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História Amor doce - O novo lado da história - Irmão Urso


Escrita por: VitinhahTO

Capítulo 24 - Irmão Urso


Fanfic / Fanfiction Amor doce - O novo lado da história - Irmão Urso

Olho por cima do ombro para ver quem é e enxergo um menino do meu tamanho e com as mesmas cores de cabelo do meu... Bom, do meu antigo cabelo. Castiel? Viro-me e fico paralisada, um arrepio muito forte percorreu meu corpo, da cabeça aos pés.

- Oi, lembra de mim? - diz o garoto, que aliás, não era garoto. Tinha 20 anos e era meu irmão.

- Took... Eu achei que você estava... - paro de falar e começo a chorar, o abraço forte e sinto seus braços musculosos me envolverem, me senti protegida. Choro igual uma criança

*FLASHBACK ON*

Eu estava saindo da escola com meu irmão mais velho e estávamos nos batendo, vinhamos discutindo sobre cachorros e gatos. 

- Eu gosto mais de cachorros porque eles INTERAGEM com os humanos - retruco

- GATOS SÃO INDEPENDENTES! CACHORROS SÃO FEDORENTOS E PULGUENTOS. - ele faz cara de nojo, fico com raiva e dou um tapa em seu braço. Eu tinha 5 anos e ele 8, e sempre brigávamos por coisas idiotas. Entramos no beco que papai sempre nos esperava, mas como sempre, ele estava atrasado. Sento-me no chão e abro minha mochila, tirando meu sanduíche de atum de dentro, Took estava me encarando.

- Nem pense nisso bobão. - mostro a língua para ele e dou uma mordida no sanduíche. Ouço barulho de passos e acho que é o papai, coloco a mochila nas costas e fico comendo o pão até os passos pararem. Olho para ver quem é, não era o papai. Era um homem alto e de terno, ele estava nos olhando com um sorriso no rosto. 

- Ti , venha aqui. - chama meu irmão. Vou até ele e o abraço, o homem se aproxima e bate de leve na cabeça dele

- Protegendo a irmã... Bom garoto. - dizia o homem. - Mas você sabe que seu pai me deve isto. - continuou. Ele me pega pelo cangote e me arrasta, junto com meu irmão, começo a me debater e mordo a mão dele, que acaba por me soltar. Tento fazer de tudo para o homem soltar meu irmão, mas não adiantava.

- Tin, corra e peça ajuda! Vá! - hesito um pouco antes de sair correndo e encontrar papai. Depois disto nunca mais vi ele, a Polícia não encontrou nenhum suspeito e nenhuma pista.

*FLASHBACK OFF*

Took seca minhas lágrimas e beija minha testa. 

- Também senti, saudades. Temos muito o que conversar. - ele também chorava um pouco. Faço que sim com a cabeça e o beijo na bochecha, Lysandre pigarreia.

- Oh, me desculpe. Este é... - fico olhando para Took sem sabem o que dizer, então ele mesmo estende o braço para Lysandre e se apresenta.

- Sou o irmão da Tindi, prazer. - Lysandre sorri um pouco constrangido e aperta a mão de Took.

- Vocês realmente se parecem. - diz com um sorriso, eu abaixo a cabeça e balanço meu pé. 

- Tin, vou deixar vocês sozinhos... Daqui a uma hora me encontre na frente do... Bar Friegets ok? - diz Took me dando outro beijo na testa.

- Não, vocês parecem ter muito a conversar. Eu vou me retirar para deixá-los terem esta conversa. Com licença. - diz Lysandre 

- Não cara, fica ai. Tenho que ir na prefeitura resolver uns assuntos... Fique com minha irmã e... Cuide dela hein? - brinca, Lysandre fica corado e se contrai, abraço Took de novo e assisto ele se afastar. 

-Então... Quando ia me contar que tinha um irmão? - pergunta Lysandre distante, olhando para o céu.

- É complicado... Com mais tempo conto para você.- sorrio, eu estava realmente muito feliz agora, parecia que nada no mundo poderia fazer meu sorriso desaparecer... 

- Como quiser. - ele entrelaça o braço no meu e nos conduz até a margem do lago, que é onde nos sentamos e ficamos olhando para o céu. 

- Lys... O que está acontecendo entre nós? - acabo pensando alto, sinto meu rosto ficando corado, então viro para o lado, olhando para as pessoas que caminhavam com seus cachorros.

- Eu... Não sei... Mas tenho paz quando estou com você... - ele tinha um tom triste.

- Isto é ruim?

- Um pouco... 

- Por causa do Castiel?

- Vamos mudar de assunto, por favor. - fico calada por um tempo, até ele me perguntar se eu queria que ele me acompanhasse até o bar para encontrar meu irmão. Continuo em silêncio, eu estava pensando se eu e... Lys era errado. Sinto um cutucão

- Ai! - olho para Lys e passo a mão no braço onde fui cutucada, Lys ri e pede desculpas.

- Você quer? 

- Ah... Claro. - respondo. Ele levanta e tira a sujeira da roupa, me oferecendo a mão logo em seguida, eu aceito e, quando ele me puxa, nossos corpos se chocam e nossos rostos ficam próximos.

Passo minhas mãos por seus cabelos e começo a encarar sua boca carnuda, ele me transmite uma paz... Lysandre põe a mão direita nas minhas costas e a esquerda no meu rosto, ele parecia me analisar.

- Lys... - ele encosta seus lábios nos meus e pede passagem da qual eu cedo. A língua dele era calma e serena, rodeava a minha e fazia eu perder os sentidos. Nos separamos por causa do ar, precisavamos respirar. Ficamos de testas coladas, suspirando e rindo. Olho para o relógio discretamente, era bom estar com Lys, mas eu queria matar a saudade do meu irmão e saber o que havia acontecido... Eu queria respostas... Lys percebe que eu começo a ficar inquieta. 

- Está tudo bem? Vamos ,deixe-me acompanha-la. - ele pega minha mão, assobio para Kenie, ela vem correndo e começa a caminhar do nosso lado. Vamos para minha casa, deixar ela lá e dar chance de eu trocar de roupa, coloco um vestido solto roxo, minhas rasteirinhas brancas com dourado e faço uma trança embutida no meu cabelo novamente. Lys insiste em me acompanhar até o bar, então cansada de discutir eu concordo com ele. Ficamos em silêncio o trageto todo, porém ele fez questão de pegar minha mão.

Chegando na frente do bar, logo avistei meu irmão ruivo sentado à uma mesa distante, corro até ele e o abraço forte. Lys acena e da meia volta, indo em bora.

- Temos MUITO o que conversar. Aquele garoto é um dos assuntos - ele põe seu corpo para trás, recostando-se na cadeira. Faço o mesmo e sorrio

- Ele é um amigo... Especial. - digo lembrando dos nossos beijos. Me curvo sobre a mesa.

-Mas não vamos falar de mim. Quero saber o que aconteceu com você... Naquela noite. - digo, ele suspira e tira o cabelo dos olhos e se curva sobre a mesa também.

- Eu sei que você quer saber... Vou contar tudo o que você quer saber. Aquela noite, depois qu você saiu correndo, o cara ainda tentou ir atrás de você, então eu o chutei o mais forte que consegui direto nas bolas. - ele faz uma pausa, seu olhar estava sombrio e pairava sobre um saleiro. - Ele ficou furioso e me deu um tapa no rosto e mandou eu ficar quieto ou voltaria para pegar você. É óbvio que eu o obedeci, ele me levou para um carro que esperava no final do beco e me amarrou. Lembro de ter descido do carro e ter entrado em um barco, e então ter apagado. Sofri... Muito por um ano e foi então que eu fugi. Eu não sabia até então em que país, cidade ou estado eu estava, pois era mantido preso dentro de um barco. Descobri que eu estava no México quando finalmente escapei das mãos daquele filho da puta. A partir daí eu comecei a roubar, eu roubava para sobreviver. - somos interrompidos pela garçonete, negamos qualquer pedido e, quando ela se afasta o suficiente para não poder nos ouvir, ele continua - Fui para a cadeia muitas vezes... E sempre saía de lá com mais ódio do que nunca. E foi então... Que resolvi vir procurar você... Procurei por 2 anos... Você parece uma agulha em meio à um paliteiro... Difícil de encontrar... - ele ri, sinto as lagrimas quentes chegando na minha boca.

- Não chore maninha... Está tudo bem agora... Arranjei um emprego em meio à este tempo... Construí um comércio que agora esta mais grande do que nunca... - ele sorri, com orgulho. Pego a sua mão e faço carinho.

- Mas Tin... Tem uma coisa que descobri... Que é do seu interesse. Me ouça e não dê piti. - ele faz uma pausa

- Papai está vivo e quer falar com você.



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