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História Amami - Pernico - Amami - 23


Escrita por: nixco

Notas do Autor


Quem quer que tenha feito magia pra me fazer escrever, valeu, deu certo, não para.

Capítulo 23 - Amami - 23



~Percy


Puta merda, se eu já não tinha psicológico o suficiente pra escutar o que Nico havia me contado, depois do que Jason me contou eu estou um lixo.

Não consigo parar de pensar em como eu tomei sua melhor amiga, em como o fiz passar por tudo isso sozinho, e pensar que se eu tivesse insistido um pouco mais nada disso teria acontecido... eu não consigo aguentar.

Eu me odeio, ele é tão foderosamente bonito e incrível, psicologicamente e fisicamente, eu sou uma pessoa completamente horrível em comparação a ele, se eu tivesse passado por metade do que ele passou, como Jason havia dito, teria me matado sem parar pra pensar duas vezes.

Por outro lado, depois dessa conversa, o meu carinho e a vontade de cuidar dele só aumentou, agora que entendi tudo o que acontecia, eu não consigo conter a vontade de abraça-lo até que tudo esteja bem.

Com isso em mente, ignoro a presença de Jason e começo a correr.

Jason tenta me chamar, porém ao perceber que seria ineficiente, desiste e começa a falar com alguém pelo telefone, entendo isso como uma aprovação para ir para sua casa e encontrar Nico.

A casa de Jason não era tão longe, entao levei praticamente a metade do tempo que usamos na ida, vim sem parar de correr, não posso parar de correr.

Assim que vi as paredes claras da casa de dois pisos, contrastando com a larga por de madeira escura, diminui os passos, não conseguia ver nada do que acontecia dentro da casa por conta das cortinas que cobriam toda a extensão da janela, que não era nem um pouco pequena... São nesses momentos de apreciação que eu me pergunto onde os pais de Jason ficam o dia todo.

Quando iria abrir a porta, alguém o faz antes, é Léo, ele aparenta estar nervoso mas mesmo assim força um sorriso.

–Se você fizer alguma merda eu boto fogo no seu cabelo. - disse já indo até a moto.

–Leo! - ele me olha. –Belo chupão. - ele coloca a mão no pescoço assustado e logo parte com a moto me lançando o famoso dedo.

Confesso que estou um pouco assustado pelo futuro do meu cabelo, mas entro  a casa de qualquer forma, o cômodo estava em um silêncio estranho, como não vejo ninguém na sala, suponho que Nico esteja no andar de cima, vou consideravelmente rápido, a cada degrau mais ansioso, se é que é possível, desde que comecei a pensar nos momentos bons que eu e Nico passamos eu sinto uma sensação gostosa e ao mesmo tempo agonizante dentro de mim.

Como se já soubesse onde ele estava, vou até a segunda porta, que estava entreaberta, e entro. Nico estava encolhido na cama por conta do frio, a janela estava aberta, tiro o meu casaco e o coloco sobre os ombros do moreno.

O quarto com certeza pertencia a Thalia, a julgar pelas revistas porno entre os quadrinhos e as fotos com as caçadoras, também não posso ignorar o computador invejável, Nico já me disse que em nenhum outro rodou tão bem os gráficos de qualquer jogo, era simplesmente o computador perfeito.

Me distrai um pouco com uma foto de um rio que estava Nico deitado no colo de Jay, eles estavam em cima de uma bóia, Léo tentava desesperadamente subir na bóia, Thalia aparecia no canto da selfie, mas o que realmente me chama atenção é o rosto de Nico que tinha um hematoma, no nariz, este que tinha uma pequena atadura. Olho no canto da foto é vejo que foi tirada nas últimas férias, é ruim pensar que nem nas férias o deixavam em paz.

Alcanço um puff com uma das mãos e o levo até a cama, me sento com a cabeça apoiada no colchão de frente para o rosto de Nico.

Ele se mexe um pouco e cheira o casaco, ao terminar o gesto, muito fofo por sinal, me mostra um pequeno sorriso enquanto se espreguiça, quando ele finalmente abre os olhos, percebo que ele está tenso, suas bochechas estão bem vermelhas, ele puxa os joelhos para o peito e apoia a cabeça neles.

Nós encaramos por um bom tempo.

–Como você está? - tanto tempo para isso? Parabéns, Pereceu!

–Eu não sei. - ele respondeu sincero.

–Voce me desculpa? - ele pareceu surpreso pelo pedido.

–P-por quê? 

–Seria complicado dizer tudo, mas no momento, o principal é: por ter transado com você bêbado, não deveria ter feito isso sem você estar cem por cento lúcido, foi baixaria minha. - ele conseguiu ficar ainda mais vermelho.

–Eu transei com você porque quis, nao por conta da bebida.

Mais alguns segundos apenas nos encarando.

–Eu posso te abraçar? - foi a única coisa que consegui dizer.

–Achei que não fosse fazer isso.

No mesmo momento que subi na cama ele se pôs de joelho e envolveu o meu pescoço. Com o seu rosto enterrado na minha clavícula, eu o puxei para se sentar no meu colo, de uma maneira carinhosa eu o abracei de volta e acariciei seus cabelos.

Me afastei um pouco para olha-lo nos olhos, nós trocavamos olhares tão cheios de mensagens que eu estava perdido neles.

–Como você consegue ser tão maravilhoso?

–Não sendo.

Me aproximo devagar, estou com uma mão em seu rosto e a outra acariciando sua cintura por cima da blusa, quando ia deixar um selar em seus lábios, ele hesita, na hora me afasto.

–Apenas... vamos ir com calma, ok? - ele pergunta e logo depois me beija.

Porra.

Acho que nunca senti tantas coisas com um só beijo, não sei se foi pelo momento, ou pelo que Jay me contou, ou se é simplesmente por ser Nico, ou todas as opções anteriores somadas de mais uma tonelada de sentimentos acumulados que se alastaram pelo meu corpo de uma só vez.

Quando nos separamos ele soltou um pequeno riso.

–Isso é tão irreal. - olha para mim como se quisesse saber se é ou não real, o puxei para deitarmos juntos na cama. –Eu tenho medo.

–De que? - olho para ele que estava olhando para o lado contrário.

–Do que vai acontecer agora... eu sei que Jason deve ter falado contigo, você sabe do que eu estou falando. - sua voz estava chorosa.

–Ei, vai dar tudo certo, ok? Eu tenho feito algo pelas suas costas, sei que vai funcionar, mas...

–Mas o que, Percy?

–Eu preciso da sua ajuda e de uma confirmação, sem isso não consigo continuar.

–Fale logo, por favor, estou curioso.

–Você confia em mim? - ele olha nos meus olhos, os seus estavam úmidos.

–Mais do que em qualquer outra pessoa no mundo, você deveria saber disso.


Notas Finais


Desculpe qualquer erro, tô com dor de cabeça e não revisei


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