História Amante Profissional (repostada) - Capítulo 11- Perdão e despedida

-Mãe, sou eu Ben seu filho.-Dizia ele próximo a mulher que o olhava com desprezo.
-Eu sei que você é meu filho, mas eu já te pedi pra nunca mais vir nos procurar...
-Eu estou precisando muito de você e do papai, mãe...
-Tricia quem é?-Perguntou o pai de Ben para a mulher e quando se aproximou da porta e viu o filho ficou sério também.- Ben oque faz aqui?
-Eu preciso falar com vocês.
-Já pedi pra ele ir embora.-Disse a mulher desviando o olhar do filho.
-Entre Ben.-Disse o pai, o rapaz entrou e a mulher olhou para o marido com ar de interrogação, ele andou pela sala olhando tudo envolta, sentindo o cheiro que tanta falta lhe fazia.
-Nada mudou desde que eu era um garoto.
-Não, nada, você já tomou café Ben?-O pai perguntou.
-Não.
-Então vamos tomar.-Disse guiando o filho pelo braço até a cozinha, eles se sentaram na mesa.
-A mamãe ainda faz aquelas panquecas deliciosas?-Ele sorriu perguntando.
-Sim.
-Com o mesmo recheio?
-É claro.-Respondeu a mulher contrariada.
-Eu lembro que Jack e eu sempre brigavamos para ver quem ficaria com a última panqueca.- Ben sorria ao lembrar de momentos da infância.
-É aí eu tinha que dividir uma metade para cada um pra não dar briga.-O pai também sorriu.
-É.- Ben concordou jogando os cabelos.
-E pelo que vejo você ainda não cortou esse cabelo.-Disse o pai bebendo um gole de café quente, ele sempre implicou com o filho pelo cabelo longo que o rapaz adotou.
-É o meu charme.
-Oque você venho fazer aqui exatamente Ben?- A mãe foi direto ao assunto.
-Mãe eu preciso de ajuda...
-Achei que vender o corpo dava um bom dinheiro.-Alfinetou a mulher.
-Não é dinheiro, e também não trabalho mais disso.
-Então oque foi filho?-O pai questionou enquanto cortava uma panqueca.
-Eu preciso de um conselho porque estou desesperado.
-Oque foi desta vez?-A mãe não era muito tolerante com ele.
-Eu estou apaixonado.- Os pais pareceram surpresos com a noticia.
-Isso é maravilhoso meu filho.
-Obrigado pai, mas acontece que eu pisei na bola e ela está com raiva de mim...
-Vai ver ela descubriu quem você é de verdade.
-É mãe até que tem haver com isso, eu queria um conselho de como fazer ela me perdoar.
-E quem é essa garota, nós conhecemos?
-Acho que não, ela se chama Vanessa Fadanelli....
-Herdeira da empresa multimilionária Fadanelli?-O pai perguntou.
-Conhece?
-Já ouvi falar da  familia dela, como a conheceu?
-É uma longa história.
-Vou te dar um conselho Ben, se a ama de verdade, não desista dela.-Falou o pai.

-Sara suba e diga para Nêssa não se atrasar o avião não nos esperará.-Disse o Sr.Fadanelli.
-Sim senhor.-A mulher subiu as escadas e entrou no quarto, onde a moça arrumava suas malas.-Seu pai está te apressando.
-Já vou.-Ela fechou a mala.
-Tem certeza que quer ir?
-Preciso, é melhor assim, perto eu sofreria demais.
-E se ele parase com esse trabalho?
-Isso não vai acontecer Sara! 
-Ben te ama...
-Ama? e é assim que ele demonstra?
-Nêssa deixa de ser burra olha o sacrificio que ele fez só pra te comprar aquele colar carissimo, quer prova de amor maior?
-E mais nojenta.-Completou ela.
-Foi por você que ele fez aquilo, por você....
-Pois por mim ele pode se explodir que eu não dou a minima.-Disse saindo do quarto com sua mala.
-Pronta?-Perguntou o pai
-Sim, podemos ir.- Ela olhou para Sara e a abraçou forte.- Obrigada por tudo, e mande um beijo pro mano e pra Renata ok.
-Nêssa,não vá, você e Ben podem se entender...
-Acabou Sara.... acabou.-Disse saindo porta a fora com o pai, os  dois entraram no carro e foram para o aeroporto.

Ben eo pai andavam pelo gramado da casa conversando, tinham muitas coisas a dizerem um ao outro.

-Eu sei que não fui nem de longe o filho que você sonhou mas eu mudei.-Dizia o rapaz.
-Não Ben você é exatamente o filho que eu e sua mãe sonhamos, só que o seu erro foi ter feito as escolhas erradas.
-Eu sei, eu paguei muito caro por isso, perdi a Nêssa, mamãe me odeia....
-Sua mãe não te odeia, ela jamais poderia odiar você meu filho, quanto a perder a Nêssa, só você pode reverter essa situação.
-Pela primeira vez eu não sei oque fazer....
-Escute seu coração.-Disse a mãe chegando no jardim.- Ele te dirá oque fazer.
-Sua mãe tem razão, e assim que vocês dois se acertarem eu quero conhecer a minha nora ouviu.-Brincou Thomas.
-Tá legal, valeu pelo conselho, até mais.-Disse ele dando um beijo no rosto do pai e da mãe, quando derepente a mãe o abraçou muito forte.
-E não se esqueça nunca meu filho.... eu te amo.- Ben sorriu.
-Eu também te amo mãe.

Quando chegaram no aeroporto, foram para o portão de embraque, faltavam poucos minutos para o avião decolar.

-Tudo bem?- Sr. Fadanelli perguntou ao ver a filha esfregando as mãos.
-Tudo.
- Passageiros do vôô cento e nove com destino a Holanda favor se dirigirem ao portão nove.-Dizia a voz no autofalante.
-É o nosso vôô, vamos?
-Vamos.

Ben parou o carro na frente do portão da mansão e começou a chamar por Nêssa, quando o segurança apareceu.
-Oque quer rapaz?
-Nêssa, porfavor chame Nêssa!
-Escute aqui....
-Está tudo bem Bruce eu falo com ele.-Disse Sara se aproximando do portão.
-Onde está Nêssa?- Ben parecia atônito.
-Olha ela não está aqui.
-Porfavor não minta...
-Não é mentira, ela foi com o pai pra Holando, devem estar no aeroporto neste momento.
-Holanda? aeroporto?
-Corra o mais rápido que puder, e entregue isso a ela.-Disse lhe entregando o colar.
-Obrigado.- Ben correu até o carro e saiu cantando pneu rumo ao aeroporto.

Nêssa olhava pela janela do avião, dali a dez horas estaria na Holanda, longe de tudo... longe dele principalmente.

-Está tranquila?-O pai perguntou tirando a filha do transe.
-Sim.- Sorriu a moça sem vontade.

Ben chegou no aeroporto dirigiu o mais rápido que pôde, estacionou o carro e desceu.

-Senhor desculpe mas estacionou em vaga dupla, não pode fazer isso, peço que tire seu carro.-Pedia o guarda.
-Conlicença.-Ben tentava passar pelo meio da multidão mas o guarda o impedia.
-Senhor porfavor, volte e tire seu carro...
-Sai da minha frente!- Disse empurrando o guarda e passando, entrou no aeroporto e olhou envolta procurando por ela, mas nada, via várias pessoas mas nenhuma era seu amor, então se dirigiu ao balcão de informações.- Conlicença.
-Só um instante senhor.-Disse a mulher que segurava o telefone.
-Eu preciso de uma informação é urgente...- Ele estava apavorado.
-Só um minuto.-Disse ela voltandoa falar no telefone.- Eu sei eu falei pra ela que aquele antigo namorado não prestava mas ela não me ouviu...
-Moça é urgente.!- Ele já começava  a perder a paciência.
-Isso também é...-Disse com desdém.- Eu acho que vou sair com ele no sábado sim...- Quando derepente Ben apertou o botão desligando a ligação.- Mas oque é isso?
-Eu estou aqui a horas querendo uma informação,será que você pode me atender?
-Oque deseja?-Ela parecia sem nenhuma vontade de atendê-lo.
-O avião que vai para a Holanda já saiu?
-Sim é aquele ali.-Disse apontando para o avião que acabava de levantar vôô.
-Nêssa não!- Disse ele olhando para onde o avião estava já fora do chão.

-Adeus Ben.- Disse ela olhando pela janela.