História AMOR e MISTÉRIO (Romance Gay) - Preocupado

         GUSTAVO NARRANDO

Estou dirigindo o ônibus do CB após sairmos do acampamento, e em minha mente, vêm a tona tudo o que aconteceu esses dias, eu sinceramente eu já nem sei mais o que pensar.

Levo um susto ao ver os alunos gritando e pedindo para que eu parasse o ônibus, quando me levando vejo Théo desmaiado no chão do ônibus e meu corpo enche de preocupação, vou até ele.

- Théo, Théo, fala comigo! - digo tentando acordá-lo mas sem sucesso - O que aconteceu? - pergunto para os outros alunos.

- Ele levantou e desmaiou, percebi que ele já estava meio ruim desde o acampamento - Vicent me responde.

Pra nossa sorte o outro monitor está atrás da gente com a viatura que estava conosco, ele entra no ônibus preocupado sem saber o que aconteceu. O mando levar o pessoal pra escola que eu iria levar Théo a um hospital, e pedi para que Vicent ligasse para os pais dele.

Carrego Théo em meus braços e o deito no banco de trás da viatura, entro e logo dou partida em direção ao hospital, estou muito preocupado e aflito, temo que seja algo de grave ou o pior aconteça, mas tenho que me manter bem, por favor Théo acorde logo!

Dentro de 30 minutos chego ao hospital, o levo pela emergência e gritando para que alguém venha lhe atender, logo duas enfermeiras o colocam numa maca e me perguntam o que aconteceu, explico e logo um médico vem examiná-lo, eles colocam Théo num quarto para o examinarem ee pedem para ficar esperando do lago de fora, minha preocupação só aumenta.

Por volta de 10 minutos depois o médico aparece.

- Doutor como ele está? - pergunto quase morrendo de tanta preocupação.

- Ele teve uma queda de pressão, e foi muito forte, possivelmente por estresse acumulado, falta de alimentação também, entre outras coisas que pode ser às causa disso, ele está muito fraco, e os antibióticos que demos pra ele, vai deixar ele apagado por mais um tempo - o médico responde.

- Eu já posso vê-lo? - pergunto.

- Pode sim! - ele responde.

Entro no quarto e vejo Théo desacordado e me sinto culpado, sei que ele ficou ruim pelo o que aconteceu com a gente,  me aproximo e toco sua mão, acaricio seu rosto, e só agora me toco o quanto eu gosto dele, mas como disse antes é melhor nos afastarmos, nem começamos nada, e olha onde já está.

Meus pensamentos são interrompidos pelos pais de Théo adentrando no quarto.

- Como meu filho está? - a mãe dele diz em desespero.

- Ele está bem, o médico disse que ele teve uma queda de pressão - respondo.

- Uma queda de pressão? E ele tá até agora apagado? - o pai dele pergunta incrédulo.

- O médico disse que os antibióticos que deram pra ele são fortes, e vão deixar ele apagado por um tempo - respondo e a mãe de Théo se aproxima dele e lhe dá um beijo na testa.

Resolvo sair do quarto e esperar ele acordar na sala de espera,  me sento numa cadeira, e minha cabeça está doendo, minha mente está com um turbilhão de pensamentos, estou muito cansado, escoro minha cabeça na parede e logo adormeço.

Acordo ao escutar a mãe de Théo me acordando.

- Por que ainda está aqui? - ele pergunta.

- Esperando o Théo acordar - respondo me despertando.

- Até agora ele não acordou eu estou preocupada - ele comenta.

- Meu Deus, ainda não acordou - respondo olhando meu celular.

Percebo que dormi quase 45 minutos nessa cadeira, espero não ter roncado.

- Vá pra casa, você deve estar cansado - ela responde e eu assinto.

Mas antes de eu ir dou uma passada pelo quarto de Théo, olho pro seu rosto ainda adormecido, e rezo pra que tudo fique bem.

             THÉO NARRANDO

Bem lento eu vou abrindo meus olhos, vejo que estou num lugar desconhecido, minha cabeça dói, quando acordo completamente percebo que estou em um quarto de hospital, vejo que meus pais estão sentados numa cadeira perto da porta.

- Meu filho, como você está!? - minha mãe pergunta preocupada e com um tom de alívio.

- O que aconteceu? - pergunto com um pouco de dificuldade pra falar.

- Você desmaiou no ônibus do colégio, o que aconteceu meu filho? - ele responde e pergunta e me faz lembrar de tudo o que aconteceu.

- Eu não dormi direito e também não comi nada hoje - digo tentando me sentar na cama, minha mãe me ajuda.

- E o que te levou a não comer? - meu pai pergunta.

- Eu estava um pouco enjoado então não comi - minto.

- Esses povo não sabe cuidar de crianças e inventa um passeio desses - meu pai reclama.

- Nós não somos crianças! E ninguém tem culpa de eu ter ficado sem comer! - respondo meu pai.

- E o bombeiro estava aqui até ainda agora, eles estavam realmente cuidando deles - minha mãe diz.

Espera um segundo, um bombeiro estava aqui! 

- Que bombeiro?? - pergunto um pouco animado.

- Um branco meio malhado, um pedaço de mal caminho, ele estava até ainda agora esperando você acordar, quando nós chegamos aqui ele estava com você - minha mãe responde e só tem um bombeiro com essa descrição,  Gustavo Rolim!

Nem acredito que ele estava aqui realmente ele estava preocupado comigo, que isso sirva pra ela não parar de falar comigo.

O médico entrou na sala e disse que eu já estava bem melhor, e que amanhã de manhã eu teria alta, por enquanto tinha que ficar em observação.

Pego meu celular, e tem várias mensagens, mas a que mais importa pra mim é a do "Bonde do Tigrão".

           WHATSAPP ON

Vicent: Théo anjinho, por favor nos avise quando puder, estamos muito preocupados😓

Doug: Sim! Gente o que foi aquilo, eu me tremi todo quando vi ele desmaiando.

Kira: Eu tbm, espero que esteja tudo bem

Alana: Tomara 🙌

Eu: Pessoal, só pra avisar que eu já estou melhor, mas não irei amanhã pra escola vou ficar a noite toda em observação.

Alana: Oii, que bom que já está melhor, estávamos muito preocupados.

Vicent: Que bom (figurinha)

Julyo: Maravilha! Se cuida viu! 

Eu: Pode deixar kk (figurinha)

Doug: Aí mano, estou aliviado agora, que bom que está bem (figurinha)

Kira: Melhoras bb (figurinha)

Eu: (figurinha)

Doug: E aí, o Gustavo, ele ainda está aí?

Alana: Verdade, tu tinha que ver a cara dele de preocupação ao te levar correndo nos braços dele

Eu: Sério?? Kkk E não, ele foi embora antes de eu acordar, mas ele ficou aqui muito tempo mesmo depois dos meus pais chegarem

Vicent: hmm, ele tá na sua kk, mas foi fofo mesmo a cara de preocupação dele 

Eu: Mas ele resolveu manter distância, então fazer o que né! 🤷🏻‍♂️

Vicent: (figurinha)

Eu: E a Lívia??

Vicent: Tu acredita que ela tem namorado! E tá indecisa entre eu e ele.

Eu: Fica com os dois, trisal é sucesso KKKKK

Doug: KAKAKAKAKKA

Vicent: Eu já pensei nessa possibilidade kkk, mas não sei, na prática é diferente

Eu: Faz o que você achar melhor, só não segue o coração, pois ele é traiçoeiro

Alana: Real! 

Eu: Vou tomar meus medicamentos depois a gente se fala

             WHATSAPP OFF

Depois de tomar os medicamentos, sinto o sono me invadir, esses remédios é muito forte.

              SONHO ON

Estou no meio do colégio, e está tudo quebrado o clima está tenso, o que está acontecendo aqui.

Uma espécie de espíritos malignos começam a me atacar eu fico sem conseguir recuar, vejo meus pais conversando com minha avó, os três estão sorrindo muito, começo a gritar para eles me salvarem desses espíritos, mas eles não escutam eu entro mais ainda em desespero, olho para o lado e vejo Gustavo e sua ex namorada aos beijos, e sinto uma  respulsa ao vê-los, começo a gritar, mas sem sucesso, olho para o outro lado e vejo o vale conversando, começo novamente gritar por socorro, mas eles não me escutam, começo a chorar muito forte em desespero, os espíritos não param de me atacar, sinto que esse é meu fim...

            SONHO OFF

Acordo de um pesadelo horrível, estou tremendo com isso, já está de manhã e vejo o médico conversando com meus pais no lado de fora do quarto, eles entram e me comunicam que já vou pra casa, finalmente não vejo a hora de deitar na minha cama.

Pego tudo o que tinha pra pegar e logo estava a caminho de casa. Ao chegarmos em frente percebo que tem uma viatura do CB na frente da minha casa, e vejo Gustavo fardado descendo da viatura.

Desço do carro e peço e digo para os meus pais que não precisam me esperar, já entro, ele me obedecem e vou em direção a Gustavo.

- Você está bem? - ele pergunta.

- Sim, foi nada muito grave - respondo 

- Que bom - ele diz.

- Saiu da escola só pra vir me ver? - pergunto.

- Tive que vir no quartel aqui perto e resolvi passar pra ver como você estava - ele responde olhando pra baixo.

- Obrigado pelo sua preocupação - digo.

- Então eu vou indo - ele diz.

- Obrigado por tudo! - agradeço.

- De nada - ele diz e se retira, entra no carro e vai embora.

Nossa aproximação no momento está abalada, mas sinto que isso vai mudar, o olhar dele me transmitiu o quanto que ele se preocupa comigo, e eu sinto que ele gosta de mim, e ele não vai resistir por muito tempo.