História Amor? - Dia de maldade

CASTIEL

Sexta-feira, dia de maldade. Acordo com três belas garotas na minha cama, num quarto de hotel. Procuro por minha carteira e meu celular. Os acho ao lado do abajur. Ta um caos aqui, camisinhas usadas pelo chão, sapatos e roupas embolados e jogados a esmo, isso me dá preguiça de vestir alguma roupa... Puta merda, a noite, ou melhor, a madrugada foi muito boa. Levanto da cama e ainda nu vou para a varanda que fica de frente para um jardim. Acendo um cigarro e contemplo um céu cinzento.

Uma notificação faz meu celular vibrar e apitar. Merda! Tenho que ir dar uma aula na LV hoje.  Lysandre presa muito por seus alunos, não quero deixar ele e Victor chateados.Vejo as garotas se mexerem e entorto a boca, pretendia dá mais umazinha antes de sair.

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Paro no estacionamento da escola. Ponho um cigarro na boca, quando lembro que terei que dar uma aula. Melhor deixar o vício para depois...

Uma moto estaciona na vaga ao meu lado. Uma garota bonita, loira com olhos negros, jovem... deve ser aluna.

-Aluno novo?

-To mais pra quebra-galho.

-Hum, bem que te achei muito velho pra ser estudante.

Ela fala debochada, enquanto pisca um olho para mim. Desce da moto Harley preta.

Estou dividido entre mostrar pra essa mina quem é que manda e jogar meu charme. Paro e penso: se ela é aluna daqui provavelmente é de menor. Merda! Acho que vai ter que ser a primeira opção.

-Quando você sair em turnê por cinco anos e tiver seu nome em várias composições, também não vai mais querer ser aluna!

Ela fica calada. Eu viro minhas costas e ando até a entrada principal da escola, sou recepcionado por Ana.

-Tá atrasado!

-Eu sei.

-Victor me pediu para dizer que você vai entrar na sala 4, fica no segundo andar.

-Tá certo.

-Alguma pergunta?

-Não.

-Você não quer saber mais nada?

-Tipo o que?

-Tipo que idade tem sua turma? Se são do iniciante ou do avançado... essas coisas que a gente leva em consideração quando monta uma aula.

-Precisa não. Prefiro a surpresa.

Ela revira os olhos. Hum, Ana é muito bonita. Eu acho que só nunca a chamei para sair por pura implicância com o fato de Rosalya e Luna ficarem me empurrando para ela. Ela entra no lugar da recepcionista e começa a procurar entre papeis. Mas hoje é sexta, dia de maldade...

-Ana?

-Oi?

-Você... você ta afim de sair comigo depois que acabar seu expediente?

Ela para, com uma pasta vermelha na mão.

-Olha Castiel, não precisa fazer isso...

Ela fala pondo a pasta em minhas mãos.

-... Sei que a Luna fica falando, mas...

Eu a interrompo.

-Calma, calma. Primeiro: Não é por causa da Luna que eu to falando isso. Segundo: o que é isso aqui?

Falo erguendo a pasta.

-Ah! Bem... isso é a pasta com as informações dos alunos que você vai encontrar na sua sala hoje, nome, idade, essas coisas... não esqueça de fazer a chamada.

-Ok! E aí?

-E aí, eles assinam na folha depois quando a aula acabar...

-Não é isso, mulher. E aí vamos sair?

-A ta! Claro, mas o que você acha de ir pra minha casa ao invés de um lugar cheio de gente?

Hum! Entorto a boca. A casa da mina não é um lugar ideal para um primeiro encontro, geralmente só vou pra casa de uma mulher se for para transar. Um lugar com gente e música, um bar, geralmente, são melhores para ter uma conversa. Mas quem sabe hoje eu não me comporto, apesar de ser quase fim de semana, não posso esquecer que é a Ana. Provavelmente Rosalya vai começar a planejar o vestido de noiva se souber que eu transei com ela.

-Que foi? Não gostou da ideia?

 -Não tenho objeções.

-Você vai me esperar? ...Ou quer que eu te passe o endereço e você vai para lá depois?

Ela parece nervosa. Gosto disso. Sorrio

-Não se preocupe senhorita, hoje vou ser seu motorista e te levar pra casa.

Falo já indo para a sala 4.