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História Amigos, porém depende. (Yoonmin Mpreg) - Capítulo Dois: Às vezes só precisamos de mais oportunidades.


Escrita por: minie_swag

Capítulo 3 - Capítulo Dois: Às vezes só precisamos de mais oportunidades.


Para Jimin, acordar ao lado de Yoongi era comum — afinal, eles estavam sempre passando a noite juntos. Contudo, abrir os olhos, nu, deitado no meio da sala do mais velho, era algo novo; trazia um tipo diferente de satisfação. Levando a mão até o rosto do mais velho, acariciando a face levemente, o acinzentado sorriu, observando o moreno sorrir sem mostrar os dentes.

— Bom dia, Minie — saudou o mais velho, abrindo os olhos com cuidado. — Dormiu bem?

— Bom dia, Gi. — Aproximou-se do mais velho, deixando um selar em sua testa. — Sempre durmo bem ao seu lado, hyung, mesmo no chão. — Sorriu. — Me lembre de comprar um tapete mais fofo pra você.

— Claro. — Revirou os olhos pelo tom debochado do mais novo. — Quer comprar hoje?

— Por favor. Seu cartão, eu te devolvi? Vou precisar — brincou, e, em menos de dez segundos, Yoongi estava sobre si, enchendo seu corpo de beliscões e lhe tirando risadas escandalosas.

Os dois estavam bem com o que fizeram, não havia sido estranho, mas ainda não tinham falado sobre contar aos amigos — era um assunto sensível entre eles. Na verdade, ambos ainda pensavam se esconderiam deles ou não, que estavam pensando em ter um filho; para Jimin, era melhor não contar, entretanto, Yoongi não se importava — eles apenas implicariam com os dois, como fizeram quando eles haviam se beijado na frente deles pela primeira vez. 

Entretanto, depois de Jimin dizer que era melhor guardar segredo até terem certeza de que estavam esperando um bebê, Yoongi concordou, pensando que talvez o acinzentado estivesse certo, afinal, seriam muitas perguntas e o mais velho não teria paciência.

Porém, quando, na outra semana, Yoongi e Jimin se encontraram para almoçar a fim de comemorar o aniversário de Taehyung — mesmo que não fosse o dia certo, pois o mais novo iria pra casa dos pais na data —, perceberam que talvez eles nem precisariam se preocupar com isso.

— Jiminie — chamou Taehyung, depois de um tempo encarando Jimin, este que nem percebia a forma que mirava Yoongi. — Vamos comigo ao shopping amanhã?

— Xii… — Suspirou. — Não posso, Tae. — Olhou pro amigo e depois tomou um gole de seu refrigerante. — Tenho médico amanhã.

— Médico? — indagou confuso. — Você tá bem?

— Sim, sim, não se preocupe — ditou meio nervoso e, como se percebesse que Jimin precisava de si, Yoongi se virou pros mais novos. — É só um exame de rotina, nada demais.

— Então eu posso ir com você e depois vamos ao shopping — sugeriu, sorrindo animado, mas seu sorriso morreu quando Jimin arregalou os olhos.

— Eu vou com ele, Tae — percebendo como o acinzentado ficou calado, Yoongi respondeu em seu lugar. — É uma coisa sensível pro Minie, então não se preocupe.

— Você tá com câncer? — O tom de voz elevado chamou a atenção de todos na mesa.

— Quem tá com câncer? — perguntou Namjoon, interessado demais em ouvir a conversa alheia para perceber que Jungkook fazia um bico manhoso pro seu lado.

— Ninguém tá com câncer — choramingou Jimin, pensando em como sairia daquela situação.

— Jimin vai ao médico porque está com... — A pausa feita pelo mais velho deixou o restante ainda mais preocupado, mas, para Yoongi, aquela pausa era para ele pensar em uma desculpa. — Hemorróida! Isso, Jimin, tá com hemorróida.

— Yoongi — resmungou Jimin, levando as duas mãos até o rosto, escondendo-se, com vergonha.

O silêncio que se instalou foi constrangedor, mas não durou muito tempo.

— Isso explica o mau humor do menino, não transa há tempos — comentou Hoseok com uma seriedade na voz que arrancou risadas de todos na mesa, menos, é claro, de Jimin, que pensava em como foderia Yoongi depois, e nem seria do jeito bom.

A parte boa de sair com seus amigos era que eles sempre sabiam quando deveriam fazer algum comentário, e foi isso que aconteceu no minuto seguinte. Jimin nunca quis tanto se esconder, mas, ao ouvir Namjoon resmungar que Jungkook poderia pegar uma hemorróida para parar de fogo porque ele queria transar o tempo todo, o acinzentado gargalhou, pois Jungkook fez um bico enorme que lembrou seu filho mais velho.

Quando se levantaram, prontos para voltarem aos seus trabalhos, Jimin sentiu Yoongi segurar sua mão e entrelaçar seus dedos, como se fosse habitual — e, de fato, era. Contudo, o mais novo percebeu que, dentro de si, aquele pequeno ato tão normal entre eles havia, por algum motivo, mexido com seus batimentos cardíacos.

— Vamos, Minie? — sussurrou Yoongi, apertando seus dedos e, como num feitiço — chamado sorriso de gatinho —, Jimin esqueceu que o mais velho havia o envergonhado na frente dos rapazes.

— Sim. — Sorriu de volta ao mais velho e caminhou ao seu lado até o carro, mais uma coisa habitual que, para Jimin, foi diferente, principalmente ao ver Yoongi abrir a porta pra ele. Jimin não queria pensar, mas aqueles pequenos atos bobos, estavam lhe trazendo sentimentos diferentes, como se tivessem um impacto maior nele dessa vez.

O sentimento de ter uma escola de samba dentro do seu peito se repetiu no dia seguinte quando estavam entrando no hospital, mas, dessa vez, Yoongi percebeu que o mais novo estava estranho.

— Hey — soltando a mão de Jimin por um momento, apenas para levantar seu rosto e fazê-lo olhar em seus olhos, Yoongi chamou. — Você tá bem, Jimin?

— Sim — mentiu, mas, pela feição do mais velho, ele não havia acreditado, o problema era que nem Jimin sabia o porquê de estar agindo dessa forma. — Acho que estou nervoso com o resultado. — Entre inventar algo e falar uma meia verdade, o mais novo optou pelo mais óbvio.

— Independente do resultado, estamos juntos nessa, Jimin. — Sorriu deixando um selar no nariz do mais novo, que sorriu com o ato e, para confirmar que havia entendido, roubou um selar de seu hyung, observando seu rosto ficar avermelhado.

— Fofo — disse num sussurro e procurou sua mão para entrarem ao hospital.

— O que disse?

— Nada. — Sorriu. — Olha, Gi, algodão doce, vamos comer depois? — perguntou, puxando o mais velho para entrar no hospital. Yoongi sabia que Jimin estava tentando distraí-lo.

Ao entrarem no hospital, Yoongi percebeu que havia começado a ficar tenso, de certa forma. Ele estava apreensivo, mas não queria retirar o sorriso do mais novo, Jimin estava tão animado com a ideia de engravidar que não havia falado sobre outra coisa durante os jantares que compartilhavam sozinhos no apartamento do mais novo.

Enquanto observava Jimin preenchendo a ficha, o moreno pensava o quão louca era aquela situação, mas, ao mesmo tempo, sentia-se feliz e realizado por estar prestes a ser pai — bom, era o que ele esperava. Durante o exame de sangue do mais novo, Yoongi dirigiu-se até a lanchonete que havia ali perto, comprando algumas besteiras para seu dongsaeng, ele sabia o quão manhoso Jimin era normalmente, imagina depois de tirar alguns mililitros de sangue?

E Yoongi tinha razão. Quando encontrou Jimin na frente do hospital o procurando, ele estava fazendo um bico enorme, que fez o moreno dar um sorriso de lado antes de se aproximar.

— O que foi, meu bebê? — perguntou Yoongi quando estava perto o suficiente para presenciar melhor o drama de Jimin.

— Eles tiraram muito sangue, Yoon — respondeu com o bico maior ainda, se isso era possível.

— Eu li que era pouquinho, Minie. — Com a mão livre, o mais velho levou a mão até o braço que tinha uma bandagem redondinha e se inclinou, deixando um beijinho.

— Mas tiraram muito, tá? — resmungou manhoso e, então, percebeu a sacola na mão de Yoongi. — O que trouxe, Gi?

— Eu trouxe salgado e chocolate pro meu bebê resmungão. — Sorriu e segurou a mão do mais novo. O exame só ficaria pronto em duas horas, então eles tinham tempo para comerem.

— Vamos comer então — falou, caminhando até a praça que havia em frente ao hospital.

— Esfomeado, meu pai. — Suspirou dramaticamente. — Onde eu fui amarrar meu burro? Eu não vou ter salário desse jeito.

— Ei! — Deixou um tapa no braço alheio enquanto sentava no banco.

— Não bate no pai do seu filho — retrucou, sentando ao lado do mais novo e colocando a sacola em seu colo. — Coca ou suco?

— Suco, sou um pai saudável.

— Park Jimin, se eu não soubesse que semana que vem você vai estar tomando dois litros de refrigerante sozinho, eu acreditaria nesse pai saudável.

— Você me odeia, Yoongi — falou, pegando um salgado. — Me odeia — continuou pausadamente. 

— Te odeio tanto que tô me prendendo a você pelo resto da vida.

A frase de Yoongi fez Jimin sorrir.

Ele estava se preparando para começar a comer enquanto observava as pessoas e os animais que passavam pela praça; o mais novo se encantou quando um casal hétero passou carregando um carrinho de bebê, a criança era bochechuda e tinha os traços da mãe e, silenciosamente, desejou que seu filho puxasse os olhinhos e a boca do mais velho, mas queria que o bebê tivesse as suas bochechas, porque adoraria apertá-las.

Quando a hora começou a passar e já tinha comido tudo, incluindo o algodão doce que fez Yoongi comprar, Jimin sentiu seu peito apertar. A mera possibilidade de não ter engravidado naquele dia doeu seu coração, mas ele não queria preocupar o moreno, queria que seu hyung ficasse bem e não sentisse seu medo, por isso, no momento que o despertador tocou os indicando que deveriam ir ao hospital novamente, ele sorriu.

O que ambos sabiam era que, no momento que entrassem naquela sala, tudo poderia mudar. Eles ansiavam que a mudança fosse boa, queriam sair do consultório com a certeza de que já podiam contar aos amigos que iam ser pais, ligar pros seus próprios pais e dar a notícia que sabiam que todos queriam ouvir. Contudo, nenhum dos dois estava preparado para o que ouviram do médico quando sentaram de frente pra ele.

— Eu sinto muito, senhor Park — falou, olhando o exame. — Você não está grávido.
Ao ver a forma que os olhos de Jimin lacrimejaram, Yoongi deixou sua tristeza de lado e levou a mão que estava livre até o ombro do mais novo, apertando a área, tentando, de alguma forma, mostrá-lo que estava ali com ele e que permaneceria.

— Vocês tentaram antes ou começaram agora? — perguntou o médico, sem saber como continuar a conversa.

— Foi a primeira vez que tentamos — respondeu o mais velho, sabendo que Jimin ainda estava processando a informação. Não ver o sorriso em seu rosto acabava com o coração de Yoongi.

— Oh. — Sorrindo, o médico se levantou. — Senhor Park, nem sempre os casais engravidam na primeira vez que tentam. — Caminhando pelo escritório até o armário, ele continuou a falar: — Então, eu os aconselho a continuar tentando.

— Então há chances? — pela primeira vez desde que entrara na sala, Jimin perguntou.

— Claro que há! — Sorriu, voltando ao seu lugar de ínicio e entregando a Jimin uma caixa de remédios. — Tome dois comprimidos por dia antes das refeições. Vou te passar uma receita com vitaminas, espero vocês aqui no mês que vem.

— Obrigado, Doutor Yoo — agradeceram em uníssono com um sorriso leve.

Não estavam felizes como entraram, mas estavam levemente animados para tentarem novamente e, dessa vez, eles tinham certeza que não estariam nervosos, porque não seria a primeira vez, talvez isso fizesse alguma diferença.

E fez.

Na segunda-feira — quando voltaram a rotina de sempre, após um fim de semana em que  haviam virado babás para Namjoon sair com Jungkook —, Jimin havia tido um dia terrível no trabalho. Ele estava cansado e estressado, Yoongi havia percebido isso quando entraram no carro.

Conhecendo o mais novo, como ele conhecia, ele apenas ligou a música do som, fez um pedido de comida japonesa pelo aplicativo e deixou Jimin quietinho, acariciando sua perna vez ou outra, apertando o local e recebendo um sorriso fraco como resposta, apenas para indicar que estava bem.

Mas Yoongi não acreditou nenhum pouquinho nisso. Enquanto entrava no prédio com o mais novo, cuidadosamente o moreno levou a mão em sua cintura, puxando-o para o seu apartamento. Abriu a porta de cor escura e deixou que Jimin entrasse primeiro.

Quando Holly apareceu pulando em sua perna, Jimin sorriu, agachando-se e ouvindo Yoongi resmungar que seu cachorro era um ingrato, enquanto caminhava para o que Jimin achou ser o banheiro, pelo trajeto que ele havia iniciado.

O mais novo se assustou quando o porteiro ligou e avisou que estava deixando o entregador subir — não sabia que o moreno havia pedido comida e se surpreendeu mais ainda ao reconhecer o entregador do seu restaurante favorito, deixando as sacolas na porta.

— Jiminie — chamou Yoongi ao ouvir a porta se fechar. — A comida chegou?

— Sim, Gi. — Sorriu, olhando-o e levando a comida para cozinha. Observou, então, que Yoongi estava apenas com a cueca preta no corpo branquinho com algumas pintinhas.

— Então vem cá — pediu, olhando o mais novo com um sorriso fofo.

— O que você tá aprontando, Yoon? — perguntou Jimin, mesmo que estivesse caminhando na direção do mais velho, estava curioso.

— Só confia em mim, bebê — sussurrou, pegando a mão do mais novo e o puxando para o banheiro.

O que Jimin esperava não era nem metade do que havia ali O mais velho havia colocado a banheira pra encher com algumas essências; na verdade, o acinzentado podia sentir perfeitamente o cheiro de morango enquanto entrava no cômodo. A música baixinha que tocava no celular posicionado em cima da pia trazia uma sensação de calmaria que Jimin só sentia quando estava com Yoongi, mas ele preferia acreditar que era a voz de Michael Bublé.

— Gi — chamou, sentindo as mãos do mais velho em seus ombros, massageando o local com todo cuidado do mundo.

— Shiu — sussurrou no ouvido alheio, virando-o de frente pra si, tirando uma risada gostosa de Jimin.

And you play it coy, but it's kinda cute, ah, when you smile at me, you know exactly what you do. Baby, don't pretend that you don't know it's true cause you can see it when I look at you — cantarolou Yoongi, enquanto abria a camisa do mais novo, botão por botão, sorrindo no processo por ver o sorriso de Jimin.

— Bobo — falou Jimin, com um sorriso bobo no rosto. Ele levou a mão até o rosto, tentando esconder o rosto corado, mas estaria mentindo se dissesse que estava odiando aquilo tudo.

Yoongi continuou cantarolando junto da música, tirando cada vez mais sorrisos do rosto fofinho que tanto admirava. Ele faria qualquer coisa para ver aquele homem sorrir, nem que pra isso precisasse ficar cantarolando.

Quando terminou sua tarefa de tirar a blusa de Jimin, Yoongi colocou a mão sobre o cinto do mais novo, encarando seus olhos e pedindo confirmação, que Jimin deu com um aceno. O mais novo aproveitou para mexer os pés, a fim de tirar os sapatos, junto da meia, deixando Yoongi retirar sua calça em seguida.

— Perfeito — sussurrou Yoongi, olhando pro rosto de Jimin.

— Não vai tirar o restante? — perguntou Jimin, indicando suas cuecas que ainda estavam em seus corpos.

— Achei que... — começou, mas balançou a cabeça, negando, e levou a mão até sua cueca pronto para retirá-la, mas a mão de Jimin foi mais rápida, segurando em seu pulso e se aproximando do mais velho.

— Eu tiro — disse, puxando a cueca do mais velho pra baixo e sorriu quando ele desviou o olhar.

Se Jimin estava estressado antes, ele não se lembrava, porque Yoongi era sua calmaria perante a tempestade e, quando entraram na banheira, o mais novo teve certeza que não existia nenhum homem como Yoongi.

Sentindo seus dedos em suas costas, massageando sua pele com carinho, na intenção de o deixar bem, ouvindo sua voz sussurrada em seu ouvido, falando coisas que o deixava vergonhosamente com tesão e calmo ao mesmo tempo, Jimin desejou guardar esse momento na memória — junto com todas as lembranças especiais — pra ele.

E ele poderia se acostumar com a ideia de chegar em casa, tomar um banho com o mais velho, ter seu corpo tomado por ele e, depois, jantarem enquanto falavam sobre seus dias. Ele poderia se acostumar, mas não achava certo desejar.

Com o passar do mês, ficou tudo mais fácil, eles realmente começaram a se entender melhor na cama, a entender o que gostavam e, principalmente, a não terem muita vergonha quando quisessem transar. E exatamente por estarem acostumando com a ideia, Jimin, quando a consulta estava próxima, chamou Yoongi para almoçar sozinho.

— Bebê — chamou Yoongi, depois de observar Jimin brincando com a comida. — Estou ficando preocupado, você normalmente não fica quieto e sua comida acaba tão rápido quanto eu pisco.

— Chato — resmungou e suspirou em seguida. — Eu estou sem graça de falar isso.

— Jimin, estamos literalmente fazendo sexo há um mês, se contar a vez antes da consulta, eu não acho certo você ter vergonha de mim, bebê. — Sorriu encarando o mais novo e buscou sua mão, entrelaçando seus dedos tentando o passar coragem.

— Tudo bem, Gi. — Sorriu com o carinho. — Hyung, eu andei fazendo alguns testes de gravidez nesse tempo, e todos deram negativo — falou, olhando ao redor do pequeno restaurante.

— Eles nem sempre estão certos, Minie — sussurrou, estava preocupado com o mais novo.

— Eu sei, mas eu queria te propor algo... Vamos adiar a consulta? Digo, continuar tentando e adiar mais uns dias?

— Quinze dias? — perguntou, obtendo um aceno como resposta. — Pode ser, bebê. — Sorriu. — Você estava achando que eu ia negar?

— Sim — disse, sem graça. — Como você disse, estamos transando há um mês, Yoon, achei que você estava doido para voltar pra farra.

— Minie, mil vezes — sussurrou —, eu realmente prefiro mil vezes transar com você do que continuar procurando casos em aplicativos de relacionamento.

— Eu vou aceitar como um elogio.

— Aceite. — Encarou-o. — Porque eu me sinto o homem mais sortudo do mundo por te ter do meu lado todos os dias, Park Jimin.

O comentário de Yoongi fez Jimin sorrir mais abertamente, mesmo que tentasse inutilmente esconder o sorriso através de suas pequenas e fofas mãos.

Para Yoongi, ver Jimin sorrir era um presente, principalmente se ele fosse o motivo do sorriso. Por isso que, quando se passaram os quinze dias, ele sentiu-se impotente, ao ver o lindo sorriso sumir ao encontrarem novamente o médico.

— Podemos fazer exames, doutor? — perguntou Yoongi, olhando para Jimin, que desviava o olhar.

— Para descobrir o motivo? — Encarou o moreno, que assentiu. — Jimin é saudável, podemos fazer esses exames sim, mas pode demorar. Tudo bem pra vocês?

— Tudo bem — olhando pro médico, Jimin respondeu. — Não temos muita escolha, então podemos marcar os exames?

— Na verdade... — interrompendo-os, Yoongi suspirou, tendo o rosto de Jimin focado no seu.

— Na verdade...? — Tentando incentivar Yoongi a continuar, o mais novo segurou sua mão, afinal tinha medo do que ele falaria.

— Eu posso engravidar no seu lugar, Minie, não tem problema.

— Yoongi... — Com os olhos cheio de lágrimas, Jimin suspirou. — Não precisa, eu posso esperar.

— Eu vou deixar vocês a sós. — A voz do médico se fez presente e, com um aceno de Yoongi, ele saiu da sala.

— Jiminie, me escuta — pediu Yoongi, sussurrando e encarando seus olhos. — Eu quero esse bebê tanto quanto você, então é justo, enquanto eu tento engravidar, você fazer os exames.

— Yoon — choramingou o mais novo, tentando não deixar as lágrimas caírem.

— Shiu, bebê, não chora, tá bom? — Passou os dedos longos pelo rosto do acizentado, limpando as lágrimas em sua face. — Eu quero fazer isso por nós, bebê.

— Eu te odeio — resmungou, deixando vários selares molhados pelas lágrimas nos lábios de Yoongi.

— Eu também te amo, baixinho. — O tapa que recebeu como resposta foi o suficiente para Yoongi entender que Jimin tinha aceitado a ideia.

Eles só esperavam que desse certo e que não tivessem mais um “não” quando voltassem ao consultório no mês seguinte.

E, quando estavam deitados na cama, Yoongi teve a certeza de que havia tomado a decisão certa. Principalmente depois de Jimin, timidamente, sussurrar: — Obrigado Yoonie, você não sabe o quanto me faz feliz.



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