Betty
- Meu plano e de Jughead está dando super certo, várias pessoas me procuraram para perguntar se estamos saindo e eu apenas respondi: talvez, eu realmente gosto do suspense. Às 18:50 eu saí da empresa, hoje não vim de carro, estava precisando caminhar um pouco para arejar as idéias, mas no meio do caminho eu encontro uma mãe com seu pobre bebê, e isso me faz questionar, porque minha mãe me abandonou? pois veja só, essa mulher é muito pobre, pelo que me contou tem uma casinha velha, e por ter problemas de saúde não consegue emprego, mas mesmo assim está aqui tentando conseguir algo para a criança, eu não tinha dinheiro comigo então dei meus casacos para elas já que hoje estava muito frio e dei também meu jantar, elas precisavam mais do que eu, apesar de eu estar quase congelando do frio, eu ando mais alguns passos e sinto um carro parar do meu lado.
- Olá, Betty! entre no carro, está muito frio. - podemos ver que o senhor Jughead Mandão Jones, me encontrou
- Olá, Jughead! eu quero andar já te disse! - eu insisto pois não quero ficar dependendo de Jughead
- Elizabeth, você vai morrer congelada, entre no carro, por favor! - olha só, parece que alguém descobriu as palavrinhas mágicas. - Eu estou lhe implorando, Betty. - Nossa, nossa, como vou negar?
- Tudo bem, você venceu. - Então posso ver o sorriso de vitória em seus lábios.
- Vi o que você fez por aquela mãe, foi um gesto louvável, querida! - ele diz assim que entro no carro
- O que você acha que leva uma mãe a abandonar a própria filha? - Eu pergunto a ele eu realmente queria que alguém me respondesse
- Eu realmente não sei, essa é uma das perguntas que eu realmente não sei responder. - ele diz e me olha de relance acho que percebeu uma lágrima escorrendo por minha bochecha mesmo eu tentando esconder. - Você quer jantar? daí podemos conversar um pouco, se você se sentir confortável, claro.- acho que eu preciso conversar com alguém, depois que Kevin mudou-se de cidade eu me sinto só.
- Claro, mas podemos ir lá pra casa? quero estar em um lugar confortável pra mim.
- Tudo bem, vamos sim. - estou adorando esse Jughead versão compreensiva.
- Obrigada! - é a única coisa que consigo dizer
- Pelo quê? - ele parece confuso.
- Por se importar comigo. - eu digo e posso apostar que estou corada
- É uma prazer. - ele diz e me dá uma rápida piscadela. Em pouco tempo chegamos a minha casa.
- Entre, Jugh, fique a vontade. - a minha casa é enorme e glamourosa, como eu disse meu pai já teve muito dinheiro, essa é uma herança de família que nem posso vender.
- Sua casa é muito bonita. - ele diz analisando cada canto. - Você mora sozinha?
- sim, antes meu amigo Kevin morava comigo mas agora ele mudou-se de cidade e estou com essa casa gigante só pra mim. - Eu digo como se estivesse muito feliz em morar sozinha nesse casarão.- O que você quer comer?
- Pizza, vamos pedir pizza? - ele me pergunta com seus olhos perdidos em uma foto
- Claro, sem problemas, você pede? - eu pergunto porque odeio fazer pedidos
- Claro, peço sim. - ele diz agora olhando bem no fundo de meus olhos.
- Eu vou colocar uma roupa mais quente e já desço.. - ele apenas acenti com a cabeça e eu sumo escadas a cima, eu coloco uma legging e um casaco de moletom, ótimo, bem quentinha agora, assim que desço as escadas vejo Jughead olhando novamente para mesma foto.
- Gostou dessa foto? - eu pergunto pensando que ia assustar ele mas não, nada, nenhuma reação
- ah sim, parece que já vi ela em algum lugar, mas deixa pra lá, a pizza vai chegar em pouco tempo. - ele diz enquanto se vira pra mim.
- Você quer vinho? - eu pergunto para preencher o silêncio.
- Quero, quero sim. - Então nós dois vamos até a cozinha, eu pego o melhor vinho que tenho e entrego a Jughead e enquanto ele abre a garrafa eu pego duas taças, eu sento em cima da bancada e Jughead fica em pé na minha frente.- Você quer conversar, Betty? - ele me pergunta vendo que eu já tomei quase toda a taça de vinho.
- Ah, Jughead! eu nem sei sobre o que falar, minha vida é um caos. - eu digo melancólica
- Pois comece do início. - ele sugere
- Bom, eu era uma criança feliz, tinha pai e mãe, meu pai era o sócio de um grande empreendedor, mas com o passar do tempo meu pai ficou viciado em jogos e acabou dando um desfalque na empresa e ele foi demitido da própria empresa, quando minha mãe soube disso, ela achou melhor ir embora e me deixar com um viciado, e com o passar do tempo o dinheiro que meu pai tinha acabou então ele começou a procurar agiotas, ele tinha um bom nome e sabia atuar muito bem, então não foi difícil conseguir muito dinheiro e junto com o vício de jogos veio o álcool, ele passava a maior parte do dia bêbado pois não aguentava a realidade, e há um anos, eu encontrei o corpo dele ali, já sem vida. - eu aponto para uma porta aonde era o escritório de Hal Cooper, meu pai. - acho que é isso, minha trágica história.
- Céus, Betty! e como você ainda consegue ficar nessa casa? não tem medo? - ele me pergunta parecendo preocupado.
- Ah sim, morro de medo, eu nunca mais abri a porta daquele escritório, mas eu tenho muito mais medo dos vivos a quem meu pai ficou devendo. - eu digo e já sinto meus olhos cheios de lágrimas, pra mim está sendo muito difícil falar sobre isso é como se eu revivesse tudo de novo.
- Calma, querida! estou aqui com você e tudo vai ficar bem! eu promete. - ele vem até mim e me abraça e ali eu me permito chorarar
- Obrigada, é tão bom poder contar com alguém. - então nós nos encaramos por alguns segundos e nossos lábios foram se aproximando é como se ocorresse um evento magnético, nós éramos puxados um em direção ao outro e quando percebemos nossos bocas estavam coladas em um beijo calmo e paciente é como se Jughead conseguisse me acalmar apenas me beijando, é como se ele lesse meus sentimentos, nós apenas nos soltamos quando a campainha tocou, Jughead me ajudou a descer da bancada e nesse momento nossas corpos se chocaram, céus! que sensação maravilhosa, pena que fomos interrompidos. Enquanto Jughead pega a pizza eu arrumo tudo na sala, deixo a mesinha de centro livre e trago o vinho, pego também uma manta para que possamos nos cobrir.
- O cheiro está maravilhoso. - ele diz assim que entra na sala
- céus! estou morrendo de fome. - eu digo colocando a mão na barriga. - o que acha de assistirmos algo? - eu pergunto tentando não deixar a situação constrangedora após nosso beijo, então coloco uma comédia, pegamos a pizza e fomos para o sofá, nós trocamos poucas palavras mas em algum momento eu deitei no ombro de Jughead e apaguei.
- Betty, querida! você quer ajudar para ir para cama? - ele pergunta e quando olho pra TV vejo que o filme já acabou, na verdade eu nem sei como vou sair daqui.
- Eu preciso. - então sem que eu espere ele me paga no colo, como se eu fosse um pedaço de papel.
- Me mostre aonde é seu quarto. - eu estava tão sonolenta que estava apenas agindo no automático
- último do corredor. - então ele me leva até lá, me coloca na cama, ajeita meu travesseiro e me cobre. - Jugh, você não quer ficar? - Céus! o que estou fazendo?
- Acho melhor eu ir Betty, você pode se arrepender disso amanhã. - então ele vem até mim e me dá um selinho. - Boa noite, até amanhã.
- Quando chegar em casa me avisa! - eu peço já fechando meu olhos.
- Tudo bem, aviso sim. - e assim ele sai do quarto e eu me entrego ao sono
-- Eu acordo no outro dia e me pergunto se tudo aquilo foi só um sonho, Cristo! se Jughead continuar assim eu vou me apaixonar de verdade por ele. Eu desço até a sala e vejo que está tudo limpo, coberta dobrada, mesa de centro arrumada, vou até a cozinha e a louça está toda limpa, a única coisa que me faz ter certeza de que não estou sonhando é uma caixa de pizza em cima da bancada e uma mensagem no meu celular.
Jughead: sei que está dormindo, mas cheguei em casa, fique bem!
e eu não sei o motivo mas estou me sentindo feliz!
-- Às 08:00 horas eu chego na corporação Jones e vou direto a sala de Jughead para agradecer ele , mas quando abro a porta vejo ele abraçado com uma morena, droga! acho que atrapalhei algo.
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