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História Amor à Décima Vista - À Segunda Vista


Escrita por: hellie

Notas do Autor


Olár~ Mais um capitulo, demorei mais do que eu esperava rs. Espero que gostem, e peço de antemão que perdoem qualquer erro, nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 2 - À Segunda Vista


Fanfic / Fanfiction Amor à Décima Vista - À Segunda Vista

A luz forte no quarto incomodava seus olhos, e a batida na porta foi o que fez que Jongin despertasse contra vontade própria. Seu irmão do outro lado da porta continuava a bater e chamar seu nome, já que ele evitava entrar no quarto depois de um inconveniente que aconteceu tempo atrás.

— Já acordei... – o moreno disse com a voz sonolenta e os olhos lutando para ficarem abertos. Fazendo com que as batidas parassem.

Jongin se levantou lentamente, se espreguiçando e bocejando, era sempre assim, sono escasso, por mais que o moreno dormisse por vinte horas seguidas. Foi diretamente ao banheiro, tomar um banho para continuar a se arrumar para escola. Já vestido com seu uniforme corretamente, ele separou uma pasta com desenhos, pois havia combinado com Kris a leva-la. Desceu a escadaria para a sala, indo diretamente a cozinha, já se deparando com a mesa servida e seu irmão mais velho preparado para o trabalho.

— Bom dia. Mamãe enviou o dinheiro do mês. Já passei sua parte para sua conta. – Yunho, seu irmão, disse.

— Bom dia... Ok. Ela está bem? – havia já um tempo que Jongin não falava com seus pais.

— Sim, normal, como sempre. – Jongin assentiu com a resposta, e a conversa terminou por aí. Os dois tinham em comum o mau humor de manhã.

Os dois se despediram e Jongin foi a pé para escola, já que era bem perto de onde morava. Andando devagar, estava distraído conversando com Chanyeol pelo celular, marcavam de fazer compras durante a noite, já que para antes disso, Chanyeol deveria avisar seus pais. Não é como se o moreno fosse rico, ele apenas tinha uma condição de vida melhor que alguns, ele sobrevivia do dinheiro de seu irmão, e todo mês recebia uma quantia gorda de seus pais. Ele apenas acompanhava o estilo de vida da capital.

Chegando à escola, faltava meia hora para o começo de aula, avistou Sohyun de longe e decidiu ver se ela estava bem. Apesar do alerta de Kris, Jongin não pensou em impedir de se meter nessa relação, mesmo que pouco. Sohyun estava recostada na parede, como estava mexendo em seu celular, não percebeu a presença do moreno. Essa garota tinha uma aparência jovem e bonita – brilhantemente bonita – e o cabelo castanho médio com a franja dava mais força no ar inocente dela. Jongin para chamar sua atenção, cutucou levemente à bochecha de tom pêssego da menina, fazendo com que Sohyun se assustasse.

— Desculpe, não resisti! – o moreno disse rindo, percebendo que quase apanharia.

— Não faça isso! – Sohyun apesar de brava estava rindo inocentemente também.

— E aí, está tudo bem com você?

— Ah... Mais ou menos. – a garota ficou com uma expressão levemente triste. – Está tudo como sempre.

— Quer falar sobre isso? – Jongin disse de bom grado, e o tom florescido de preocupação, fazendo com que florescesse uma expressão brilhante em Sohyun.

Sohyun falou sobre tudo, desde quando ela e Kyungsoo se conheceram no fundamental até hoje. Das brigas, dos momentos bons, dos sacrifícios que ela fez. A garota se tornou um livro aberto para Jongin, onde ele poderia saber todas as histórias daquele romance complicado. O moreno percebeu que em cada palavra que Sohyun usava para descrever Kyungsoo era de pura admiração e amor apesar do rancor e brigas más resolvidas, isso criava um sentimento de confusão em Jongin.

— Sabe o porquê eu amo ele? – Sohyun disse com um sorriso puro. – Ele era apenas um garoto gorducho e quieto, porém ele me salvou de uma situação que é até hoje minha amargura, sem ao menos ser meu amigo. Vi ele como meu herói, e o sentimento de amizade conforme nós crescemos floresceu para o amor. E eu continuo o amando... Pois ele ainda é meu herói que me salva de todas as más situações. Parece infantil manter isso até hoje, mas no fim é como me sinto.

Aquilo deixou Jongin mais confuso, pois para o moreno, ele não entenderia como alguém poderia ser seu herói ao mesmo tempo em que o machucava. O moreno continuava a ouvir abertamente as palavras melosas, e soube que o que fez Sohyun chorar naquele dia foi o peso emocional que ela carregava há muito tempo.

— Sabe Jongin... Obrigado. Por causa do tempo que eu tenho dedicado ao Kyungsoo, não tenho quase amigo algum... Não coloco a culpa nele, acho que é a minha culpa mesmo. – a garota disse acariciando a própria nuca, mostrando um sorriso frouxo com pouco de vergonha dos seus próprios dizeres. – E conversar com você me alegra muito. – Sohyun disse com um sorriso terno.

— Não há de que. Você já pode me considerar um amigo. – o moreno empurrou levemente a garota de forma brincalhona, mas ainda com o cuidado de estar trocando em algo frágil.

Os dois se despediram, e Jongin não se importava que já houvesse passado uma hora e que ele teria perdido a primeira aula. De alguma forma, Jongin se simpatizou com Sohyun, ele não sabia exatamente o porquê, se era por dó ou algo do tipo, mas não se incomodava de dar sua amizade e seus ouvidos à garota. Já na sala de aula, Jongin suspirou aliviado pelo professor da próxima aula não estar presente. Ele não evitou reparar o olhar de dúvida de Kris, e do olhar de raiva de Kyungsoo.

Jongin se sentou e olhou novamente para Kyungsoo, que continuava a encara-lo com uma expressão assustadora. O moreno tentava se concentrar na aula, mas era a ultima coisa que conseguia, já que ele conseguia sentir o olhar perfurando suas costas. E assim, a aula se passou muito, mas muito, lentamente.

A hora do intervalo chegou, o moreno suspirou aliviado, pois já não aguentava suas costas sendo queimadas pelos olhos grandes que estavam atrás. Jongin pegou sua pasta de desenhos e seguiu com Kris até a cafeteria. Enquanto andavam, era nítido que Wu estava mais sério que o normal, os dois garotos altos não trocaram nenhuma palavra até chegar à mesa onde Chanyeol e Baekhyun estavam.

— Então. – Jongin tossiu para quebrar o silêncio antes de continuar. – Trouxe minha pasta, dê uma olhada.

Kris não falou nada, apenas assentiu e os dois trocaram de pastas, já que o chinês havia trazido a sua própria também. A cada página que cada um passava, as reações eram percebidas por Chanyeol e Baekhyun. Kris admirava e elogiava sem necessariamente com palavras, mas sim com movimentos. Enquanto, a cada página que Jongin passava o horror permeava seu rosto. Os outros dois não aguentavam as caras do moreno, Chanyeol já havia se engasgado com seu suco de tanto rir e Baekhyun batia em suas costas ao mesmo tempo em que ria sem fôlego.

Jongin analisava cada desenho, ele olhava para um que parecia uma barata, porém em sua descrição dizia cachorro. Um que parecia um porco-espinho, e sua descrição dizia jacaré. Um que parecia um homem com antenas, e sua descrição dizia que era um lobo. Kai não sabia se ria ou chorava, ou se fazia os dois ao mesmo tempo. O desespero penetrou aquele corpo moreno, e sua mente apenas passava o zero e a reprovação que levariam.

— Caramba, Kai. Não esperava que você desenhasse assim. – Kris fechou a pasta e falou, interrompendo os pensamentos do outro.

Após os sentimentos de medo e desespero passarem, Jongin e Kris conversaram e decidiram que apenas Jongin desenharia, Kris cuidaria da pintura e roteiro, já que pensavam em criar uma comic, coisa que era de gosto em comum entre os dois. Após resolverem tudo, decidiram aproveitar os minutos restantes para conversar sobre outras coisas.

— Mas, vocês não descansam? Treinam todo dia? – Baekhyun perguntou exaltado, após o tópico entrar no treino de basquete dos três mais altos daquela mesa.

— Claro como você acha que vamos manter nosso porte físico e agilidade? – Chanyeol aproveitou a situação dada e mostrou seus bíceps fortes, deixando Baekhyun vidrado.

— Ei, Kai. – Kris cutucou-o silenciosamente. – Eles são gays?

— São... – Wu apenas assentiu com a resposta e ficou em silêncio novamente, Jongin aproveitou para tirar a dúvida de seu coração. – Por que você... Olhou-me daquela forma quando cheguei à sala?

O mais alto suspirou e com aspereza falou:

— Eu não te disse para não se meter na relação dos dois? – Kris mirou-o com um olhar duro. – Mas claro você não me escutou. Saiba que Kyungsoo soube que você cabulou aula com Sohyun. Não tente arrumar justificativa depois quando ele for tirar satisfação contigo.

— E ele tem direito de tirar satisfação? – Jongin começou a perder a paciência, quem olhava de fora acharia que os dois estariam brigando. – Ele a trata daquela forma e ainda se sente injustiçado se Sohyun passa tempo com outro? Aquele cara não merece menos do que ser corno! Infelizmente não poderei dar esses chifres a ele, mas também não recuarei se ele vier com merda pra cima de mim!

O moreno percebeu o olhar de Kris seguir para trás de sua cabeça, percebeu também o mesmo engolir a seco e abaixar a cabeça. E percebeu mais ainda Chanyeol e Baekhyun o olharem com dó.

— Então é você que vai me dar esses chifres? – a voz suave, porém grossa soou próximo ao seu ouvido, causando arrepios.

Jongin se virou lentamente, apenas para se encontrar com aqueles grandes olhos cheios de raiva e morte. O moreno nunca se considerou covarde, mas naquele momento o suor frio podia ser visto escorrendo de sua testa.

Chanyeol como um bom amigo que era não poderia ver essa situação, assim logo puxou pulso do moreno e correu com ele em sentido aos longos corredores vazios. Melhor serem covardes juntos, do que eu ver ao outro morrer. Porém, enquanto os dois grandalhões corriam pelos corredores, não perceberam que aqueles olhos assassinos ainda os seguiam.

Ao chegarem ao último andar da escola, em um corredor com salas sem uso, suspiraram em alívio. Mas o alívio durou apenas até o momento que ouviram os passos lentos vindos do corredor, e a figura fantasmagórica de Kyungsoo aparecer diante seus olhares. E sem ao menos Jongin poder soltar seu último suspiro trêmulo, o moreno sentiu sua cara anestesiada pelo o soco que acabara de levar.

De um lado se encontrava Chanyeol, paralisado em um canto, do outro lado Jongin que levava o terceiro soco desferido por Kyungsoo,dessa vez no estômago. Dois rapazes grandes de mais de um metro e oitenta, com corpos em forma, estavam sendo intimidados por um baixinho com dez centímetros menor de altura. A cena chegava a ser cômica e também trágica.

As mãos brancas de Kyungsoo segurou Jongin pelo seu colarinho o prensando na parede fria, e seu olhar negro de profunda morte ainda não havia mudado. E talvez seja por isso que Kai sentia medo profundo, pois sabia que se dependesse do espírito do menor, ele já estaria a sete palmos de baixo da terra.

— O que você quer com ela? – Kyungsoo dizia lentamente, ainda com o olhar fixo em Jongin.

— Não - te - interessa. – o moreno respondeu com a mesma lentidão e o último pingo de coragem que o restava. Fazendo Chanyeol se arrepender de ajuda-lo.

— Seu estúpido! Não brinque comigo, porra! – perdendo mais ainda seu controle, Kyungsoo gritava e puxava mais ainda o colarinho amarrotando toda a camisa de Jongin. – Se você fizer algum mal a ela, eu juro que...!

Apesar do medo e tensão, o moreno percebeu a sinceridade no olhar e palavras do menor. Então, ele se acalmou, mas com brutalidade tirou as garras de Kyungsoo de cima dele, e arrumou seu uniforme amarrotado com arrogância em sua postura.

— Eu não fiz nenhum mal a ela! E fique tranquilo, não vou ajuda-la a criar chifres em você! – a última sentença aumentou a raiva de Kyungsoo. – Eu apenas fiquei uma hora a ouvindo falar de você, se dúvida, pergunte a ela você mesmo.

Com isso, Jongin se retirou sendo seguido por Chanyeol. Apesar do rosto e estômago doloridos, seu coração estava sem machucados e sua mente estava curada. A raiva que ele sentia em relação ao outro havia magicamente desaparecido, e com isso seus pensamentos voavam e se misturavam, criando uma confusão em sua mente. Pois, naquele momento ele percebeu mais que tudo que Kyungsoo se importava com Sohyun, mas ainda assim sua curiosidade não cessava, já que ele ainda não entendia os comportamentos do menor.

— Chanyeol. – o moreno parou abruptamente, fazendo que o mais alto quase tropeçasse. – Vamos cabular as últimas aulas e o treino, estou com vergonha de aparecer assim, todo machucado após ser espancado por um anão.

— Como você quiser meu chapa. – Chanyeol respondeu rapidamente como um fiel amigo que era.

Enquanto os dois se dirigiam a estação de trem, para logo irem ao shopping, Kai não conseguia fazer sua mente parar de trabalhar. Kyungsoo se importava com Sohyun, mas a tratava friamente. Sohyun chorava por aquele cara, mas o amava. Jongin percebeu que aquele relacionamento era resumido em linhas embaraçadas e com nós, e ele queria entender da onde começava cada ponta.

— Você consegue entender aqueles dois?

— Entender o que? – Chanyeol falou assustado, já que estava mandando mensagens há dez minutos para Baekhyun e não prestava atenção em seu melhor amigo.

— Deixa, não é nada. Você é muito burro para isso.

Chegaram ao shopping, e os dois garotos não se continham a gastar, em uma hora, as quatros mãos estavam segurando diversas sacolas, porém ainda assim permaneceram até ao anoitecer. E na volta pra casa, Jongin já esperava a bronca de Yunho por ter cabulado aulas, por ter faltado ao treino e por aparecer com marcas roxas que Kyungsoo havia deixado em seu rosto – essas marcas seriam aumentadas pela mão de seu próprio irmão – mas o moreno não se importava menos.


Notas Finais


Como sempre eu digo fiquem a vontade para falar sobre erros, críticas ou qualquer outra coisa, estou sempre aberta a isso.
Espero que tenham gostado, e até o próximo! ♥
Ah! E terminarei essa história viu, eu dificilmente atualizo toda semana, porém com ctz terminarei essa fic, estou tendo maior cuidado para criar uma boa narrativa para esse plot (que pode se dizer que é simples) para eu não enjoar de escrever essa história e trazer algo satisfatório para os leitores. Bjins ♥♥


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