dedos... – completou.

Natsu – O que você acha que torna essas pessoas diferentes do restante? – indagou.

Lucy – A linhagem? – estreitou os olhos, vendo Natsu negar com a cabeça – Inteligência? – novamente o rosado negou – Talento?

Natsu – O modo de ver... – deixou a loira um pouco confusa – O modo como eles veem a água.

Lucy – Ahn? – continuava sem entender.

Natsu – Nós vivemos em meio à água... Pra nós, ela é como o oxigênio para vocês – explicou – Essencial e importante, mas sem muito valor... Pelo menos é assim para a maioria do povo do Reino... Mas para a família real e para alguns diferenciados, a água é algo a mais... E esse ponto de vista é que nos permite controla-la... Quanto mais sinceros forem seus sentimentos em relação a ela e quanto mais importante ela for pra você, mais você poderá controla-la.

Lucy – E... Qual a sua visão em relação a ela? – indagou.

Natsu –... É difícil explicar... – entrou na piscina, ficando de frente para a loira – É como se eu fosse a água, e a água fosse eu – levantou as mãos, permitindo que a mesma escorresse por entre seus dedos, voltando à piscina – É como se fossemos um único ser...

Lucy estreitou os olhos –... Por que não se casa com ela então?

O rosado então encarou a loira por alguns segundos, saindo da piscina logo depois –... Sentir ciúmes da água está em um nível... Doentio – comentou sem se importar muito – Vou lá pra dentro – informou voltando para dentro de casa – Não saia dessa piscina enquanto não puder controlar pelo menos uma gota de água, e só me chame depois que conseguir.

Lucy corou violentamente ao perceber que já estava sozinha, se afundando na piscina – Eu sou idiota? Ciúmes da água? Será que foi por que os olhos deles ganharam um leve brilho enquanto falava dela? Mesmo estando sem os sentimentos... Apesar de que ultimamente ele parece ter recuperado pequenas partes de seus sentimentos... – continuou submergida – O que... A água é pra mim? – começou a se lembrar – Graças a ela eu fui inserida neste mundo maluco de Reinos e seres imortais... Meu primeiro beijo... Também foi dentro dela – se lembrou de quando o rosado lhe roubou um beijo – Meu primeiro ataque de ira... – as lembranças de quando havia acertado um soco na face de Natsu vieram a sua cabeça –... Meus amigos... Minha nova família... – até mesmo o velho Gepeto veio à sua cabeça – Mesmo assim, o que a água é pra mim? – continuava a pensar, isolada de tudo enquanto permanecia no fundo da piscina, mas instantes depois a loira ficou completamente corada – Por que estou pensando naquilo que estava acontecendo agora a pouco? Eu estou realmente ficando pervertida? – não conseguia acreditar.

Horas depois, a lua já brilhava em meio ao escuro do céu e o vento soprava frio entre as copas das árvores das casas vizinhas, mas Lucy continuava dentro da água, no centro da piscina.

Todos observavam aquilo. Na borda da piscina, Natsu não deixava a loira sair enquanto não lhe mostrasse que podia controlar a água.

Natsu – Quantas horas você ainda pretende me fazer esperar? Eu quero ir ver TV, tem como fazer isso logo? – indagou seriamente.

Lucy – V-Você fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo! – exclamou indignada, já que nada que fazia adiantava.

Natsu – Eu já lhe disse para esvaziar a mente... No que você fica pensando afinal de contas? – indagou, vendo a loira corar violentamente –... Pervertida.

Lucy – C-CALA A BOCA! – ficou ainda mais envergonhada por todos os outros estarem ali perto.

Gajeel –... Sobre o que eles estão falando? – sussurrou sem entender nada.

Levy – Também quero saber... – respondeu no mesmo tom.

Jude –... Ei moleque! – chamou a atenção de Natsu – Está fazendo muito frio aqui fora, a Lucy vai acabar ficando doente dentro desça piscina – falou seriamente.

Natsu –... Lucy, está sentindo algum frio? – perguntou no mesmo tom do homem.

Lucy –... Pelo contrário... Por algum motivo, mesmo nos dias mais “frios” aqui, eu sinto calor – respondeu.

Levy – Ela já se acostumou ao frio noturno do Reino das Águas – completou.

Jude nada mais disse.

Natsu – Esvazie a mente Lucy... – foi interrompida.

Lucy – Esvaziar a mente, esvaziar a mente, esvaziar a mente – se irritou – Isso é possível? Existe alguma forma de pensar em nada? Sempre que me imagino em um lugar completamente vazio, algo aparece para tirar minha concentração...

Natsu – Estou lhe dizendo para esvaziar a mente e não pra parar de pensar – surpreendeu à loira – O cérebro não para nem mesmo quando estamos dormindo... Eu apenas quero que você se foque em uma única coisa – explicou.

Lucy – M-Mas como? – não conseguia compreender.

Natsu – Gajeel... – fez o rapaz se aproximar – Quando vai controlar a terra, no que você pensa?

Gajeel –... E-Eu não penso em quase nada – respondeu – É como se a terra fizesse parte de mim... Tipo... Para mexer o meu braço ou minha perna, eu não penso nisso antes... Meu cérebro apenas dá o sinal, atendendo aquilo o que quero fazer...

Lucy – Isso não ajudou muito – comentou com uma gota na cabeça.

Já de madrugada, todos dormiam em seus quartos enquanto Natsu permanecia sentado sobre a borda da piscina, vendo Lucy cochilar em meio à água.

Natsu –... Acho que vou voltar para o quarto e me deitar sobre aquela cama macia e aquele travesseiro cheiroso... – provocou.

Lucy – Eu... Eu preciso mesmo... Treinar? – perguntou completamente exausta – Você... Não me protegerá mais?

Natsu – Se eu fosse ficar ao seu lado por todo o tempo, não haveria necessidade... Mas uma hora ou outra do dia você irá se revoltar de novo e sair sozinha, e então alguém tentará lhe fazer mal, seja pessoas normais ou pessoas de algum outro Reino... Nesse momento você tem que ter o poder para proteger aquilo que é mais importante...

Lucy – Os Olhos... Do Rei...

Natsu – Sua vida – a corrigiu, a surpreendendo.

O silêncio então se instalou entre os dois. Apenas o barulho das folhas das arvores sendo balançadas pelo vento e da água da piscina sendo mexida também pelo mesmo, podiam ser ouvidos.

Lucy –... Ainda sim... Não consigo encontrar uma forma de controlar a água – comentou.

Natsu então entrou na água mais uma vez.

Lucy – Ahn? – viu o mesmo se aproximar, dessa vez não ficando apenas a sua frente, mas se aproximando o bastante para que ela pudesse sentir sua respiração.

Natsu –... Quando estamos assim, tão próximos, sem nos tocarmos... O que vem a sua cabeça? – murmurou próximo ao ouvido da loira, sem nenhuma intenção de provoca-la.

Lucy corou –... O... O desejo... De lhe tocar – o respondeu.

Natsu –... Então o faça – falou seriamente, e no mesmo instante Lucy o abraçou fortemente.

Lucy – Isso é... Tão bom – pensou alegremente – Mesmo ele já estando de camisa.

Natsu – Me prefere pelado? – indagou sem mudar o tom, espantando a loira.

Lucy – E-Eu esqueci que você pode ouvir... – comentou sem graça.

Natsu – De qualquer forma... Estando abraçada a mim... – retribuiu o abraço – O que vem a sua cabeça?

Lucy –... Eu prefiro não comentar – respondeu ainda mais envergonhada.

Natsu – Entendi... – suspirou – Mas tente pensar em alguma coisa sem serem coisas pervertidas...

Lucy –... É meio difícil... Depois de você ter parado no meio de tudo... – comentou – Mas vou tentar... – conseguiu após poucos segundos – Eu só consigo... Nos ver abraçados, assim como agora... No meio do Jardim, rodeados por todo tipo de peixe...

Natsu – E isso é bom para você? – perguntou normalmente.

Lucy – Muito – apertou ainda mais o abraço.

Natsu – Então continue imaginando isso, apenas isso... Mas tente focar a água ao redor de nós em sua imaginação – explicou.

Lucy – Tá...

Natsu – E pense no que a água é para você...

Lucy – Meus amigos... Meu novo lar... Meu primeiro beijo... Meu verdadeiro amor... – suspirou e murmurou – Minha nova vida.

No mesmo instante o rosado pode ver um “caminho” de água se formar atrás da loira, saindo lentamente da piscina.

Natsu – Está mais grosso que o meu... Mas isso é por que estou a tocando... – pensou.

Lucy então se afastou – O que está mais grosso? – corou – E como assim é por que estou lhe tocando? – pensou maliciosamente.

Natsu – Nada – voltou a suspirar.


Notas Finais


até o próximo o/


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