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História Amar pode Machucar - "Isso é algo raro demais pra ser desperdiçado"


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Olá amores!!! Como vão?

Eu adorei esse cap, então espero que gostem também!!! ❤

Boa Leitura!

Capítulo 26 - "Isso é algo raro demais pra ser desperdiçado"


Fanfic / Fanfiction Amar pode Machucar - "Isso é algo raro demais pra ser desperdiçado"

Desde pequeno minha mãe falava que guardar rancor das pessoas faz mal, por isso eu sempre procurava não me sentir assim em relação a ninguém. E acho que estou fazendo isso bem, já que não sinto mais nenhum tipo de mágoa de Leo. Apenas sinto um carinho por ele, como o que eu sentia por Luke, por exemplo.

Na verdade, eu estava até curioso para saber se ele e Calipso estavam juntos, porque eu achava que eles faziam um bom casal. Além que, mesmo de longe, eu podia ver como se olhavam e achava aquilo muito raro para ser desperdiçado, principalmente porque eu sabia que eu estava “atrapalhando” a relação deles.

Jason tinha me dito que Leo era teimoso e que provavelmente ia acabar na mesma coisa, mas eu tinha que pelo menos tentar falar com ele. Incentivá-lo e dizer que eu realmente queria que eles fossem felizes, tipo, queria mesmo.

Balanço a cabeça pra tirar esses pensamentos da cabeça e olho ao redor, decidindo que ia resolver isso depois. Sorrio de leve ao ver Clarisse caminhando na direção da sala de alguma aula que eu não lembrava agora.

Jogo os braços por cima dos ombros de Clarisse assim que ela passa por mim, tomando cuidado para não ser acertado pelo tapa que ela quis me dar.

- Perseu. – diz revirando os olhos.

- Clari, minha querida valentona, como vai você? – pergunto em tom divertido.

Ela revira os olhos de novo.

- Muito bem, obrigada. Agora será que dá pra tirar os bracinhos de cima de mim? – indaga com as sobrancelhas arqueadas.

Tiro um dos braços de cima dela e deixo apenas um, começando a caminhar ao seu lado. Clarisse revira os olhos, mas sorri um pouquinho. Bem pouquinho.

- Então quer dizer que você agora é cunhada da minha prima? – pergunto sorrindo.

Clarisse faz uma careta.

- Você saberia se conversasse mais comigo, Prissy.

Abro um grande sorriso.

- Você estava sentindo minha falta! Own, que bonitinha. – brinco a fazendo me dar soco leve nas minhas costelas.

- Deixa de ser metido, Prissy. Já te disse que você se acha demais. – diz séria.

Rio disso e continuo caminhando ao seu lado, um dos braços ainda em seu ombro e o braço dela envolta da minha cintura – o que, só pra constar, quer dizer que ela sentiu minha falta.

Sabia que aquele era o jeito dela de concordar comigo e que eu andava meio ausente nesses últimos tempos, mas eu me importava com Clarisse e sempre seria seu amigo. Gostava da sua companhia, por mais roxo que ficasse às vezes.

- Como vai Chris? – pergunto puxando assunto.

Ela suspira e encolhe um pouco os ombros. E apenas aí percebo que fiz a pergunta errada.

- Está bem. – diz de leve. – Mas não sei se ainda estamos bem.

- Por quê?

- Porque seus pais querem que ele faça faculdade do outro lado do país e Chris não sabe ainda o que quer fazer. – diz com o olhar meio longe e perdendo um pouco do tom agressivo.

Era sempre assim quando ela se importava muito com alguma coisa. Clarisse ficava com a voz mais leve e seus olhos pareciam vagar para outro lugar. Fazia muito tempo que eu não a via assim.

- Vocês já conversaram sobre isso?

Ela balança a cabeça distraidamente.

- Acho que os pais do Chris estão fazendo isso para afastá-lo de mim. Você sabe que eles nunca aprovaram nosso relacionamento. – diz com um suspiro.

Merda, ela realmente estava preocupada.

- Hey, sei o quanto Chris gosta de você, Clarisse. E não vai ser os pais deles que vão conseguir destruir isso. – digo em tom sincero e paro para olhá-la nos olhos. – Sei que vocês vão dar um jeito.

Clarisse abre um sorriso mínimo e dá um soco bem de leve na minha barriga, o que me faz sorrir também. Seus olhos ainda estão preocupados, mas sei que meu apoio a ajudou. Conheço-a o suficiente pra isso.

- Já pensou em virar conselheiro, Prissy? Parece bem a sua cara. – diz em tom irônico.

Rio disso e nós voltamos a caminhar.

- Eu me importo com você, Clarisse.

Ela nega com a cabeça e sorri.

- É, eu também.

E eu sei o que ela quis dizer, por isso abro um sorriso alegre e continuo comentando coisas triviais. Como amigos fazem.

***

Resolvi falar com Leo na hora do almoço, embora achasse meio difícil falar com ele a sós no meio daquela gente toda. Acabei o encontrando na fila do refeitório e resolvi que ia falar com ele ali mesmo, porque se eu esperasse demais ia começar a ficar ansioso e eu não ficava nada legal ansioso.

Tento pensar em como começar a conversa, mas percebo que vou no improviso mesmo. Eu odeio planejar as coisas e, admito, sou horrível nisso.

- Leo! – exclamo animado, fazendo-nos virar a cabeça pra me olhar.

Leo sorri, mas não consigo ver isso em seus olhos.

- Hey, hermano. ¿Todo bíen?¹ – pergunta em tom casual.

- Tudo bem sim. – digo sorrindo. – Como você vai?

- ¡Wow! ¿Hablas español?² – pergunta surpreso.

- Não. – digo rindo. – Só uma ou outra palavra.

Leo bate palmas e eu acabo rindo mais um pouco.

- Já é um começo. – diz sorrindo.

- Que nada. Só sei o que vejo nos filmes.

Ele sorri e segue na fila.

- Então – começo. –, como vai?

Leo dá de ombros.

- Tudo certo, eu acho. As coisas andam dando até que certo.

Ele pede um doce com canela e maçã e eu automaticamente lembro de Calipso. O pensamento me faz sorrir.

- Almoço pra dois? – pergunto como quem não quer nada.

Leo assente, distraído.

- É, Calipso está me esperando. – diz sem perceber.

Demora dois segundos para ele perceber o que fez, então cora e me olha com um sorriso constrangido. Rio alto disso e bato meu ombro com o dele, pegando meu almoço também.

- Fico feliz que estejam bem. – digo de forma sutil, esperando que ele acredite em minhas palavras.

Leo me analisa durante alguns segundos, como se tivesse nascido uma segunda cabeça em mim.

- O quê? – pergunto estranhando seu olhar.

- Você é, definitivamente, a pessoa mais estranha que eu já conheci. – diz incrédulo.

Rio alto disso, inclinando minha cabeça pra trás no processo.

- Num sentido bom ou ruim?

- E isso importa? – pergunta ainda com uma expressão incrédula. – Você realmente não se importa que estejamos juntos? – ele cora. – Quer dizer...

- Não. – corto. – Eu disse que queria que vocês fossem felizes. Quando é que você vai acreditar em mim? – pergunto sorrindo.

- No dia em que você fazer sentido! – exclama.

- Não preciso fazer sentido para ser verdadeiro, Leo.

Leo abre a boca e depois a fecha, sem palavras. Sorrio diante disso, feliz em tê-lo deixado sem palavras.

- Eu não te entendo. – diz por fim. – Mas fico feliz de você nos apoiar. – diz abrindo um sorriso mínimo.

- Hey, só me faça um favor, sim?

- O quê?

Começamos a caminhar pra fora da fila, indo para as nossas mesas.

- Faça-a feliz, sim? Calipso merece o melhor namorado que você puder ser. – digo em tom sincero.

Leo sorri de forma constrangida.

- Eu vou tentar. – promete.

Sorrio.

- Sei que vai conseguir, afinal você já é muito melhor do que eu fui um dia. – digo e então começo a me afastar.

- Percy! – chama. Viro-me. – Por quê?

Sorrio sinceramente pra ele, vendo a curiosidade em seus olhos.

- Porque você gosta dela de um jeito que eu nunca gostei, Leo. E isso é algo raro demais pra ser desperdiçado.

Leo sorri pra mim, parecendo acreditar em minhas palavras. E sei, apenas pelo seu sorriso, que ele entendeu como me sinto. Sorrio de volta.

***

Depois do colégio, resolvi levar Annabeth para sair. Como era sexta-feira, não tinha problema ela chegar um pouco mais tarde em casa. Além que seu pai recebera alta e ele não queria que Annabeth ficasse muito preocupada com ele, por isso tinha me pedido quando fui visitá-lo para que eu fizesse ela relaxar um pouco e eu, claro, concordei.

Eu sabia que as coisas estavam melhores e que seu pai apenas precisava se cuidar agora, mas eu também sabia que era difícil não se preocupar. Querendo ou não, Annabeth amava muito o pai e não tinha como ela não se importar com ele. Então, eu apenas podia tentar ajudá-la da melhor forma possível.

Então eu lembrei de algo que conversamos quando estávamos no estacionamento, meses atrás, e que tinha me feito ficar indignado. Por isso decidi resolver aquilo levando Annabeth para, finalmente, ver a Estátua da Liberdade.

Sorri assim que a vi arregalar os olhos pra mim.

- Eu não acredito que você ainda lembra! – exclama animada. – Percy, isso é incrível! Eu nem te...

Inclino-me para ela e lhe dou um selinho, tocando a sua bochecha com carinho e sorrindo um pouco a ela. Isso é o suficiente para ela parar de falar e apenas sorrir pra mim com os olhos brilhando.

- Vem. – digo pegando a sua mão e a puxando.

Annabeth me segue, rindo da minha animação. Seus dedos apertam com força os meus e eu posso ver em seus olhos que ela ainda não acredita que está ali.

Eu sabia o quanto aqueles momentos de felicidade dela eram raros, porque acho que Annabeth tinha tanta coisa na cabeça que às vezes ela deixava de viver um pouco o momento. Mas eu queria que ela vivesse e aproveitasse deles, porque a vida era tão curta e tão rápida.

Eu sempre gostei de ter aqueles momentos em família e coisas do tipo, porque eles sempre me deixavam feliz. Podia ser com meus pais, com meus primos, com meu irmão ou com meus amigos. Eu simplesmente gostava daqueles momentos. Adorava, na verdade. Mas o que eu estava percebendo era que agora que queria que Annabeth tivesse nesses momentos e, principalmente, eu queria que ela também quisesse que eu estivesse nos dela.

- Deuses, é incrível. – diz quando paramos perto da base da estátua.

Vejo seus olhos percorrerem o monumento inteiro com um olhar de admiração e encantamento. Suas íris cinzas parecem brilhar tanto que eu me sinto satisfeito de poder vê-la daquele jeito.

- Aposto que sabe a história da estátua. – digo suavemente, fazendo-a assentir com a cabeça rapidamente e sorrir.

- A Estátua da Liberdade é um ponto turístico que simboliza a liberdade e a democracia. Ela foi... – e então eu paro de prestar atenção e apenas fico olhando ela explicar sobre a história da estátua.

No entanto, o importante pra mim não é a história do monumento, muito menos quem a projetou (acho que é um tal de Bartholdi?). Não, pra mim o importante é que Annabeth está animada, de um jeito que eu nunca tinha visto antes e eu podia ver em seus olhos que ela estava feliz. Entrelaço meus dedos com os dela e sorrio, pensando em como era bom vê-la daquele jeito.

- Estou falando demais, né? – pergunta em determinado momento.

Sorriso pra ela e beijo a ponta do seu nariz.

- Não tem problema. Gosto de te ver falar. – digo em tom carinhoso.

Ela sorri meio constrangida e me abraça, respirando fundo contra a minha camiseta. Guio-a até um dos bancos que tinha ali e a faço sentar ao meu lado, abraçando-a novamente. Posso ver que o sol começo a se pôr e eu acho aquilo tão bonito, que o momento parece perfeito.

- Sabe, eu queria te falar uma coisa. – começa em tom meio sério.

- Oh, não precisa agradecer. Sei que sou uma pessoa muito maravilhosa por te trazer aqui. – brinco em tom convencido.

Annabeth ri e bate no meu braço, fazendo-me sorrir por ter tirado aquela expressão séria do seu rosto.

- Não era isso que eu ia falar, mas não deixa de ser verdade. – diz sincera.

O elogio me deixa constrangido.

- Agora você vai me deixar falar? – pergunta sorrindo.

- Uhum. – digo balançando a cabeça.

Annabeth sorri de novo e me dá um selinho, fazendo-me sorrir ainda mais.

- O que eu ia falar, Cabeça de Algas, era que minha vó quer que eu vá passar uns meses com ela. – comenta suspirando. – Disse que eu preciso aprender tudo sobre as coisas antes de herdar os bens da família. Mas eu não sei se quero ir.

Sinto meu coração acelerar um pouco por pensar em ter ficar longe de Annabeth, mas me obrigo a me acalmar e respiro fundo antes de lhe dar uma resposta sincera. Eu não podia ser egoísta com ela.

- Princesa, se você quer ir, vá. Mas vá por você, sim? Não faça isso pelos outros. – digo acariciando seu rosto.

Annabeth suspira e fecha de leve os olhos. Ela parecia estar estudando as probabilidades dentro da sua cabeça, de forma que eu não fazia ideia do que ela faria ou o que a motivava a ir. Por fim, ela apenas apoia a testa no meu ombro e aperta os braços ao meu redor.

- Se eu fosse, seria pela minha mãe. – diz de leve. – Eu sei o quanto ela amava tudo que o meu avô fez. – diz com um olhar de admiração. – Mas minha vó... Não gosto do seu gênio e odeio como ela é preconceituosa. Sempre se achando melhor do que os outros e pisando em quem ela considera inferior. Eu odeio tanto isso.

Seus olhos focam nos meus e posso ver a mágoa neles. Não sei exatamente o que a sua vó fez, mas a odeio por deixar Annabeth daquele jeito. Não gosto quando ela fica com aquele olhar perdido, como se não soubesse o que fazer.

- Não conheço sua vó, Sabidinha. Mas se vocês não se dão bem, você acha que é a melhor coisa ir pra lá? Quer dizer, vocês podem começar a se dar bem com o tempo, mas... – paro de falar.

Annabeth tinha me beijado inesperadamente. Seus lábios se grudaram com os meus e ela colocou uma das mãos no meu pescoço, como se precisasse daquilo. E eu não sabia o que isso queria dizer, mas a correspondi com carinho. Meu coração começou a bater rápido e eu senti tudo ao meu redor desaparecer.

Registrei vagamente minha mão indo para sua cintura e seus dedos se embolando em meu cabelo em uma carícia. Mas no que me concentrei foi no gosto do seus lábios e na sensação que estava embrulhando meu estômago, como aquele friozinho que dá quando você desce uma montanha-russa muito rápido.

Ficamos algum tempo daquele jeito, mas eu não tinha ideia de quanto. Só sei que tinha sido bom, muito bom. Como todos os beijos que eu tive com ela. Eles eram perfeitos de alguma forma e eu adorava isso.

- Sei que me apoiará em qualquer decisão, Percy. Obrigada por isso. Mas agora eu apenas preciso de você, sim?

Aceno de leve com a cabeça, trazendo-a para mais perto de mim e sentindo sua respiração funda contra a minha roupa. Annabeth precisava de tempo para pensar e queria que eu estivesse ao seu lado, e eu entendia isso. Ela precisava do meu apoio. Apenas isso. E eu me senti feliz de poder dar isso a ela.

Passamos um tempinho vendo o sol se pôr e então Annabeth começou a falar das coisas casualmente, como se estivesse tentando não pensar no assunto. E eu respeito isso, porque sei que é o seu jeito.

- Você nunca viu o Jason e a Piper quando estão juntos, não é? – pergunta quando começamos a falar deles.

- Não, mas ele parece gostar muito dela.

Annabeth ri.

- Acho que gostar é quase um eufemismo pra ele, Percy. Jason é louco por ela e o jeito que ele fica idiota perto dela chega até a ser fofo.

- Ele disse que só percebeu que gostava de Piper de um jeito mais que um amigo foi quando a viu cantando. – comento me lembrando da vez que conversamos sobre isso.

- Piper canta muito bem. Mas não gosta de pessoas a olhando, então raramente canta. Até nas aulas de canto ela tenta passar despercebida, não que seja muito fácil. – diz sorrindo com carinho.

Sorrio também e apoio minha cabeça em seu ombro, fechando um pouco os olhos e respirando fundo. Sinto seus dedos brincando com os meus e isso me deixa relaxado. Eu me sentia em paz quando estava com Annabeth.

- E seus irmãos, como estão? – pergunto ainda de olhos fechados.

Annabeth ri e acaricia meu braço.

- Bem, meus irmãos mais novos continuam na mesma. Bob ainda é um pestinha. – diz me fazendo fazer um biquinho.

- Não seja má com ele, Anna. – brinco olhando pra ela.

- Ele é, Percy. – diz como se assunto tivesse acabado. – Agora Malcolm, bem, ele conheceu alguém. Anda sorrindo pelos cantos e sempre que eu pergunto ele diz que não é nada. Espero conhecer essa pessoa. – diz com uma expressão curiosa.

- Deve ser uma garota legal, Sabidinha. – digo tranquilo.

Annabeth ri e olha em meus olhos, como se dissesse que eu sou muito fofo. Olho-a sem entender.

- Eu não tenho tanta certeza se é uma garota, Percy. – diz divertida.

Abro a boca em um “O”, surpreso.

- Ah. Malcolm é gay? – pergunto curioso.

Annabeth me dá um selinho.

- Bi, na verdade. Ele sempre sentiu atração pelos dois. – seus olhos ficam tempestuosos. – Por que acha que minha vó não gosta dele? Malcolm e Magnus eram seus netos favoritos até eles não se mostrarem preconceituosos.

Separo-me um pouco dela e acaricio o rosto dela, encostando nossas testas e sorrindo um pouquinho.

- O azar é dela porque está perdendo pessoas maravilhosas. – digo sincero.

Eu conhecia Malcolm e de nada mudava ele ser bi. Nunca liguei para essas coisas, por isso para mim era fácil lidar com aquilo, na verdade eu não entendia as pessoas que não entendiam. Somos todos iguais, então por que complicar as coisas? Parece tão sem nexo.

- Eu sei, Percy. Queria que as pessoas pensassem assim também.

Annabeth volta a me abraçar e eu acabo tendo uma ideia.

- Vamos tirar uma foto!

Levanto-me rapidamente e trago Annabeth junto, que apenas acaba sorrindo do meu entusiasmo repentino. Cutuco uma mulher que estava de costas e ela se vira, olhando pra mim com curiosidade.

- Moça, você pode tirar uma foto nossa?

A mulher assente e pega o meu celular, que já estava na câmera. Puxo Annabeth pra me abraçar, de forma que o pôr do sol fique no fundo da foto. Nós sorrimos pra foto, olhando um para o outro. E eu sei que posso muito bem me perder na cor dos seus olhos.

Porque era incrível o jeito como seus olhos eram perfeitos. Acho que era a coisa mais perfeita nela e eu amava eles, simplesmente porque é através dos olhos que podemos ver a pessoa por dentro. Minha mãe sempre dizia que um olhar valia mais que mil palavras e acho que os olhares de Annabeth valiam muito mais. Muito mais sentimento e carinho. Adorava como seus olhos pareciam sinceros.

Saio dos meus devaneios quando sou chamado.

- Aqui moço. – diz a mulher me devolvendo o celular.

Sorrio a ela e agradeço, o que faz com que ela balance a cabeça de volta de forma leve e rápida. Ela nos oferece um sorrisinho.

- Você é maluco às vezes, sabia?

Roubo um selinho de Annabeth, fazendo-a rir.

- Eu sei. Mas é bom ser maluco às vezes, princesa.

Ela sorri um pouco constrangida, como se tivesse percebido agora o apelido. Annabeth entrelaça os dedos no meu carinhosamente e olha para o sol que está terminando de se pôr, dando lugar para a lua.

- Eu não disse que era ruim, Percy. – diz em tom leve. – Gosto de você exatamente assim. – confessa.

Sinto meu coração acelerar e se aquecer com aquilo, fazendo-me sorrir e olhar para o sol também.

- Eu sei que sim, Annabeth. – digo virando o rosto para olhar em seus olhos. Beijo sua testa. – Também gosto de você assim do jeitinho que você é.

Ela sorri e nós voltamos a olhar a paisagem, como se aquilo bastasse por enquanto. E acho que bastava. Quanto mais o tempo passava, mais eu tinha certeza do que eu queria. E eu não sabia o que eu estava esperando, mas sentia que valia a pena, o que quer que seja.


Notas Finais


AAAAA QUE MARAVILHOSOS!

Sério, esse cap foi uma coisinha muito fofa ❤ Pra compensar o último, né?

Não sei se vocês lembram, mas no capítulo quinze Annabeth diz que nunca foi na Estátua da Liberdade (sou uma pessoa detalhista? Imagina...) Então o Percy a levou, fofo não? ❤

Ah sim, as traduções. Apenas por colocar mesmo

¹: Irmão! Tudo bem?
²: Uau! Sabe falar espanhol?

Ou algo do tipo. E mais uma coisa:

Pra quem fez, como foram no Enem? Tema da redação foi uma coisinha muito inesperada, né? Pra não dizer outra coisa u.u

Bem, espero que todos que forem fazer a prova esse domingo consiga ir bem! Tenham calma, respirem fundo e cheguem no horário! Pra quem não fará, desejo um ótimo final de semana pra vocês! ❤

Beijos no <3 e até o próximo!


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