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História Amnesia - Capítulo Onze


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


outra mudança, seguindo os novos termos do spirit: os títulos dos capítulos serão por escrito a partir de agora. Boa leitura xx

Capítulo 12 - Capítulo Onze


You know we used to be mad love, so take a look what you've done

 

POV Louis

– Louis – Annie disse, pausando um beijo estupidamente delicioso pra respirar – Sua bipolaridade extrema é uma coisa incrivelmente esquisita.

– E isso não é bom? – Perguntei, a encarando. Ela estava realmente confusa com o que eu tinha acabado de fazer. Respirava com certa dificuldade, debruçada por cima de mim. E eu simplesmente não sei o porquê de eu ter demorado tanto pra pegar ela desse jeito, exatamente desse jeito. Talvez eu pudesse ter feito isso no momento em que nos conhecemos. Mas não fiz. E é exatamente esse pequeno detalhe que deixa tudo diferente.

– Talvez seja – Ela disse, desviando os olhos – Mas é errado. Totalmente errado.

– Por que você insiste que eu faço tudo errado? – Perguntei, enquanto ela tentava sair de cima de mim. Dirigi minhas mãos até a cintura dela, a fim de manter ela aqui comigo. Annie desistiu depois de certo tempo.

– Porque você é um desgraçado, Louis. Você faz as pessoas gostarem de você, e depois trata elas como nada. Depois chega pegando desse jeitinho pela cintura, olhando desse jeito encantador e as pessoas simplesmente não resistem.

Respirei fundo ao ouvir essas palavras. Annie caiu deitada ao meu lado, olhando fixamente pro teto. Annie Sophie Grace, a garota que complicou tudo e ao mesmo me salvou de uma vida profundamente deprimente e chata, que consistia em competir. Olhei pra ela, que continuava olhando fixamente o teto. Sophie fechou os olhos e rolou pro lado, abrindo mais a distância entre nós. Me levantei e caminhei até a porta.

– Louis – Ela chamou, num tom de quase sussurro. Estava olhando fixamente pra mim, deitada de lado na cama – Eu gosto que você seja assim.

– Também gosto de você assim, deitada e sussurrando meu nome – Falei. Ela riu deliciosamente, e eu desci as escadas. Encontrei Liam na sala, arrumando o blazer.

– Eu. Você. Almoço social em meia hora – Ele disse, pegando as chaves do carro

– E por qual motivo você só me disse agora? Pessoas maravilhosas não ficam prontas em cinco minutos.

– Talvez seja porque você só aparece quando quer, princesa. Anda logo.

– Claro, senhor razão de tudo – Respondi, enquanto ele me xingava e eu subia as escadas outra vez. Vesti uma camisa, a única que estava dobrada adequadamente, troquei a calça e calcei os sapatos. Peguei o blazer e coloquei sobre os ombros, e desci outra vez. Pra minha surpresa, Annie e Zayn estavam sentados no sofá, tomando chá e conversando como duas senhorinhas que se conhecem há séculos. Pisquei duas ou três vezes pra entender aquela cena.

– Insano. Totalmente insano – Annie disse, quando me viu – Não acredito que você vai sair com a gola desse jeito. Medíocre.

– O que é que tem? – Falei, me virando pra enxergar. Ela bufou, apoiou a xícara na mesa, e caminhou até mim. Ficou quase na ponta dos pés, mas arrumou meio milímetro da gola que estava fora do lugar.

– Ótimo – Ela disse, suspirando e se sentando outra vez – Bom passeio

– Obrigada – Falei, estranhando o fato de ela não reclamar por ficar em casa. Subi no carro do Liam, e ele partiu, com o GPS ligado. O restaurante era um pouco longe – Por que vamos almoçar fora?

– Negócios, queridinho. Até parece que você esqueceu que nós trabalhamos.

– Queridinho é a minha... – Falei, mas fui repreendido por um olhar de juízo final do Sr Razão de Tudo.

– Parece que o efeito Grace está entrando em ação, hein? – Liam comentou, depois riu – Eu gosto dela. Talvez a gente sequestre ela e não devolva nunca mais.

– Duvido que você consiga – Falei, ligando o rádio. Estava tocando Beatles, o que me fez revirar os olhos e lembrar dela – Ela foi atrás do pai dela hoje

– O que? – Ele gritou, parando bruscamente o carro e me fazendo dar uma cabeçada no vidro

– Caralho, presta atenção nessa merda – Falei, esfregando onde eu tinha batido – Já não me basta essa bosta de olho roxo.

– Não muda de assunto, inútil – Ele disse, bravo – Como ela foi atrás do pai dela?

– Primeiro ela visitou aquele amigo dela, e não queria que eu soubesse – Expliquei – Mas eu descobri, lógico. Então ele disse que poderia levar ela até a casa do pai dela, e foi o que ela fez. Caroline e Niall estão ajudando ela. E com a cara que ela voltou, aposto que a visita não deu nem um pouco certo.

– E como você deixa ela sair sem avisar? Louis, você deve estar bem louco. Tem noção de que a polícia pode estar atrás dela? Ou melhor, aquela tia esquisita dela?

– Liam, eu só fui saber disso hoje. Ela não abre a boca pra me contar nada

– Pra beijar ela abre né?

– Vá à merda, eu não beijei ela.

– Ainda – Liam disse, e eu não consegui me segurar. Soltei uma gargalhada escandalosa.

– Você fala como se nunca tivesse vontade de beijar uma garota de boca carnuda e um belo traseiro. Você não é nenhum santo, Payne.

– Com certeza, nada pior que você – Ele replicou – Voltando ao assunto, você não deveria deixar ela sair.

– Liam, ela é livre. Se eu tentar segurar ela, com certeza vai ficar brava comigo. E ai, você já sabe.

– Entendi, docinho. Você não quer estragar as coisas com a Grace. Não quer que seja como a Claire.

– Eu já pedi pra você não falar esse nome, caralho! – Gritei, e ele bufou.

– Você nunca vai mudar? Vai ficar remoendo o passado daquela estúpida? E você não levante a voz pra mim, porque eu estou certo. A Claire era totalmente babaca. Ela te usou, Louis.

– Cala a boca – Murmurei, olhando pra fora, ele riu e começou a falar outra vez, mas eu não dei ouvidos. Estava ocupado demais olhando pra fora, prestando atenção. Estávamos extremamente fora da cidade.

– Liam – Interrompi, deixando ele ainda mais bravo – Você não disse que era um almoço social?

– Sim, por que?

– Nunca tive um almoço social no meio do mato.

– Merda – Ele disse, virando o carro bruscamente. Mas meio que era tarde demais. Uns vinte caras malhados até os dentes cercaram nosso carro, impedindo qualquer passagem e qualquer movimento. Uma armadilha.

– Podem descer dos carros, babacas – Um cara alto disse. Vestia um terno tão feio quanto ele. Annie teria desmaiado ao ver o estado da vestimenta dele. Repreendi esse pensamento o mais rápido que consegui. Não poderia nem pensar em dizer o nome dela a qualquer uma dessas pessoas, não poderia nem imaginar o mal que fariam a ela. 

– Vicenzo – Falei, entre dentes. Eu não aguentava mais ver esse homem metido nos meus negócios. Estragou rachas que eu estava participando várias vezes. Atrapalhou alguns pequenos furtos à bancos que cometíamos. Só porque ele queria ser justiceiro, sendo que ele era um bosta que roubava mais do que eu.

– Tomlinson – Ele sorriu – Que agradável ver você encurralado com o Payne.

– Melhor dizer o que você quer – Liam esbravejou – Já que não vamos almoçar, eu estou com fome. E pretendo não demorar a voltar.

– Algum motivo especial? – Vicenzo perguntou, abrindo os braços – Porque temos bons assuntos pra conversar.

– Na verdade não. Só não gosto de você – Liam retrucou, e eu não contive um sorriso. Parece que todo mundo ali tinha aderido a moda dos cortes rápidos.

– Payne, eu já disse que você tem que aprender a tratar seus superiores com boas maneiras.

– Só temos dois problemas, Vicenzo – Respondi, o encarando. Movi a mão lentamente até a cintura, onde eu costumava carregar uma pistola. Senti ela lá e destravei, o mais silenciosamente possível. Liam estava brincando com uma faca atrás das costas, ajeitando pra atacar. Sorri e encarei o desgraçado mais uma vez.

– Muito bem, quais são?

– Primeiro: Nós nunca teremos boas maneiras.

– Ah, péssimo. Lamentável – Ele disse, respirando fundo – E a segunda?

– Não temos superiores – Respondi, sacando a arma e disparando contra o cara que estava ao meu lado. Liam arremessou a faca pra ganhar tempo e pegar uma arma no carro. Atirei na perna de mais um, fazendo com que ele caísse. Vicenzo tinha se afastado um bom tanto já, com dois seguranças na cola.

– Louis! – Liam gritou, apontando pra ele.

– De hoje esse desgraçado não passa – Respondi, atropelando algumas pessoas que tentaram me impedir. Peguei a faca que estava no chão, e me defendi de qualquer um que me barrasse. Coloquei mais duas balas na roleta, correndo atrás de Lorenzo. Conferi como estava lá atrás, e Liam tinha derrubado mais da metade com tiros. Ri disso e corri mais ainda, tentando alcançar Lorenzo.

– Você nunca vai me alcançar, Tomlinson! Desista! – Ouvi ele gritar, então ri

– Minha arma faz isso por mim – Respondi, mirando a perna dele. Então, quando fui puxar o gatilho, algo me impediu. Fui puxado bruscamente pra trás, e recebi um soco na cara. O infeliz estava bem atrás de mim, e quem estava na frente era um dos seguranças.

– Não vai me alcançar, porque eu fiz isso primeiro.

– Desgraçado – Respondi, pegando a faca e partindo pra cima. Ele acertou-me mais um soco na barriga, mas não antes que eu fizesse um corte em seu peito. Vicenzo pressionou a mão por cima do ferimento, a fim de estancar o sangue. Acertei-lhe um chute na barriga e outro na perna, fazendo com que caísse. Mas, quando fui me abaixar pra conferir se tinha desmaiado, ele passou uma bela de uma rasteira, me derrubando.

– Eu sempre serei superior a você, Tomlinson.

– Só se for no quesito imbecil – Respondi, me virando pra alcançar a arma. Ele se levantou e chutou a mesma pra longe, depois acertou um chute no meu rosto. Senti o sangue escorrer pelo meu nariz e pela minha boca, enquanto eu tentava me recuperar. Vicenzo correu até a arma, e a apontou pra mim.

– Você achou mesmo que eu ia fazer isso tudo pra você sair vivo?

– Se eu morrer, você vai junto – Falei, tentando me levantar pra morrer dignamente. Mas, pra surpresa geral, quando ele foi puxar o gatilho, Liam surgiu sabe-se lá de onde com o carro e bateu nele a toda velocidade

Payne wins! – Ele gritou, saindo do carro. Ri disso, enquanto ele caminhava até mim – Quer ajuda, garotão?

– Pode parar com essas gírias ridículas – Falei, esticando a mão. Ele me puxou pra cima, e eu limpei o sangue com o lenço do bolso. Vicenzo Fortunata estava jogado no chão, completamente apagado. Pra minha tristeza, ainda respirava.

– Ouvi dizer que ficar na prisão é pior que morrer.

– E temos aqui um procurado número um pela estadual, estou certo?

– Certíssimo, meu caro. E podemos fazer uma denúncia anônima.

– Por que não? – Falei, pegando o telefone dele. Disquei o número da denúncia e entreguei pro Liam. Ele alterou a voz, pra ficar parecido com um senhor de sessenta anos que mora na roça.

– Oh, polícia estadual? Acabei de encontrar um senhor que me parece suspeito. Está desmaiado em frente a minha casa. Ah sim, parece que o nome dele é Vicenzo Fortunata. Estão a caminho? Ah, sim. Obrigado.

– Nós – Falei, andando até o carro – Merecemos um prêmio.

– Concordo, Tomlinson. Mas com a Grace em casa, eu tenho certeza que você não vai querer frequentar um bar com outras garotas – Ele disse, e eu ri fraco.

– Acha mesmo que a Annie vai gostar de mim um dia?

– Você é uma mula mesmo – Ele respondeu, fazendo uma curva – Annie Sophie Grace fica com um sorriso bobo toda vez que te vê, além de achar que você salvou a vida dela. E você faz exatamente a mesma coisa.

– Eu fico sorrindo quando vejo ela? Ah, não. Você está vendo coisas.

– Não só quando vê, quando pensa também. Dá pra ver pelo retrovisor, Louis.

– Cale a boca Payne – Respondi, tentando desmanchar a droga do sorriso. Acendi um cigarro, tentando ignorar as reclamações do Sr Razão de tudo pelo cheiro no carro. Quanto mais eu tentava esquecer Annie, mais as memórias me vinham. Desci do carro e joguei o cigarro ainda pela metade no chão do vizinho que eu nem conhecia, já que Sophie provavelmente iria implicar com o cheiro de cigarro. Abri a porta e subi as escadas, ignorando a conversa na sala. Pelo olhar rápido, Annie não estava lá. Provavelmente, estava trancada em um dos quartos. Subi as escadas de dois em dois a caminho do sótão, mas fui surpreendentemente puxado pra um dos quartos. A única coisa audível foi o baque da porta seguido da tranca, e eu me surpreendi assim que consegui enxergar alguma coisa.

– Oi, Louis. Sentiu saudades?


Notas Finais


Gostaram? comentem xx


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