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História Amor de amigos - O anônimo


Escrita por: Kamy-Matarasu

Notas do Autor


Espero que gostem
Boa leitura ^^

Capítulo 5 - O anônimo


Sobressaltei com o baque da porta, bater fortemente na trinca. E não entendi a reação da Hinata. Por que ela saiu daquela maneira?

Afastei da rosada que me fitava com um olhar penetrante e triste.

– O que deu na Hinata? – quis saber confuso.

Sakura parecia querer me esconder alguma coisa. Por esse motivo, aproximei tocando sua face e forçando-a me fitar:

– Você sabe de alguma coisa?

– Não acho que tenho esse direito.

– Direito de quê? Fala Sakura tá me deixando nervoso.

A mesma ficou em silêncio por alguns segundos e depois entreabriu a boca para falar:

– Sasuke. A Hinata te ama.

– Eu também a amo, como minha irmãzinha.

– Não é dessa maneira. Ela te ama como homem, sempre te amou.

Fitei-a incrédulo.

– Ela nunca te contou por medo de ser rejeitada.

– Por que tem tanta certeza? Ela falou para você?

– Não. Eu mesma descobrir. – disse afastando e seguindo até a cômoda pegando um caderno de cor roxa. – Tome. Veja com seus próprios olhos.

Peguei o caderno e fiquei um tempo apreensivo, até abrir e na primeira pagina ler meu nome e o dela dentro de um coração. Havia muitos, assim como declarações.

Fiquei perplexo, por pouco o caderno não caiu de minhas mãos. A menina que tanto admirei, e amava como uma irmã sempre foi apaixonada por mim... Como não percebi? Sempre estive ao seu lado, todo esse tempo, porque não desconfiei de nada?

Entristeci assim que a memoria vasculhou, recordando do dia que falei sobre sua irmã. Parece que só agora pude notar sua tristeza e surpresa, quando confessei que estava apaixonado por sua irmã. Tudo por minha culpa, eu a magoei.

– Sasuke. Melhor você ir falar com ela.

Fitei a rosada e concordei entregando o caderno.

Estava tão desnorteado que nem sabia como iniciar esse tipo de conversa. Não queria magoá-la ainda mais, mas também não queria mentir. O que farei?

Deixei que as respostas e perguntas surgissem espontaneamente, na medida em que caminhava até a cozinha, onde a encontrei.

Hinata estava em frente a pia de cabeça baixa segurando um copo. Pelo seu estado depressivo, não percebeu minha presença.

– Hinata. – chamei-a.

Dava para sentir a tensão se formar aos poucos.

Ela ficou de costas por alguns segundos, até se virar aos poucos e se encostar-se a pia. Seus cabelos tampava a maior parte de sua face, mas quando ergueu a cabeça para me fitar, um sorriso falso estava estampado em seus lábios.

Sentir pena e aproximei.

Na medida em que me aproximava seu sorriso fora desfazendo e sua face se empalideceu, assim como seus olhos que me fitavam apreensivos.

Ficamos frente a frente sem dizer nenhuma palavra e então a puxei abruptamente, envolvendo-a em meus braços e abraçando fortemente.

– Sasuke...

– Desculpa por magoá-la. – falei me sentindo péssimo.

Nesse momento sentir suas mãos retribuir o abraço fortemente, só desvencilhei, quando a mesma fez menção em se afastar.

– Acho que temos muito a falar.

– Está tudo bem, Sasuke. – disse a com um sorriso fraco. – Eu quero que você e minha irmã fiquem juntos. Vai doer, mas, vou conseguir superar.

– Que situação Hinata. Eu nem sei o que dizer.

– Não precisa falar nada. Eu quero que você fique com minha irmã. Ela te ama e você a ama também. Desejo do fundo do meu coração a felicidade dos dois.

– Você é maravilhosa Hinata. Não seria sacrifício nenhum se apaixonar por você. Mas...

– Você escolheu minha irmã. – completou, ela.

Concordei.

– Quero que seja feliz e que encontre alguém que a ame e você o ame também.

Hinata concordou com os olhos marejados.

Aproximei e beijei sua testa, depois a fitei carinhosamente, para sair da cozinha.

 

 

Doía muito, vê-lo partir em definitivo aos braços da minha irmã. Mesmo escolhendo a felicidade dos dois, mesmo desejando que tudo desse certo com eles, meu coração doía, doía muito. As lágrimas eram inevitáveis.

Chorei até não restassem mais lágrimas, até me sentir bem. Bem na medida do possível.

Lembrei-me do trabalho da escola, e sobressaltei, pois acho que Naruto esquecera completamente.

Com isso, sair da cozinha e caminhei até o quarto. Dessa vez, não entrei abruptamente, bati e tão logo a porta abriu-se.

Sakura estava sozinha e eu estranhei.

– Cadê o Sasuke?

– Foi em casa. Mas volta.

– Hm... – murmurei e adentrei o aposento.

– Hinata.

– Quê?

– Vocês dois...

– Resolvemos tudo. Vamos esquecer isso.

– Como posso esquecer?! Sabendo que você o ama e que te magoei!

Respirei fundo e aproximei tocando em seu ombro.

– Quero que você seja feliz com o homem que você ama. Está tudo bem, Sakura.

Ela me fitou intensamente.

– E você?

– Vou ficar bem. – respondi. – Bem... Eu estava pensando em me mudar para o quarto ao lado.

– Por quê?

– Sei lá. Acho que agora você precisa mais de privacidade. E... Eu também.

– Bom. Então podemos arrumá-lo e mudar suas coisas.

– Sim, sim. Mas depois. Agora vou tomar banho, depois me arrumar e ir a casa do Naruto.

– O que você vai fazer lá?!

– Trabalho em dupla esqueceu?

– Hm... Verdade. Tinha me esquecido. Você vai demorar?

– Não sei. Depende do desenvolvimento do trabalho. – aproximei da porta e abrir.

Deixei-a no quarto e seguir ao banheiro. Precisava esquecer Sasuke o quanto antes. Ocupar a cabeça com outras coisas talvez ajudasse.

Demorei no banho alguns minutos, depois vestir uma camisa de lã de cor bege, e uma saia que chegava a altura dos joelhos. Sair do banheiro e retornei ao quarto. Sakura não estava lá, e pelo barulho vindo da cozinha, imaginei que estivesse por lá.

Calcei minha bota, e enrolei o cachecol, envolta do meu pescoço, e sair do quarto em direção à porta, onde abrir e fechei atrás de mim.

Tão logo estava caminhando pela calçada distraidamente. Até parar na faixa e esperar o sinal de siga.

Demorou alguns seguidos para poder atravessar para o outro lado. Depois continuei, sentindo o frio que estava fazendo, e pelo céu nublado não demoraria em chover. E para o meu azar, não peguei o guarda-chuva.

Acelerei os passos assim que os primeiros pingos começou a cair, sentir a gotinha fria, e a cada segundos mais e mais, até chover completamente. E o pior que estava próxima da casa do Naruto.

Aproximei a frente do portão, onde abrir e seguir até a porta de entrada e toquei a campainha.

 

 

Ajudei meu pai injetar a insulina em seu abdômen, depois o ajudei deitar confortavelmente na cama, apoiando suas costas nos travesseiros, em seguida suspendi o cobertor até a altura de sua cintura.

– Está bom assim?

– Só falta você ligar a TV.

Revirei os olhos e peguei o controle remoto sobre o criado-mudo e logo depois liguei a TV, e por naqueles programas chatos de competição de comida.

– Acho que esses programas estão te inspirando a comer o que não deve pai.

– O que posso fazer? Kushina não cansa de fazer bolos, tortas, e doces.

– O senhor sabe que não pode comer estas coisas, se controle ou vai morrer.

– Tá, chega de sermão. Você não parou de reclamar desde ontem.

– Pelo o estado que cheguei e o encontrei... Quer que eu fique como?

– Estava bem. Sua mãe que é dramática demais.

– Sei... Estava quase morrendo.

Nesse momento a porta abriu e minha mãe surgiu ali avisando:

– Naruto. Sua namoradinha está aqui.

– Quê? Que “namoradinha”? – quis saber confuso.

– Aquela que você não cansa de falar, como é o nome dela mesmo...

– Hinata. – concluiu meu pai.

– Está mesmo!

– Ela não é minha “namoradinha”. – falei tediado.

– Você não disse que tá apaixonado por ela?

– É. Mas ela não sabe disso. – falei aproximando da porta.

– Tá na friendzone filho. – disse meu pai rindo.

– Muito engraçado. – respirei fundo e sair dali, antes que começassem a torrar minha paciência.

Desci as escadas rapidamente e depois virei à direita e seguir até a sala, onde a encontrei em pé, olhando para fora da vidraça tremendo de frio e toda molhada.

– Nossa, minha mãe não teve a gentileza de pegar uma roupa seca para você?

A outra virou e por pouco não me deu um colapso de tão bonita que estava, mesmo toda molhada. Dava até certo charme.

– Ela disse que pegaria algumas roupas.

– Acho que ela esqueceu. – falei. – Se não se importa, posso te emprestar uma camisa minha.

– Tudo bem. – disse com um sorriso radiante.

Fiquei fitando-a hipnotizado até despertar e dizer:

– Vou lá pegar.

– Tá.

Virei e por pouco não tropecei. Depois sair correndo escada acima, tão rápido quanto um raio.

Cheguei ao meu quarto, e peguei uma camisa laranja e depois toalhas, em seguida retornei, descendo as escadas e chegando novamente a sala.

– Aqui está.

Ela pegou e ficou olhando para mim. Até que me liguei.

– Ah. O banheiro é seguindo pelo corredor à direita.

Ela assentiu e seguiu minhas instruções.

Fiquei esperando e depois de alguns minutos ela retornou vestida com minha camisa, que ficou bem grande nela.

– Ficou grande. Mas tá bom. Onde posso secar minhas roupas?

– Deixa isso com minha mãe. Ela pode passar na secadora para você.

– Tá.

Peguei suas roupas molhadas, e sair à procura da minha mãe. Mas ela logo desceu as escadas. Entreguei as roupas e falei:

– Pode secar?

– Posso. Cadê ela? Já rolou um beijinho?

– Mãe. Para. – sair dali irritado com aquele risinho zombeteiro dela.

Quando retornei a sala novamente, ela estava sentada no sofá, mas se levantou quando me viu.

– Você veio me visitar? – perguntei confuso.

– Trabalho em dupla.

– Ah! É verdade. Acabei esquecendo completamente.

Ela riu timidamente.

– Bom, vamos começar então. Você quer fazer aqui na sala ou no meu quarto? – acho que essa perguntou ficou estranha, espero que ela entenda o verdadeiro sentido.

– Tanto faz.

Se tratando de minha mãe, ela viria insanamente a sala para nos perturbar. Por essa razão, e nenhuma outra, decidir que o melhor seria estudar no meu quarto.

– Vamos ao meu quarto então.

Ela concordou.

Rodei os calcanhares e caminhei em direção à escada, Hinata vinha logo atrás me seguindo. Que bom que não encontramos minha mãe pelo caminho...

Caminhamos pelo corredor e em seguida até a porta do meu quarto, onde abrir permitindo que a outra entrasse primeiro, depois entrei e fechei a porta atrás de mim. A outra ficou olhando envolta e depois se virou me fitando.

– Bem organizado seu quarto.

– Minha mãe me obriga todos os dias arrumá-lo.

Ela riu.

– Vamos começar então.

Concordei caminhando até a mesa onde estava o computador, sentei e apontei para cadeira ao lado, onde a mesma arrastou e ficou ao meu lado. Peguei os materiais que precisávamos, na gaveta ao lado, e pondo tudo na mesa.

– Melhor pesquisarmos sobre o assunto, para depois planejarmos o que fazer. – comentou.

– Sim, concordo. – falei já com o mouse na mão direita clicando na pagina do Google.

Digitei os assuntos e depois mostrei as paginas que mais me chamou atenção. Ela ia apontando algumas coisas que poderíamos usar no projeto, e nas imagens que seria legal para poder montar no trabalho.

Hinata resolveu escrever o que achava interessante no caderno, enquanto me dediquei a montar o trabalho no programa Word. Enquanto escrevia atentamente, acabei me perdendo olhando para ela.

Sua pele era tão delicada, que resistir a vontade de tocá-la.

– O quê foi?

Sobressaltei mas não desviei minha visão.

– Nada.

Ela riu e voltou escrever, depois voltou à tela do computador.

– Terminou a estrutura e a montagem?

– Não. Acabei me distraindo, mas, faço rapidinho.

Hinata se aproximou ainda mais, até roçar a perna na minha me deixando tenso. Estava tão próxima que dava para sentir o perfume de seus cabelos, e sua respiração controlada. Para piorar não estava conseguindo me concentrar com ela tão perto de mim. Por essa razão, me afastei levantando em seguida.

– Hora da pausa. Vou buscar alguma coisa para comermos.

Sair antes dela, falar qualquer coisa.

Precisava sair e tomar um ar, ou vou acabar me descontrolando de vez.

 

 

Fiquei sozinha no quarto do Naruto. E então decidir adiantar o trabalho, terminando o que estava fazendo. Os gráficos e montando as imagens, até o mesmo retornar com uma bandeja cheia de guloseima.

O mesmo pusera sobre a mesa de centro que tinha em seu quarto.

– Nossa. Quanta coisa.

– Minha mãe é muito exagerada.

Levantei e caminhei sentando a frente. Ele fez o mesmo, e então comemos em silêncio.

Naruto era bem sério, não falava muito. No entanto, agora em sua casa, ele parecia bem estranho e agoniado. Era como se algo o infringisse.

De qualquer forma, voltamos ao trabalho, até que a noite caiu e tive que ir embora.

Ele me acompanhou até em casa, por mais que eu falasse que não precisaria, ele foi mesmo assim.

Nós despedimos quando entrei.

Adentrei na casa, e encontrei com Sakura deitada no sofá de barriga para cima, mexendo no celular. Quando me viu levantou-se toda eufórica.

– Estava te esperando. Você demorou hein?

– Acabei me perdendo nas horas.

– Tá. Vem comigo. – disse puxando meu braço e me arrastando pelo corredor.

Paramos em frente à porta ao lado do quarto que dividíamos.

– Espero que goste.

Sakura abriu a porta e tão logo vi a cama de solteiro ao canto da parede, muito bem organizada. A cômoda no canto, a penteadeira à frente, assim como a mesinha do computador. Tudo muito bem arrumado, com todas minhas coisas organizadas em seus devidos lugares.

– Gostou?

– Sim. Tá perfeito!

– Eu e o Sasuke passamos a tarde arrumando tudo.

– Não fizeram o trabalho?

– Fizemos a metade.

Caminhei pelo quarto até a janela à frente, com as cortinas fechadas.

– Obrigada. Tá tudo muito lindo.

O celular dela apitou. A mesma olhou e depois me fitou e disse:

– Aproveite seu quarto novo, mana. Boa noite.

– Boa noite.

Assim que ela saiu. Fiquei olhando para o quarto. Estava realmente tudo lindo, tudo que estava minuciosamente organizado em seus devidos lugares, do jeito que imaginaria em fazer.

Respirei fundo e virei a frente da janela onde abrir afastando as cortinas, depois fiquei olhando para o céu sem nenhuma estrela. Não demorou muito para que a chuva retornasse com força total, mal pude escutar o barulho que via do meu celular.

Olhei para o lado, onde havia deixado o celular sobre a cômoda, aproximei e peguei olhando uma mensagem de um número desconhecido.

Fiquei intrigada e abrir a mensagem.

“Olá Hinata. Tudo bem?"

Quem será que me mandou isso? A pessoa me conhecia...

Ainda incerta, acabei respondendo:

“Estou bem”.

O desconhecido me respondeu rapidamente, me mandou uma carinha feliz e depois:

“Boa noite”.

Intrigada, voltei enviar outra mensagem dizendo:

“Quem é você?”

Em segundos outra mensagem dele:

“Sou seu admirador secreto”.

Admirador...? Mas que brincadeira era essa?

“Como se chama?”

Dessa vez a pessoa demorou em responder. E confesso que me deu certa aflição.

Passou alguns minutos e desistir de esperar, deixei o celular sobre a cômoda e sentei na beirada da cama, ainda confusa e agoniada a espera de uma resposta.

De repente, outra mensagem.

Peguei rapidamente o celular, abrindo a mensagem.

“Segredo”.

Franzi a sobrancelha e minha vontade fora de mandar uma carinha zangada. Pensei até em retrucar, mas deixei quieto. 

Vai que é um tarado louco?



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