História Amor corrompido - School Of Tears

Povs Sasuke

       Expliquei para meu superior o que havia acontecido, e o mesmo deixou que eu e Dobe tirássemos o resto do dia de folga. Assim que saímos do batalhão, nos encaminhamos diretamente para o hospital em que Sakura está internada.

       Assim que chego lá, converso com a recepcionista, faço a ficha de internamento de Sakura e a mesma me explicou que Sakura sofreu fraturas e estavam no meio da cirurgia, então me encaminho para a sala de espera onde as meninas estavam.

       Chegando lá encontramos Sai tentando consolar Ino que não parava de se derramar em lagrimas e Hinata que estava um pouco afastada chorando sozinha, e Dobe foi consola-la. Mais tarde apareceram Gaara e Matsuri, que cancelaram a festa obviamente, Rock Lee junto de Neji e Tenten.

       Eu estava quase explodindo de raiva, tensão e preocupação. Eles não tinham nenhuma informação ou testemunha sobre o acidente, e parece que Sakura fraturou o fêmur da perna esquerda e o radio-ulna do braço esquerda. Essa história está muito estranha para o meu gosto, irei fazer minhas próprias enquetes para descobrir quem está por trás de tudo isso.

       Quando a noite caiu, todos começaram a se dispersar para casa, pois não podiam ficar ali, apenas eu por ter me apresentado como noivo de Sakura. Todos se retiraram para se descansar e secar as lagrimas, e assim que não havia mais ninguém pude derramar as minhas.

       Sakura pode ter me feito apagar muitos defeitos da minha família de mim, mas o orgulho é de sangue. O orgulho é a marca registrada de um Uchiha, querendo ou não. Só quando estou sozinho ou com Sakura consigo chorar, mas perto dos outros eu não consigo. Algo me impede. Talvez isso seja até bom, pois assim alguém consegue segurar as pontas do pessoal, mesmo estando estraçalhado por dentro. Acho que não sou o único que pensa assim.

       Comecei a me lembrar dos bons momentos que passei com Sakura. Essa mulher mudou minha vida. Realmente não sei que faria sem ela ao meu lado nas horas boas e ruins que eu passei, e mesmo todos contra mim, ela continuou acreditando em mim e tendo fé. Ela me mudou para o que eu não era e estava longe de ser, melhor. Sinto que irei ficar doente se caso ela tiver alguma sequela, não consigo cogitar essa hipótese.

       Me lembrei de meu irmão também, e nas ultimas palavras que o mesmo disse pra mim antes de sair e nunca mais voltar.

“Enfrente o mal da vida com coragem, mas também com gentileza e respeito.”

       Nunca irei me esquecer desse ensinamento valioso que meu irmão me deu. Queria que ele estivesse aqui, ele saberia o que fazer, como agir e como enfrentar. E eu? Eu ainda sou um novato nessa escola da vida, nessa escola de lagrimas para ser mais exato. Ele não. Ele já viveu poucas e boas quando ainda morava na nossa antiga casa, e mesmo assim nunca mudou o seu jeito de ser. Eu apelei para a rebeldia e para ignorância, me tornando totalmente o oposto do que ele me pediu para ser. Eu fui fraco, mas é tempo de me redimir com o passado encarando o presente. Tenho certeza que ele faria isso, e tenho certeza de que ele ficaria orgulhoso de mim.

       Estava tentando parar algumas lagrimas que ainda insistiam em cair quando sinto braços envolverem meu pescoço, o que me faz ficar de pé na hora.

       - O que você pensa que está fazendo? – digo encarando a pessoa incrédulo. – Você? Como pode?