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História Amami - Pernico - Amami - 28


Escrita por: nixco

Notas do Autor


Oi gente, postando cedo mesmo, porque não sei quando vou pegar internet de novo, mas então, vou começar a postar de sexta porque é mais fácil pra mim e acredito que para vocês também, se preferirem que volte para quinta é só falar.

Capítulo 28 - Amami - 28


~Percy

Eu continuaria a prestar atenção no que minha mãe e Atena falavam, mas não pude, não ao ver Nico dessa maneira. Começo a abraça-lo o mais forte que consigo, para só então notar que alguém subia as escadas.

Tento tranquilizar Nico mesmo sentindo suas lágrimas no meu peito, nunca havia presenciado Nico tendo um ataque de pânico, sabia que poderia acontecer, ele mesmo me disse, mas nem quando o encontrei naquela sala com Will foi assim, isso me assusta.

Procuro ver quem está vindo até aqui, percebo que provavelmente é mais que uma pessoa e com certeza está vindo porque nos notou aqui, afinal, os passos estão lentos, como se quisessem chegar sem nos assustar ou algo do tipo, alguém precisa avisá-los que isso só causa pavor psicologico.

Dou um beijo na cabeça de Nico e olho para cima, dou de cara com Atena que matem um olhar choroso no rosto, olho para o lado e vejo minha mãe parada no meio da escada com uma feição culpada.

Atena se ajoelha na nossa frente e faz carinho na cabeça de Nico, olho para o seu rosto e noto amor, ela com certeza ama Nico, consigo ver, não sabia que ele havia passado tempo o bastante com ela para conquista-la, digo isso por experiência própria, é difícil passar pelo julgamento de Atena, ela não costuma sentir afeto por tantas pessoas.

–Posso conversar com ele? - ela pergunta cautelosamente.

Uso a mão que estava em suas costas para segurar o seu rosto o fazendo olhar nos meus olhos, ele estava confuso e eu queria simplesmente mandar todo mundo embora e cuidar dele até que ficasse tudo bem.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Nico se levanta limpando os olhos e vai andando até o quarto, Atena me olha e eu apenas faço um sinal para que ela fosse atrás.

Espero que essa conversa de certo.

Quando Atena entra no meu quarto e encosta a porta eu solto o ar que percebo que estava prendendo, apoio a cabeça na parede e respiro fundo, eu não deveria ter dito nada para minha mãe, mesmo sabendo que era o melhor a se fazer, deveria ter conversado com Nico antes, como eu quero que um relacionamento de certo se eu já comecei tomando decisões que o envolviam totalmente sem pedir sua opinião?

–Pare de se culpar, Pereceu.

Olho para o lado e vejo minha mãe se sentando a minha direita, ela me puxa para deitar em seu colo e assim faço.

–O que você acha que vai acontecer? - pergunto enquanto rodeava a tatuagem da sua mão com meu dedo indicador.

–Não tenho ideia... - ela suspirou. –Mas tenho certeza que Atena está tão abalada quanto Nico, quero dizer, não exatamente, porque o que ele passou foi uma bosta, mas tipo, ela foi como a mãe dele por um tempo, não sei se você se lembra, mas sempre foi ela que buscava e levava Nico para todos os lugares, os dois passeavam por aí como mãe e filho, mesmo depois que ele e Annabeth brigaram... então eu sei que Atena não está nem um pouco bem com um conflito tão foderosamente bizarro entre os seus "filhos".

–Como eu nunca reparei nisso? - me sinto uma péssima pessoa.

–Você nunca foi muito atento, filho. - ela ri e começa a acariciar os meus cabelos.

As vezes penso que se pudesse voltar no tempo e prestar mais atenção nas pessoas a minha volta tudo poderia ser diferente.

~Nico

–Nico, eu sinto muito. - Atena estava sentada na minha frente chorando.

Eu estou totalmente estático, não sei reagir, pane no sistema, a única coisa que consigo fazer é começar a chorar ao vê-la chorando.

–Por quê? - a abraço forte, não consigo aguentar Atena chorando.

–Eu não notei o que estava acontecendo na minha frente, o pior é que eu sabia que não deveria ter me afastado de você quando Hades disse que estava atrapalhando a relação de vocês, eu sabia que deveria ter continuado a ficar cuidando de ti. - ela estava tão angustiada que eu realmente fiquei sem saber o que fazer.

–Cala a boca! - ela olha nos meus olhos. –Não é sua culpa que meu pai virou um merda, não é sua culpa que eu fui um merda de volta, também não é culpa sua o que Annabeth fez, não é, Atena, e sei que você sabe! - disse tudo de uma vez. –Você foi uma das melhores pessoas na minha vida, não quero que se culpe pelos outros.

Passamos um tempo apenas olhando nos olhos um do outro, ela parecia se acalmar um pouco, o suficiente para que eu pudesse me aproximar, dar um beijo em sua testa e me aconchegar em um abraço que ela não tardou em me dar.

–Eu estava com saudades, baixinho.

–Eu também. - não vou me estressar, apenas dizer a verdade, faz muito tempo que queria voltar a falar com Atena, mas tenho certeza que Annabeth daria um jeito de me ferrar se fizesse isso.

–Nico, eu estou pensando em fazer algo. - ela disse em um sussurro.

–O que? - sussurrei de volta tentando prever suas intenções, falhando totalmente, é claro.

–Só para constar, eu já pensei muito no assunto, então nada que você disser vai mudar a minha decisão.

–Atena, o que você quer dizer com isso? - olho confuso para ela.

–Eu conversei com a psicóloga de Annabeth, ela tem frequentado desde que se irritou e descontou a raiva em um de seus primos, a médica me disse que ela não vem tendo progressos, está sempre muito nervosa a impulsiva, nós resolvemos que a melhor opção seria manda-la para um reformatório.

–Espera, isso é mesmo necessário? - eu sei que talvez seja, não sou psicólogo para dizer isso, tenho até um pequeno ódio por alguns, mas ainda me é estranho pensar em Annie num lugar desses.

–Já disse que não é algo que eu vá repensar, eu contei para ela hoje cedo, na teoria ela está surtando agora em casa e provavelmente quebrando algo.

–Mas... não tem outra forma? Se quiser eu posso conversar com ela e... - fui cortado rapidamente.

–Você acha mesmo que vou deixar que você chegue perto dela depois de tudo? Nico, eu amo vocês dois, e tenho certeza que, pelo menos por enquanto, é melhor manter distância, não quero que vocês se machuquem por uma decisão minha.

Pelo seu tom de voz eu sabia que não teria o que fazer, se Atena coloca algo na cabeça, provavelmente vai seguir com isso até o final, isso é algo que sempre admirei nela, a sua determinação e perseverança, ela é como uma imagem a qual eu queria seguir, como um ídolo.

–Você... quer um café? - pergunto para ela, sei que ela ama café e seria uma ótima maneira de aliviar o clima.

–Com certeza. Você sabe que nunca nego um café, ainda mais vindo de você.

Saímos do quarto de mãos dadas e encontramos Sally e Percy na beira da escada conversando, vou até lá e me abaixo até olhar diretamente nos olhos de Percy, que só então nota a minha presença.

–Oi. - ele solta um sorriso bobo que acaba me fazendo soltar um igual.

–Oi. - consigo ajudar Percy a se levantar e logo depois Sally se levanta. –Eu vou fazer um café, vocês querem?

***

–O que Poseidon e o Sr.Chase estão fazendo? - pergunto quase que para o ar.

–Não tenho ideia, na última vez que passamos por lá eles estavam quietos olhando um para o outro como duas pessoas de xadrez. - Atena diz dando mais um gole no seu café recém feito.

–Alguém deveria dar o controle da televisão para eles. - Percy diz.

–Mas acho que todos aqui querem ver o tempo que eles conseguem ficar lá sem fazer nada. - Sally comenta e todos concordam.

Nós conversávamos como se nada tivesse acontecido, e agradeço a todos presentes por isso, enquanto eu e Percy estávamos apoiados no balcão, Atena e Sally jogavam algum jogo com cartas na mesa, era engraçado de ver, nunca pensei que elas se dessem tão bem.

–Eu acho realmente que vou dar o controle para eles. - Percy disse olhando os dois através da porta.

–Eu vou, faça o meu chocolate quente, mortal. - digo já indo até a porta.

–Como queira. - ele fez uma reverência, que claramente quase o fez cair, e foi pegar as coisas.

Vou até a sala e vejo que os dois estão realmente parados olhando para cada um do outro, quando chego mais perto, noto um cronômetro e percebo o que está acontecendo, é sério mesmo que dois caras, adultos, estão vendo que consegue ficar mais tempo sem piscar? Tenho que fazer algo em relação a isso, ninguém tenta vencer o meu recorde na minha própria, no momento, residência.

Me preparo para escutar os gritos e xingamentos, vou até o sofá e bem mais frente dos rostos deles, bato uma palma.

–Puta merda! Você não tem coração? Eu ia ganhar dele! - Poseidon diz e faz um bico extremamente igual ao de Percy.

–Desiste Poseidon, eu sou melhor nisso.

–Colegas, eu só fiz isso porque vocês desrespeitam o meu título fazendo uma competição dessas sem a minha presença.

Após a pequena conversa eles desistiram, sem esquecer de marcar outro dia para ver quem ficava mais tempo sem respirar, aposto em Poseidon. Eles resolveram assistir um filme qualquer sobre um agente secreto que não tenho ideia de quem seja.

Quando ia voltar para cozinha, escuto batidas na porta, batidas estranhamente leves, vou até lá e olho pelo olho mágico, de primeira não vejo ninguém, quando presto mais atenção, percebo uma caixa de papelão no começo da escadinha, abro a porta e vou até lá, não é hora do carteiro, estranho.

Me abaixo e observo a caixa, não tinha remetente nem destinatário, era só a caixa, a virei de cabeça para baixo e vi o meu nome escrito, bizarro, resolvi abrir a caixa, de início foi difícil tirar as fitas, mas quando o fiz, meu corpo gelou.

Era uma foto.

Uma foto minha e de Percy, e bem, qualquer um que visse a foto pensaria que estávamos transando. Na foto, Percy estava sem camisa e a minha não tinha manga do lado visível, e como eu estava contra a parede e Percy na minha frente, e não podemos do balcão nos cobrindo da cintura para baixo, parecia que estávamos nus.

Olho em volta e não encontro ninguém, viro a foto para ver se tem algo de escrito e apenas vejo uma palavra escrita em uma letra que conheço bem.

"vadia"

–Onde você está? - falo com a voz trêmula, isso tem 101% de chances de dar uma merda colossal.

–Olha só, pensei que iria correr de volta para os braços do meu namorado. - ela riu de uma maneira que deixava claro o quão nervosa ela estava.

Olho para trás e vejo Annabeth encostada na porta já fechada, dou um passo para trás e quase tropeço, esqueci dessa merda de escada, e tenho certeza que Annabeth não esqueceu.

–O que você quer? - tento perguntar, não tenho saída mesmo.

–O que eu quero? É sério? Você tem o meu namorado e minha mãe, e vem me perguntar o que eu quero? Você me larga para entrar nessa sua depressão "ninguém me ama, não respirar o mesmo ar que eu", e ainda me pergunta o que eu quero? - ela começa a soltar as palavras em um tom claro de acusação.

–Calma aí, você está falando que eu não deveria pedir um tempo para ficar de luto após a minha mãe é minha irmã morrerem em um acidente de carro? Porra, Annabeth, você queria ir para uma balada me jogar para cima de uma de suas amigas, quando eu era um pirralho triste pra caralho que só queria um tempo e a amiga presente! - eu digo de braços atados. –Você que não quis ficar.

Ela ficou muito puta com o que eu falei, uma coisa que eu tenho certeza de Annabeth, ela não gosta de ser contrariada, muito menos que joguem tudo assim na cara dela.

Enquanto ela tentava se acalmar, sem muito sucesso, eu disfarçadamente, coloca a mão no bolso tentando, mesmo sem visão, ligar para o meu número de discagem rápida, não sei se funcionou, ou se eu tenho crédito, eu apenas fiz o que eu acho que ligaria e fiquei a espera.

–Você está dizendo que eu fui uma amiga ruim? - reviro os olhos, de tudo o que eu falei ela só ficou nisso. –Olha Nico, eu te adorava pra caralho, eu tentei arranjar tantas coisas e presentes pra você, eu saia com você, deixava de ir em festas porque sabia que não te deixariam entrar, agora você fala que eu não fui uma boa amiga?

–Você só queria ficar comigo em momentos bons, sempre que algo dava errado para mim você dava um jeito de não precisar me ajudar ou me fazer achar que estou fazendo drama, mas quando era ao contrário, é claro que eu fui trouxa a ponto de simplesmente correr até você é tentar resolver o seu problema, mesmo que eu me fodesse depois, e você sabe do que eu digo.

–Pare de falar como se você fosse incrível e eu um lixo! - ela finalmente se descontrola.

Não tive tempo o bastante para reagir, no mesmo momento que a porta atrás dela se abriu, ela avançou na minha direção, o que me fez cair da escadinha, assim que senti o baque das minhas costelas com o chão, cruzo os braços na frente do meu rosto, mas nada aconteceu.

Abro os olhos que não havia notado que estavam fechado e vejo Annabeth chorando no chão e Percy, junto com Atena parados na porta em posição de alerta, caso precisasse interferir em algo.

–Me tirem daqui, por favor. - consigo escutar Annabeth dizer.

Atena me olha preocupada, novo os lábios para dizer que estava tudo bem, ela, ainda que contrariada pela minha afirmação, ajuda Annabeth a se levantar e a leva até o seu carro, sei o que acontecerá com ela agora, é isso me faz querer ir atrás.

Eu sou um completo trouxa.

–Amor, você está bem?

Arregalo os olhos na direção de Percy, havia esquecido que ele também está ali, e que ele me conhecia o bastante para saber que eu iria ficar olhando para o final daquela rua, onde o carro passou, por um bom tempo de ninguém me tirasse de lá.

–Estou. - digo a ele e me levanto, sem recusar a sua ajuda.

–Quando eu vi sua chamada perdida no meu celular eu entrei em desespero, te procurei pela casa toda antes de pensar em vir aqui para fora.

–Eu sou foda, consegui te ligar sem olhar para o celular. - sorrio convencido não querendo e entrar no assunto da discussão de alguns minutos atrás.

Espero que, um dia, tudo se resolva.


Notas Finais


eu escrevi esse capítulo umas três vezes e ainda não estou satisfeita mas ok


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