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História Amor(?), destino - Fated


Escrita por: Kubiak

Capítulo 25 - Fated


(Ricardo)

Eu acabei almoçando com a Yane e de lá fui pra biblioteca tentar ler alguma coisa para me distrair. Eu precisava esfriar a cabeça e decidir como agir. Aquela cena do Vitor abraçando aquela menina me desgraçou por dentro. Eu senti como se algo fosse arrancado de mim! E o pior é que isso só poderia indicar o quanto eu estava apegado a ele. Sinceramente, não sabia se aquilo era amor, mas não estava disposto a me arriscar tanto por uma pessoa. Sim, eu precisava me afastar dele, era o melhor para nós dois.

Fiquei na biblioteca até tarde, de lá eu pretendia voltar para casa. Não passaria na faculdade para não cruzar com o Vitor ou, até pior, cruzar com a Jéssica. Segui para o ponto de ônibus, o céu já estava bem escuro e começou a chover de maneira bem abrupta. Eu como tinha dormido fora, não tinha levado um guarda-chuva ou uma capa pra chuva. Eu morava um pouco afastado do ponto de ônibus, andava por volta de dez minutos, então certamente me molharia.

O ônibus não demorou muito, então entrei, me sentei no fundo e fui ouvindo as minhas músicas depressivas. Em cerca de quinze minutos eu já tinha descido. A chuva começou a engrossar, então usei a minha mochila para tentar me cobrir, em vão. Comecei a correr desesperadamente e tomando cuidado com os buracos na rua, não queria cair ali no meio daquela confusão. Chegando na minha rua, pude notar que alguém estava parado em frente à minha casa com um guarda-chuva preto. Ao me aproximar, notei que era alguém que eu conhecia: Vitor... apressei o passo e logo estava perto do portão. Assim que ele me avistou veio correndo em minha direção e estendeu o guarda-chuva em minha direção.

Acertei um tapa na mão dele, impedindo que ele compartilhasse o guarda-chuva comigo. Eu tinha que enfrentar aquela tempestade sozinho!

-Ei, você vai ficar mais encharcado ainda!

-Essa é a ideia – rebati.

-Por que você tá fazendo isso comigo? Eu não sou bom o suficiente?

Sério? Ele estava mesmo tentando jogar a culpa em cima de mim? Eu não tinha culpa se ele não conseguia ficar apenas com uma pessoa.

-Você sabe que as coisas não são assim. Isso nunca daria certo mesmo e hoje você só confirmou isso – respondi procurando a minha chave na mochila.

-Então é isso? Tudo acabou?

Assenti já com lágrimas nos olhos. Eu estava andando cada vez mais rápido quando o fui impedido de continuar: Vitor me segurou pelo braço com uma mão.

-Você vai me deixar por causa dele?

-Como assim? Ele quem? – eu estava ficando confuso.

-Eu vi que você ficou todo feliz quando recebeu um beijo do Paulo. Então é isso? Vai me trocar mesmo?

Merda, ele tinha visto aquela cena. O pilantra estava colocando a culpa em mim! Mas não ia rolar. Não mesmo! Eu não fiz nada demais, ele que estava abraçado com aquela menina hoje, eu sou a vítima aqui!

-Eu não fiz nada demais. Não tenta tirar a sua culpa, eu não vou te perdoar! Eu não quero mais te ver, acabou! – disse me soltando e pegando a minha chave para abrir o portão.

Vitor tirou a chave da minha mão com força e entrou na minha frente. Ele estava com os olhos vermelhos e toda aquela altura.... me intimidava!

-Eu não vou aceitar isso!

-Pois aceite que a partir de agora eu vou te... ignorar – retruquei chorando.

Nem eu mesmo queria acreditar em tudo que falava.

-Olha pra mim! – ele praticamente gritou colocando a mão dele no meu rosto – Eu não sei o quê você viu hoje, mas saiba que eu jamais te trocaria por outra pessoa. E mesmo que você me ignore, eu não vou deixar de gostar de você! Eu me apeguei de uma forma tão grande que não quero mais ninguém.

Confesso que aquelas palavras foram suficiente para eu cair em mim e ver a merda que eu estava fazendo. Eu não podia simplesmente desistir de tudo o quê nós tínhamos feito até o momento por causa de uma cena que eu mal entendi. Sim, o ciúme havia me deixado cego.

Ele notou o meu estado de extrema debilitação e aproximou o rosto dele ao meu. Eu não esquivei, então demos um selar leve mas que mexeu profundamente comigo. Eu estava mais uma vez ali de quatro (no sentido não-pornográfico) por ele.

Ele usou a chave que antes estava comigo para abrir o portão. Me fez entrar e então trancou. Seguimos para o local aonde eu morava. Ele abriu a porta, colocou o guarda-chuva do lado de fora e entrou na minha frente.

-Entra – disse com voz mansa.

Eu apenas obedeci. Ele tirou a minha camisa molhada e estendeu do lado de fora. Eu ainda estava sem reação alguma, apenas fazia o quê ele mandava.

-Qual foi a última hora que você comeu?

-Eu almocei com a Yane – respondi.

-Nossa! Já são quase dez da noite, vai tomar banho que eu vou fazer alguma coisa pra você comer.

-Por quê?

-Porque você precisa se alimentar, oras!

-Não. Por que você está agindo assim comigo?

-Você sabe... porque eu te amo – disse olhando em meus olhos.

Eu engoli seco, tinha ficado sem palavras, ele finalmente tinha dito aquilo. Ele me fez sentar numa cadeira e tirou os meus sapatos molhados.

-Obrigado – era a única coisa que conseguia dizer.

Notei um leve sorriso no rosto dele.

-Agora vai tomar banho, tá esperando o quê? Se eu for tirar a sua calça, não vou me segurar.

Depois disso, me levantei e fui tomar banho ainda sem jeito com o que tinha acabado de ouvir.

(~)

Tomei banho e troquei de roupa, depois fui até a cozinha ver o quê o Vitor aprontava. Chegando lá, fui recebido pelo descendente asiático mais bonito que eu já tinha visto com sorriso lindo no rosto e segurando um prato com sopa de legumes. Confesso que não era muito chegado em legumes, mas se naquele momento ele me oferecesse cimento e areia eu comeria.

-Eu fiz essa sopa pra você, come tudo porque você precisa de bastante força – me disse entregando o prato.

Assenti e me sentei pra comer.

-Pra que tanto mimo? – questionei.

-Porque você vai me compensar depois... – concluiu com um sorriso safado.

-Safado!

Ele riu e começou a comer também. Eu estava com bastante fome, então tratei de devorar aquela sopa.

(~)

Nós terminamos de jantar e depois fomos para o quarto, eu me sentei na cama e não sabia muito o quê dizer. Eu sinceramente não sabia o quê ele gostaria de escutar. Eu deveria me desculpar? Mas ainda não tinha engolido direito aquele abraço, então resolvi questioná-lo.

-Vitor, mais cedo quando eu te vi abraçando a Jéssica, o quê tinha acontecido?

Ele me encarou com um semblante sério e sentou ao meu lado na cama.

-Ela estava me mandando mensagens desde o final de semana porque queria me dizer algo...

-Hum... e o quê era tão importante pra ela te abraçar daquela forma? – notei um pequeno desconforto no semblante dele.

-Ela disse que queria ser mais do quê a minha amiga – disse pausadamente - Mas eu não aceitei!

Então era isso... ele que estava a consolando. Como eu fui fútil! Eu me dei o direito de negar os sentimentos do Vitor por mim, de acusá-lo de traição sem ao menos saber o quê tinha acontecido e, pior: acabei aceitando mais um convite do Paulo para sair. A situação estava feia para o meu lado!

-Rick.

-Oi – recobrei a atenção.

-Aquilo que você me disse... de não querer me ver mais, é verdade?

O olhei no fundo dos olhos e percebi o quão aflito ele estava até aquele momento. Eu realmente era um idiota!

-Só se você quiser. Eu tenho que te pedir desculpas. Eu fui injusto contigo e falei todas aquelas baboseiras... me perdoa!

Ele sorriu e me beijou calmamente. Após alguns segundos, lambeu o meu lábio inferior e me pediu passagem com a língua. Eu logo dei passagem e o beijo se tornou mais carnal. Nos beijamos freneticamente em cima da minha cama, cama na qual a gente havia passado uma noite.

Vitor parou por um momento e me encarou.

-Rick, você sente alguma coisa pelo Paulo? – perguntou desconfiado.

Ele era extremamente fofo com ciúmes.

-Não, você é a única pessoa pela qual eu tenho esses sentimentos.

-Bom mesmo, não quero compartilhar isso com mais ninguém – disse risonho.

Voltamos a nos beijar e eu logo tirei a camisa dele. Eu já sabia aonde aquilo iria dar.

Naquela noite, o Vitor me colocou na minha cama de solteiro com um espaço mínimo para nós dois e me deixou louco.

 


Notas Finais


Estamos chegando à reta final :/ não quero estender muito a fic. É isso, espero que gostem =)


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