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História Amor Impossível - Renascimento X


Escrita por: LiliRosen

Capítulo 18 - Renascimento X


Renascimento

X

 

24 de Dezembro de 2012

 

Gwen bate à porta do escritório privado de Jack Harkness. A porta abre-se, deixando passar um apressado Nicolò com as vestes desarranjadas e as bochechas coradas, que poderia tê-la facilmente atirado contra a parede, se esta não se tivesse afastado do caminho do jovem veneziano.

 

Jack encontrava-se sentado desavergonhadamente numa poltrona, sem se importar em esconder a sua parcial nudez. A camisa que descansava algures no solo da sala e as suas calças desapertadas eram sinais óbvios da atividade que a mulher interrompera.

 

— O que é que queres, Gwen? — interrogou o imortal, preparando-se mentalmente para uma possível bomba que a ex-polícia pudesse estar prestes a jogar.

 

Esta estivera estranhamente tranquila nos últimos tempos. Não tinha voltado a jogar-se em cima dele ou a atacar o seu amado Nicolò. Ninguém em Torchwood parecia saber o que se passava pela cabeça da mulher, pelo que todo o cuidado era pouco, a julgar pelo último plano dela.

 

Jack já estava mesmo à espera que esta voltasse a exigir que aceitasse entrar num relacionamento com ela, usando o aborto e a sua incapacidade de gestar novamente como moeda de troca para o forçar a abandonar Nicolò. No entanto, nunca poderia ter adivinhado o que passou de seguida.

 

— Face às últimas ocorrências… Bom, estive a pensar no meu futuro e… — O Capitão Harkness fez um gesto de mão, incitando-a a continuar. — Quero a demissão.

 

— Pensei que amavas trabalhar aqui — constatou Jack surpreendido pela decisão da sua subordinada.

 

— E amo! Mas… a minha vida nunca mais foi a mesma desde que te conheci, desde que comecei a trabalhar aqui.

 

— Não te atrevas a culpar-me pelos teus erros, Gwen, foram as tuas ações que te levaram aonde estás hoje. — A agente Cooper suspirou com resignação e assentiu, concordando com as palavras do seu chefe.

 

— Tens razão, Jack, e é por isso mesmo que devo sair daqui. Torchwood foi uma experiência maravilhosa, mas também me permitiu ver tudo o que achei impossível até então… que aliens existem e que tudo é possível. Penso que essa foi a principal razão que me fez acreditar que poderia conseguir tudo o que eu queria sem ter em conta as consequências. E o que eu queria eras tu, Jack! — concluiu cabisbaixa, sabendo que ela própria havia destruído a sua vida e os seus relacionamentos e que não poderia culpar ninguém para além dela mesma pelas suas más decisões.

 

— Bom, sendo assim, aceito a tua demissão. Mas já conheces o protocolo.

 

— Retcon — afirmou Gwen com voz séria.

 

— Exato! Estás preparada para esquecer tudo?

 

— É melhor assim. Dessa forma deixo esta obsessão para trás e posso enfim continuar com a minha vida. Foram as minhas decisões idiotas e as minhas ações desonestas que me fizeram perder o nosso filho e a capacidade de engravidar, para não falar de um homem maravilhoso que teria feito tudo por mim. E sei que nunca serei capaz de me perdoar por ter enganado o Rhis.

 

— Vou preparar uma história de fachada e preparar a transferência. Regressarás à força policial britânica. Talvez uma zona mais calma e com menos atividade alienígena…

 

— Importas-te de conservar a minha infidelidade com Owen e o aborto na história que criares, por favor? Penso que é importante recordar-me do que perdi por causa da minha estupidez. Não desejo voltar a cometer o mesmo erro outra vez.

 

— Claro.

 

— A próxima vez que encontrar um bom homem… desejo fazê-lo feliz, ainda quando não lhe possa dar filhos biológicos. — Gwen dirigiu-se à porta, parando brevemente antes de sair do escritório. — Lamento muito... por tudo... as coisas que te disse... a forma como tratei o Nicolò. Eu… Eu já não me reconheço, Jack… Preciso mesmo disto, por favor. Não sei se seria capaz de viver comigo mesma depois de tudo o que fiz. Só desejo apagar tudo o que fiz e começar de novo.

 

— Gwen… — disse o imortal, sendo interrompido pela ex-polícia.

 

— Sei que não é justo, mas… por favor — murmurou a mulher com lágrimas contidas.

 

oOo

 

Martha acordou com o ruído do telemóvel a tocar incansávelmente. Bocejou, tateando a mesa de cabeceira até dar com o dispositivo.

 

— Hmm!? — Ainda meia a dormir, atendeu o telefone. O choque da informação que lhe foi dada fê-la espevitar imediatamente. — Chego em meia hora. Isolem os pacientes e assegurem-se de iniciar os procedimentos de quarentena. O último que necessitamos é um surto a nível nacional.

 

oOo

 

Gwen recebeu alta e saiu do hospital com uma promessa de um futuro melhor. Ainda quando apresentasse algumas lacunas na sua memória, sabia que precisava de trabalhar para compensar as suas más ações.

 

Pelo pouco que se recordava... tinha tido um caso com um colega de trabalho, O… Ol… O-qualquer coisa… O nome não lhe vinha à memória. Sabia que tinha engravidado e que Rhis tinha descoberto que não era o pai e terminado o seu noivado.

 

“Sinceramente… O que é que me passou pela cabeça? Trair o Rhis!?”, pensou Gwen, sem entender o que a teria levado a fazer tal coisa. “Como pude fazer isso ao melhor homem que já conheci? Talvez o acidente tenha sido um ato de castigo divino. Mas, pensando bem… onde é que eu estava com a cabeça? Meter-me numa perseguição armada e terminar com uma barra de ferro no abdómen!?”

 

oOo

 

Martha estava abismada com o desenvolvimento daquele espécime viral.

 

— Então!? — perguntou um dos médicos CDC (Centers for Disease Control and Prevention) ansiosamente.

 

— Este vírus evolui de um modo que nunca vi antes. Nem sequer sabia que era possível um vírus mutar desta forma. Onde está o Paciente Zero?

 

— Em isolamento, mas não apresenta quaisquer sintomas. Ao que parece é imune ao vírus.

 

— Então é apenas portador do vírus? — perguntou Martha curiosa.

 

— Sim.

 

— Isso é na verdade uma boa notícia. Se o paciente é imune, podemos usar uma amostra do sangue dele para sintetizar uma vacina ou até mesmo uma cura.

 

— Também pensei nisso, pelo que já tirei uma amostra, mas…

 

— Mas o quê?

 

— O sangue é… — O médico pondera momentaneamente sobre que palavra escolher para descrever o que observara ao microscópio. — estranho.

 

— Estranho como? — O homem indicou-lhe a amostra e pediu que visse por si mesma. — Onde está o paciente? Quero vê-lo — concluiu a morena sem dar possibilidade de reclamar.

 

oOo

 

Ao entrar no quarto destinado ao Paciente Zero, a primeira coisa que chamou a atenção da médica foi a sua idade.

 

— Olá! Como é que te chamas? — perguntou Martha, sentando-se na cadeira ao lado da cama.

 

— Calista.


Notas Finais


Hmm… Mas quem será a misteriosa Calista?

Bom e chegámos assim ao final de mais uma temporada.

Espero que tenham gostado. Aguardo comentários, please (*o*)


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