História Amar pode Machucar - "Até que o destino nos permita"

Annabeth Pov's

Era como estar em um conto de fadas.

Andar com Percy pelas ruas da tão famosa cidade de Pisa era como viver uma daquelas histórias clichês que vemos em filme. A mão entrelaçada a minha, o sorriso sincero no rosto e até mesmo o olhar apaixonado lembrava aquelas comédias românticas que vemos na Tv. A única diferença era que eu sabia que o dele era real, não apenas um ator contracenando com outra atriz e fingindo estarem apaixonados. Não, o nosso sentimento era de verdade e agora eu acreditava nisso.

Acho que no fundo, assim como eu não acreditava que um dia amaria alguém, nunca acreditei que alguém me amaria. Um pensamento pessimista, eu sei, mas não é como se isso me incomodasse na época. Eu só queria terminar meus estudos, ser uma boa amiga para Jason, Piper e Leo e ser uma boa filha para minha família.

Claro, eu namorei o Hans – eu sei, nome estranho – quando tinha meus dezesseis anos, mas eu nunca fui apaixonada por ele. Ele era legal, bonito, gentil e amigo. Mas esse era o problema, eu só o via como meu amigo e nada mais.

No entanto, quando ele pediu pra gente tentar, não tive como dizer “não”. Gostava dele e nos dei uma chance, mesmo que no fundo eu não acreditasse que daria certo. De qualquer forma, foi algo bem passageiro – embora eu gostasse dos momentos que passamos juntos. Então, quando ele foi para faculdade – ele era dois anos mais velho –, resolvemos que era melhor cada um seguir o seu caminho. Acabamos perdendo o contato com o tempo.

Ainda sim, isso não se compara ao que eu sinto por Percy. Acho que com ele sempre foi diferente, por algum motivo que eu não sei. Querendo ou não, Percy sempre mexeu comigo e eu sempre tive medo disso. Mas hoje eu fico feliz, porque sei que o amo.

- Estamos chegando. – diz Percy ao meu lado com um sorriso.

Vejo que ele tem razão, estamos quase na torre de Pisa. E, caramba, o monumento é incrível. Essa inclinação que dá a impressão que ele pode cair a qualquer momento é totalmente deslumbrante. Toda a estrutura vista de perto é tão diferente e bonita que apenas me dá mais certeza do que eu quero. Um dia vou construir algo que vai durará anos.

Pelo o que eu li sobre a Torre de Pisa, a inclinação do monumento não chega a quatro graus. Ela foi dedicada a Assunta Maria e possui oito andares e sete sinos. O arquiteto que a construiu na época também cuidava de outro projeto de Pisa e...

Sinto Percy me abraçar por trás e beijar bem perto da minha orelha, causando um arrepio involuntário pelo meu corpo. Aperto seus braços ao redor de mim e solto um suspiro, já me esquecendo do que eu estava pensando antes.

- É um belo dia, não é? – sussurra baixinho no meu ouvido.

- Uhum, lindo dia. – digo de volta no mesmo tom.

- Tão lindo para um pedido... – murmura me fazendo arregalar os olhos.

Faço menção de virar para ele, mas o mesmo me segura em seu abraço, apertando-me um pouco mais contra o seu peito. Sinto sua respiração bater contra minha nuca e meu coração acelera bruscamente, fazendo com que eu fique um pouquinho ofegante.

- Eu te amo. – sussurra em meu ouvido. – Tanto que você nem tem ideia. Quando eu disse que mais ninguém no mundo me faria feliz como você, eu não estava mentindo, Sabidinha. Eu iria até o inferno por você, se isso fizesse você ficar ao meu lado. Minha ideia era fazer um pedido romântico e fofo, mas eu não consigo nem falar tudo isso te olhando nos olhos. – ouço-o suspirar e acabo fazendo o mesmo.

- Percy...

- Shh, ainda não terminei. Preciso continuar que minha coragem acabe. – diz baixinho. Ele toma uma respiração funda. – A ideia era te trazer aqui para te pedir em namoro, mas eu percebi que já namoramos há muito tempo. Então, por isso, eu resolvi mudar um pouquinho o que eu te daria. – murmura.

Percy me vira de frente pra ele e ergue um colar pra mim, mostrando um lindo pingente em formato de coração. Ele pega minha mão com a dele e coloca o colar sobre a minha palma, parecendo incerto do que dizer. Então, finalmente, olha em meus olhos e diz.

- Annabeth Chase, você aceita meu coração? – pergunta me fazendo sorrir.

Aquilo era tão clichê, mas era tão bonito também. O jeito como ele parecia nervoso e ao mesmo tempo apaixonado me deixava com um sorriso tão idiota que agora eu sabia como Jason se sentia com Piper.

Porque, deuses, como eu o amava.

- Claro que aceito. – digo com a primeira coisa que me vem a cabeça e percebo que minha voz está um pouco trêmula.

Percy sorri de volta com carinho.

Ele segura suavemente sua mão com a minha e abre o pingente de coração, exibindo uma bela foto nossa em seu interior. Depois de alguns segundos a olhando, reconheço-a. Era a foto do dia em que fomos visitar a estátua da liberdade, posso ver claramente o pôr do sol no fundo.

- Caramba, é lindo. – digo surpresa.

Percy ergue minha mão juntamente com o colar e beija meus dedos, sorrindo pra mim. Percebo, ao apertar sua mão com a minha, que ele está meio trêmulo.

- Para você sempre me ter com você. – diz parecendo ao mesmo tempo emocionado e nervoso.

Sorrio a ele, sabendo exatamente o que ele sente, afinal eu também estou assim. Meu coração parece que vai sair pela minha boca a qualquer momento. Mas isso não importa, não com ele ali comigo. Porque eu percebi que tudo aquilo era perfeito, mas não por estarmos em um lugar bonito ou por ele dizer coisas bonitas, mas sim por causa desse sentimento que nos envolve.

- Eu te amo.

- Eu sei. – diz me fazendo rir, o que faz com que a tensão se dissipe um pouco.

- Coloca em mim. – peço em tom manhoso.

Percy concorda e eu viro de costas pra ele, segurando meu cabelo para não enroscar no colar enquanto ele o coloca em mim. Demora um pouco para ele conseguir fechá-lo, mas no fim ele consegue.

Viro-me de novo pra ele e a primeira coisa que faço é puxá-lo para um beijo intenso e amoroso. Jogo meus braços ao redor dos seus ombros e posso sentir sua tensão começando a se dissipar. Ele envolve minha cintura com os braços e me ergue do chão, rodopiando-nos pelo lugar. E isso me faz sorrir, boba por ele.

- Sei que não vai ser fácil, Anna. – sussurra quando nos separamos. – Sei que talvez eu te magoe e vice e versa. Sei que iremos brigar, nos desentender e passar por muita coisa, mas eu quero ficar com você. Quero estar ao seu lado quando você realizar seu sonho de ser arquiteta. Quero formar uma família com você e te mimar quando estiver grávida. Quero ver seus olhos em uma criança gerada por nós. – ele suspira com a testa colada na minha. – Quero passar a minha vida ao seu lado.

Sinto algumas lágrimas se acumularem em meus olhos e rio nervosamente pra ele.

- Eu também quero, Percy. Até que o destino nos permita. – murmuro em tom sincero, deixando mais um selar em seus lábios.

- Você acha que eu deveria ter me ajoelhado? – pergunta de repente me fazendo rir.

- Com certeza não. – digo em tom divertido. – Só iria me deixar envergonhada.

Ele suspira aliviado, afundando o rosto em meu pescoço e beijando minha pele carinhosamente.

- Estava tão nervoso. – murmura manhosamente. – Não sabia como me declarar.

Sorrio com isso.

- Bem, saiba que se saiu muito bem, meu namorado. – brinco me afastando para olhar em seus olhos.

Percy sorri timidamente e me dá um selinho.

- Eu amo tanto você, Anna. – diz baixinho. – Vamos dar um jeito, não é?

Esfrego meu nariz com o seu e concordo de leve com a cabeça, suspirando baixinho contra seus lábios.

- Vamos dar um jeito sim. Você não vai se livrar de mim tão fácil, Cabeça de Alga. – murmuro em tom brincalhão.

Ele ri um pouquinho.

- Não pretendo, nunca. – diz me roubando mais um beijo.

É, nem eu.

***

Percy é lindo.

Okay, isso é óbvio. O que quero dizer é que ele fica ainda mais bonito daquele jeito: o cabelo bagunçado, o sorriso de lado e os olhos verdes brilhando enquanto ele olha pra mim. Percy é simplesmente a coisa mais bonita que eu já vi, embora parte de mim saiba que eu não vou ficar admitindo isso em voz alta. Sou orgulhosa demais para isso.

No entanto, isso não me impede de admirá-lo de longe. Seus olhos se focam nos meus e vejo ele ampliar seu sorriso, como se olhar pra mim o fizesse feliz. Ele se aproxima aos poucos e se senta ao meu lado na beirada da cama, puxando meu rosto suavemente e deixando um beijo leve em meus lábios. Seu ato carinhoso me faz sorrir tanto quanto ele.

- O que quer fazer, princesa? Você decide, afinal é seu aniversário. – diz em tom suave e esfregando o nariz com o meu.

Por um momento, eu não compreendo as palavras dele direito. Mas depois me toco que hoje era meu aniversário e eu simplesmente tinha esquecido. Meus olhos se arregalam brevemente.

- O que foi? – pergunta curioso quando eu me levanto e vou até a minha bolsa.

Pego meu celular e vejo que tem várias mensagens na minha caixa de entrada, além de algumas chamadas perdidas. Abro a primeira que vejo e percebo que é de Jason.

“Imagino que esteja se divertindo aí em Pisa (?) Enfim, espero que esteja tudo bem. Quando você voltar, eu te dou os parabéns de forma decente. Você sabe que eu odeio torpedos.

Ps: Piper mandou um beijo”

Desço as mensagens e vejo que tem algumas do meu pai, de Malcolm, de Leo e de Thalia. Essa última até tinha perguntado algo meio constrangedor, mas eu não pude deixar de sorrir com o carinho de todos. Por mais que eu não gostasse de comemorar meu aniversário, era legal saber que tinha tantas pessoas que se importavam comigo.

- Nada, apenas tinha esquecido que hoje era meu aniversário. – digo devolvendo meu celular para a minha bolsa e voltando para o lado de Percy.

Ele ri um pouco. Seu braço envolve minha cintura e ele deixa um beijo em meu rosto, fazendo-me suspirar e encostar a cabeça em seu ombro.

- Você planejou tudo isso, não foi? Por causa do meu aniversário. – pergunto baixinho.

Percy me abraça um pouco mais e eu sei que ele está sorrindo.

- Você disse que não tinha motivos para comemorar seu aniversário e isso acabou me marcando. – sussurra em meu ouvido. – Eu geralmente esqueço datas comemorativas, sou péssimo guardando esse tipo de coisa. No entanto, prometo fazer algo para te fazer sorrir todo ano, nem que seja algo simples.

Suas palavras me fazem sorrir. Percy era sempre tão fofo que eu não tinha como não me derreter com seu jeito. Podia até ser orgulhosa, mas ele parecia quebrar isso tão facilmente que às vezes eu duvidava de mim mesma.

- Você já me deu um motivo para comemorar meu aniversário, Cabeça de Alga. – digo puxando sua nuca e aproximando nossas bocas. – Nós.

Percy sorri pra mim e no momento seguinte estamos nos beijando de novo. Seus lábios estão com gosto de menta e eu fico imaginando se ele estava chupando alguma bala ou se simplesmente tinha escovado os dentes depois do banho. Sinto suas mãos percorrerem minhas costas e meio vagamente percebo que estou em seu colo, minhas pernas ao redor da sua cintura e minhas mãos em sua nuca.

Meu coração começa a acelerar e minha respiração fica ofegante, tanto pelo beijo quanto pelas emoções que estão percorrendo meu peito. Estar com Percy é bom, mas estar com ele desse jeito é simplesmente maravilhoso. Sentir seus lábios em meu pescoço, seus dedos por dentro da minha blusa e todo meu corpo chamando pelo dele é algo simplesmente insano.

- Sua pele é tão bonita. – murmura ainda espalhando beijos pelo meu pescoço. Ele afasta meu cabelo e eu inclino a cabeça para o lado, dando mais espaço para ele. – Tão cheirosa.

Sinto um arrepio me percorrer quando ele morde de leve a pele do meu pescoço. Um suspiro escapa de meus lábios me fazendo apoiar as mãos em seus ombros e apertar.

- Acho que não vamos a lugar nenhum, não é? – indaga sussurrando.

Acabo rindo de sua sentença e encaro seus olhos, perdendo-me no verde intenso de suas íris.

- Só percebeu agora, Cabeça de Alga? – provoco com um sorrisinho. – Eu quero você.

Minha resposta o faz me pegar pela cintura e me jogar na cama, fazendo-me rir gostosamente. Percy apoia os braços um de cada lado da minha cabeça e aproxima nossos rostos, roçando seu nariz em minha bochecha e me fazendo rir mais um pouco.

Abraço seu pescoço com um sorriso e o puxo suavemente para mais perto de mim, beijando-o com carinho e calma. Minhas mãos vão deslizando por suas costas até chegar a barra da sua camisa, onde começo a puxar e a tirar o pedaço de pano de seu corpo.

- Tem certeza? – pergunta em meu ouvido quando nos separamos.

Beijo seus lábios mais uma vez e encaro seus olhos antes de responder.

- Como nunca tive antes. – digo em tom sincero.

Percy se afasta o suficiente para tirar a camisa e então volta a me beijar lentamente, fazendo-me fechar os olhos e senti-lo sobre meus dedos. Acaricio cada pedaço de pele que posso enquanto sinto suas mãos se infiltrarem por dentro da minha blusa, tocando-me de um jeito que apenas ele consegue fazer.

Porque é como se ele acendesse cada poro em mim ao me tocar. Tudo em mim parece chamar por ele e não posso evitar um pequeno gemido quando ele deixa uma mordida de leve no lóbulo da minha orelha. Então ele tira minha blusa e eu posso ver seu olhos analisarem meu corpo, de um jeito tão carinhoso e ao mesmo tempo tão quente que não evito puxá-lo para mim de novo. Se eu pudesse, não largaria seus lábios nunca.

Dessa vez o beijo é mais quente e rápido, o que nos deixa sem fôlego em pouco tempo. Percy começa a descer os beijos pelo meu corpo e eu acabo arqueando um pouco o corpo quando ele chupa de leve a pele da minha barriga, fazendo-me reprimir um gemido que se acumula em minha garganta.

- Geme pra mim, Anna. – pede com a voz rouca enquanto começa a abrir o meu shorts.

Mordo meu lábio com força e o olho em reprovação.

- Cala a boca, Percy. – digo por fim.

Ele sorri e abaixa meu shorts de uma vez, fazendo-me sorrir involuntariamente. O pedaço de jeans é jogado em qualquer canto do quarto, mas eu pouco me importo com isso.

- Mandona. – provoca puxando minhas pernas para sua cintura.

Levo minha mão direita até o cós da sua calça jeans e a puxo com força, impulsionando seu corpo para mais perto do meu. Levo minha outra mão para sua nuca e colo minha boca em seu ouvido, deixando um leve chupar em seu lóbulo. Quase sorrio ao vê-lo se arrepiar.

- Vai logo com isso, amor. – sussurro em tom provocante.

Percy leva suas mãos para minha cintura, onde ele aperta com um pouco de força e me faz ofegar. Sua boca toma a minha em um beijo quente e posso sentir seus dedos abrindo o fecho do meu sutiã, deslizando-o por meus braços enquanto eu apenas o ajudo a me despir.

Fecho os olhos quando ele desce seus beijos para meus seios e suspiro ao sentir ele espalhar mordidinhas por meu corpo, apreciando cada toque dele sobre minha pele. Remexo-me embaixo dele, sentindo-me incrivelmente excitada com suas carícias.

Aquilo era tão... Uau.

Não posso evitar o gemido que escapa de meus lábios quando ele beija a parte interna das minhas coxas, deixando ainda mais necessitada dele. Antes que Percy possa fazer mais qualquer coisa, puxo-o pelo cabelo e o faço se erguer sobre mim de novo. Posso ver a confusão em seus olhos quando nos encaramos.

- Não me faça esperar mais. – sussurro com os lábios encostando sobre os seus.

Percy abre um sorrisinho para mim e eu acabo revirando os olhos, levando minha mão até o volume da sua calça e dando um leve aperto que o faz ofegar pra mim. Abro um sorriso vitorioso com isso.

- Você me paga. – murmura em meu ouvido.

- Estou esperando pra ver. – digo no mesmo tom.

E, mesmo sentindo meu corpo pegar fogo, não posso deixar de sorrir com sua expressão. Tomo seus lábios novamente e, enquanto ele segura minha cintura possessivamente, eu começo a desabotoar sua calça, puxando-a para baixo juntamente com a cueca e expondo sua ereção.

Percy suspira com os lábios ainda colados aos meus, apertando um pouco mais a minha pele e afundando o rosto no meu pescoço quando eu seguro seu membro com delicadeza e começo a fazer movimentos de vaivém sobre ele.

E ouvir seus ofegos contra a minha orelha é incrivelmente excitante. O jeito como ele começa a chamar o meu nome baixinho me faz aumentar os movimentos, sentindo seu pênis endurecer pouco a pouco sobre meus dedos.

- Para. – geme com a voz incrivelmente rouca. – Eu não vou aguentar muito mais se você não parar agora. – sussurra segurando meu pulso.

- Então vem. – murmuro baixinho. – Eu quero tanto você. – sussurro em tom carinhoso.

Percy termina de retirar as próprias roupas – que estavam abaixadas até o meio das suas pernas – e me olha nos olhos antes de começar a descer sua boca pelo meu corpo, fazendo-me suspirar e segurar os lençóis da cama. Meu coração começa a bater forte em expectativa e minha respiração fica mais rápida, o que provavelmente deixou meu rosto todo vermelho.

Sinto minha calcinha ser retirada com delicadeza de mim e momentos depois posso sentir os dedos de Percy lá, acariciando-me e fazendo-me gemer de uma forma nada tímida. E, mesmo de olhos fechados, sei que ele está sorrindo.

- Percy, vai logo com isso. – murmuro sentindo um de seus dedos afundar dentro de mim, seguido de outro em seguida.

- Calma, amor. Não seja apressada. – diz em tom divertido, mas sua voz rouca denuncia que ele está tão excitado quanto eu.

Percy se afasta de mim e eu abro os olhos ao ouvir o barulho do pacotinho laminado. Ele havia rasgado a embalagem da camisinha com a boca, o que era incrivelmente excitante. Na verdade, tudo nele parecia excitante naquele momento. O cabelo todo bagunçado, o sorriso de canto e seus olhos levemente mais escuros devido a luxúria que aquilo tudo estava nos proporcionando. Acho que Percy nunca esteve tão bonito pra mim quanto ele está agora.

- Afasta um pouco as pernas, Anna. – pede carinhosamente ao terminar de vestir o preservativo.

Faço o que ele pediu e sinto quando ele se posiciona entre elas, deslizando seu membro por toda a minha intimidade. Percy coloca as mãos em minha cintura e começa a entrar em mim aos poucos, fazendo-me gemer longamente com o ato.

- Se tiver doendo, me avisa que eu paro. – sussurra em tom preocupado.

Evito um revirar de olhos e apenas puxo sua nuca com a minha mão direita, beijando seus lábios para reprimir meus gemidos e colocando minha perna ao redor da sua cintura. Com um movimento mais brusco, puxo-o para mais perto e o faço entrar todo dentro de mim. 

Eu precisava dele em mim.

- Eu te amo. – sussurro baixinho em seu ouvido. – Muito.

Percy solta um gemido misturado ao um suspiro e aperta meu quadril com força, firmando-se para poder se movimentar dentro de mim. E eu estou tão quente e desejosa dele, que quase não sinto desconforto ao sentir ele começar um vaivém ritmado – mesmo que já faça um bom tempo que não fico assim com ninguém.

Mordo meus lábios e jogo a cabeça para trás, rebolando um pouco em seu pênis. Olho em seus olhos e vejo o desejo neles, o que me faz ficar ainda mais quente – o que não parecia ser possível.

- Eu também te amo, Anna. – murmura com a voz rouca.

Segurando sua nuca, pego um impulso e nos viro na cama, posicionando-me em cima dele e começando a cavalgá-lo. Apoio minhas mãos em seu peito e começo a ditar o ritmo dos movimentos, com ele apenas segurando em minha cintura para me ajudar.

Os nossos gemidos começam a se misturar com o barulho dos nossos corpos se chocando, o que me deixa aérea de qualquer coisa que não seja nós dois. Seus olhos se cruzam com os meus, suas mãos apertam minha pele e eu me inclino para beijá-lo com carinho e desejo.

A fricção e o atrito de nossos corpos começa a me deixar com o coração ainda mais disparado. Minha respiração acelera e eu uso o nosso beijo para reprimir nossos gemidos. E, conforme os movimentos ficam mais rápidos, posso sentir o orgasmo chegando.

Estou tão perto...

- Anna... – geme ao me sentir contrair ao redor dele.

- Percy... – solto baixinho.

Com mais alguns movimentos, sinto o clímax chegar. E, por um instante, entendo o que as pessoas dizem sobre se sentirem completa fazendo amor. Porque foi exatamente assim que me senti quando atingi o orgasmo junto da pessoa que eu amo.

Relaxo o corpo e apoio a cabeça em seu peito, ainda com ele dentro de mim. Tento acalmar a minha respiração e sei que Percy está fazendo o mesmo, afinal posso ouvir nossos corações batendo rápido um contra o outro.

- Você é perfeita. – sussurra me olhando com admiração.

Sinto meu rosto corar e escondo meu nariz em seu peito, evitando seus olhos. Mesmo depois de tudo isso, ele ainda consegue me constranger.

- Não me olha como se eu fosse a melhor coisa do mundo.

- Você é pra mim. – seu tom sincero me deixa envergonhada.

- É, você também é pra mim. – murmuro, sorrindo pequeno.