1. Spirit Fanfics >
  2. Amar pode Machucar >
  3. "Eu ainda te acho uma valentona"

História Amar pode Machucar - "Eu ainda te acho uma valentona"


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Oiiiiiiiii

Um pouco atrasada? Talvez kkkkk

Espero que gostem (ou não)

Boa Leitura!!!!

Capítulo 5 - "Eu ainda te acho uma valentona"


Annabeth Pov's

Eu mal conseguira dormir naquela noite e apenas consegui achar uma solução, que eu achava que era a mais sensata. No dia seguinte eu estava cansada, mas coloquei uma máscara e fingi que estava tudo bem.

Na escola, evitei Percy até a hora do intervalo quando ele veio falar comigo. Ele disse timidamente, que estava apaixonado por mim e isso fez meu coração se derreter, mas eu não podia dizer que sentia o mesmo.

Respirei fundo uma vez antes de respondê-lo da pior maneira que eu podia.

- Você acha mesmo, que eu, Annabeth Chase, me apaixonaria por você? – uso o meu tom mais falso para me dirigir a ele. Finjo não ligar para a sua expressão de decepção.

- Annabeth... – ele tenta, mas eu continuo, antes que não tivesse mais coragem.

- Eu nunca me apaixonaria por um garoto como você, Percy. Feio, burro e sem noção. – digo o humilhando. Dou as costas a ele e me afasto. Posso ver que todos estão me olhando, mas não ligo. Eles não tinham nada a ver com isso.

Eu não podia olhar mais pra ele, não podia ficar mais perto caso contrário não suportaria. A passos firmes o deixo pra trás, fingindo que tudo estava bem, mesmo não estando.

Quando já estou longe o bastante, me pego chorando pelo que fiz. Mas eu tinha prometido, tinha jurado que nunca me apaixonaria. Não podia quebrar essa promessa, pelo meu próprio bem e para o dele.

Se é pro meu próprio bem, por que dói tanto?

Doera falar aquilo pra ele, principalmente ver a expressão triste em seu rosto. Tudo aquilo era mentira, eu estava apaixonada por ele e o achava a melhor pessoa do mundo, mas não fora feita para ficar com ele.

Eu já vira o bastante pra saber que o amor é um sentimento contraditório e que preciso ficar longe dele, antes que fosse tarde demais. Precisava cortar o mal pela raiz e foi o que eu fiz, mesmo que isso tenha acabado comigo, sei que posso superar.

Eu sinto muito, meu Cabeça de Alga.

Eu o humilhei tanto e me sentia culpada por isso, mas era o único jeito. Por favor entenda, entenda que eu gosto muito de você, mas que não posso te corresponder. Eu sinto tanto, Percy. Me desculpa.

Você vai encontrar alguém que te faça feliz, alguém que não tenha medo de ficar com você. Porque eu sou covarde e tenho medo. Tenho medo do que sinto por você.

Então começo a correr sem ligar se aquilo era errado. Fujo da escola e dele naquele dia, apenas precisava de ar puro. Apenas precisava superar.

Percy Pov's

E pela segunda vez em dois dias eu via ela se afastar de mim. Eu estava sem reação, apenas pude ouvir as risadas que se seguiram depois que ela se foi. Meu coração foi ao chão quando me dei conta do que tinha acontecido.

- Percy. – chama Thalia, mas eu apenas corro pra longe dali.

Corro e corro até chegar ao jardim da escola, o sinal bate mas eu não me importo. Tudo o que eu queria naquele momento era voltar no tempo e desfazer tudo o que eu fiz.

Burro, burro. Você não devia ter feito tudo isso. Imbecil.

Sinto as lágrimas escorrerem por meu rosto, demonstrando a minha dor.

Annabeth apenas me usara, ela nunca tinha mudado de verdade, ela estava brincando comigo desde o início. E eu, idiota, caí. Sinto uma dor forte no peito e raiva, não dela, mas de mim por ter sido tão ingênuo.

Encolho-me abraçando os joelhos sentindo minhas lágrimas escorrerem por meu rosto e meus soluços tremerem meu corpo. E por alguns minutos apenas fico ali, parado e preso em minha dor.

Então a última pessoa que eu queria ver aparece. Clarisse. Ela se senta ao meu lado sem pedir permissão e me olha sem expressão.

- Olha se você veio aqui para brincar comigo, já aviso... – ela ergue a mão me calando.

- Não vim aqui pra isso, até porque eu acho que aquilo foi muito insensível. – diz dando de ombros e pegando um chiclete. Ela me oferece, mas eu recuso.

- Então por que veio aqui? – pergunto sem chorar, mesmo sabendo que meus olhos estão inchados.

- Quero te falar uma coisa. Percy, você sabe o que eu aprendi com a luta? – pergunta me olhando atentamente. Fico confuso.

- A bater? – deduzo a fazendo rir, uma risada breve mas boa de se ouvir, apesar de bizarra. Acabo sorrindo.

- Não, eu aprendi que por mais que a vida seja difícil e você caia, enquanto houver uma mão pra te ajudar a te erguer, então vale a pena continuar. – e como demonstração ela levanta me oferecendo a mão. Aceito.

Sorrio tristemente para Clarisse. Eu estava achando aquilo muito inesperado, mas tinha que admitir que ela tinha razão. Eu tinha pessoas para me ajudarem a levantar. Tinha Nico e Thalia, pessoas que eu sabia que se importavam comigo e me ajudariam a dar a volta por cima, por mais que estivesse doendo ainda.

- Não querendo ser rude, mas já sendo. Por que você está me ajudando? – pergunto realmente confuso. Eu não entendia o motivo dela estar ali me dando apoio. Ela ri.

- Percy, lembra de quando eu te bati? – assinto. – Então, você lembra que em nenhum momento você choramingou ou implorou?

- Sim.

- Depois daquele dia, mesmo ainda te achando um fracote, eu percebi que você era forte de outra maneira. Você é orgulhoso e não abaixa a cabeça. Eu gosto disso. – diz parecendo realmente sincera. Suas palavras me fazem abrir um pequeno sorriso.

- Eu ainda te acho uma valentona, mas você é legal. – digo e ela ri.

- Prissy. – apelida batendo em meu braço amigavelmente. Depois disso acabamos sorrindo e conversamos um pouco.

E durante esse tempo que ficamos conversando, acabamos por nos tornar até amigos e o que eu mais gosto dela é a sua sinceridade. Clarisse não finge gostar de ninguém, ou ela gosta ou odeia e ela diz isso. E de um jeito meio torto, ela parecia ser uma ótima amiga.

Antes que o horário de aula termine eu vou pra casa, sem me despedir ou procurar ninguém. Apenas quero deitar na minha cama e fingir que nada aconteceu.

Enquanto eu conversava com Clarisse eu estava bem, mas agora só tudo voltava. A dor começou a latejar de novo e a lembrança das suas palavras frias, como se eu fosse um nada, me machucam. Machuca porque ela fora falsa esse tempo todo, machuca porque eu acreditava que poderíamos ficar juntos, machuca porque eu a amo e acreditei nela.

Quando eu chego em casa a primeira coisa que faço é correr para meu quarto, porque não quero dar satisfações pra ninguém. Eu só quero ficar um pouco sozinho e eles respeitam. Eles me deixam só até a hora do jantar. Me deixam chorar como uma criança encolhido em meu quarto.

Mais tarde minha mãe pede licença pra entrar e sei que o estado no qual ela me encontra a machuca, mas não posso evitar me apoiar nela e contar tudo que está me machucando. Então ela apenas me nina em seus braços com carinho, fazendo-me um cafuné e cantando um pouco pra mim.

- Preciso te contar uma coisa, querido. – diz suave. A olho preocupado.

- O quê? – franzo as sobrancelhas.

- Seu pai vai ter que passar um tempo em Los Angeles, uns seis meses por conta de um imprevisto na vistoria da construção. – diz levemente. A preocupação aumenta, mas uma ideia me vem à mente.

- E se fôssemos com ele? – pergunto. É a vez de minha mãe me olhar preocupada.

- Tem certeza, querido? Você vai ter que deixar seus amigos aqui. – assinto. Talvez essa fosse a melhor coisa pra mim nesse momento. Distância.

- Eu acho que sim. Eu quero ficar longe tudo que me faça lembrar dela, além que Nico e Thalia pode nos visitar sempre que quiserem, não é? – pergunto. Minha mãe sorri e concorda.

- Verei com seu pai, tudo bem? – assinto.

- Obrigado mamãe. – agradeço.

Lavo meu rosto e desço. Meus primos estão na sala naquele momento me olhando preocupados, o que me faz suspirar. Eu não estava bem e tinha certeza que meus olhos ainda estavam inchados e vermelhos.

Eles não dizem nada, não me repreendem e nem tentam me consolar, apenas estendem os braços pra mim. Não resisto e abraço Nico e Thalia, me apoiando no carinho que tenho por eles. Eles me apertam forte, o que me faz querer chorar, mas não o faço. Já tinha derramado lágrimas demais por um dia, por isso sorrio levemente pra eles e me separo do abraço.

- Imão. – grita uma voz animada vindo na minha direção. Tyson se joga em cima de mim rindo.

- Oi pequeno. – digo o pegando no colo.

- Pecy, a gente pode i no paquinho? – pergunta com um biquinho fofo nos lábios.

- Já pediu pra mamãe? – pergunto com um sorriso. Ele se vira pra nossa mãe com um olhar pidão. Minha mãe ri.

- Tudo bem, mas voltem antes do jantar. – Tyson sorri feliz batendo palmas no meu colo.

- Chama o Nico e Thalia pra irem com a gente. – sussurro quando coloco ele no chão.

- Tha, Nic, vem com a gente. – pede segurando a mão dos dois, que apenas sorriem para o menor, aceitando.

Viro-me pra minha mãe com um sorriso triste, abraçando-a.

- Vou ficar bem, mamãe. – digo a tranquilizando.

- É o que eu espero. – diz dando um beijo em minha testa.

Sorrio me afastando.

***

Tyson corria a nossa frente com alegria, pulando quando tinha alguma pilha de folhas no caminho. Enquanto isso eu, Nico e Thalia conversávamos.

- Então você vai embora? – minha prima não consegue evitar o tom magoado.

- Meu pai terá que ir e, bem, eu preciso de um pouco de tempo de Annabeth. Vai ser bom e eu prometo que mandarei notícias sempre que puder. – digo olhando pra eles.

- Só prometa que ficará bem, tudo bem? – Nico pede preocupado.

- Eu prometo. – digo com um sorriso triste.

Os dois me dão um sorriso carinhoso.

Continuo andando pelo Central Park olhando meu irmão se aproximando dos pássaros no chão, ele ria e acenava pra eles. Tyson era meu xodó, sempre o protegeria de tudo. Ou pelo menos tentaria.

Sem que eu percebesse, acabei caminhando para o mesmo local onde eu e Annabeth tínhamos nos beijado ontem. Parecia uma eternidade agora, mas o que eu realmente não esperava era vê-la sentada no mesmo banco com um cara ao seu lado.

Naquele momento eu comecei a desacreditar naquele ditado “Não tem como ficar pior”, porque sempre tem como ficar. Suspiro alto percebendo que a pessoa sentada ao seu lado era Jason.

Em frações de segundos vários pensamentos percorreram a minha mente. Era idiotice de minha parte ficar triste, afinal o que eu e Annabeth tivéramos? Nada além de um beijo. E depois, eles não estavam abraçados nem nada do gênero, não existia motivos pra mim ficar magoado.

No entanto, eu ainda sentia que meu coração tinha sido arrancado do meu peito. Talvez porque eu percebi ao vê-los que ela estava certa, eu nunca seria bonito, popular e inteligente. Eu não era Jason.

- Gente, vamos embora? Está ficando tarde. – digo a eles esperando que eles não vissem ela e meu primo.

- Claro, vamos Tyson? – chama Nico um pouco alto ao meu irmão.

Eles seguem na frente e eu dou uma última olhada no casal, uma amargura no peito. Os dois tinham se virado pra mim, já que estavam de costas, quando ouviram a voz de Nico e me olhavam surpresos. Annabeth abriu a boca como se quisesse falar alguma coisa, mas eu me virei fingindo que não tinha a visto.

E pela primeira vez naqueles dois dias fui eu que virei as costas e fui embora. Sem olhar pra trás uma única vez, ignorei o que quer que ela queria me dizer e corri pra alcançar meus primos.

Aquela seria a última vez que ela me machucaria.


Notas Finais


Aí deuses!!!!! Eu mesmo tô triste com o cap ;-;

Gente, vocês gostaram? Eu nunca escrevi uma treta desse gênero e estou nervosa, mas espero não estar tão ruim

Clarisse sendo a melhor kkkkkk

E a Annabeth? O que vocês acham que aconteceu para ela ser assim?

Enfim

Espero que tenham gostado

Beijos no <3 e até o próximo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...