História Amor Fantasma - Capítulo 2 - Brigas no corredor

No dia seguinte, na hora do intervalo mais especificamente, novamente dirigi-me ao pátio e, novamente, ele encontrava-se sozinho ao lado da enorme árvore:

—Oi.

—Hã? Ah, oi...

—Não te vi ontem, depois da aula. Você saiu mais cedo?—sentei-me ao seu lado.

—Eu...

—Bom, aqueles idiotas continuam te ignorando, não é?

—Na verda...

—Isso explica o porquê de você estar sozinho, de novo...

—É...

—Que tal nós irmos ao parque depois da aula? Ah! E nem pense em sair mais cedo de novo, hein?

—Está bem!—ele sorriu.

—Te encontro aqui ao lado da árvore?

—Sim, eu vou estar te esperando.

—Ok, eu preciso ir. Tenho que resolver um problema lá na diretoria.

—Te vejo depois?

—Aham! Até depois da aula!—sorri e virei-me, em direção à diretoria.

Aquele rapaz era tão gentil e misterioso, que facilmente roubou meu coração, lembro-me de como ele ocupou um lugar em minha mente desde o dia em que o vi pela primeira vez. Nessa época, ainda não sabia que ele seria meu príncipe encantado...

Porém, naquele exato minuto, andava pelos corredores do colégio, distraída com meus pensamentos e segurando um envelope feito de papel pardo quando, de repente, acabei esbarrando em alguém, derrubando-o:

—Ei! Por que você não olha por onde anda, esquisita?

—Eu? esquisita? Diz o cara que pintou as axilas de cor-de-rosa!—encarei Tatsuya com minha linda e maravilhosa cara de tédio.

—Engraçadinha, pelo menos eu não falo com o vento!

—Me responda uma coisa. QUAL É O SEU PROBLEMA? NÃO SABIA QUE VOCÊ ERA TÃO IMBECIL AO PONTO DE IGNORAR ALGUÉM DESSE JEITO!—gritei em alto e bom som, atraindo o olhar de alguns curiosos que passavam por ali.

—EU? IMBECIL? OLHA SÓ QUEM FALA!—ele gritou de volta.

Para mim, aquilo fora a gota d’água. Não conseguia entender como Tatsuya era tão idiota a ponto de ignorar Goku daquele jeito. Quer dizer, ele parecia ser tão gentil, não conseguia sequer imaginá-lo fazendo algo de ruim para alguém.

Descontrolada, acabei dando um soco no meio do estômago rapaz que encontrava-se na minha frente, porém, quando ia preparar-me para chutá-lo nas partes mais baixas...

PÉÉÉÉÉÉÉÉÉIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNNNNNNN! (Já sabem que isso é um sinal escolar, não?)

E lá sei foi a minha chance de entregar o envelope para o diretor, nervosa, dei meia volta, olhei-o com desprezo e parti rumo a minha sala de aula. Lembrando-me constantemente que, ao seu término, iria encontrar-me com aquele misterioso rapaz no parque...