História Amar ou odiar? - O passado retorna! A luta pelo futuro da humanidade!

Pov's Mei

Levanto olhando para trás, olhando para Yuki ao lado da sua irmã. Que bom que estão juntas.

—  O reforço… —  Sussurra Yuki olhando para mim, seus olhos tremem, não sei dizer se é de ódio ou espanto.

Felicidade que não é, isso eu tenho certeza.

—  Ótimo, temos uma assassina à solta agora —  Escuto a voz furiosa do Natsu.

—  Não começa Natsu! Precisamos dela! —  Minha irmã me defende, o que me deixa surpresa.

— Exatamente, precisam de mim por eu ser uma slayer, o que não é o seu caso —  falo para ela séria — Todos que não são dragon slayer sai do campo de batalha agora! — Levanto minha voz.

—  Luna, vai —  Olho para Yuki.

—  Não, não vou sem você —  Ela me encara —  Essa mulher foi ela que…

—  Foi, foi eu mesma, que matou seus pais e tentei te matar, posso reconsiderar minha boa vontade de te deixar viva! —  falo indo na direção dela.

— Mei não! — A novata fica entre nós duas para proteger a irmã.

— Garanto que a morte que darei a ela será bem mais rápida do que o esmagamento de uma dragão — falo fria encarando-as —  Se ficar nesse campo de batalha seus ossos vão ser esmagados e terá uma morte bem agoniante —  Ela precisa sair daqui.

—  A minha irmãzinha está sujeita ao mesmo perigo! —  Ela vem para cima de mim —  Você fala como se pudesse me matar! Mas está esgotando magia rápido demais para manter aqueles dragões e tá ferida! —  Ela arma o arco apontando para mim —  Vou te matar! Aqui e agora! Vingarei a morte dos meus pais sua desgraçada!

— Luna não! Ela é a mais forte daqui. É nossa única chance de vencer!

Tiro o sobretudo que Mest me emprestou, ficando apenas com o top perto, deixando a mostra o ferimento em cicatrização, bem no coração que Yuki causou, além desse outros hematomas no abdômen causados pelos guardas na prisão do conselho.

—  Vamos, tente assim como sua irmã, acerte o meu coração! —  Incentivo, ela terá mesmo coragem?

— Não! Luna não faz isso! — Yuki tenta me defender segurando o braço da Luna — Por favor Nee-san por mim… —  implora para irmã que abaixa o arco.

—  Depois dessa batalha… eu vou te matar! —  Se vira para Yuki —  Não morre!

— Não vou! Agora vai logo — Com o pedido da irmã mais nova, Luna sai correndo junto com os outros magos.

—  Certo, agora que a discussão aí terminou, bora salvar o mundo? —  Sting me encara.

—  Claro! —  Me viro e vou correndo para o campo de batalha.

Vejo Yuki indo para cima de um dragão de fogo. É burrice demais… com vinte dragões para ela lutar, tinha que ser logo o de fogo?

Junto do dragão de fogo tem um de fumaça negra.

Esse tipo de dragão… é um espécie do submundo.

Corro na direção dele. Esse tipo é muito difícil de matar.

Será que posso conseguir?

Mesmo com apenas parte da minha magia? Olho para minha mãe ao longe que luta contra um dos dragões. Os outros Slayer's cada um lutando contra um dragão, dando o melhor de si. Os meus revividos, cada um lutando contra um dos nossos inimigos. Não posso morrer até que eles vençam suas batalhas.

Dou um salto indo para cima do meu alvo.

— Darkness no tekken! —  Meu punho envolto de magia negra e roxo, vou para cima daquele dragão, mas como esperando passo direto pelo corpo dele e caio no chão.

— Ei! Tudo bem? —  Yuki olha para mim preocupada.

— Pra quem quer me matar você tá muito preocupada —  Levanto, vejo o dragão de chamas atacá-la, mas está destruída, corro e a jogo no chão —  Presta atenção!

— Como… você sobreviveu a isso? —  Coloca a mão delicadamente no ferimento que causou em mim a alguns dias.

— Meu coração… —  Pego na mão dela e coloco, mas para o lado direito —  Fica aqui… do lado direito —  Olho a boca dela —  Dá… dá próxima vez acerte no lugar certo.

Em um movimento rápido ela me joga para o lado ficando bem em cima de mim enquanto um dos nossos adversários acerta uma patada bem onde estávamos.

— Vou me lembrar disso… —  Olha em meus olhos.

— O casalzinho quer uma pausa? —  pergunta o dragão de fumaça.

— NÃO SOMOS UM CASAL! —  Levanta com raiva enquanto grita.

— Vamos matar esses desgraçados e depois você pode ter sua vingança —  Levanto também.

Mas fácil falar, minha magia está sendo drenada muito rápido. Olho Yuki correndo para cima do dragão de fogo. Volto meu foco para o meu adversário. Sinto meu poder aumentando.

Esse poder… encantamento… sorrio. Acho que vou ficar te devendo uma mamãe!

Vou para cima do dragão.

O ataco com um rugido, mas passa direto pelo corpo dele.

— Não percebeu ainda que sua magia não funciona? — questiona debochando.

— Magia não… mas coisas físicas sim — Coloco a mão no chão — Atenda ao meu chamado… rio da dor…

—  MEI! NÃO! VOCÊ VAI ATINGIR TODO MUNDO! — Escuto o grito da Eileen.

Mas tarde demais, o rio de cor absolutamente branco, sai do chão com força total indo para cima do dragão.

—  AQUERONTE! —  O rio da dor, onde as almas deixam seus sonhos e desejos.

Escuto o ganido de dor do dragão. Quando alguém vivo é banhando por essa aguas causa uma terrível dor e angústia. Os desejos daquelas almas lhe causam o maior tormento. Mas por outro lado, os desejos poderosos tornam o rio ser difícil de se controlar. Começo a perder o controle do rio, que como uma serpente reforce no ar.

— Droga… — Sinto os desejos vindo por meu lado.

Parece que o feitiço voltou contra o feiticeiro.

Sinto a mão gelada pegando na minha, olho para Yuki.

— Se eu congelei um dragão de chamas acho que posso congelar um rio… — Sorri convencida.

— Ok, vou deixar me ajudar, já que insiste tanto — Dou o mesmo sorriso convencido enquanto ela revira os olhos — Só o congele em último caso. Vamos acabar com todos os dragões!

Com muito esforço controlo o rio para atingir todos os dragões inimigos. Facilitando para os Slayer's, os matarem. Sinto que estou sendo enforcada pelos desejos do rio.

— Precisa mandar o rio de volta! — Ela está certa. Preciso mandar o rio de volta imediatamente.

Com a ajuda da Yuki, consegui devolver o rio para o submundo. Nós duas caímos no chão exaustas. Vejo Sting e Eileen matando o último dragão que restava. Olho para a novata. Os cabelos dela voltaram ao tom escuro. Encosto nela, está muito gelada.

— Yuki… — Com muito esforço sento no chão e a puxo para mim, está desmaiada — O demônio… — Logo percebo que a idiota usou muito do poder de demônio, enfraquecendo o selo mágico.

Como sei disso? Está bem nítido agora. Eu já tinha percebido algo estranho nela.  Mas agora tudo está bem claro. Eu entendo de demônios. Sou uma slayer do submundo. Essa é minha praia. Coloco a mão na testa dela. Absorvo toda a magia negra que está vazando do selamento. Devagar ela abre os olhos.

— Até que a novata sabe se virá — Sorrio.

— E você é uma idiota! — Se senta olhando com raiva para mim — Podia ter matado todos nós com aquele rio! BAKA!

— Era um risco calculado — Levanto cambaleando.

— Maluca! — Ela se levanta do mesmo modo que eu.

A ajudo a se manter em pé, apoiando o corpo dela no meu. Mas ao mesmo tempo me apoio nela.

— Agora pode me matar — Olho nós olhos azuis.

— Vou poupou minha irmã… irei retribuir.

Não… não retribua!

Eu preciso morrer, Yuki…

Me mate…

Onegai!

— Hum…

Olho para frente vendo Eileen e Sting vindo na nossa direção.

— Estão bem? —  indaga o loiro preocupado.

— Vamos sobreviver — Com um sorriso a garota responde.

— Infelizmente… — sussurro, mas os bons ouvidos dos três escutam.

— Mei, hora de ir — Levanto a cabeça vendo Mest.

Ótimo, voltar para minha cela.

Yuki… porque não me odeia mais?

Olho em seus olhos fazendo a pergunta mentalmente. Ou talvez me odeia ao ponto de achar que a morte é minha libertação.

Solto a garota, mas Sting a pega antes que caia no chão. Dou alguns passos até Mest que me segura sabendo que estou tão cansada que não consigo mais me manter em pé.

— Espera… — Olho para a novata, seu olhar… — Ela ajudou! Porque tem que levá-la?!

— Você sabe o porquê — Eileen responde —  Não se preocupe, Erza vai te tirar de lá — Vejo a dor no olhar dela, talvez isso seja coisa de mãe.

— Mas… mas ela ajudou! Sem ela não teríamos vencido hoje! — argumenta Yuki.

— Justamente, ela ajudou — Erza caminha na nossa direção ao lado do seu marido Jellal.

— Conversamos com os outros magos santos. Mei, você terá outra chance, fica em liberdade, mas temos condições — começa a explicar o mago — Todos os dias estará acompanhada por um mago da Fairy Tail. Está extremamente proibida em sair da guilda, podendo ficar apenas nos arredores. Terá que usar as algemas de contenção mágica conforme o mago que estiver com você impor.

— Traduzindo, continuo presa — Sorrio debochada.

— Não podemos garantir sua segurança na prisão — Minha irmã olha para os meus ferimentos.

— Se pisar na bola novamente, será pena de excursão — explica Jellal — E tem mais uma condição, mas será dita em particular e apenas para você.

— Porque não me mata logo?! —  Elevo meu tom de voz.

— Matar quem acabou de ajudar a proteger o mundo? O conselho mágico acabaria ficando com má reputação — explica minha irmã.

Talvez esteja na hora deu fazer uma loucura. Empurro Mest, entrando em modo dragon force. Elevando minha magia o máximo que consigo.

— MEI! PARA! — Eileen grita — Se continuar forçando sua magia dessa forma vai fazer a semente de dragão eclodir!

— Eu peguei um pouco de magia da Yuki — respondo da forma mais fria possível — Acha mesmo que não mereço a morte?! JELLAL?! — grito transbordando os cinco rios do inferno na terra.

— Você merece pagar pelos seus crimes em vida! — Sinto o tapa na cara, olho para a maga — Você tem que viver Mei! — As lágrimas correm pelo rosto dela — O que a Mikasa iria querer?! — quase grita, sinto o tom dolorido na voz dela — Você… tem muita tequila na sabertooth… — Sorrio —  Eu sei que o corpo de um slayer é mais resistente… mas cirrose ainda mata.

— Lentamente, acha que é esse tipo de morte que mereço? — questiono abaixando a minha magia.

Porque essa maldita garota consegue fazer eu me sentir assim?

Eu não mereço o perdão!

Então para…

Minha magia vai se abaixando e me concentro apenas em não deixar minhas lágrimas caírem.

— Acho que mereça sofrer! Para pagar pelos crimes que cometeu! Pelas pessoas que matou! Você tem que viver!

" Hum… ela ama você" — Olho para a loira aparecendo do meu lado.

Mas eu não mereço o amor dela...

— Certo, que assim seja então…