História Amaranthos - I lost my mind

Já era noite e muito tempo havia se passado desde que Chanyeol saiu e isso me preocupou. Então decidi ir atrás dele.

 

Fui a vários lugares que costumamos ir juntos e quando estava perto do Grande Parque vi em uma loja de eletrodomésticos uma reportagem que passava na televisão que estava à venda, era sobre um casal homossexual ter sido espancado até a morte em um país estrangeiro que eu não prestei atenção no nome. Aquilo era horrível, e eu senti um gelo percorrer minha espinha.

 

Será que eu e Chanyeol estávamos fazendo algo errado? Será que eu teria que me afastar dele? Será que realmente tem algo por trás do sentimento que tenho às vezes de querer ficar longe de Chanyeol?

 

Não! Não vou pensar nessas coisas. Eu o amo e não tem NADA errado nisso, e decidi não pensar nas vidas passadas. Independente do que aconteceu, eu quero viver o hoje, e o hoje quero que seja do lado do meu... Amor. – pensar nisso ainda me corava.

 

- Baekhyun?! – fui trazido de volta de meus pensamentos com a voz rouca da pessoa que eu procurava me chamando.

 

- Channie! – não pensei duas vezes em pular nele e abraçá-lo. Realmente não me importei se estávamos na rua e se alguém tiraria fotos ou coisas assim.

 

- Baek, o que houve? E é melhor soltar, alguém pode nos ver...

 

- Você nunca se preocupou com isso antes. – mesmo contrariando minha vontade eu me afastei dele. – O que foi?

 

- Nada, vamos pra casa?

 

- Hm... Uhum...

 

O caminho foi silencioso, e aquilo realmente me incomodava. Chanyeol fitava o nada e parecia que mentalmente ensaiava um discurso. Será que ele estava arrependido?

 

Quando chegamos em casa Kyungsoo já havia feito comida para gente. Ouvi algumas reclamações de Kai e Sehun por estarem com fome e que ainda não haviam comido por esperarem Chanyeol e eu.

 

Depois de comer Chanyeol me olhou e fez sinal com os olhos para irmos ao quarto. Disfarcei alguns minutos depois que ele saiu da mesa, e quando senti que já dava para sair, me levantei e me direcionei até o nosso ‘ponto de encontro’.

 

- O que foi Channie?

 

- Precisamos conversar... – aquilo me fez sentir o coração parar por algum tempo.

 

- Já sei sobre o que. Você se arrependeu não é? Somos homens, isso nunca daria certo, porque você não é gay. Não quer se envolver com outro homem, não quer colocar em risco o grupo. Eu entendo. Vamos... Vamos só fingir que nada aconteceu, ok? – eu falava sem freios, e tinha mais coisas para falar, mas só parei porque senti que uma bola de lágrimas me travava a garganta, fora as que eu já chorava e me faziam quase que me afogar nelas.

 

- Cala a boca Baek! Deixe-me falar! Eu amo você e não estou arrependido...

 

- N-Não? – pude sentir um pouco mais de alívio.

 

- Não. Mas tenho uma coisa para contar. Que talvez mude os seus pensamentos sobre nós dois...

 

Chanyeol suspirava fundo como se ao puxar o ar ele também puxasse coragem, e eu estava sem entender aquele momento. O que poderia acontecer que me faria mudar de idéia sobre nós?

 

- Sabe... Sabe por que viemos como homens dessa vez?

 

- Não...

 

- Então, sente-se aqui que vou lhe contar tudo...

 

Obedeci ao maior à minha frente e sentei ao seu lado. Chanyeol respirava fundo mais algumas vezes até que começou a falar sobre nossa última vida antes dessa. Contou tudo sobre como lutou na Guerra Boshin e quando chegou na parte de ter sido sequestrado por um general inimigo que estava atrás dele senti uma dor no peito. Não sabia se queria ouvir o resto, era como se soubesse que ia sofrer com isso, tanto que em minha mente escutei uma voz feminina dizendo “Pare! Não me lembre que me traiu”. Ele continuou falando, explicou que o general havia o chantageado. E que, para ver meu eu naquela época bem, aceitou a chantagem.

 

- Eu realmente acreditei que se cedesse à chantagem você continuaria vivendo sua vida como Akane, e eu suportaria qualquer coisa para que ele não fizesse nada contra você...

 

- Mas ele te enganou... E eu morri assassinado, digo, assassinada. – Sim, eu estava me lembrando. Eu pude até sentir o gosto de sangue na boca depois que levei aquele tiro. A dor era grande, e se misturava com a mágoa e o ódio de ter sido abandonado por quem Chanyeol havia sido naquela vida.

 

- Eu juro, eu juro que nunca quis te deixar só. Eu sempre te amei e fiz isso acreditando que estava fazendo o certo... Mas não era. Só ganhei seu ódio e em troca você desejou nunca mais estar perto de mim...

 

- Então decidi ser do mesmo sexo que você, porque assim seria mais difícil ficarmos juntos... Assim como desejei que não voltássemos a viver nas mesmas épocas...

 

- Sim... Mas nosso amor foi mais forte, não é? – ele sorria para mim de uma maneira que queria um sorriso como resposta para saber que tudo estava bem.

 

- Me perdoe Channie... – eu chorava, e vi que o maior em minha frente fazia o mesmo.

 

- Eu sabia... Sabia que não ia me perdoar e ia querer ficar longe de mim...

 

- Hein?  - tive até que parar de chorar por ouvir a burrice que Chanyeol pronunciava – Não é isso!

 

- Então está se desculpando pelo que?!

 

- Porque duvidei de você, e cheguei a te odiar. E te odiando desejei nunca mais estar do seu lado de novo, e criei empecilhos para isso, me desculpe...

 

- Você não existe Baekhyun. – ele bagunçava meus cabelos. – Acho que no fundo, fui eu quem causou isso não?! E outra, não é um empecilho tão grande assim, só porque somos homens e conhecidos aqui e até em outros países, e por ainda existir homofobia nesse mundo...

 

- Esta sendo irônico não é?

 

- Não – e ele sorriu de verdade – Veja, mesmo antes de assumirmos o que sentíamos a gente andava de mãos dadas, nos abraçávamos e tudo mais, e isso era visto apenas como fanservice. A gente não precisa mudar isso, só não vamos poder anunciar aos quatro ventos, porque nem todo mundo aceitaria, nem todas as fãs concordariam... Não é realmente o maior empecilho Baek. Acho que você não se esforçou muito para desejar ficar longe de mim – Chanyeol agora mais calmo viu que estava fazendo uma tempestade em copo d’água devido ao medo de ficarmos longe, e começou a rir.

 

- Aish, naquela época eu realmente não imaginava que reencarnaríamos tão tarde, e de uma forma tão fácil para isso não ser uma pedra em nosso caminho. Mas você tem razão, no fundo de minha alma, mesmo com o ódio me cegando, eu não queria ficar longe de você.

 

- Devemos fazer outro poema de agradecimento...

 

- Do que raios você está falando?

 

- Foi Afrodite quem nos ajudou, de novo. Ela quem proibiu que viéssemos em vidas separadas, ela que nos fez lembrar as coisas, assim como foi ela que deu os conselhos para que parássemos de lerdeza e assumíssemos nossos sentimentos um pelo outro...

 

- Aaaaah, a Akane no parque... ERA ELA?!?! – Chanyeol gargalhou ao ver minha lerdeza por não ter percebido as coisas, e eu fazia um bico infantil nos lábios enquanto inflava as bochechas me mostrando irritado.

 

Chanyeol acariciava meu rosto e sorria de uma forma aliviada, ficando assim por alguns minutos.

 

- AAAAH É! – Chanyeol mudou de expressão do nada, o que me fez pular de susto.

 

- ENLOUQUECEU?! Quase enfartei com esse grito!

 

- Você será castigado hoje!

 

- Realmente enlouqueceu, acho que foram muitas emoções para um dia. Do que está falando agora?

 

- De você sorrir todo sedutorzinho para aquela fã psicopata que ficou repetindo o quanto o Bacon dela era lindo, talentoso, charmoso, e o quanto ela estava feliz por ter um autógrafo do “meu Bacon”. – Chanyeol falava imitando a voz da fã e eu percebi que minhas suspeitas mais cedo dele ter ficado com ciúmes realmente eram reais.

 

- Tá exagerando Channie. – eu não conseguia segurar as risadas.

 

- É sério! Aquele menina era medonha. Aposto que está fazendo coisas estranhas agora... Hmpf.

 

- Coisas estranhas?! Ah! Tipo desejando fazer isso em mim... – me aproximei do pescoço dele e passei a ponta da minha língua de leve. Sabia que ele era MUITO sensível aí e soube antes de nossa primeira noite juntos, porque uma vez uma fã foi abraçá-lo e acabou falando com ele no meio do abraço, por causa disso os lábios dela encostavam de leve no pescoço do mesmo. Chanyeol se afastou tão rápido da fã e quando o olhei ele estava todo arrepiado e corado e foi a primeira vez que quis desesperadamente tirar alguém de perto dele.

 

- T-T-Tipo i-isso...

 

- E talvez isso também... – eu me levantei para me sentar de novo, mas dessa vez me sentei no colo de Chanyeol, com cada perna de um lado do corpo dele, e ele imediatamente levou suas mãos até minhas coxas e as segurava de maneira firme como se ele quisesse mostrar, para alguém que não estava aqui agora e não podia ver, que eu era dele.

 

Eu me mexia de maneira sensual, tentando atiçar a intimidade de Chaneyol, enquanto ia mordiscando de leve o pescoço do mesmo.

 

- B-Baek...

 

- Siiiim? – parei de fazer qualquer movimento para olhá-lo com uma carinha fingida de menino santo.

 

- Era para EU te torturar... sabe?

 

- Digamos que estou descontando as provocações daquele banho, se lembra? – e ri, mordendo de canto meu lábio inferior e voltando a fazer movimentos contra o membro de Chanyeol, que a cada momento ficava cada vez mais animado dentro da calça dele. Mas o dele não estava sozinho nessa, meu membro também mandava sinais de existência dentro da minha roupa, e estar vestindo algo me incomodava. Mas eu não deixaria aquele momento passar, eu queria torturar Chanyeol... – Que mais ela pode estar fazendo? Hm... AH! Já sei!

 

E depois de falar me afastei um pouco de cima do membro de meu amado, abri sua calça e comecei a tocá-lo por dentro da roupa íntima.

 

- Ela pode estar se tocando, e me chamando?

 

- NÃO MESMO... Ai!. – Era muito fofo vê-lo com ciúmes e também sofrendo com meus toques. – Baek... Por favor...

 

- Aí ela pode colocar uma música para tocar... E ouvir minha voz, cantando “I lost my mind neoreul cheoeummannasseulttae” - falei essa última frase cantando em um sussurro e bem próximo do ouvido de Chanyeol, que no exato momento prendeu a respiração e eu sentir seu membro pulsar forte entre minha mão. Não colaborei muito porque voltei a provocá-lo no pescoço logo depois.

 

Eu sabia que essa música era importante para Chanyeol, porque quando fui apresentá-la com Kyungsoo em nosso showcase ele me chamou no canto e pediu para que mentalmente eu a dedicasse pra ele, e enquanto eu a cantava ele era a única pessoa em minha mente. Lembrar disso me faz pensar o quanto eu realmente fui burro por demorar a entender meus sentimentos por ele.

 

- M-Malvado. - e me pegou no colo, me jogando em sua cama e se posicionando em cima de mim. Eu sabia que essa última provocação o levaria ao limite. – Canta mais?

 

Foi mais forte que eu o sorriso que brotou em meus lábios com esse pedido. Eu não sabia que tinha tanto poder para deixá-lo tão excitado a ponto de querer me tomar daquele jeito e ao mesmo tempo tão apaixonado para pedir que eu cantasse aquela música para a ele – e ainda pedir com aquele rosto envergonhando e aqueles olhos brilhantes.

 

“Namaneun neol mideojugo jikyeojugo dallaejulkke

Nipyeoni doelkke

Nigyeoteseo jeoldae antteona

 

I lost my mind neoreul cheoeummannasseulttae

Neo hanappaego modeungeoseun get in slow motion

Naege malhaejwo ige sarangiramyeon

Maeilgeudaewa sumanheun gamjeongdeureul nanwojugo baewogamyeo

Ssaugo ulgo anajugo

Naege malhaejwo ige sarangiramyeon”

 

 

 

- Sim, é amor! – Ele sorriu ao responder a última estrofe da música cantada, e me beijou.

 

 

O beijo ficava cada vez mais caliente, e enquanto nossos lábios se movimentavam, nossas mãos também se mexiam, as minhas tiravam a roupa de Chanyeol e as dele tiravam minhas roupas. Devido à minha provocação Chanyeol estava ainda mais ansioso por aquele momento, e claro, eu também estava.

 

 

Chanyeol segurava meu rosto com suas mãos e intensificava mais ainda o beijo, enquanto isso eu ia descendo minhas mãos pelo corpo dele chegando até seu membro. Quando toquei na intimidade do maior senti seu corpo arrepiar, quando apertei sua glande o senti gemer em meio ao beijo.

 

 

Como se quisesse descontar em mim, Chanyeol fez o mesmo que eu e levou uma mão até meu membro, começando a masturbá-lo. Agora os dois alegravam o membro de cada um, enquanto o beijo ficava cada vez mais ardente, e os momentos em que separávamos nossas bocas eram quase que raros.

 

Parei meus movimentos no membro do maior e levei minhas mãos até suas coxas, forçando seu corpo contra o meu para que o atrito de nossos corpos fizesse nossos membros roçarem um no outro, e Chanyeol ajudava ainda mais o momento se esfregando em cima de mim. Aquilo tudo estava nos deixando loucos de prazer.

 

 

- B-Baek... Pode ficar de quatro para mim?

 

 

- S-Sim... – concordei com o rosto um pouco corado.

 

 

Chanyeol começou a beijar de leve da minha nuca até a minha cintura, fazendo e refazendo o caminho várias vezes enquanto voltava a masturbar meu membro.

 

 

- Ch-Channie... Por favor...

 

 

- O que? – eu pude ouvir o tom de provocação na voz dele. – O que você quer?

 

 

- N-Não enrole mais, por favor... Me... Me faça seu logo, me leve às alturas... Logo...

 

 

Senti a risada atrás de mim e depois vi Chanyeol pegar algo na gaveta da mesinha dele. Era um lubrificante, e eu suspeitei que quando ele foi comprar o Chantilly para o Kai ele havia comprado algo mais.

 

Um minuto depois eu senti Chanyeol friccionar seu membro em minha entrada e enfiou mais rápido do que na primeira vez que fizemos amor. Arqueei as costas e gemi.

 

 

- Baek, cuide dos gemidos ou eles vão ouvir...

 

 

- F-Foi mal... Não é tão fácil... Assim controlar...

 

 

E a cada minuto seguinte ficava mais difícil ainda. Eu abaixei meu tronco e fiquei com a cara no travesseiro de Chanyeol, abafando os gemidos que aumentavam devido às estocadas mais rápidas e profundas do mesmo. Para piorar meu descontrole, o maior pegava meu membro e continuava a tocá-lo, nos mesmos movimentos das estocadas dentro de mim. Eu estava alucinado, e o cheiro de Chanyeol que vinha do travesseiro me enlouquecia ainda mais.

 

 

Retorci meu tronco quando o senti tocar com tudo o meu ponto mais sensível.

 

 

- AAAAH...!! M-MAIS... MAIS FORTE... – Tive que voltar com o travesseiro de Chaneyol contra minha boca, para não levar outra bronca por gemer alto demais. Mas o que eu podia fazer? Aquilo era estonteante, era bom demais.

 

 

E Chanyeol estocava cada vez mais afundo, abusando de todo o meu interior e tocando cada vez mais rápido a parte sensível dentro de mim, sem esquecer também do meu membro que crescia e ficava cada vez mais rígido em sua mão.

 

 

Nossos corpos faziam a simetria perfeita, e se movimentam no mesmo compasso. Já estávamos completamente molhados devido ao suor e mesmo se nevasse lá fora, o quarto era quente devido àquele momento. Nossas respirações eram pesadas e cercadas de suspiros longos e contínuos, a música naquele quarto era remixada pelos gemidos abafados e os sons que saíam de nossos corpos.

 

Quando Chanyeol tirou seu membro de dentro de mim e voltou a penetrá-lo com força, atingindo profundamente e de uma vez o meu ponto sensível, eu não me agüentei. Arqueei as costas e mordi o travesseiro, chegando no meu limite ali mesmo e melando a mão do meu companheiro, que não demorou muitas estocadas a mais para também se desfazer dentro de mim.

 

 

Depois de se movimentar por mais um tempo dentro de mim, Chanyeol retirou seu membro e se deitou me puxando para cima dele enquanto roçava de leve seus lábios por todo meu rosto, até encontrar meus lábios e se demorar mais por ali.

 

 

- Hey, lembrar do banho mais cedo me deu uma vontade de... Repetir sabe? – falei passando de leve a língua pelos meus lábios, e depois mordendo o canto dos mesmos para provocar Chanyeol.

 

 

- Acho que eu não sou o único tarado aqui. – Chanyeol ria e depositava algumas mordidas leves em meus lábios.

 

- Culpa sua, toda sua... por ser tão sedutor assim. Me faz querê-lo o tempo todo, e agora tem que arcar com as consequências!

 

 

- Arcarei com muito prazer – literalmente.

 

 

Esperamos um tempo deitados naquela posição e depois fomos para o banheiro, afinal o último banho que tomamos juntos deixou muita vontade em nós dois.