Quebra de Tempo
Izuku:On
A festa de ontem foi incrível. Nunca me diverti tanto. Depois das atividades, fomos dormir. Eu fiquei com o Ayato como par e para ser sincero, não foi assim tão mal.
Agora, encontro-me deitado no colchão, dormindo, aconchegado ao meu colega de quarto. Para ser sincero, já tive muitos momentos assim, com o meu ex. Mas em maioria era só abuso ou até por ordens.
Isso dá me uma dor de cabeça que nem é bom. Durante o sono, ouço um click. Um som de uma máquina fotográfica. Abro os meus olhos e levanto-me.
Cocei os mesmos e quando a minha visão se focou, olhei em volta e pude ver os quatros colegas da nossa pequena festa. Minha visão se focou em Tamura, o mesmo estava com uma máquina fotográfica nas mãos.
Izuku: O que estão a fazer?
Tamura: Nada de especial – Digo escondendo a câmera atrás das minhas costas.
Continuei desconfiando, mas com um tempo, decidi deixar de lado. Tinha acabado de acordar e não me apetecia nada ter dor de cabeça, logo pela manhã.
Izuku: Está bem.
Notei que o quarto estava meio escuro. Olhei pela janela e vi que estava fechada. Mas mantinha uma pequena brecha, que deixava um pouco da luz solar entrar.
Levantei-me e fui em direção à mesma. Em um movimento, abro a persiana e a luz invade a sala. Foi então que ouvi um grito.
???: APAGUEM A LUZ!!
Olhei para trás e pude ver o Ayato ainda deitado e com uma almofada a tapar cara. Levei uma mão ao meu coração, a ver se o mesmo abrandava nas batidas.
Izuku: Meu Deus!
Akemi: Eh... Se calhar devíamos ter avisado.
Itsuki: Acho que não. Já são nove e meia da manhã e de qualquer forma ele tem de acordar.
Tamura: Estou de acordo com o Itsuki.
Eles se sentaram perto do Ayato. Meus batimentos voltaram ao normal, então, eu me aproximei e fiz o mesmo.
Akemi: Quem é que vai acordá-lo?
Tamura: Eu é que não! Da última vez ele quase me deu com os pés na cara.
Izuku: Deixem-me tentar uma coisa.
Akemi: Estás à vontade Izuku.
Retirei a almofada do seu rosto e cheguei perto do seu ouvido. Fechei os meus olhos e sussurrei-lhe, calmamente.
Izuku: Toca a acordar Ayato.
Afastei-me e nem fez dois segundos e ele já estava sentado, nos encarando.
Akemi: Incrível Izuku! Até parece magia!
Tamura: Quer dizer... Pra mim que sou teu melhor amigo, tu quase me dás com os pés na cara! Mas para o teu colega de quarto, basta sussurrar alguma coisa quer você acorda sem problemas!
Ayato: Não enche!
Izuku: Vá, vá, meninos. Nada de discussões.
Ayato/Tamura: Tá...
Izuku: Adiante... Dormiram bem?
Todos: Sim.
Izuku: Menos mal. E o que temos planeado para hoje?
Akemi: Por enquanto nada. Mas... E que tal irmos almoçar fora.
Itsuki: Mas ainda são nove e cinquenta. Ainda é muito cedo.
Tamura: E o quer importa!? Cedo ou tarde, eu estou cheio de fome!
Akemi: Está decidido! Vão para os vossos quartos e se preparem. Encontramo-nos na entrada da escola. Têm dez minutos.
Todos: Ok.
Peguei nas minhas coisas e junto ao Ayato, fomos para o nosso quarto.
Ayato:On
Estava eu tentando dormir, quando ouvi uma voz doce e suave, sussurrando no meu ouvido.
???: Toca a acordar Ayato.
Nem fez dois segundos e eu já estava de olhos abertos, levantando-me e ficando sentado. A primeira pessoa que vi na minha frente foi o Izuku e o mesmo exalava o seu radiante sorriso.
“Então foi ele que sussurrou ao meu ouvido. estou sentindo um arrepio.”
Olhei em volta e pude ver os nossos colegas. Mas a minha atenção só se dirigia ao ser verde na minha frente.
Foi então que ouvi o Akemi. Falava algo de magia... Eu não sei, ainda estava meio sonolento. Mas acordei, quando ouvi o Tamura resmungar.
Tamura: Quer dizer... Pra mim que sou teu melhor amigo, tu quase me dás com os pés na cara! Mas para o teu colega de quarto, basta sussurrar alguma coisa quer você acorda sem problemas!
“Não estou com cabeça para isto!”
Ayato: Não enche!
Comecei a olhar para ele com expressão de raiva. Mas parei, quando ouvi de novo aquela voz.
Izuku: Vá, vá, meninos. Nada de discussões.
Eu e o Tamura concordamos e então, eu dirigi o meu olhar para o Izuku. Ficamos na sala, falando sobre a atividade de hoje e em conclusão. Vamos almoçar fora.
Saímos da sala e fomos para os nossos quartos. Chegando no nosso, Izuku pegou numas roupas e foi no banheiro e eu fiquei sentado na cama, esperando.
Ao fim de um tempo, ele saiu e eu entrei. Retirei o meu pijama, junto com os meus boxers, pousei os meus óculos em cima do móvel e entrei na banheira. Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, enquanto em eu esfregava a minha cabeça.
Ao fim de um tempo, terminei o banho e saindo da banheira, vou num dos armários e pego numa toalha. Seco o meu cabelo e em seguida, enrolo-a na minha cintura. Pego nos meus óculos e saio do banheiro.
Olhei para o lado e encontrei o Izuku deitado na minha cama. O mesmo já se encontrava vestido. E ao que parece, não notou a minha presença.
Voltei a minha atenção para o que estava a fazer. Vou no meu armário e pego numa camisa branca e na minha camisola cor de rosa.
Visto ambas as peças e em seguida, retiro a toalha e pego nuns boxers. Em seguida numas calças pretas e para finalizar, n um par e meias e num par de sapatilhas rosa.
Ayato: Estou pronto!
Izuku: Eu sei Ayato.
Virei o meu rosto e dou de caras com o Izuku. O mesmo sorria e entregou-me o meu celular.
Izuku: Anda lá! Já estamos atrasados!
Ele segurou no meu braço e começou a me puxar, me fazendo sair do quarto.
“Para alguém que aparente ter um corpo fraco, ele é bem forte.”
Fechamos a porta e ele voltou a me puxar pelos corredores. Eu apenas me deixei levar. Chegando ao portão da escola, demos de caras com os nossos colegas.
E sendo assim, fomos para o tal restaurante, para almoçarmos.
Quebra de Tempo
Izuku:On
O almoço foi muito divertido. E o resto do dia também. Depois de sairmos do restaurante, voltamos para a escola e fomos jogar à bola. E desta vez, tivemos concorrência, mais do que eu pudesse imaginar.
Já eram dez da noite e então despedimo-nos e voltamos para os nossos quartos. Assim que cheguei no meu quarto com o Ayato, retirei as minhas roupas e fui para a cama, só de boxers e uma camisola.
Deitei-me na cama e deixei me levar pelo sono.
Izuku: Boa noite Ayato.
Ayato: Boa noite.
Sonho:On
Olho em volta e vejo um grande monte verde. O céu estava limpo e podia ver diversas arvores à minha volta.
Olhei para trás de mim e pude ver um cachorrinho. O mesmo veio ter comigo e eu apenas ajoelhei-me e peguei nele.
Izuku: Olá pequeno.
Cachorrinho: Olá izuku.
Sorri para ele e o mesmo retribuiu o sorriso. Olhei em volta e pude ver a paisagem verde que me rodeava.
Izuku: Este lugar lindo, não é?
Cachorrinho: Humm... Não sei.
Izuku: Como assim?
Cachorrinho: Olha para ali.
Olhei na direção que ele apontou com a sua patinha e ao fundo da floresta vi algo estranho. Levantei-me e fiquei encarando, com algum receio e medo dentro de mim.
Izuku: Quem está aí?
Não apareceu ninguém e tudo o que pude ouvir, era um pequeno sussurro. Foi então que ordenei, quase gritando.
Izuku: Apareça!
E num momento, daquele lugar, saiu uma escuridão, tão negra como as sombras ou até as próprias trevas. O que mais me perturbou foram os gritos.
???: AHHHHH!!AHHHHHHH!
Izuku: Meu Deus!
Olhei em volta e o cenário de antes sumiu. As arvores estavam sem as suas folhas e a madeira ficou negra, o céu estava escuro e só podia ver a lua cheia.
Izuku: Ahm... Podia ser pi...or - Olhei para o meu colo e o cachorrinho que eu antes tinha nas minhas mãos, era apenas um fóssil - Ahhhhh!
Soltei os restos do cachorrinho e levei as minhas mãos à minha boca. As minhas lágrimas começaram a descer pelo meu rosto e foi então que ouvi uma voz atrás de mim.
???: Izuku...
Olhei para trás e pude ver aquilo que menos queria. Meu ex, basicamente nu e com um chicote na mão.
Izuku: Sh... Shou... Shouto. O que estás a fazer aqui?
Ele deu um paço em frente e eu recuei. Ele agarrou o chicote na sua mão e isso fez só me fez estremecer.
Shouto: Você tem sido um menino mau Izuku. Está na hora da punição.
Arregalei os meus olhos e fui me afastando ainda mais depressa.
Izuku: Não... NÃO!!
Saí daquele lugar, entrando na escuridão da floresta. Podia ouvir o som do chicote e já poderia imaginar o que acontecera se ele me apanhasse.
Continuei correndo pela floresta, até que cai num desfiladeiro. Fechei os meus olhos, à espera da queda e quando me apercebi, estava num quarto da realeza, com uma corrente em volta do meu pescoço e eu estava completamente nu.
Olhei em volta e quando foquei a minha visão na cama, pude ver o meu ex deitado nela.
Shouto: Não vale a pena fugir Izuku. Você pertence a mim.
Izuku: Não! Nunca!
Em um movimento ele se aproximou e começou me chicotear. Eu deixava as lágrimas saírem e só podia ouvir os meus gritos.
Izuku: Para! Por favor... Para!
Ele agarrou nos meus braços e me colocou na cama. Foi então que senti algo perto da minha entrada.
Izuku: NÃOO!!
Izuku:On
Com os olhos fechados, comecei a gritar bem alto. As minhas lágrimas saíam sem parar e eu não me continha.
Izuku: NÃO!! POR FAVOR!!
Foi então que ouvi uma voz me chamar.
???: IZUKU!! ACORDA!!
Abri os meus olhos e levantei o meu tronco ficando sentado na minha cama. Olhei para o lado e pude ver o Ayato.
Ayato: Está tudo bem... Foi um pesadelo.
Não me contive e abracei o mesmo. Ele retribui e começou a esfregar as minhas costas.
Izuku: Eu... Eu esta...
Ayato: Shhhhh. Não fales. Apenas relaxa.
Parei com o que tentei dizer e apenas deixei-me levar pelo que estava acontecendo.
Ao fim de um tempo, acalmei-me. Ayato continuou me abraçando e eu fiquei muito grato por isso.
Ele me soltou e me olhou bem nos olhos. Levei as minhas mãos aos mesmos e limpei as minhas lágrimas.
Ayato: Estás melhor?
Izuku: ... - Assenti com a minha cabeça.
Ayato: Tudo bem... Já passou. É melhor voltares a dormir – Eu já estava indo em direção às escadas, mas parei quando senti ele me agarrar pelo braço – Izuku.
Izuku: Por favor... Durma comigo. Não consigo ficar sozinho.
Ayato: Humm... Está bem.
Ele se aproximou de mim e se deitou por debaixo dos cobertores. Eu fiquei de costas para ele e tentei dormir.
Mas não conseguia. Foi então que senti o Ayato me agarrar pela cintura e com isso, senti-me mais seguro.
Fechei os meus olhos e voltei a dormir.
Ayato:On
Ouvi alguns barulhos, vindo da cama de cima e então fui ver o que era. Chegando lá, vi Izuku, encolhido na cama e murmurando alguma coisa.
Engatinhei até ele e repare que o mesmo continuava com os olhos fechados.
“Oh não... Ele está tendo um pesadelo.”
Comecei a abaná-lo e a chamar por ele. O que não deu em nada. Foi então que o ouvi gritar e isso fez eu dar um salto para trás.
Izuku: NÃO!! POR FAVOR!!
Ayato: IZUKU!! ACORDA!!
O mesmo abriu os olhos e se levantou. Em um movimento ele me abraçou e eu só pude retribuir. Comecei a esfregar as costas dele e sussurrar-lhe coisas ao ouvido.
Quando o tranquilizei, pensei em voltar para a minha cama, mas o mesmo me pediu para dormir com ele. Eu ia negar, mas ao olhar para ele, não pode dizer não aquela carinha.
Concordei com o seu pedido e me deitei ao seu lado. Ele estava de costas para mim, mas eu estava olhando para ele. Pude perceber o seu desespero e então abracei-o. O mesmo acalmou e acabou por adormecer.
“Não se preocupe meu pequeno. Eu estou aqui.”
Com o tempo, acabei por adormecer. E continuei abraçado a ele, passando a minha proteção para ele.
Continua...
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