História Amor acompanhado por xícaras de chá. - Eterna Alice; único.

Ela beijou a minha mão, se despediu uma segunda vez, e partiu. Foi embora como o sol daquele sábado, quando eu a convidava para uma tarde comigo, chá e muitas risadas, éramos amigas, por mais que eu quisesse que se tornasse outra coisa. Um romance entre duas mulheres seria arriscado naquelas circunstâncias, onde todos achavam algo inaceitável e deveras, curioso? difícil de entender. Em todas as tardes de conversas que pareciam não ter fim, ela me contava sobre a vida, comentava histórias, sua família e também amor. Assim que ela partia eu pensava na mesma coisa: "E se for tarde demais, quando eu for dizer que a amo?". Eu usava de minhas atitudes e palavras falsas para disfarçar meus sentimentos, como se eles não existissem e me escondia em uma bolha quase que incompreendida até para mim mesma, eu também inventava histórias, não por diversão, claro que não, mas sim para esconder quem eu era de verdade. Embora ela me perguntasse todos os dias o porquê de me esconder tanto, eu mentia. 

Alice era incrível demais para deixar passar quaisquer sentimentos meus,  eu fui tola por deixá-la partir. 

"Dedico a minha eterna Alice, o meu amor, para sempre a amarei"