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História Amor em Quarentena - Capítulo 18


Escrita por: maviautora

Capítulo 18 - Capítulo 18


— Para de nóia, eu já falei que não ia me aproveitar de você!

— Eu tô tonto, o que você fez comigo? Não se faz de sonsa!

— Não fiz nada caralho, já te falei!

— Mas eu não lembro de nada! 

— Aí o problema não é meu.

— Você me drogou e depois me usou, Ana! Tem noção da gravidade disso?!

Deixei-o falando sozinho. Era só o que me faltava. Ele vem pra cima de mim e eu que sou a galinha avoada? Ah vai te tomar no cu, rapá.

Assim que saí do banheiro, peguei uma toalha emprestada para não precisar ir logo ao meu apê. Se eu sair daqui agora, talvez não encontre nada quando voltar. Eu preciso saber o que aconteceu, e sei bem que ele não vai me contar nada por vontade própria — não a verdade, pelo menos.

Ativei o modo turbo do meu detetive interior. A qualquer momento ele sairia dali e minhas investigações iriam pelo ralo. Comecei a analisar os papéis que não foram completamente picotados, notando uma semelhança intrigante entre eles.

Ao que tudo indicava, eram a documentação da construção de uma casa. Os proprietários do imóvel eram Carolina Duarte Ferraz e Rodrigo Soares Martins. O orçamento de seis dígitos da obra equivale ao PIB que minha família produziu desde que eu nasci. O engenheiro responsável era ele, Ricardo Soares Martins. 

Junto à Lingerie cortada, achei um convite de casamento rasgado ao meio. Nele estava escrito em letra cursiva “Para o irmão e padrinho”. A data da cerimônia é amanhã.  Ao juntar os pedaços de papel-cartão, vi que os noivos também eram Carolina e Rodrigo. Eu me negava a acreditar na teoria formada na minha cabeça. Não era possível. 

Ele não seria capaz de se relacionar com a noiva do próprio irmão. Seria?

Ainda que fosse, me parecia teatro demais para pouco roteiro. Aqui não é música de Amado Batista para o cara levar uma gaia e ficar por isso mesmo. Mas pensando bem, Reginaldo Rossi não teria agredido o garçom ou destruído metade de um bar só porque ficou de coração partido com a carta do grande amor que ia se casar. Mesmo com droga, não faz sentido esse comportamento. Sem consciência ele teria destruído o apartamento inteiro, não apenas coisas tão específicas.

Havia algo muito errado aí. A comissão que ele ia receber da construtora é alta demais para desistir do projeto por coisa pouca. Ele deveria saber sobre o casamento a mais tempo, a cunhada já era comprometida com o irmão dele antes desses documentos. E mesmo se não soubesse, ainda assim não justificaria essa passassão toda. Sua reação não foi catastrófica à toa.

A merda vai feder e eu estou disposta a cutucar.



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