História Amor por contrato - Capítulo 9

Tá, tudo bem...já estamos atrasados. Mas assim...não estamos um pouco atrasados...estamos MUITO atrasados.

Saio correndo para tomar um banho rápido enquanto San ainda dormia

Após me arrumar, vejo que San ainda está na cama.

Respiro tentando me acalmar e o acordo.

- San, levanta, temos que sair.- digo passando minha mãos por seu rosto, em busca de acorda-lo.- San, é sério.

Me inclino mais para conseguir balança-lo um pouco mas ele pega meu braço e me puxa pra cama.

- Só mais um pouquinho.- resmungou abrindo os olhos delicadamente.

- Mas San, nós precisamos ir pra não perder o dia. Se demorarmos o dia não vai render.

- Se bem me lembro, a senhorita demorou ontem.- lembrou após girar seu corpo, me fazendo ficar em baixo do maior.

Ele ficou me encarando por alguns segundos me deixando bem desconfortável.

- San...- resmungo olhando para os lados.

- Desculpa.- ele sai de cima de mim e se senta na cama.

- Vá se arrumar, te espero lá em baixo.

Meus olhos vão até a pulseira em seu pulso, e logo direciono meu olhar ao meu, e vejo a pulseira ali, me fazendo sorrir.

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- Mina, não, não, não, e não. Eu não quero ir nesse.- ele diz após o moço prender o cinto do maior.

- Relaxa, é só uma montanha russa, o que poderia dar errado?- sorri travessa esperando o brinquedo se movimentar.

Alguns segundos depois, o brinquedo começa, San gritou o caminho todo, não sabia se eu ria ou se aproveitava o brinquedo.

Após sairmos, ele segura meu ombro com uma das mãos e respira fundo algumas vezes.

- Tá vendo? Você continua vivo.- sorri satisfeita, o vendo resmungar algo baixinho.- Vai, nem foi tão horrível assim.

- A é? Então vamos na Jack Black..- ele diz me fazendo o olhar com os olhos arregalados.

- Não precisa. Foi horrível a montanha russa...Mina concorda.

- Não não, a gente vai lá sim, agora mesmo.- ele puxa meu pulso me fazendo acompanhá-lo.

- San, já deu, eu tenho medo, não quero.- digo tentando me soltar.

- Não, a gente vai, eu vou estar lá, qualquer coisa é só agarrar meu braço.- após dizer isso, agarro seu braço, mas não forte, e o mesmo para em frente ao local.

- Se eu morrer lá dentro, por sua causa, você pode ter certeza que não vai estar no meu testamento.- resmungo entrando junto a ele.

Resumindo, é um lugar totalmente sombrio, com monstros e coisas assustadoras.

- San...por favor.- o olho esperando uma resposta.

- Mina, calma, é tudo de mentira.- ele responde calmo.

Entramos e vemos algumas cosias antigas, algumas teias e coisas se mechendo.

Seguro no braço de San e fomos até um lugar que parecia uma biblioteca, lá era como se fosse uma casa, olhamos em volta e acabo vendo um dos monstros, cubro meu rosto com as mãos e me escondo em seu peito.

Minha respiração estava ofegante, eu morro de medo desse tipo de coisa, mesmo sabendo que é de mentira, mas o impacto que me causa é forte.

Seus braços passam por mim e eu continuo respirando fundo.

- Tá tudo bem ok?- sua voz ecoa em meus ouvidos, me trazendo calma e tranquilidade.

Ainda abraçado comigo, continuamos andando e chegamos na cozinha, e foi a mesma coisa.

Dessa vez eu me escondi atrás dele, e agarrei sua cintura.

- Mina...- ouço sua risada fraca.- Tá tudo bem?

- Não San, não está. Eu avisei que não gosto desse tipo de coisa.- aperto mais sua cintura quando vejo mais um monstro se aproximar.

- Você me fez ir até a montanha russa.- ele tira minhas mãos de sua cintura e se vira pra mim.- Então agora vai conseguir ir até o final comigo.- ele estende sua mão pra mim enquanto me olhava atento.

- Seu nome significa montanha, ir que tem tanto medo de uma? Aish.- respondo ainda nervosa e ele mais uma vez ri.

Seguro sua mão devagar enquanto ainda tentava respirar fundo.

Depois de sairmos de lá, dou leves tapas em seu braço ainda nervosa por ele ter me levado lá.

- Nunca mais faça isso, sabe como foi difícil pra mim?- pergunto com os olhos lacrimejando e meu coração acelerado.

Respiro fundo algumas vezes procurando me acalmar.

Eu meio que tenho um trauma desse tipo de lugar, aconteceram muitas coisas quando eu era pequena, um dos meus traumas foram desse tipo de coisa, monstros, e coisas fictícias. O que é estranho, por que não tenho medo de palhaços.

Enfim, quando eu era pequena, minha avó tinha falecido, todas as noites eu sonhava com coisas assustadoras, e um dia eu acordei no meio da noite, e meus pais assistiam um filme de terror, e apareciam vários monstros e fantasmas. Eu fiquei meses pra parar de sonhar com aquilo. Então eu corri até a casa de Jongho aquele dia, ele me confortou, e me protegeu.

Ainda respirando fundo, sinto os braços de San me envolverem, me deixando parada e sem reação.

- Me perdoa Mina.- sua voz próxima ao meu ouvido me deixava nervosa.- Eu não queria te deixar assim.

Enquanto ele falava eu permanecia quieta, sentindo seu carinho em minha nuca.

Ele se afasta de mim e beija minha testa.

- Eu prometo nunca mais te assustar ou te levar em lugares assim hum?- sua mão segura meu rosto me fazendo fechar os olhos e aproveitar sua maciez.

Ao abrir os olhos, vejo Jongho através do ombro de San. O que não fazia sentido, ele tinha viajado...o que está fazendo assim.

Minha respiração fica ofegante e minhas mãos começam a soar, seguro a mão de San que ainda estava em meu rosto e a aperto levemente.

- Podemos ir?- arrisco perguntar mesmo estando cedo.

- Por que?- ele olha pra trás e vê Jongho vindo até nós.

- Olá Mina-Ah. Vejo que está muito bem desde que fui embora.- ouço aquela voz doce do Jongho ecoar em meus ouvidos, mas acabo por me esconder atrás do San.

- Sim, eu estou bem. Depois que você foi embora e me deixou para trás.- desabafo tentando não chorar.

- Você não precisava de mim. E eu merecia algo melhor.- suas palavras pareciam ter aberto ainda mais a ferida que ele deixou em meu coração.

Seguro o pulso de San, tentando o fazer entender que queria sair dali.

- Bom, que ótimo que deixou ela para trás.- San arriscou dizer com a voz aveludada e grave.- Assim, eu pude conhecer ela e...- ele levanta sua mão esquerda e balança seus dedos.- Casar com ela.

Seu olhar e de Jongho estavam cerrados, eu me sentia desconfortável diante daquela situação.

Aperto um pouco o pulso de San e vemos uma garota se aproximar.

- San?- a garota diz com a voz tensa e aguda.- A quanto tempo...

- Olá Mindie...- a voz de San também parecia tensa.- Mina, essa é a Mindie. Minha ex esposa. Quanto tempo não?

- Claro...- ela me mede de certa forma, me fazendo agarrar a camiseta de San.- Mas então amor, vamos?- ela segura o braço de Jongho, me fazendo liberar as lágrimas que estavam presas em meus olhos.- Até mais San.

San cerra seus punhos e se vira pra mim.

- Eu te pedi pra não chorar mais por ele Mina.- suas mãos se aproximam do meu rosto e limpam minhas lágrimas.

Foi um movimento rápido, como se soubesse que eu estava chorando...de novo.

- Eu não consigo controlar.- digo com a voz frágil e suave.- Por que dói tanto?

Ele me puxou para si e me abraçou forte, parecendo não ter pensado duas vezes em fazer isso. Passo meus braços em volta dele, e o aperto como se tivesse medo de que a qualquer momento, ele pudesse desaparecer, e que ele estar ali, ser só um sonho.

Afago minha cabeça em seu peito e sinto seu perfume entrar em minhas entranhas, era leve e doce, era realmente perfeito pra ele.

Após ele me solta, estende seu dedinho para mim.

- Me promete que não vai chorar por ele. E que se for fazer isso, pelo menos vai me chamar pra te ajudar.- sua voz estava frágil e preocupada, seus olhos pareciam um pouco inchados como se estivesse acabado de chorar, penso um pouco mas decido juntar meu dedinho ao seu.

- Digo o mesmo a você em relação aquela moça. Você parecia nervoso.- digo apreensiva.

- Eu não gosto dela. Eu me divorciei exatamente por traição.- ele sorri ladino.- Ficamos três meses juntos, ela era malvada comigo.- um bico fofo se forma em seus lábios, deixando as marcas em seu rosto mais expostas.- Não deu nem tempo de me apaixonar. E sim, eu estava nervoso. Mas estou bem

- Que bom.- após essa fala, ele continua segurando meu mindinho.

Começamos a andar e ele por sua vez segura minha mão, eu amo esses gestos. Dar as mãos, entrelaçar os braços, ou andar de mindinhos atados, eu me sinto segura andando assim, ou apenas quieta. Eu me sinto bem, segura, e confortável, me dá uma sensação boa.

Ele para em uma barraca e compra uma maçã do amor pra ele, e um algodão doce pra mim.

E como não somos obrigados, nós experimentamos os dois juntos, e não é que ficou bom?

Decidimos andar um pouco pela cidade, fomos em uma cafeteria, sorveteria, e depois em algumas lojinhas. Brincamos com alguns produtos de lá e nos divertimos bastante. No final, decidimos ir até uma ponte na cidade, ela dava vista pra vários prédios e tinha uma aurora.

Nos apoiamos na ponte e ficamos observando a vista.

- Gostei de viajar com você. Eu disse que queria te conhecer melhor, e consegui.- ele sorri e se vira de costas, ainda apoiado na ponte.

- A é? Então o que descobriu Sr.Choi?- pergunto rindo.

- Você gosta de coisas doces, porém prefere coisas salgadas. Gosta de vinho e não é tão fã de champanhe. Você odeia roupas curtas, e usa vestidos um pouco acima dos joelhos. Gosta de usar tênis mas prefere com certeza algum salto. Deve ser por que é baixa.- dou um leve tapa em seu ombro.- Tá bom calma. Você gosta de cinza. E curte esses passeios, gosta de se divertir, de aproveitar a vida, mas também tem seus momentos de ficar em casa.

- Interessante.- digo pensando em tudo o que ele aprendeu sobre mim.

Ele ficou falando tudo o que descobriu sobre mim, e na minha cabeça eu nunca tinha dado a entender tudo isso, mas realmente tudo o que ele dizia estava certo.

- E você?- sua voz parecia rouca, provavelmente está ficando resfriado por conta do ar gelado.

- Eu aprendi que você está ficando resfriado, então coloca isso.- entrego um cachecol a ele.

- Obrigada.- ele ri um pouco e coloca o cachecol.

Mas estava meio desarrumado, então eu arrumo pra ele.

- Aprendi que você gosta muito de preto. Gosta de animais, e gosta de roupas normais, apenas está acostumado a usar as sociais.- digo ainda arrumando o cachecol.- Você gosta de me ajudar. E se sente nessa obrigação, assim como eu gosto de cuidar de você.- olho pra cima e vejo seus olhos brilharem, logo vindo de encontro aos meus.- Você gosta de lugares agitados, tem medo de altura, mas também gosta de ficar em algum lugar reservado apenas com pessoas queridas.- tento disfarçar aquela tensão e me afasto do maior.- Bom...eu vou descobrindo mais no caminho.

Fico na mesma posição que ele, encostada na ponte, ficamos olhando mais um tempo aquela vista e decidimos voltar ao hotel.

Demos uma passada na adega do hotel, e tomamos uma cerveja.

Subimos pro quarto e logo dormimos.

Porém dessa vez, ele me abraçou e disse que iria me proteger...seja do Jongho, de medos meus, ou de algo maior.

E como estava com preguiça, dormi ali mesmo, entrelaçada em seus braços fortes e macios.