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História Amnesia - Capítulo Dezesseis


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


Capa nova da fanfic, anjos. Feita sob encomenda pela helpfanfics, super recomendo! Gostaram? Boa leitura xx

Capítulo 17 - Capítulo Dezesseis


you are the reason, the only reason

 

– Por que não podemos simplesmente ir ao hospital? – Perguntei pela milésima vez, duas horas depois daquilo que eu preferia chamar de incidente. Louis estava deitado no sofá, enquanto eu fazia pressão sobre seu ferimento, já sem a bala. O ombro dele estava encoberto de sangue, e ele estava pálido como uma pata albina.  

– Por que você não pode simplesmente ficar quieta, Grace? – Ele perguntou, e eu o encarei brava 

– Por que você é tão teimoso? – Falei, e ele revirou os olhos. Tirei o pano do lugar pra checar se estava melhorando, e realmente estava. Por sorte, em um choque, lembrei de como papai havia me ensinado primeiros socorros. Caroline e Niall tinham ido junto com Liam atrás da garota que havia supostamente disparado. Zayn simplesmente sumiu, e Harry estava bem longe por não querer ver sangue. Nesse quesito eu me superei, já que sempre odiei ver sangue em minha frente. Louis foi, como sempre, a rara exceção. 

– Talvez você me devesse deixar sair daqui. Fazem duas horas que você está fazendo isso. 

– Louis, por favor, já falamos sobre isso fazem quinze minutos. 

– Então vamos falar sobre outra coisa 

– Totalmente de acordo – Falei, trocando o lado do pano. 

– Vamos falar da cara de assustadinha que você te quando alguém chega perto demais de você – Ele disse, sorrindo. Senti minhas bochechas corarem na mesma hora. 

– Eu não tenho culpa se tem um garoto que me joga na parede e fala ''vou te mostrar o homem de verdade''. Com qual cara você queria que eu ficasse? 

– Com cara de ''me beije, mestre supremo do universo'' 

– Bem mais fácil que eu fique com cara de ''preste atenção, grande idiota que levou um tiro'' 

– Prefiro a minha opção – Ele disse, encarando a televisão ligada – Mas você vai embora, então não vamos cumprir nenhuma das duas. 

– Sim, eu vou embora – Falei, suspirando – Vai conseguir me levar em casa com esse ombro machucado, senhor teimosia? 

– Acha que eu vou perder a honra – Ele disse, se levantando e empurrando meu braço – De te ver pela última vez, Grace? 

– A última vez que você vai me ver vai ser agora se você não deitar nesse sofá e continuar com esse pano no seu ombro, porque eu faço você morrer de dor. 

– Assustador – Ele disse, se encostando no sofá e colocando o pano de volta. Coloquei minha mão por cima do pano e ele colocou sua mão sobre a minha, encobrindo toda ela. Respirei fundo, me concentrando na ideia de não criar mais nenhum tipo de vínculo com Louis Willian Tomlinson. Dez minutos depois, Caroline adentrou a porta furiosa e se sentou ao meu lado, respirando fundo. Liam e Niall vieram discutindo logo atrás, e se sentaram no outro sofá. 

– Grace, já pensou em mandar esse infeliz tirar a camiseta pra compressa ficar mais fácil? – Caroline perguntou, me encarando. Pisquei pra ela, inconformada por não ter tido essa ideia antes. Sem que fosse preciso falar, Louis tirou a camisa cheia de sangue e jogou em algum lugar próximo à escada. Suspirei ao ter que me controlar em dobro ao ver aquele abdômen definido e bem detalhado, como se um anjo o tivesse esculpido.  

– Então, acharam ela? – Louis perguntou, se deitando outra vez. Coloquei a compressa de volta no lugar e me virei pra acompanhar a conversa deles. 

– Em lugar nenhum – Niall disse, empurrando Liam e se deitando no sofá 

– Ela deve ter ido pra algum bueiro, já que ela é um pedaço de merda mesmo – Caroline disse, irritada – Louis, eu não posso descrever em palavras o quão babaca você é. O quão idiota, o quão ridículo, o quão desmerecedor de ter Annie Sophie Grace lhe fazendo uma compressa no seu ferimento. Não posso.  

– Você já se expressa todo dia, podemos deixar isso quieto hoje – Louis disse, e ela riu irônica 

– Você é um completíssimo babaca – Ela retrucou, e eu ri. Adorava o jeito que eles se implicavam, já que Caroline saia ganhando em quase todas as vezes – Me dá essa porcaria de pano aqui Grace, você deve estar cansada 

– Obrigada – Falei, entregando o pano na mão dela. Louis grunhiu e tentou se recusar, mas Caroline o puxou pra baixo e empurrou o pano, o fazendo soltar um gemido de dor.  

– Sophie, você deve me odiar demais pra fazer isso comigo – Ele disse, e eu sorri e subi as escadas correndo pra arrumar minhas coisas. 

 

Dezessete horas depois. 

11h02 am. Coloquei minha última sacola dentro do carro, tentando não desistir no último segundo e escolher ficar com Louis pro resto da minha vida, sem lembrar de nada que me aconteceu antes disso. Zayn sequer tinha voltado pra casa depois daquilo, então não pude me despedir dele. Mesmo que ele tivesse feito aquela loucura, ainda era um dos melhores amigos que eu já tinha arranjado, e eu não o afastaria só por aquilo. Em um consentimento geral, concordamos que apenas Louis, Liam e Caroline iriam no carro. Harry e Niall iriam ficar pra caso a garota louca aparecesse outra vez e tentasse disparar em mais alguém. Parei no hall de entrada da casa, encarando aquela movimentação pela última vez. Como eu ia sentir falta dessa casa, cara. Mas eu não queria admitir. Queria pensar que estava muito feliz em voltar, mas não era exatamente assim.  

– Grace – Niall disse, caminhando até onde eu estava. Abri os braços, e provavelmente nos abraçamos pela primeira e última vez. 

– Horan – Sussurrei, o encarando – Cuida bem da Car. 

– Não precisa nem pedir – Ele sussurrou de volta, sorrindo – Vou sentir sua falta 

– Com certeza vai. Fui a graça de vocês por uma semana – Falei, rindo  

– Você causou intriga, Sophie. Sou grato por isso. 

– Sou grata por isso também, loiro – Falei, sorrindo. Harry saiu da cozinha com duas xícaras e veio caminhando, entregando uma delas pra mim. 

– Um último chá? 

– Claro – Falei, ajeitando a xícara. Colocamos os dedinhos para cima de bebemos nossa última xícara de chá, rindo depois daquela cena engraçada e ridícula ao mesmo tempo.  

– Vou sentir falta de você, Sophie. 

– Não me chame de Sophie 

– Sophie, seu nome é Sophie. Vou te chamar de Sophie sempre que eu te ver. 

– Eu realmente espero que você me visite, mas você não vai me chamar de Sophie. 

– Vou sim 

– Que seja – Falei, dando de ombros e rindo – Se você me visitar, já será ótimo. 

– Sempre que puder – Ele disse, me abraçando – Não vai se livrar de mim 

– Que ótimo – Falei. Louis veio e parou ao meu lado, me encarando com um sorriso 

– Pronta? Se despediu deles corretamente? 

– Acho que sim – Falei, tentando não parecer triste – Podemos ir. 

– Pegou todas as sacolas? 

– Peguei 

– Pegou aquela caixa que eu falei pra você pegar e só abrir lá? 

– Peguei – Respondi 

 – Pegou aquele casaco em cima da cama? 

– Peguei, papai! – Falei, e ele riu e colocou o braço por cima do meu ombro 

– É bom saber onde você mora. Vou te visitar todos os dias 

– Promete que vai cuidar direito desse machucado, já que você não quer ir ao médico? 

– Prometo – Ele respondeu, enquanto caminhávamos para o carro. 

– Promete que não vai brigar tanto com a Caroline? – Pedi, e ele sorriu 

– Você está pedindo coisas inteiramente impossíveis 

– Só queria tentar – Falei, rindo. Ele abriu a porta e nos sentamos no banco de trás. Caroline ia dirigindo já que ela sabia bem o caminho, e Liam foi no banco do carona. Deitei no colo do Louis, que acariciava meu cabelo enquanto me encarava. Não, não era possível que essa fosse a última vez que eu iria ver aquele par de belíssimos olhos azuis. Não podia ser a última vez que eu me deitava em seu colo, não queria que fosse a última vez de nada daquilo. Estava a um passo de desistir, mas o dever me chamava. Me sentia forçada a fazer aquilo, mas algo me dizia que eu tinha que fazer.  

– Sempre achei que você ia ficar – Louis comentou, olhando pela janela – Achei que, de algum jeito, conseguiria fazer você ficar. 

– Achei que eu não era corajosa o suficiente pra deixar vocês – Falei, e respirei fundo – Mas eu preciso ajudar meu pai.  

– Poderíamos cuidar dele, e quando estivesse recuperado, poderia voltar pra nós. Pra mim – Ele disse, me encarando – Até mesmo pro Zayn, se quiser 

– Claramente prefiro você, mas isso não significa que eu vá voltar desesperada pros seus braços. 

 – Sophie, você já está desesperada nos meus braços – Ele disse, sorrindo – Você não consegue esconder merda nenhuma com essa carinha de bebê. 

– Você não consegue esconder merda nenhuma com essas palavras. Está claramente em ênfase que você é um filho de uma puta, um arrogante desgraçado que acolhe garotinhas sem memória. 

– Está claramente em ênfase que você adora 

– Te odeio – Falei, sorrindo e me levantando ao ouvir Caroline dizer que estávamos perto. Não foi surpreendente ver minha casa outra vez, e sim ver um homem alto regando um arbusto seco no jardim. Claramente, conseguia ver que aquele homem era meu pai, fazendo algo que ele sempre costumava fazer: Regar o arbusto e perguntar porque ele não produzia flores ou frutos, e eu ficava quieta apesar de saber a resposta. Era um arbusto de folhagem, não de produção frutífera ou floral. Caroline ia estacionar, mas assim que ela encarou o homem ela entrou em choque, e o carro foi passando lentamente em frente a minha casa, como em um filme de suspense. Eu não podia entender o motivo, até ver meu pai se virar e entrar em choque de mesmo jeito 

– Seus forasteiros! – Ele gritou, puxando algo do bolso. Caroline pisou fundo no freio, me fazendo bater a cabeça no encosto do banco 

– Annie Sophie Grace, sua desgraçada! Por que não me falou que seu pai era Charlie Holmes? – Ela gritou, virando as ruas ferozmente. Ouvi um som de sirene atrás de nós, e pude realmente ver uma viatura policial com meu pai no volante. Sim, agora me lembro. Meu pai era o delegado desse bairro onde estávamos.  

– Por que eu deveria? – Gritei de volta, me segurando no apoio da porta – E por que estamos fugindo? 

– Há coisas na vida que você nunca deveria descobrir – Caroline disse, virando uma esquina ferozmente 

– Não se atreva a contar! – Louis gritou, bravo. Ouvi o megafone atrás de nós 

– Vocês estão presos em nome da lei do Reino Unido, forasteiros! Encostem o carro para que possamos facilitar a situação! – Era a voz do meu pai, inconfundível. Encarei Caroline, depois Liam, depois Louis. Os três estavam totalmente em pânico, o que gerou o meu pânico. Supostamente eles deveriam ser pessoas gentis que acolhiam garotinhas sem memórias, não forasteiros da justiça do Reino Unido. 

– Annie, por favor, não é o que você está pensando – Liam grunhiu, segurando-se no banco devido às curvas bruscas que Caroline fazia. Encarei ele e levantei os braços, sem entender nada. 

– Me digam que ele só está pensando que vocês me sequestraram, me digam que vocês não são o que eu estou pensando! – Gritei, me sentindo perdida mais uma vez – Me diga que eu e meu pai estamos loucos! 

 – Parem de enrolar a garota! – Caroline gritou, derrapando mais uma vez, o que me deixou nos nervos – Eu só espero que você nos perdoe, Grace, porque você foi minha única amiga em todos esses anos de merda. 

– Mas o que está acontecendo? – Gritei, brava. Toda aquela situação tinha me tirado do sério. O barulho das sirenes ecoava na minha cabeça e eu queria me esconder de tudo aquilo, mas já não podia ficar sob as asas do Louis, já que supostamente ele tinha mentido pra mim. 

– Olha pra mim – Louis disse, como se lesse meus pensamentos. Ele segurou minhas duas mãos juntas e me encarou. Os preciosos olhos azuis brilhavam na mais intensa adrenalina, e eu queria os ter em um potinho e os guardar para sempre – Aconteça o que acontecer, eu nunca tive más intenções com você. Sempre quis o seu bem, tudo bem? Eu tentei esconder, mas seu pai tinha que ser delegado, não é? Annie Sophie Grace, eu espero mesmo que você não queira nos matar, porque nós queremos cuidar de você e ter sua companhia para sempre. Prometa pra mim que não vai esquecer. 

– Como eu vou prometer? Louis, eu não sei quem você é! 

– Nós somos os clássicos foras da lei, Grace. Somos os bandidinhos! – Caroline gritou, e eu arregalei os olhos – Roubamos dinheiro, apostamos rachas, esse tipo de coisa  

– Como é? – Gritei e volta, pasma. Ela jogou o carro pro canto e parou. O barulho de sirene havia sumido e eu mal havia notado. Louis abriu a porta do carro e me puxou pra fora, pegando as sacolas que estavam ali. 

– Precisa ficar com o seu pai. Me prometa aquilo – Ele disse, me encarando – Agora. 

– Não posso! 

– Prometa! – Ele gritou. Vi o carro policial virar a esquina outra vez. 

– Tudo bem, prometo! – Gritei. Então ele fechou a porta e foi embora. 


Notas Finais


Quase 1000 views!!!! Será que chega hoje com esse capítulo melodramático? comentem xx


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