1. Spirit Fanfics >
  2. Amada pelos Deuses >
  3. Delirio

História Amada pelos Deuses - Delirio


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Yo, desculpem o atraso =S

Qualquer erro me avisem ;-;

Capítulo 53 - Delirio


Quanto mais desciam, mais calor os dois sentiam.

Happy – NÓS VAMOS MORRER! NÓS NÃO PODEMOS ATRAVESSAR UM POÇO DE LAVA! – gritou desesperado.

Natsu – Fique quieto – respondeu sem se importar muito.

Happy – SE QUER TANTO MORRER, VÁ SOZINHO, MAS ME DEIXE VOLTAR! – começou a chorar ao acreditar que aquele seria seu fim.

O choro do garoto ecoava por todo o vulcão, até que os dois chegaram ao final da escada.

Happy – Ah – parou com o escândalo no mesmo instante.

Natsu – Como imaginei...

Ambos viram que para o lado esquerdo da escadaria havia um enorme espaço, uma enorme cidade construída ali, dentro do vulcão.

Happy – Então... A lava era só pra espantar curiosos – olhou para seu lado direito, vendo o enorme poço de fogo – NÃO! POSSO SENTIR MEU CORPO ARDER SÓ DE ESTAR PERTO!

Natsu não dava ouvidos ao menino. Seus corpos suavam intensamente devido ao calor, o que os fez tirar a camisa.

O rosado nem mesmo piscava enquanto encarava aquela enorme cidade construída pouco acima do nível da lava – O chão é de pedra... Uma pedra avermelhada... As casas parecem ter sido feitas do mesmo material, mas... – viu que os tecidos que cobriam as barracas e as vestimentas eram na verdade couro de animais selvagens, capturados talvez na floresta ao redor do vulcão – Nada é feito de madeira...

Os dois adentraram no local.

Happy – Natsu-sama, eles não irão nos descobrir? – indagou em um tom mais baixo.

Natsu – Nós estamos iguais a eles, não se preocupe – respondeu no mesmo tom.

Mas não demorou muito e varias pessoas já os encaravam. Quanto mais adentravam a cidade, mais olhares espantados atraíam.

Natsu – Será que não estamos disfarçados o suficiente? – se perguntou seriamente –... Eles também possuem... Três tons de cabelos diferentes... Rosa... Roxo e...

Natsu não conseguiu concluir seus pensamentos.

Happy e o rosado rapidamente tiveram que levantar as mãos ao se verem cercados por aqueles que pareciam ser soldados daquele Reino.

Natsu – Laranja... – percebeu que um rapaz se destacava dentre a multidão que começara a se reunir naquele local – Ele é o único com esse tom alaranjado... Provavelmente é o rei deste Reino.

Happy – C-Como fomos descobertos? – perguntou em um tom temeroso.

– Seus calçados estão derretendo – o rapaz de cabelos alaranjados informou, apontando para os pés dos mesmos – E vocês estão suando... Diferente de nós – explicou.

Natsu –... Então é impossível de entrar nesse Reino sem ser notado... – comentou.

– Sim... Por quê? Nos outros é possível fazer isso? – perguntou com um sorriso de canto em seu rosto.

Natsu – No Reino da Terra acredito que basta você ter o cabelo escuro, apesar de que Rogue o notaria... No Reino do Céu... – se lembrou de como Lucy foi confundida com eles – Basta ter o cabelo igual ao deles...

– E no Reino das Águas? – parecia interessado naquilo.

Natsu –... Você teria que aprender a respirar dentro d’água primeiro e depois teria que ter os cabelos azulados – explicou calmamente.

– Entendo, então é impossível chegar até lá sem ser notado também – sorriu.

Natsu já iria perguntar se o rapaz era o rei daquele lugar, mas logo notou uma garota de cabelos roxos aparecer ao lado do garoto – As roupas dela são mais “luxuosas” do que o dos outros.

– Loke, são esses os intrusos? – indagou seriamente.

Loke – Sim, são os garotos que a Chelia disse – respondeu calmamente – Mas por que você veio até aqui, Kinana?

Kinana – Logo serei rainha desse povo, então vim andar entre eles – respondeu calmamente – Mas... Como assim “garotos”? A Chelia nos informou apenas sobre um.

Loke – Agora que você disse... – encarou os dois – Chelia havia dito que o outro informante já iria chegar, mas... Outro? Eu me lembro de ter enviado uma garota, então não era pra ser “outra”?

Natsu – Eu fui bem idiota em não ter pensado nisso... – pensou.

Loke –... Certo, me decidi sobre o que fazer com vocês – comentou seriamente, chamando a atenção de Happy e Natsu.

Kinana – Espere! – exclamou – Loke, eles invadiram nosso Reino... Eu decido o futuro de um, você decide o do outro.

Loke – Nada mais justo, mas antes... Qual de vocês dois teve a ideia de se infiltrar no Reino do Fogo? – rapidamente Happy apontou para Natsu, fazendo Loke o encarar.

Natsu – O que eu faço com esse moleque? Talvez joga-lo no poço de lava que tem ali atrás?

Loke – Você... O que fez com a Aries? – indagou em um tom mais frio.

Natsu – Nada, ela ainda está na faculdade provavelmente... Chelia foi quem me passou a informação de que “tínhamos que voltar para o Reino do Fogo”...  Aries não recebeu o recado, eu recebi – explicou.

Kinana – Pessoas bem confiáveis essas que você enviou em... – comentou com uma gota na cabeça.

Loke corou de vergonha – E-Eu decido o futuro do pequeno – apontou para Happy.

Kinana – Então eu fico com ele...

Por algum motivo Happy suspirou aliviado – Ele parece ser mais gentil que a garota...

Kinana – PRENDAM-NO NA CELA MAIS PROFUNDA! SEM ALIMENTO E SEM BEBIDA! – decretou em um tom mais elevado.

Natsu nem mesmo reagiu, apenas deixou que os guardas o levassem.

Os olhos de Happy se encheram de lágrimas – Se fizeram isso com o futuro rei do Reino das Águas, o que farão comigo?

Loke estendeu a mão para o pequeno – Venha comigo... Te levarei para um lugar mais fresco e lhe darei um dos calçados que usamos aqui – abriu um sorriso gentil, fazendo com que os olhos de Happy brilhassem.

Mas assim que o menino pegou na mão de Loke, pode ver o olhar frio de Natsu mais ao fundo, sentindo um arrepio percorrer por todo seu corpo.

Happy – Acho que entendi a mensagem... Nada de dar informações sobre nós e nosso Reino, certo? – seguiu Loke em direção ao maior edifício da cidade, o castelo real.

Uma semana inteira se passou desde o confinamento de Natsu. Para Happy pareciam ter se passado apenas algumas horas, enquanto que para o rosado os dias pareciam semanas.

Loke tentava extrair informações de Happy o tratando gentilmente e com todo o luxo que podiam oferecer, enquanto Kinana tentava tirar respostas de Natsu através da tortura.

A tortura dada a Natsu não era nada violento, mas apenas o alimentavam uma vez a cada cinco dias. Para hidrata-lo, apenas um pequeno copo de água era dado por dia, água quente. Mas o pior era o local em que estava, não era sujo, mas não possuía nenhuma janela, o que fazia com que o local ficasse em um completo escuro, e por ser o local mais fundo do Reino, o calor era insuportável e enlouquecedor.

Reunindo tudo isso, a tortura que Kinana exercia sobre o rosado era na verdade psicológica.

Natsu conseguia resistir um pouco ao calor, já que com a água que lhe era trazida ele a usava em seu corpo um dia sim e um dia não, a controlando para que o mantivesse em uma temperatura mais fria. O rosado derramava a água sobre seu ombro e mudava seu estado físico, a congelando, evitando que a mesma evaporasse rapidamente devido ao calor, mas isso durava apenas por um dia, pois o gelo derretia enquanto Natsu dormia.

No décimo dia, Natsu já não sabia mais dizer quando era dia e quando era noite e em meio ao seu sono murmurava palavras, nomes.

Kinana havia sido chamada por um dos guardas para que ouvisse o que o rosado dizia – Worer-nii... Marco-nii... Tridente... Lucy... Layla... Perdão... Ele só tem murmurado essas seis palavras...

No décimo quinto dia, Natsu já não sabia mais se estava acordado ou se estava dormindo – O que eu vim fazer nesse Reino afinal de contas? Se eu queria conhecer o Reino ou o rei, eu poderia ter vindo com os outros... Feito a aliança que a Aries queria... Então, por que vim sozinho? O que eu tinha na cabeça? – seus olhos se fecharam lentamente.

Enquanto isso, longe dali, Lucy e o restante do grupo havia acabado de sair de casa para ir para a faculdade.

Levy – Sinceramente, onde aquele príncipe idiota se meteu? – indagou indignada.

Juvia – Já fazem quinze dias que ele sumiu – suspirou.

Jellal – E ele levou o Happy junto...

Wendy – Esse era o momento perfeito de extrair informações daquele gatuno infeliz! – parecia irritada.

Lucy andava atrás do grupo, parecia preocupada, mas não conseguia dizer aos outros o motivo de Natsu ter sumido – Ele disse que voltaria logo, mas já se passaram duas semanas... Preciso informar aos outros, mas... Se eu fizer isso... O meu “dia inteiro” com ele não acontecerá – tal pensamento a impedia de dizer aos outros.

Durante toda a aula a loira não conseguia se concentrar, seus pensamentos rodavam apenas em volta de Natsu.

Lucy – Ele poderia se comunicar comigo... No Reino do Fogo não tem nenhuma gota de água? – pensou indignada –... Mas... Ele está bem, certo? Ele foi sozinho a um reino desconhecido...

Com o toque que anunciava o fim das aulas, a loira soltou um longo suspiro – Vamos para mais um dia de aula com o Jellal – pensou um pouco desanimada.

Já do lado de fora do prédio, próxima a saída, Lucy foi parada ao ter seu braço segurado.

– Espere! – exclamou, surpreendendo a loira.

Lucy – G-Gray? – estranhou – Ele não tem falado comigo desde aquele dia... E aquilo me deixou em uma situação desagradável com o Natsu também...

Gray – Lucy... Eu vi que você não estava prestando atenção nas aulas... Não está se sentindo bem? – perguntou um pouco preocupado, descendo do braço para a mão da loira, a segurando gentilmente.

Lucy – Gray... – não queria aquilo, além de constrangedor parecia que estava dando esperanças ao garoto.

Gray –... Me perdoe Lucy – pediu, surpreendendo a loira.

Lucy – P-Perdoar pelo que? – não entendeu.

Gray – Eu... Eu não sei também – soltou uma risada sem graça – É só que... Você só tem se distanciado de mim... Se eu não posso ser aquele que ficará ao seu lado como homem, pelo menos me permita ficar ao seu lado como um amigo, me permita ver seu sorriso todos os dias – sorriu ao concluir.

As bochechas da loira ganharam um leve avermelhado devido à alegria que estava sentindo com aquelas palavras – Você é um grande amigo, sabes disso – sorriu.

Gray sentiu algo percorrer por todo seu corpo ao ver o sorriso radiante de Lucy.

E em um impulso se aproximou da loira, tomando os lábios da mesma.

Devido à velocidade com que tudo aconteceu, Lucy não conseguiu reagir ao ataque do amigo, entrando em choque com aquilo. Seus olhos nem mesmo se fecharam.

Na cela mais profunda do Reino do Fogo, Natsu abriu os olhos completamente assustado.

Natsu – L-Lucy! – tentou se levantar rapidamente, mas, devido à fraqueza de seu corpo, foi ao chão – Eu... Eu preciso... – ainda com o rosto no chão, se lembrou daquilo que parecia ter sido um sonho – Ele... Vai toma-la... De mim! – lágrimas frias brotaram de seus olhos, passando a escorrer por seu rosto.

Os dois guardas que vigiavam a cela de Natsu, apenas bocejavam enquanto estavam de pé em frente à porta.

– Quantos dias mais será que esse cara vai aguentar? – indagou um pouco desinteressado.

– Quem sabe? – respondeu ao colega – Mas talvez ele não fique muito aí... Ao que parece, a princesa Kinana se interessou por ele – suspirou ao explicar.

– SÉRIO? – não pode acreditar – Por quê?

– Talvez por ele ter suportado essa tortura por tanto tempo... Mas ouvi uma das empregadas do castelo dizer também que a princesa Kinana não parava de falar em como o “Natsu” era bonito e de um físico maravilhoso – tornou a suspirar.

– Então... Se a Kinana-sama se tornar rainha... Há a chance do prisioneiro se tornar o rei? – perguntou surpreso, não ouvindo nenhuma resposta.

Após alguns segundos em silêncio os dois ouviram um som metálico.

– Você ouviu isso? – um dos guardas indagou.

Outra vez ouviram o mesmo som metálico.

– Agora eu ouvi! – rapidamente puxou uma fina placa, resistente ao calor, que havia na porta, conseguindo ver dentro da cela. Mas a única coisa que sua visão presenciou foram dois fortes brilhos azulados bem próximos –... O mar – foram as duas únicas palavras que conseguiu murmurar naquele instante, já que a pesada porta de ferro foi empurrada, caindo em cima dele.

– EI! – se assustou, mas logo viu Natsu deixar a cela lentamente, pisando sobre a porta – COMO VOCÊ FEZ ISSO? – exclamou em um tom elevado, ameaçando atacar, mas seu corpo travou por inteiro ao ver o azul intenso que os olhos do garoto tinham.

Os olhos de Natsu pareciam derreter já que suas lágrimas ganhavam uma leve coloração azulada devido a sua íris.

Antes que o guarda pudesse fazer qualquer coisa, o rosado se aproximou rapidamente, segurando o pescoço do homem.

– Ele não está me estrangulando... Mas... – não conseguia se soltar de Natsu, sentindo seu corpo inteiro doer.

Ao seguir os olhos do homem a sua frente, Natsu percebeu que o mesmo olhava para o rapaz que estava preso de baixo da porta. Encarando o mesmo, viu uma chama se formar em sua mão.

Natsu – Ele... Deve ser um dos mais fortes desse Reino! – se virou rapidamente ao ver aquela chama ser jogada em sua direção, fazendo com que o homem em suas mãos recebesse o ataque.

Logo percebeu certa jarra em cima de uma pequena mesa.

Natsu – Deve ser dali que eles tiravam aquele copo de água para me dar... – apontou a mão esquerda para a mesma enquanto segurava o guarda com a direita, vendo a mesma se mexer, confirmou aquilo que pensava.

Os dois guardas então viram a água sair da jarra. A mesma flutuou em direção ao homem preso de baixo da porta, se prendendo ao nariz e à boca do mesmo.

Natsu – Só preciso deixa-lo desacordado... – pensou calmamente, mas no mesmo instante um brilho alaranjado surgiu próximo ao seu corpo – O QUE? – soltou o guarda e pulou pra trás ao ver que ele também podia controlar o fogo – Eles colocaram dois de seus homens mais fortes para me vigiar? – correu para fora daquele local, subindo as escadas rapidamente, levando consigo a pouca quantidade de água que usava para asfixiar o homem.

– Vai atrás dele! – exclamou o guarda que havia ficado preso de baixo da porta, fazendo seu colega correr atrás do rosado.

Após subir uma boa quantidade de degraus, Natsu chegou a uma pequena porta, a estourando sem nem mesmo parar de correr.

Ao sair daquele local tão escuro, percebeu que estava em um quarto luxuoso repleto de empregadas. As mesmas pareciam surpresas com a presença do rapaz ali.

– SEGUREM ELE, NÃO O DEIXEM FUGIR! – o guarda apareceu ofegante.

Duas das empregadas entraram na frente do rosado, o impedindo de sair do quarto.

– Um inimigo? – uma das mulheres perguntou um pouco espantada.

– Ele pode controlar água! – o guarda exclamou, voltando a surpreender as mulheres.

Mas Natsu nada pode fazer ao ver que todos naquele cômodo possuíam chamas em suas mãos – A-As empregadas também?


Notas Finais


até o próximo .-.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...