×Bernardo Povs On×
Estou num local claro, não sabia onde estava e nem pra onde ir.
-Olá... - O eco era grande. Ele se dissipara pelo local.
Decidi então, andar. Caminhava sem rumo, até que comecei a ver uma miragem ao longe. Corri até ela. Quando dou por mim, me via em Portugual.
Estava surpreso. Não tinha a mínima idéia de como e por que estava ali.
Caminhei pela calçada, vendo casa e pessoas surgirem novamente. Andava em meio a elas, mas não me viam. Era como se eu havia me tornado invisível.
Logo, tudo sumiu. Um zunido tomou todo o local. O barulho era ensurdecedor. Muito alto, muito forte. Era agonizante a sensação.
Eu nao conseguia pensar, não conseguia falar. O barulho só aumentava.
"O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!"
Eu estava a gritar. Estava a chorar.
Estava no chão, de olhos fechados, gritando e chorando.
Percebi que o som havia parado. Eu abri os olhos e senti um soco ser desferido em meu rosto.
Quando voltei a consciência, me vi amarrado em uma peça de madeira e uma pessoa em pé.
-O que... Quem é você?- Perguntei. Não o reconhecia.
Minha cabeça caiu e eu senti uma mão a levantando.
- Ora.... como não se lembra de mim?- Respondi.- Levarei como uma ofensa.
Sua risada era amedrontadora e muito forçada. Ela voltara a desferir golpes em meu rosto.
- É uma pena, sabia? Um garoto tão bonito como você, ter o rosto todo machucado...- Vi um sua face se formar um sorriso.- Mas sabe... acredito que eu poderia aproveitar de outra forma...
Ele tirara a máscara e eu o encarei. Estava nervoso. Me debatia pra sair dali.
-Não! Não! Você...
- Sentiu saudades, Nardo?
Senti sua mão em meu rosto. Ele me acarinhava. Estava com nojo daquilo.
-Me solta.
-E se eu não soltar? Vai fazer o que?- Perguntou.
Ele se aproximou de mim. Colou seu corpo ao meu, e então senti sua boca colar na minha.
Eu a mordi. Ele se afastou num pulo. Estava sangrando.
- Ora, seu...
E me desferiu outro soco.
×Bernardo Povs Off×
Bernardo acordara assustado. Aquilo fora perturbador.
Era 04:50 da manhã e estava suando frio, tremia. Olhava para os lados e viu o quarto vazia.
Levantou da cama e foi até o banheiro tomar um banho quente. Lá, ficara com os olhos fechados e a água quente caindo sobre o corpo se lembrou do sonho, ou melhor, pesado.
Fora tão real. Bernardo poderia jurar que sentira os toques nele.
Sentiu o corpo se arrepiar e uma ânsia de vômito subiu à garganta.
Saira do banho e desceu até a cozinha para preparar algo para beber.
Ligou a cafeteira e esperou. Ouvira alguém descer até a cozinha.
-O que faz acordado?
- Lhe pergunto o mesmo, pai.
-Perdi o sono. Estava ocupado com alguns assuntos.
-Quando é que o senhor não está. - Bernardo cuspiu as palavras e sentiu o olhar fuzilador de seu pai nele. - Café?
- Aceito.
Bernardo pegou duas xícaras e entregou a seu pai.
- Ainda não responderá minha pergunta, Bernardo. Por que está acordado?
- Perdi o sono também, papai. Boa noite.
Ele saira e subira para o quarto.
Ele bebeu o café e deitou na cama novamente. Estava sem sono, mas precisava dormir, então colocou uma música calma e fechou os olhos, pedindo a si mesma para não sonhar com aquilo novamente.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.