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História Amarelo é a Cor Mais Fria - BillDip - A Teoria


Escrita por: Byunue

Notas do Autor


E aí seres humanos, turu bom? Espero que sim kdksks
Bem, eu vim aqui em cima só para agradecer a vocês leitores maravilhosos que lêem essa fanfic estranha que escrevo. Sério, vocês não sabem a felicidade que eu fico quando recebo notificação de um comentário ou favorito, isso me motiva muito a continuar, muito obrigada mesmo, vocês são incríveis. <3
Agora bora ler esse cap porque eu nem vou falar a inspiração que eu tive pra escrever isso viu kkkkkk

Capítulo 7 - A Teoria


 

Mabel

Quando Bill voltou para a sala com um pano em mãos e o semblante intrigado, Will e eu já havíamos limpado boa parte do chantilly.

— O que houve, Bill? — perguntei passando um paninho na poltrona do Stan e ele suspirou, pegando o pano da mão de Will.

— Nada, eu acho... Will, pode ir tomar banho, eu limpo isso aqui com a Mabel. — disse e assim Will saiu correndo para o banheiro, com cabelos de chantilly ao vento (isso soa legal).

Antes que ele começasse a limpar o chão, eu o cutuquei e cruzei os braços.

— O que foi? — ele perguntou, sorrindo.

— Me conte o que aconteceu!

— Eu já disse, não aconteceu nada... — disse vagarosamente, apertando de leve uma bochecha minha e voltando a limpar o chantilly que ainda havia no chão.

— Okay, então já que é assim, eu vou perguntar para o Dipper.

Bill suspirou e soltou o pano.

— Tá, tá! Eu conto, só porque você é fofa, mas se contar para alguém, eu te mato. — apesar da ameaça, eu me sentei e cruzei as pernas.

— Eu não vou falar nada, nadica de nada, prometo! — e passei a mão pela boca como se fechasse um zíper.

— Hum, assim espero. Bom, é que eu só fui lá naquele quarto velho em que seu irmão dorme, apenas para conversar e tirar dúvida de uma coisa, mas ele me despachou para fora como um bicho enquanto me acusava de ter dito algo que eu nem falei! — enquanto ele fazia uma pausa, eu parei pensativa. — Eu ia falar com o Will sobre isso mais tarde, para ver se sai alguma ideia útil daquela cabeça de melão azul, mas já que não é o caso e estou falando contigo, bom, me diga sua melhor hipótese!

— Hm... — murmurei, enquanto ainda raciocinava sobre. Eu não entendia muito do assunto, mas situações estranhas requerem suposições estranhas, então logo me veio uma ideia louca. — Hey! Como eu não duvido de mais nada, né? E se ele tiver lido sua mente? — e ele começou a rir. — Qual é a graça?

— Ah, pequena Mabel, veja bem: Eu é que sou o demônio da mente aqui, é simplesmente impossível lerem minha mente sem que eu permita e, mesmo que eu permitisse, é muita bagunça para uma única cabecinha humana suportar. — falou enquanto me dava uma cutucada na testa. — Ou seja, é impossível que isso esteja acontecendo, vamos engavetar essa hipótese.

— Mas e se fosse real?

— Não existe "mas" e nem "e se fosse" porque, simplesmente, não é possível.

— Mas e se fosse possível ser real?

— Se fosse possível ser real... Isso seria algo ruim. Mas, como não é possível, esqueça essa ideia, minha cara, vamos terminar de limpar isso logo antes que aquele Seis Dedos desgraçado venha reclamar conosco! — e voltou a limpar o chão.

Certo, isso foi estranho. Ele parece não acreditar na ideia, mas ao mesmo tempo está preocupado... Ah, deixa para lá. Melhor não discutir. Talvez o Dipper se pronuncie mais tarde.

[...]

Após limparmos toda a sala e termos tido uma ajuda vinda do Soos para limpar o pequeno saguão de entrada, todos estávamos acabados, mas, ainda assim, fomos tomar banho e nos sentamos à mesa para comer qualquer coisa que o tivô Stan tenha preparado.

— Mabel, vá chamar o Dipper para comer conosco, a janta já está pronta! — disse tivô Stan, desamarrando o avental cor-de-rosa da cintura.

— Okay, tivô Stan! — respondi sorrindo e fui saltitante até o quarto do Dipper. — Dipper, venha comer ou você vai morrer se não sair daí agora! — exclamei batendo três vezes na porta. Alguns segundos depois, ele abriu a porta e eu sorri. — Isso mesmo, bom garoto.

— Não é por nada, não, mas você me assusta as vezes. — disse saindo do quarto e descendo as escadas.

— Cortesia de sua parte dizer isso, mas todo mundo sabe que eu sou um amorzinho. — disse enquanto ia atrás e ele revirou os olhos.

— Você não muda mesmo, né? — perguntou, parando no final da escada, e eu fiquei de pé no último degral.

— Você é quem pensa. — disse sorrindo.

— É porque eu te conheço, coisa chata. Vamos logo, acho que se eu desmaiar dessa vez vai ser de fome e a culpa será toda sua por ter me enrolado. — e eu desci o último degral com um salto gracioso.

— Okay, maninho, se você está com tanta fome assim ao ponto de estar ansioso para comer a comida do tivô Stan com uma ajudinha do tivô Ford, acho melhor realmente adiantarmos! — ele riu.

— Besta...

Dito isso, fomos para a cozinha e nos juntamos aos outros na pequena mesa rodada de jantar que havia lá.

— Okay, vamos comer! Eu mesmo que fiz, se não ficou bom, é culpa do Stanford. — disse tivô Stan, pondo os pratos na mesa e em cada um havia uma porção de alguma gororoba verde.

Todos ficamos em silêncio, apenas observando a coisa no prato — com certeza, esperando ela criar vida e sair correndo —, mas logo olhamos todos para a mesma direção ao ouvirmos Dipper comer aquele troço como se fosse a melhor coisa do mundo.

Eca...

Dipper

Independente de estar bom ou ruim (está péssimo!), praticamente engoli tudo o que havia no prato, saciando minha fome aos poucos e atraindo olhares torcidos e enojados.

— Podem comer, o Dipper gostou, não foi, Dipper? — perguntou Stan atrás de mim, pondo uma mão em meu ombro e tudo o que fiz foi sorrir.

Isso está horrível, mas é melhor do que nada.

— O que é isso...? — perguntou Bill à umas duas cadeiras de distância, cutucando com o garfo o alimento.

— Língua de curioso, come logo se não eu uso a sua da próxima vez. — respondeu Stanford do outro lado, praticamente de frente para ele.

— Você não perde chance, não é? Depois acorda sem um dedo e não sabe o porquê! — e revirei os olhos, já esperando começarem uma outra discussão.

Nada aconteceu. Stanford apenas continuou olhando para o prato, como se estivesse em dúvida de se comeria ou jogaria tudo no lixo.

— Acho que comi uma pedra... — disse Will, depois de comer uma colherada, levando a mão até a boca e tocando em um dente.

— É... Deve ter caído algumas pedras ou pedacinhos de barro, eu esqueci de lavar as batatas... — disse Stanley, levando uma mão até a nuca e todos nos afastamos da mesa num arrastar de cadeiras.

— Acho melhor pedirmos uma pizza. — sugeriu Soos, se levantando e todos concordamos.

— Eu vou junto. — disse Stanley e ambos saíram.

— Não acredito que eu comi isso... — comentei, imaginando o que não engoli naquelas colheradas.

— É, Dipper, você vai morrer de qualquer jeito, hein? — disse Bill. — Se não é de carência, é de doença. Se não é de doença, é de fome. Se não é de fome, é de intoxicação alimentar. Boa sorte nessa vida!

— Aham... Espera, quem disse que eu sou carente?! — indaguei, afinal, aquilo era o cúmulo!

— Ehr... — começou Mabel, rindo e desviando o olhar. — Parece que o clima ficou meio tenso, né...?

— Mabel! — exclamei e ela me olhou com um sorriso fraco.

Com uma irmã dessas, quem precisa de inimigos? Pfft, que vida maravilhosa a minha, hein?!

— Melhor do que a minha, isso eu te garanto. — disse Bill e eu o olhei assustado.

— Que? — disse, confuso.

— É, vai dizer que gostaria de ficar na minha pele fazendo papel de Wikipédia e empregada para esse cara? — perguntou apontando para Stanford.

— Eu vou sair daqui antes que eu agrida esse idiota... — disse Stanford, se levantando e saindo da cozinha.

— Como se alguém fizesse questão de sua presença. — cuspiu Bill e Stanford bateu uma porta com força, com certeza se trancando no laboratório.

— Então... Acho melhor mudarmos de assunto, né? — sugeriu Mabel e Will rapidamente concordou.

— Que tal falarmos sobre o quão carente eu sou? — perguntei com um sorriso cheio de sarcasmo e ela suspirou.

— Okay, Dipper, desculpa! Eu não falei isso por mal, só comentei que você era meio sozinho e...

— Claro, já conheço esse seu tipo de conversa! — disse me levantando, pronto para sair, mas ela se levantou junto e ficou entre mim e a saída.

— É sério, me escuta! Eu não falei aquilo para te magoar, é que você nunca teve muitos amigos e nem uma namorada... Ou um namorado. Fora que você também não demonstra muitos sentimentos, então é claro que você é carente!

Mas que porra...?!

— Caramba, isso está melhor do que novela! — escutei Bill dizer e me segurei para não dar um soco na mesa — ou, se eu realmente estivesse possesso de raiva, em sua cara.

— Cala a boca, Bill! — bradei com raiva e ele me olhou, totalmente desnorteado.

Ficamos todos em uma perturbadora onda de silêncio, que apenas foi quebrada por Soos, que apareceu na porta, bem atrás de Mabel.

— E aí, galera? Só vim dizer que acabei de pedir a pizza. — disse Soos com um sorriso agradável, mas todos continuamos naquele silêncio. — Okay... Acho que eu vou... Ehr... Hm... — e saiu, nos deixando a sós novamente.

Olhei para todos e dei um passo à frente, na expectativa de Mabel abrir passagem para que eu, enfim, pudesse sair desse lugar, mas ela, assim como todos, apenas me olhou, estática e confusa.

— O que foi? — perguntei ainda um pouco alterado e escutei um riso irromper atrás de mim.

— Você simplesmente me manda calar a boca do nada e ainda pergunta? Eu é quem te pergunto, o que raios aconteceu?! — Indagou Bill, se levantando.

— Você é quem estava fazendo comentários idiotas e ainda pergunta?!

— Dipper, o Bill não falou nada... — disse Mabel, me olhando com um ar de confusão.

— Okay, se isso for uma brincadeira, podem dizer, eu já entendi. — disse, mas ninguém se pronunciou. — Ah, vamos! Vocês estão brincando com a minha cara! Só faltam dizer que agora eu posso ler mentes!

— Bill... — disse Mabel, olhando para o loiro e assim que ele pareceu entender o recado, estampou o desespero em tons de branco na face.

— Não... — disse ele, rindo enquanto mexia atônito no cabelo. — Isso é simplesmente impossível, eu já lhe disse!

— Do que vocês estão falando? — perguntei e Bill me olhou.

— Ela está tendo ideias estranhas. Ignore-as e finja que nunca suspeitou de nada!

— Mas aí está a prova! Quer ver? Dipper, me diga o que você escutou o Bill dizer! — ordenou Mabel e eu suspirei.

Qual é o problema desses dois?

— Que palhaçada viu... — falei já de saco cheio daquilo tudo. — Ele falou alguma coisa comparando nossa discussão com uma novela. Só isso.

— Eu não falei nada!

— Eu também não escutei nada... — disse Will e Mabel também concordou.

— Tá, okay, beleza. Vocês não escutaram nada e a partir de agora, eu não existo. Tchau. — e saí contornando Mabel, indo direto para meu quarto.

Era só o que me faltava, querem me taxar de louco, não é possível!

Cadê a consideração deles? Eu estou doente! Preciso de paz!

Antes que eu pudesse subir os últimos degraus para o sótão, senti alguém segurar meu pulso e me arrepiei com o frio incomum do toque. Quando me virei, dei de cara com Bill. Literalmente.

— O que é agora? — questionei me afastando, mas ele ainda me segurava
— Veio dizer que além do cheiro, eu também pareço uma sardinha?

Enquanto tentava me soltar de sua mão, ele riu e me olhou com os olhos brilhantes.

— Na verdade, não vou mentir, você é tão magricela quanto uma sardinha. Mas, não. Dessa vez, não vim aqui para isso.

Idiota.

— Ah é? Não diga. — ele me soltou, cruzando os braços.

— Você é sempre assim?

— Depende, "assim" como?

— Debochado, sarcástico, insensível, cruel? — disse e eu ri.

Claro, um riso “debochado, sarcástico, insensível e cruel”.

— Você é um demônio que matou mais de milhares de seres em incontáveis universos e eu é quem sou o insensível e cruel? Nossa, seu senso de justiça sempre me surpreende!

Bill riu, olhando para o chão, e logo voltou o olhar para mim, novamente.

— Não seja tão literal...

— Tem outra forma de interpretar o que você disse? Pois eu acho que não.

— Eu quero dizer que você é muito... Pff, você entendeu! Não me faça te descrever, eu sou especialista em matar, não descrever as coisas.

— Ótimo, então veio aqui só para encher meu saco?

Ele suspirou arrastado.

— Você também não facilita... Toma — e me entregou uma maçã verde. — Isso vai te dar mais energia.

Receoso, peguei a fruta e a observei atentamente. Não havia nada de estranho.

— Relaxe, eu não coloquei nenhum veneno nela, não quero que você morra, muito pelo contrário, se você morrer, aí sim eu terei um problema. — eu ri.

— Okay, então veio até aqui só para encher meu saco e me dar uma maçã possivelmente envenenada?

— E ele ataca novamente. Será que você pode, simplesmente, tentar não complicar as coisas?

— Ah, agora além de insensível, cruel, debochado e sarcástico, eu também complico as coisas? Uau, depois dessa eu vou até escrever um livro sobre o ser humano terrível que eu sou!

— Não, escreva sobre algo mais relevante, isso se tornaria mais um livro qualquer, tipo a história de vida de alguns (cof, muitos) Youtubers por aí, esses caras publicam livro sobre qualquer coisa, mas a galera lá do outro lado da vida adora. — disse e eu torci o nariz. — É, demônios adoram coisas que irritam as pessoas, enfim, respondendo a sua pergunta, não, eu não vim aqui para nada disso.

— Certo, então resuma sua intenção, isso está sendo confuso e desnecessário. O que você veio fazer aqui?

— Bom, acontece eu tenho uma teoria muito boa com relação ao que está acontecendo.

— Não tem nada acontecendo.

— Claro que tem! Você vive me acusando de coisas que eu nem disse e, pelo jeito, o mesmo acontece comigo. Mas para chegarmos no ponto que quero, você vai precisar colaborar.

Ele está falando sério?

— Está bem, mas se você tentar alguma coisa, eu te expulso do quarto. — falei abrindo a porta e entrando.

— Como se eu tivesse interesse em mortais... — disse enquanto entrava logo atrás e fechava a porta.

— Eu vou fingir que não escutei nada, assim você tem mais cinco minutos de vida aqui dentro.

Me joguei em minha cama e ele me olhou confuso.

— Eu não- Okay, chega! Apenas me escute e responda quando eu te perguntar alguma coisa. Está bem assim? — disse se sentando ao meu lado.

— Tá, fala logo. — disse indiferente, dando uma mordida na maçã.

Ele pareceu estar criando coragem para dizer o que veio em seguida.

— Certo, é o seguinte: eu estou começando a achar que você pode ler mentes. Bem, não exatamente mentes, mas, de alguma forma, você consegue captar meus pensamentos! Eu não achava que isso era possível, mas você simplesmente sai escutando o que penso e me julgando por aí! — disse e eu abro a boca para falar, mas ele me interrompeu com o indicador. — Nem uma palavra, eu ainda não terminei. — eu revirei os olhos.

Enquanto ele explicava tudo aquilo, eu observei com cautela cada detalhe de seu rosto e terminei por me perder, completamente avoado em meus pensamentos.

Sei lá, a forma como ele sorria enquanto falava e seus lábios se movimentavam com graça era diferente.

Quando percebi que ele parou de falar, pisquei com força e, rapidamente, o olhei nos olhos.

— Por que você parou? — perguntei.

— Você... Okay, em que diabos você está pensando?! Não está me ouvindo?

— Eu não estou pensando em nada...

— Eu acabei de te escutar... Espere! Então eu, realmente, também consigo ler sua mente? — perguntou arregalando os olhos.

— Achava que você já conseguia fazer isso...

— Eu só posso entrar na mente de alguém para ler os pensamentos caso a pessoa me deixe entrar, ou apenas seja burra o suficiente para apertar minha mão por acidente, então o universo entenderia como um consentimento mal consentido. Fora isso, o máximo que eu posso fazer é possuir o corpo de qualquer pessoa e outras coisas, mas não ler mentes, pois se fosse tão simples assim, eu já teria dominado todos os universos!

— Tão humilde...

— Nossa, e como você é engraçado!

— Não era para ser engraçado.

— Ah, tanto faz! Enfim, continuando, se eu posso ler sua mente, então isso quer dizer que... — e eu parei de escutá-lo mais uma vez a partir desse ponto.

A não natural luz prateada da lua era tão forte que eu nem precisaria ascender a luz do quarto para poder olhá-lo nitidamente.

Sinceramente, eu nunca achei que ele pudesse ser tão lindo, até no escuro... Mas que droga! Queria que fosse mentira, mas não posso dizer que ele não é bonito, apenas tosco, e idiota. Um grande demônio tosco e idiota!

Mas não era feio.

Uma leve brisa de verão entrou no cômodo, fazendo com que seus cabelos oscilassem como se estivessem sendo penteados pelo vento.

Cada fio era completamente loiro e, com toda certeza, mais bem cuidados que os meus.

E isso sem falar em seus olhos... Amarelos como o ouro, brilhantes como o sol.

Durante alguns muitos meses, eles foram parte de meus piores pesadelos, mas, agora, eram completamente diferentes. Não era como se isso fizesse dele alguém melhor, mas vê-lo humanizado daquela forma o fazia não parecer mais tão ameaçador...

Fora que em seu rosto tudo parecia estar em perfeita harmonia.

Tão perfeito que se ele fosse fazer harmonização facial simplesmente o mandariam de volta para casa...

Mas que idiotice, Dipper! Ew, ew, ew!

— Pinetree, você me assusta as vezes com seus pensamentos... — disse ele rindo, me fazendo enrubescer por ter sido descoberto. Ou seria pelo apelido?

— O-okay... E com isso tudo você conclui que...? — perguntei, tentando não entrar muito no outro assunto, e ele logo se levantou.

— Bem, concluí que é muito capaz que tenhamos algum tipo de ligação, afinal de contas, gostando ou não, você me libertou.

Espere.

Oh, meu Deus.

Então ele pode ficar lendo meus pensamentos?!

— Exatamente! Mas isso não acontecia antes, digo, logo quando nos encontramos, eu não conseguia ler sua mente, disso eu tenho certeza, então você tem alguma ideia de onde e como tudo pode ter começado?

Foi uma boa pergunta. Mas eu não faço a mínima ideia da resposta. Portanto, tudo o que fiz foi balançar a cabeça em negação.

Deus... Eu, realmente, mereço isso?

— Ora, vamos! É tão ruim assim ter algum tipo de ligação comigo? — perguntou rindo e eu o olhei com desdém. — Nossa, depois dessa eu até vou embora!

— Okay, tchau. — disse me ajeitando na cama para dormir.

— Caramba, eu nem ia, mas depois disso... A propósito, não vai querer comer a pizza?

— Achei que não queria que eu morresse.

— Se você não morreu comendo uma porcaria daquelas mais cedo, certamente que não será uma pizza que o matará. Mas, realmente, é melhor assim. O que não mata engorda e pelo menos com a maçã você vai se nutrir. — disse andando até a porta e eu sorri.

Ele estava preocupado? Ou foi só algo como “não engorde e nem morra, vou precisar de seu corpo para meus experimentos depois”?

— Hey. — ele me chamou ao abrir a porta do quarto e eu ergui, só um pouco, a cabeça para olhá-lo. — Por favor, não conte nada disso ao Stanford. Que eu vim aqui ou que tivemos essa conversa.

— Okay...

— Muito menos sobre nossa conexão.

Nossa conexão.

— Certo.

— Prometa!

Okay, eu prometo.

— Fale em voz alta, o efeito não é o mesmo.

Idiota, não abuse tanto de minha paciência...

— Tá, mas se você contar...

— Tá, tá! Eu prometo! Pronto, feliz agora?! Ótimo! Só vá embora!

Apesar de meu rompante, ele sorriu.

— Certo. Eu vou. — e parou, antes de fechar a porta. — Boa noite, Pinetree.


Notas Finais


Não me perguntem o porquê, mas eu amei escrever esse cap kkkkk

Mas enfim, eu tenho só uma perguntinha para vocês (se ninguém responder, eu apago e finjo demência): qual casal além do nosso maravilhoso billdip vocês gostariam que se formasse?
Minha amiga sugeriu mawill, mas não tenho certeza, então decidam aí, please kkkkkk
Lembrando que: não garanto que algum vá ser real, mas nunca se sabe, né :")


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