História Amor para três - Operadora

Boruto estava sentado no sofá do avô enquanto comia bolinho de chocolate e falava com Mitsuki pelo celular de Naruto.

— Mas você me abandonou.

— Não abandonei não, eu vim ver meu vovô, depois eu volto pra gente brincar. – Falava com a boca cheia.

Por falar em vovô, Hiashi estava um pouco atrás do neto olhando com quem ele falava no celular.

— Já vi da onde você puxou o ciúmes pelo Boruto. – Naruto susurrou para Neji, os dois estavam no alto da escada olhando os outros dois lá embaixo.

— Que mentira, eu nem sinto ciúme. – Neji mexeu no cabelo, sonso, foi o que Naruto pensou.

— E... Qual foi a emergência que seu pai lhe disse?

— A Hanabi está namorando.

— Puta emergência essa, deixa a menina curtir.

— Ninguém vai curtir minha irmã, ela só tem dezesseis anos. – Começou a caminhar para o próprio quarto sendo seguido por Naruto.

— E o que é que tem? E seu pai deixou? – Fechou a porta.

— Sim, o menino não parecia um perigo pra ela. – Encostou na janela do quarto.

— Imagine quando o Boruto começar a namorar. – Na mesma hora Neji tampou os ouvidos e fechou os olhos, numa atitude infantil fazendo Naruto rir.

— Papai? – Boruto bateu na porta.

— Oi amor.

— Tem um "número um" ligando, posso atender?

Neji rapidamente se virou para o ômega com o olhar incrédulo, ele tinha mudado o nome do contato deles?

— Não atenda, é a operadora. – Naruto disse nervoso.

— Certo. – Correu de volta para o avô.

(...)

Apoiou as mãos nos joelhos se preparando pra pular.

— Ele não atende. – Itachi desligou olhando para o irmão.

— Liga de novo, eu vou pular o muro.

— Você não vai pular o muro da casa do Naruto, Sasuke! – Mikoto falou brava ao lado do filho mais novo.

— Ele pode está lá dentro–

— Ele é adulto e faz o que quiser, ele pode muito bem está em outro país e você nem saber, porque ele não te deve satisfação, nem a você Itachi. – Olhou para o outro filho que tinha o celular no ouvido. — E tudo isso, por causa de uma rivalidade dos dois.

— Não temos mais rivalidade. – Os dois falaram ao mesmo tempo.

— Que bom, assim o Sasuke pode dizer porque brigava com o Itachi não é? – Fugaku estava ali também, e acabou de se interferir na conversa.

— Depois, agora estou pensando para onde ele iria. – Sasuke disse com a mão no queixo.

— Foram vocês que pediram um tempo, já pensaram se quer em um relacionamento a três? – Mikoto.

— Porque eu tenho a impressão de que a senhora sabe onde ele está? – O mais novo cruzou os braços.

— Porque eu saberia? – Imitou o filho cruzando os braços.

— Vocês não são amiguinhos?

— Mas ele não tem que falar tudo pra mim.

Itachi se aproximou do irmão e deu uma tapa em sua cabeça.

— É melhor a gente pensar mais, seu imbecil.

— Tá... – Sasuke começou a andar para a casa. — E imbecil é você.

— Eu tenho duas crianças em casa, não dois adultos. – Fugaku falou suspirando.

— Sou mais homem que o Sasuke, certeza.

— EU OUVI ISSO!

(...)

— Tem certeza que não quer dormir aqui? Já está um pouco tarde. – Hiashi perguntou pela terceira vez a Naruto.

— Sim, quem sabe outro dia? Dona Kushina está me esperando. – O loiro quase cede ao ver a cara de pidão do avô de seu filho.

— Tudo bem então, pelo tempo que eu conheço aquela alfa e a saudade que ela sente de você, é bem provável que ela venha te buscar se demorar.

— Então para isso não acontecer, é melhor eu ir agora, Boruto está cansado, você brincou muito com ele né? – Sorriu fofo.

— Sim, eu matei a saudade com meu netinho. – Afagou as costas do pequeno que estava no colo de Naruto. — Venha outro dia, Hanabi está na casa da Hinata, da próxima as duas vão estar aqui.

— Vão sim, eu vou cobrar. – Acenaram um pro outro, Naruto saiu da casa vendo Neji encostado em seu carro.

— Vá com cuidado, amanhã vou passar lá pra gente ir ver a Sakura. – Ajudou o ômega a colocar o filho na cadeirinha sem o acordar.

— Ela vai estar em casa? Ela é muito ocupada.

— Claro que vai, e com você aqui, não vou te deixar em paz, vamos sair direto. – Disse e Naruto sorriu largo. O loiro abraçou o amigo se despedindo. — E nada de atender as ligações da operadora.

— Pode deixar.

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