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História Amnesia - Capítulo 44


Escrita por: Sunkrich

Capítulo 44 - Capítulo 44


Fanfic / Fanfiction Amnesia - Capítulo 44

Eu estava de quase cinco meses, minha barriga já era notável e eu me sentia literalmente grávida com todos os sintomas, tais como: cansaço, sono, inchaço, mau humor e vontades no meio da madrugada! Justin estava sendo maravilhoso, sempre muito paciente, atencioso e cheio de cuidados comigo!

- Vou pro estúdio agora- beija minha testa devagar- Quer vir?

- Não sei, me sinto cansada- reclamo fechando os olhos.

- Pode chamar a Natalie se quiser- me diz- Não quero que fique aqui sozinha…

- Tudo bem, eu vou!- me levantei com dificuldade e ele me ajudou- Pelo ou menos posso me distrair um pouco, mas vou levar a Nat comigo!

Ele sorriu! Me troquei e liguei pra ela que acabou querendo ir e disse que me encontraria lá em uma hora. Entramos no carro em seguida e seguimos pro estúdio no centro de Los Angeles.  Parecia que todos me olhavam, ora com simpatia, ora com inveja e indiferença. Definitivamente, eu não era ninguém ali no meio daquelas pessoas, produtores e gente do ramo musical.

- Não vai entrar?- Justin me espera parado em frente ao elevador.

- Vou esperar a Nat e assim que ela chegar, subimos!- sorri pra ele.

Me sentei em uma poltrona a recepcionista olhava pra mim com certa curiosidade. Não conversamos, apenas sorrisos. Meu celular apitou sinalizando mensagem.

“Vai me matar se eu não for?! Meu carro quebrou, alguma parte dessa merda simplesmente não funciona. Tô no meio do caminho esperando alguém vir consertá-lo… Nos vemos depois?! Me desculpa! Amor. Beijo. Nat”

Que ótimo, pensei! Peguei o elevador e subi a contra gosto. Seria melhor ter ficado em casa vendo TV e comendo coisas saudáveis. Entrei e umas dez pessoas estavam na sala. Me sentei e tentei não atrapalhar nada.

- Cadê a Nat?- Justin vem até mim.

- Não vem, o carro dela morreu- revirei os olhos.

- Quer que eu te leve pra casa?

- Não precisa, eu espero- forcei um sorriso.

Ele assentiu e me deu um selinho, voltando pra onde estava. Depois de um tempo, até que eles não eram tão ruins assim! Alguns deles vieram conversar comigo, perguntaram sobre a minha gravidez e se eu precisava de alguma coisa, se me sentia bem ali. Peguei uma revista qualquer e comecei a folheá-la, só pra me entreter um pouco. Um perfume  adocicado e forte invadiu o lugar, me fazendo ter ânsias. Me segurei e respirei fundo pra não correr até o banheiro. Uma ruiva linda, despojada e segura de si me olhou incessantemente, sorrindo com certo deboche. Eu sabia o que ela pretendia, era muito claro pra mim e fiquei com muita raiva!

- Meg, essa é Meredith Truman, a nova aposta da gravadora!- Justin nos apresentou.

Sorri pra ela e segurei levemente sua mão.

- Sua mulher é muito bonita, JT!- foi simpática- Pra quando é o bebê?!

- Daqui a quatro meses- respondi.

- Já sabem o sexo?!- perguntou feliz.

-Ainda não, vamos ver na próxima ultrassonografia- ele diz.

Ele piscou pra mim e ambos seguiram pra gravar um dueto entre eles que seria lançado em breve, mais uma colaboração dele pra outros artistas, criando tudo, da letra até as batidas! Eu podia ver através do vidro e ela não poupava esforços pra tocar nele sempre possível. Um sorriso, uma piscada, sua mão na dele, alisando seu peitoral… Que merda essa cretina acha que tá fazendo?! E ele concorda com isso por quê? Será que tá gostando? Provavelmente sim…

Fico com calor, vermelha, olhos lacrimejando e pulsação acelerada, mas me contenho. Alguns minutos e a gravação dá uma pausa.

- Tá tudo bem?!- ele se agacha perto de mim, preocupado.

- Tá sim, só o de sempre- passo as mãos pelo seu rosto.

- Trouxe uma água- Meredith me oferece com cara de santa!

- Obrigada- tomo devagar.

- Vou ficar fazendo companhia á Meg- diz pra ele- Pode ir que eu cuido dela!

Me beijou e saiu novamente.  Ela me olhava com insistência, me analisando, o que estava me deixando desconfortável.

- Ele é bem agradável, né? O seu marido!- riu pra mim.

- Ah é sim, muito- tentei conversar normalmente.

- E vocês se dão bem?!- se interessa.

- Nos damos muito bem, ele é maravilhoso!

- Dá pra notar mesmo- concordou- Não tem medo de que ele te traia?! Foi assim antes e pode ser com você também…

- Não, eu confio nele e sei o quanto me ama!

- Mesmo com a gravidez?! – questiona.

- Acho que não entendi…

- Homens perdem o tesão quando a mulher fica grávida, por causa da mudança do corpo, das crises, ou seja, eles não as acham atraentes!- me provoca.

- Não é o nosso caso- disfarço meu nervoso.

- Tem certeza disso?!- me olha de lado, rindo absurdamente- Podia jurar que ele não tirava os olhos de mim durante a gravação!

- Tá louca?!- falei alto- Só pode estar! Nunca ele ia olhar pra você, sou eu quem carrego o filho dele dentro de mim!

- Posso satisfazer as necessidades dele agora que você não pode… A barriga deve atrapalhar bastante e não me importaria em agradá-lo, em dar tudo o que ele precisa…

Contei até um milhão pra não dar na cara dela! Ela queria me fazer perder o controle, mas não ia conseguir.

- Eu e nosso filho somos tudo o que ele precisa!- rebati, passando a mão pelo meu ventre.

Ela se levantou assim que a chamaram e a gravação foi retomada. Respirei fundo, repassando mentalmente nossos momentos felizes juntos, todas as vezes que ele disse que me amava e me foquei nisso e no bem estar do bebê. Aquela cadela no cio só sabia dar em cima dele, descaradamente, me provocando…

Eles eram só sorrisos de cumplicidade e entrosamento mútuo. Ela o abraçou por trás e ele sorriu bem próximo á ela, parecendo adorar toda aquela situação! Me levantei rapidamente, quase arrombei a porta do estúdio e entrei em meio ao susto, sem saber o que dizer.

- A gravação acabou- apertei um botão qualquer.

Todos me olharam com espanto, não entendendo a minha atitude.

- Acabou?!- Justin me olhava seriamente.

- ACABOU!- falei alto- NÃO QUERO ESSA MULHER AQUI!

- Megan, do que está falando?- seus olhos me fitam.

- ESSA AÍ DANDO EM CIMA DE VOCÊ!

- Eu nunca faria isso- se fez de indignada.

- AH NÃO?!- ri alto- E AS COISAS HORRÍVEIS QUE ME DISSE AGORA HÁ POUCO?!

- EU NÃO DISSE NADA!- fingiu um choro.

- EU VOU ARRANCAR OS SEUS OLHOS COM AS UNHAS!- parti pra cima dela e puxei uma mecha do seu cabelo.

- MEGA, PARA!- ele me puxa com certa violência- JÁ CHEGA!

- ELA DISSE QUE…

- CALA A BOCA!- grita comigo- NÃO QUERO OUVIR!

Nunca me senti tão humilhada e triste em toda a vida. Justin nunca tinha gritado comigo antes, não desse modo, me quebrando por dentro… Me pegou pelo braço, apertando fortemente e me levou pra fora.

- ELA QUER FICAR COM VOCÊ, ME DISSE ISSO, QUE IA TE TIRAR DE MIM!- tentei contar á ele.

Ele diz algo pro segurança, ainda segurando meu braço e me leva até a rua, me enfiando dentro do carro.

- NÃO VOU TE DEIXAR AÍ COM ELA!- me debato lá dentro, batendo contra o vidro.

O vejo se virar, sem me olhar, sem se importar comigo e logo o carro começa a andar em direção á nossa casa. Choro o caminho todo, incessantemente. Saio do carro e não respondo quando  o segurança me pergunta se me sinto bem. Vou até nosso quarto e fico ali, me torturando, me martirizando com coisas que possam acontecer.

A vejo beijando-o, os dois juntos em cima da mesa do estúdio depois que todos se foram, se pegando… Minha cabeça explode de dor e minha respiração acelera, me deixando quase sem ar devido á raiva e a impotência. Por que ele havia feito isso comigo?!

Esperei por ele durante mais de quatro horas. Ouvi o carro chegar, freando bruscamente. A porta da frente se abre e ouço seus passos pelo corredor. O medo me consome. Justin entra no quarto e não olha pra mim, como se eu fosse invisível. Continuo imóvel, temendo até respirar, não querendo ser um incomodo pra ele. Ele se troca, se perfuma e vejo o quanto está lindo. O ciúme bate em cheio!

- Aonde vai?!- me levanto da cama.

Silencio. Continua andando a passos largos pelo closet, sem falar comigo.

- Me diz aonde vai- choro.

Novo silencio. O odeio por isso.

- FALA COMIGO- grito.

Nada. Apenas o nada.

- FALA COMIGO- insisto, batendo em seu peito várias vezes- ME FALA AONDE VAI…

Me segura firme pelos pulsos, me apertando.  Seus olhos brilham de raiva e acho que me mataria se pudesse!

- Parabéns por mais uma cena patética de ciúme!- ri com deboche.

- ELA ME DISSE COISAS ABSURDAS, ME DISSE QUE IA FICAR COM VOCÊ, QUE VOCÊ TAVA DANDO EM CIMA DELA…

- Por me fazer passar vergonha, mais uma vez- mantém a calma forçada, não me ouvindo.

- AQUELA VADIA DISSE QUE VOCÊ NÃO SE IMPORTAVA COM NOSSO FILHO, QUE TINHA PERDIDO O INTERESSE EM MIM, QUE NÃO ME AMAVA MAIS AGORA QUE EU ESTOU ASSIM- gritei.

- PARA DE MENTIR!- gritou de volta.

- NÃO ESTOU MENTINDO!- o choro vinha forte- É VERDADE!

- ELA NUNCA FARIA ISSO!

- POR ACASO A CONHECE TÃO BEM? DE ONDE? DE ONDE VOCÊ A CONHECE?!- me altero.

- NÃO SUPORTO MAIS SEU CIUME DOENTIO, NÃO SUPORTO MAIS!- me joga na cama.

- EU TE ODEIO!- grito chorando muito.

- VOCÊ ME SUFOCA, ME SINTO PRESO, MONITORADO A CADA SEGUNDO…

- Me desculpa- digo baixo, arrependida.

- Você se tornou tudo o que mais criticava nela, tudo o que a fez me perder e agora está fazendo exatamente o mesmo!- bate a porta e sai, sem me dizer pra onde.

Escuto o carro sair e deito no chão, encolhida. O chão é duro, frio, mas não me importo. Canto uma canção qualquer pro bebê que se agita dentro de mim. Acho que seu pai não nos ama mais, penso e digo á ele. Fiquei muito tempo assim, não sei dizer exatamente quanto. Me sentia abandonada, sozinha e aterrorizada só de pensar em perde-lo…

Já é de madrugada quando ele volta, eu acho. Estou há horas na mesma posição, perdida em mim mesma, tentando raciocinar em que estou errando, em que estou falhando tanto… Sinto frio, muito frio. Meus olhos estão inchados e pesados de sono e cansaço. A porta abre e ele entra, me retirando cuidadosamente do chão, me pegando em seus braços fortes e me deitando sobre a cama.

- Me desculpa- digo mais uma vez.

Seu olhar é sério e ele não diz nada. Me cobre com uma coberta e sinto cheiro de álcool quando se aproxima de mim. Não quero pensar onde esteve e com que esteve. Durmo chorando baixo, até não aguentar mais (…)

A luz do Sol entra pela festa da janela recém aberta. Me sento na cama e Justin está parado em frente a mim, expressão séria.

- Você precisa tomar um banho- diz sem olhar direito pra mim.

 Caminho, entro na banheira e me deito lá dentro. Ele sai e me ensaboo, demorando o máximo de tempo possível. Me seco, visto uma roupa qualquer e fico esperando por ele que logo entra com uma bandeja de café da manhã, depositando-a  sobre o criado.

- Precisa comer- manda.

- Vai ser assim agora?!- me encorajo a dizer- Somente me dando ordens?

- É pro bem do nosso filho- responde sem pressa.

- E o que é bom pra mim, ainda te interessa, ainda se preocupa comigo?!

- Sabe que sim!

- Não parece- mexo o leite sem entusiasmo.

- Acha que não me preocupo com você?

- Tudo agora é sobre essa criança…

- A culpa é sua, você escolheu ser tratada assim- rebate.

- Não é verdade, eu não fiz nada pra merecer isso… - fico com raiva dele e de mim.

- Não quero discutir mais sobre isso, já foi o suficiente, não?!- me repreende.

- Te quero de volta, quero o meu marido de volta, aquele que me amava, que se importava com o que eu sentia!- começo a chorar. Merda!

- Eu ainda tô aqui, ainda sou o mesmo, só não sei por quanto tempo porque não posso estar com alguém que não confia em mim, que desconfia de tudo o que eu faço e não acredita no que eu sinto…

- Só queria te contar o que houve ontem, mas acho que não vai acreditar- abaixo os olhos, olhando pra minha barriga.

Justin espera pra que eu continue, sem dizer nada.

- Meredith me disse que você perdeu a vontade de ficar comigo agora que estou grávida, que iria me trair com ela assim como fez antes e que certamente não me achava mais atraente- contei.

- E acreditou mais nela do que em mim?!- me encara fixamente.

- Tentei te dizer, mas você não acreditou, não quis acreditar nas coisas horríveis que ela me disse, nas provocações e em como ele colocou pra baixo…

- Pensei que estivesse bastante evidente o quanto me importo com vocês porque não há nada que eu não faça por vocês. Nada!

Me senti uma idiota mimada , descontrolada e insegura.

- Tô enlouquecendo, sei disso- confesso- Acho que são os hormônios ou sei lá…  Não quero colocar a culpa em você, mas não tenho mais confiança em mim, me sinto feia, gorda, de outro mundo e não posso sequer pensar que você vai olhar pra outras, que vai me trocar… Me mataria se acontecesse!

- Não vou fazer isso- pega em minha mão- Você e esse bebê são o que há de mais importante pra mim, daria minha vida por vocês e os amo mais do que tudo, mais do que a mim mesmo!

Suas mãos acariciam meu rosto e o abraço forte. Ele tenta  ficar imóvel, indiferente, com raiva ainda, mais logo se rende e me abraça de volta, me estreitando contra seu peito.

- Só quero ser feliz com você, longe de todo mundo!- digo em meio ao choro de alívio, suas mãos passando em meu cabelo.

- Vamos ser, prometo!- me beija.

- Quero sair daqui, vamos nos mudar, não quero que nosso filho cresça no meio disso tudo…

- Vou pensar muito sobre isso e vou achar uma solução. Mas me prometa que vai confiar em mim, em nós e que vai ficar tranquila, sem se atormentar com nada, pelo seu bem e pelo bem dele?! Por favor?!

- Prometo!

Uno nossas testas e sei que estamos bem, como há muito tempo não ficamos!

 

 

 


Notas Finais




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