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História Amor à segunda vista - Única saída


Escrita por: teledramatica

Notas do Autor


muito obrigada pelos comentários na última atualização, lindezas. 🤍

Capítulo 7 - Única saída


Fanfic / Fanfiction Amor à segunda vista - Única saída

O arquiteto olhava para a tela do iPad, inconformado com aquela situação. A ex esposa havia ido embora do Brasil logo após a separação deles, sempre que retornava ao país ela entrava em contato primeiramente com ele e não com a filha do casal.



— Por que ela não me avisou?



— Calma pai!



— Eu estou calmo. Só quero saber o porque dela não ter me avisado primeiro.



— Ah... não sei pai. - a menina deu de ombros. — Ela só disse que vem passar uns dias comigo.



— Ok... - suspirou. Não teria aquela conversa com a filha. — Filhota, já está ficando tarde, melhor você ir dormir, que amanhã tem escola. Um beijo! Te amo!



— Te amo, papai! Um beijo. - desligou.



— Germaninho. - Clarisse adentrou o quarto brincando com o irmão. 



— Oi, Cla. - respondeu, ainda chateado com a ex esposa.



— Nossa, o que rolou? - questionou ao sentar na ponta da cama.



— Alice está vindo para o Brasil e não me informou. Sinto que ela está querendo tirar a Sofia de mim aos poucos. - colocou o iPad sobre a mesinha ao lado da cama.



— Por que você está achando isso? 



— Há alguns meses a Sofia anda com uma história de que quer passar um tempo com a mãe no exterior. Conversa direto com ela e mal comenta comigo o que fala com a Alice. - suspirou. — Estou preocupado!



— Calma, maninho. - alisou a perna dele tentando passar conforto. 



— Eu tenho medo dela induzir a Sosô a querer ir embora com ela. - coçou a barba. — Se isso acontecer, eu serei obrigado a ir para justiça. Eu nunca quis colocar a Sofia na posição de ter que escolher entre mim ou a mãe, mas terei que fazer isso se a Alice tentar algo.



— Você sabe que estou com você, sempre. - aproximou-se do irmão que estava encostado na cabeceira da cama. — Mas a Sofia é uma menina inteligente e isso não vai acontecer. Até porque ela tem ciência da mãe que tem. Alice é irresponsável e vive uma vida completamente desregrada, não tem condições de ter a guarda de uma criança.



— Exato.



— Fica tranquilo, maninho. Vai dar tudo certo. - apertou a mão dele que sorriu com o apoio da irmã. Eles sempre foram muito cúmplices, desde pequenos. — Mas mudando de assunto, me conta a verdade sobre o seu almoço com a Lili.



— Não aconteceu nada demais, Cla. - pegou o celular para mexer, mas a irmã tirou o aparelho da mão dele.



— Conta, agora!



— Nós almoçamos, conversamos e no final o ex dela apareceu no restaurante, eu fingi que era namorado dela e ela me pagou dois vinhos por isso.



— Tá brincando com a minha cara? - a engenheira gargalhou alto.



— Juro pela minha vida.



— A amizade já chegou nesse nível?



— Ah, a gente conversou sobre várias coisas e estreitamos os laços. Só isso. - deu de ombros. — Aliás, a história dela é muito bonita.



— Sim, é. - assentiu. — Estou vendo que alguém está interessado na baixinha.



— Não mesmo, Cla. Ela é legal e só isso.



— Aposto que até o final da obra vocês ficam ou você se apaixona por ela.



— Aposto que ela se apaixona por mim, primeiro. - piscou para a irmã.



Mil reais. - sugeriu a aposta.



— Você tá brincando, né? - a encarou.



— Não! 



Mil e quinhentos, mesmo sabendo que eu não vou me apaixonar por ela e nem ela por mim. 



— Eu não teria tanta certeza. - arqueou as sobrancelhas. — Apostado. - estendeu a mão para um cumprimento.



— Espero rir dessa idiotice daqui a quatro meses.



— Tomara! - a mulher riu. — Agora afasta aí, você é muito espaçoso.



— O que você quer, em? - deu espaço na cama para ela.



— Vou dormir com meu maninho. - tentou o abraçar.



— Me erra, Cla. - impediu o abraço.



— Germano, quando eu era pequena você implorava para que a mamãe deixasse eu dormir com você.



— Quando você era pequena. - respondeu como se dissesse o óbvio. — Mas tudo bem, dorme aí caçulinha.



— Quando eu casar, você vai sentir falta de mim te perturbando.



— Se você casar, né? - gargalhou recebendo um tapa dela. — Porque ô dedo podre.



— Disse o encalhado que paga de misterioso.



— Vai dormir, Clarisse! Teu mal é sono.



— Boa noite, chatinho. - puxou o edredom dele e se embrulhou.



— Ainda pega meu lençol. - puxou uma parte para ele.



— Sonha com a Lili. 



— Coragem! - gargalhou e virou-se para dormir.



Eram quase sete da manhã quando o arquiteto levantou e como de costume, desceu para fazer seu café. Ao chegar na cozinha, deparou-se com Lili vestida em um blusão e sentada em uma banqueta próximo ao balcão. O homem que já estava sem camisa, sentiu o calor percorrer por seu corpo e em um ato primitivo de puro desejo ele caminhou até a mulher e a surpreendeu com um beijo feroz a erguendo em seu colo e a colocando sobre o balcão...



— Germano, me solta. Tá maluco? - Clarisse o empurrou quando o empresário tentou a abraçar. — Acorda, insolente! - tacou o travesseiro no arquiteto que levantou assustado.



— Porra! - passou as mãos no rosto. 



— Quê que foi? - o olhou curiosa.



— Nada. Só um sonho estranho, vou tomar banho. - levantou-se rapidamente da cama e foi para o banheiro.



— Maluco. - Clarisse gritou e tornou a se embrulhar, para tentar dormir novamente, pois ainda eram cinco e meia da manhã. 



O arquiteto tinha costume de acordar cedo para se exercitar, então após tomar um banho, ele trocou de roupa, calçou seu tênis e saiu para correr no parque próximo ao condomínio que eles estavam.



Depois de quase quarenta minutos de caminhadas seguidas de corridas, ele retornou para casa. Subiu para seu quarto e observou que a irmã já não estava mais lá, provavelmente já tinha ido se arrumar. Então, ele tomou banho novamente, vestiu sua famigerada camisa preta juntamente de uma calça sport fino cinza e um sapato preto. Ao terminar de se arrumar, desceu para tomar café e ao contrário de seu sonho, encontrou Lili em pé próximo a cafeteira, trajada de um macacão cor de vinho e os cabelos presos em um rabo de cavalo. Ela estava linda e ele não pôde deixar de notar.



— Bom dia, simpático! - sorriu. — Germano? - estralou os dedos tentando chamar a atenção dele que olhava fixamente para ela.



— Pois não? - piscou os próprios olhos para tentar apagar de sua mente o sonho que havia tido com ela.



— Você ficou aí parado feito um poste olhando para mim. - retirou a jarra com café da máquina. — Está tudo bem?



— Está tudo ótimo! - colocou as mãos no bolso. Estava nervoso. — E com você? Dormiu bem? - falou rapidamente, demostrando agonia.



— Dormi sim e você? - serviu duas xícaras com o líquido quente. — Sonhou comigo? - brincou.



— Quê? Não, claro que não. - respondeu rapidamente pegando uma das xícaras e sorvendo o líquido.



— Calma, Germano. Só estou brincando. 



— Desculpa, Lili. - coçou a barba. — Obrigado pelo café. Vou subir para dar uma última análise no projeto. - virou-se de costas para sair, com a xícara em mãos.



— Você vai comigo a exposição, hoje?



— Exposição? - estava tão desnorteado. — Claro, claro! - lembrou-se. — As oito horas, né? - observou ela assentir. — Estaremos lá. Licença! - ao sair da cozinha passou por Clarisse. 



— Bom dia para você também.



— Bom dia! - subiu as escadas rapidamente.



— Germano acordou tão estranho hoje. - a engenheira comentou ao entrar na cozinha.



— Também achei, parecia meio perdido. - Lili comentou e logo depois sorveu um gole de café.



— As vezes eu acho o Germano meio sequelado. - Clarisse constatou após pegar uma xícara no armário e colocar café na mesma.



— Todo mundo tem seus momentos, né? - olhou para a engenharia.



— Ih! Já está defendendo. - brincou.



— Quê? - fez-se de desentendida. — Só falei a verdade. - tomou outro gole do líquido.



As duas permaneceram conversando sobre assuntos aleatórios até que deu horário deles irem para o terreno onde seria a nova fábrica da Bastille. Ao chegarem no local, um time de pedreiros já o aguardavam prontos para receberem as coordenadas. 



Como a excelente líder que era, Clarisse tomou a frente organizando os trabalhadores e dividindo suas responsabilidades, enquanto Germano explicava alguns detalhes do projeto aos dois mestres de obras responsáveis pela construção.



Lili apenas observava tudo. Com um capacete de proteção, a empresária andava por todo o local, sempre avaliando e mantendo os olhos atentos a tudo. Ela não pode deixar de perceber a concentração e dedicação dos irmãos Monteiro. Eles trabalhavam em perfeita sintonia, enquanto Clarisse dava coordenadas de um lado, Germano dava do outro. Era empolgante para a Bocaiúva ver o início da realização de sua mais nova conquista.



Após um dia cheio de trabalho, os três chegaram em casa exaustos. Clarisse e Lili foram as primeiras a se jogarem no sofá da sala, enquanto Germano foi até a cozinha em busca de água pra tomar.



— Ai, estou sem forças para ir a exposição. - a empresária comentou.



— Que exposição? - Clarisse questionou.



— A do ex da Lili. - Germano respondeu ao retornar a sala. — Você ainda vai, patricinha do Leblon?



— Estou exausta. - respondeu enquanto esticava as pernas. — Mas vamos sim. - suspirou. — Nos acompanha, Clarisse?



— Dispenso. - a engenheira respondeu levantando-se. — Só quero a minha cama. Bom passeio, lindos! - falou e logo subiu as escadas rumo ao seu quarto.



— Vou tomar banho. - o arquiteto disse antes de subir o primeiro degrau.



— Eu também. - levantou-se.



— No seu banheiro, né? 



— Não, vou tomar banho com você. - respondeu ironicamente.



— Vamos, então! - gargalhou.



— Nos seus sonhos. - revirou os olhos e subiu as escadas.



— Você que começou.



— Vai logo se arrumar, se não vamos nos atrasar.



— Geralmente, são as mulheres que atrasam.



— Até já, Germano. - entrou em seu quarto e fechou a porta.



— Até! - caminhou para o seu.



Eram quase oito e vinte da noite quando Lili abriu a porta após algumas batidas insistentes de Germano na mesma, pois estavam atrasados.



— Até que enfim. 



— Como estou? - a empresária questionou dando um giro. - ela trajava um vestido nude, modelo midi e saltos amarronzados, acompanhados de uma clutch no mesmo tom.



— Está a minha altura. Bonita! 



— Humilde! - revirou os olhos.



— Sempre. 



— Até que você está apresentável. - comentou enquanto desciam as escadas.



— Pode dizer que estou bonito. - comentou ao abrir a porta da casa para eles sairem. 



— Nadinha exibido, né? - observou novamente o look dele: o arquiteto estava com um blaser, camisa, calça e sapatos pretos. O famoso all black, que o deixava completamente elegante.



— Ué, eu sei que estou bonito. - caminharam até o carro, onde o motorista já os aguardava. 



— Infelizmente, eu devo concordar.



— Muito bem, senhorita Bocaiúva. Obrigado pela sinceridade. - abriu a porta do carro para ela.



— Disponha. - a empresária respondeu e adentrou o veículo. Ele entrou logo atrás, sentando ao lado dela.



A exposição de Rafael seria na AM - Galeria de arte contemporânea. Um dos locais mais conceituados do âmbito artístico no estado de Minas Gerais



Ao chegarem no local, perceberam que ele estava lotado. Haviam pessoas de várias localidades prestigiando o fotógrafo. 



— Seu ex é famosinho, né? - falou ironicamente ao adentrarem o ambiente. 



— É. Ele adora os holofotes. 



— Até que ele tem bom gosto. - o arquiteto comentou ao mesmo instante em que deu seu braço direito para que a empresária enlaçasse o seu braço ao dele.



— As fotografias dele são boas.



— Vai me contar porque vocês terminaram?



— Depois que sairmos daqui. - respondeu enquanto observava o local.



— Aonde vamos? - questionou a olhando.



— Qualquer lugar que tenha uma boa pizza. Estou com vontade de massa.



— Não como esse tipo de carboidrato. - afirmou colocando a mão livre no bolso.



— Mas hoje vai comer. 



— Ei. - chamou a atenção dela. — Você é minha chefa só nos assuntos da Bastille.



Germano, colabora. Ninguém nunca te ensinou que negar pizza é pecado e dos grandes?



— Pecado é comer pizza e ficar cheio de gordura.



— Você tem umas conversas de... 



— Nem termine. - cortou-a já sabendo o que ela iria insinuar. — Apenas cuido da minha saúde e do meu corpo.



— Você está ótimo. Super em forma. - comentou naturalmente enquanto andavam pelo salão observando as telas. 



— Como sabe que estou em forma? 



— Ué, vi você chegando em casa depois do treino, sem camisa. 



— Ah. - coçou a barba envergonhado. 



— Não se preocupe, não fiquei te observando.



— Poxa, já estava criando expectativas. - observou que Rafael se aproximava dos dois.



— Besta! - revirou os olhos sabendo que ele estava sendo irônico. 



— Boa noite, casal! Sejam bem vindos. - o fotógrafo sorriu cumprimentando os dois.



— Boa noite. Obrigado! - Germano respondeu ainda com o braço entrelaçado ao da empresária.



— Fiquem a vontade e qualquer dúvida, por gentileza, me chamem!



— Certo. - a empresária respondeu. 



— Está muito bonita, Lili. 



— E comprometida. - o arquiteto tomou a palavra. — Vamos ver as outras fotos, querida?



— Claro, meu bem. Com licença, Rafael. - falou e logo saiu junto à Germano para o outro lado do salão. 



— Ele é para frente, né?



— Ficou com ciúme, benzinho?



— Claro que sim, estou me tremendo de raiva como pode ver. - respondeu cinicamente.



— Escuta... - chamou a atenção dele que estava observando uma fotografia. — Vamos tomar aquele vinho hoje.



— O meu vinho? 



— É Germano, o seu.



— Hum, talvez. - colocou as mãos no bolso.



— Nossa, você é chato em.



— Ué, ganhei eles com muito suor e teatro, tá?



— Ah, claro. Vai dizer que é horrível fingir ser meu namorado? Eu sou tão chata assim?



— Não, você não é chata e está sendo até divertido enganar seu ex. - observou o fotógrafo do outro lado do salão. — Ele não para de te olhar. - tocou as costas da empresária. 



— Ele realmente achava que eu não ia superar ele. Estava muito enganado.



— Ainda me pergunto como uma mulher como você namorou aquele cara.



— Não sei se isso foi um elogio ou uma crítica. - o olhou.



— Considere os dois.



— Droga, ele está vindo para cá de novo. - virou-se costas junto com o arquiteto.



— Depois dessa você vai me dever mais uma garrafa de vinho. Essa encenação está me saindo muito cara, mas só tem esse jeito de nos livrarmos dele.



 Do que você está falando? - o olhou curiosa.



— Quero uma garrafa de chablis. - em segundos ele enlaçou sutilmente a cintura da empresária com seu braço esquerdo e a puxou para um beijo, ato este que fez Rafael parar no meio do caminho e ficar estático observando o “casal”.


Notas Finais


esse teatro tá que tá em? Será que isso tudo é por influência da aposta que o gege fez com a cla? 🥵 o que estão achando?


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